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🖋️07- Ei, cupido!📖

Maya decidiu aproveitar o seu dia de domingo sozinha. Colocou o aparelho celular no modo avião para ninguém lhe perturbar. E depois de provar quatro modelitos diferentes, acabou optando por um vestidinho branco de crochê, e tênis confortáveis. Pegou um caderno novo para desenhar alguns esboços e saiu. Foi em um shopping que ficava perto do seu apartamento. Comprou alguns bons livros que lhe chamou a atenção. E depois foi até uma loja de roupas, e escolheu alguns sutiãs e calcinhas. Já estava quase na hora do almoço, e ela decidiu fazer uma breve pausa para uma refeição rápida... Comeu um lanche, e batatas fritas... E logo depois de estar com a barriga cheia, a ruiva decidiu ir até o parque para aproveitar o ar puro e desenhar.

Foi com esses pensamentos em mente, que a loira se retirou do local apressadamente e se dirigiu até um parque que ficava ali na redondeza, e se sentou próximo a uma fonte para ter uma melhor visão do parque e observar ás pessoas passarem.

Seu olhar percorreu o lugar, e ela se deparou com um homem jogando algum objeto para o cachorro ir pegar, e eles pareciam se divertir. Mas a sua atenção foi voltada para um casal de namorados do outro lado do parque sentada em um banco que estavam felizes e sorridentes, eles estavam fazendo um piquenique ao ar livre, e ela sentiu uma pouquinho de inveja. Que logo em seguida foi substituída por um sorriso terno, quando ela começou a desenhar aquele momento fofo e feliz do casal. E assim que olhou para o desenho, se sentiu melancólica demais.

"Ei, cupido! Cadê você? Eu também queria um namorado para mim! Onde você está cupido que não me manda um namorado? Será que é pedir demais? Eu só queria um namorado. Não deve ser uma missão tão difícil assim, afinal você é um cupido. "

Falou a loira olhando para o céu limpo e cheio de nuvens brancas. E então, tudo aconteceu muito rápido. Ela ouviu alguém gritar algo que ela não entendeu muito bem. E logo em seguida o casal falar:

— Ei, cuidado moça!

Maya voltou o olhar para o casal um tanto confusa sem entender o que eles queriam dizer, mas o casal apenas apontou em uma direção. E quando ela desviou o olhar viu um cachorro enorme correndo em sua direção tentando agarrar o que parecia ser uma bola de basebol. Mas antes que ela pudesse raciocinar, a bola de basebol atingiu a sua testa, e logo em seguida o cachorro pulou em cima dela a derrubando dentro da fonte juntamente com suas sacolas, e lhe encharcando completamente de água.

— Ai meu Deus Bam! Saia já daí garoto. — disse o moreno apavorado ao tirar o animal de cima da moça. — Ei moça, deixa que eu lhe ajudo. — disse educadamente para a desconhecida, quando se virou para segurar á mão da garota seus olhos se encontraram e ele se assustou ao reconhecer a garota. —

—Você? — disse os dois em coro ainda se encarando. —

— Desculpe! — disse ele a ajudando a sair da fonte, e sentindo uma agitação estonteante no próprio corpo, com aquele breve toque, o que o fez se lembra do beijo que haviam dado na noite passada. — Você está bem? Se machucou?

— Não. Só a minha dignidade.

— Me desculpe por isso. — disse envergonhado e constrangido. —

— Tudo bem! — foi tudo o que conseguiu dizer, antes de olhar á sua volta para procurar ás sacolas, e então perceber que elas se encontravam dentro da fonte, e suas peças intimas estavam todas espalhadas e boiando na água. Se sentindo envergonhada se esticou para pegar suas coisas, mas não conseguia alcançar tudo. E Então subitamente pode ver o rapaz esticar o braço para pegar suas roupas intimas, e ela corou violentamente. —

— Obrigada! — Foi tudo o que conseguiu dizer pois às sacolas de papelão que estavam com seus pertences estavam todas ensopadas de água, e nenhuma se salvará para contar história... E aquelas coisas não caberiam dentro de sua bolsa. —

— Me desculpe pelo transtorno!

— Tudo bem, de verdade! — ela não poderia o culpar, principalmente depois dele ter salvado a sua pele na noite passada. Então apenas abriu o seu melhor sorriso e olhou para o animal que estava deitado ao lado do rapaz despreocupadamente, e com a bola na boca. — É um belo animal, que raça é?

— Doberman.

— E qual o nome desse garotão?

— Bam!

— Tem algum significado? — perguntou enquanto arrumava os cabelos ensopados de água e os prendendo num coque. —

— Sim, é um nome coreano, e significa noite.

— Legal! — disse sorridente e fazendo um carinho na cabeça do animal. — É um nome bonito, e combina com ele.

— Obrigado!

— Eu não o esperava lhe encontrar aqui.

— Na verdade eu moro aqui ao lado, e sempre trago Bam, para brincar, ou dar uma volta no parque.

— Entendo! — foi tudo o que conseguiu dizer ao encolher os braços se sentindo completamente gelada e vulnerável demais. —

Kevin ao perceber que a ruiva estava tremendo, foi logo retirando a sua camisete e depositando sobre os ombros largos da garota que ficou surpresa, e ergueu o rosto para encarar o moreno. E Maya,  ficou perdida naqueles lábios que havia se apoderado noite passada. E seu olhar parou na leve pinta que ele tinha próxima aos lábios, e ela era convidativa demais para beijá-lo. 

Então, se sentindo constrangida, a ruiva pigarreou tentando disfarçar o nervosismo existencial que pairava sobre ela. E assim que ele se afastou, ela pode ver o braço direito do rapaz, que era completamente fechado de tatuagens. Ele era bem musculoso. Deveria ser um fã de carteirinha da academia. 

— Vamos até a minha casa. — Kevin disse por fim a tirando de seus devaneios. — Assim você pode se secar, e trocar essas roupas molhadas.

— Não é necessário, de verdade.

— Por favor, eu insisto. Vou me sentir muito mal se não puder lhe ajudar. E além do mais, eu não quero te deixar sair por aí completamente encharcada, quando o culpa foi do meu cachorro.

— Eu não quero o incomodar.

— Não será incomodo algum. — Garantiu o rapaz atenciosamente, e pegando os livros da garota que sorriu um pouco envergonhada, e recolheu suas peças intimas, e o seguiu, enquanto ele chamava pelo cachorro que prontamente atendeu ao comando do dono. —



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