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Capítulo 04

Durante o jantar todos riam felizes, principalmente os noivos.

Ludmilla ficou apreensiva por não saber se Brunna havia visto o envelope de dinheiro dentro de sua mala, mas Brunna já havia separado sua roupa na noite anterior, então nem mexeu na mala. Ela estava trajando um vestido de alças vermelho e conversava com alguns tios de Ludmilla, afinal Renato fez questão de apresentar a nova 'nora'.

- Ela é rica? – Uma das primas de Ludmilla perguntou.

- Ela tem uma boa condição de vida. – Ludmilla estava de saco cheio de responder perguntas sobre Brunna.

- Você não sentiu nojo quando fez sexo oral nela pela primeira vez?

- Minha vida sexual não interessa a ninguém. – Ludmilla cortou grossa.

- Mas como vocês se conheceram? Porque Brunna não parece o tipo de pessoa que frequenta os mesmo lugares que você.

Ludmilla apenas saiu de lá. Estava ficando com dores de cabeça de tantos elas falarem o quanto as duas eram diferente e como era impossível Brunna ter prestado atenção nela apenas andando na rua. Ela sabia disso. Brunna era o tipo de mulher que não virava a cabeça para ninguém, mantinha o olhar firme a sua frente. Tomou uma dose de tequila.

- Começamos cedo. – Luisa falou sorrindo.

- Odeio reuniões de família. – A carioca falou.

- São um porre, ainda mais tendo cobras como primas.

- Me salva Lu. – Ludmilla falou chorosa.

- Por que não pede a Deusa dos olhos castanhos para te levar pro quarto e te dar orgasmos múltiplos?

- Porque minha conta bancária ta zerada. – Luisa revirou os olhos

- Sinceramente, o tanto que ela te secou essa noite, acho que ela não cobraria para te comer.

- Que horror Luisa. Brunna só mantém contato visual para acharem que temos um relacionamento.

- Talvez sim, mas ela precisa manter contato visual com sua bunda? – Luisa sorriu maliciosa. – Ela deu uns tapas na sua bunda quando vocês ... – fez gestos com as mãos.

- Cala a boca. – Ludmilla corou fortemente. Sim, Brunna havia lhe dado tapas na bunda, no entanto que ainda estava dolorida.

No outro canto da festa Lexa puxava Brunna pelo braço para conversar mais discretamente.

- Trabalho? – perguntou sorrindo. Brunna assentiu também sorrindo. – Eu por um momento achei que você e Ludmilla pudessem...

- Lexa, não! – Brunna a cortou. – Esse assunto morre aqui, o que eu disse sobre discutirmos sobre meu segundo trabalho?

- É que fazia tempo que você não saia com ninguém, pensei que pudesse ser realmente algo, ainda mais a forma que você olha pra ela.

- Não olho de forma nenhuma. – Brunna negou. Nem morta admitiria em voz alta que olhava para Ludmilla com desejo. Não para suas amigas.

- Eu não tenho dedos para contar quantas vezes olhou para a bunda dela.

- Tirando os homens casados que são tios e avós de Ludmilla, todos os homens da festa, exceto o noivo e seu marido, olharam para a bunda dela. – Brunna falou com um tom de irritação.

- E isso te irrita? – Lexa falou divertida.

- Isso deveria me irritar, por quê? – Brunna bebeu seu drink de uma vez.

- Isso te irrita profundamente, mas você disfarça tão bem, Brunna. Pena que eu já te conheça, queria que Ohana estivesse aqui agora. – Lexa gargalhou.

- Seria meu pior pesadelo.

- E minha maior diversão.

- Quando ficou tão cruel Léa Cristina Lexa Araújo da Fonseca? – Brunna falou divertida

- Quando minha chefe sem coração se apaixonou por uma de minhas amigas de infância. – Lexa sorriu de maneira doce.

- Eu não estou apai...

- Ai está você... – Caio apareceu. – Luane vai dançar com o padrasto, dança comigo.

- O que? – Brunna estava sendo arrastada até o centro.

- A senhora Oliveira resolveu dançar com o vovô Oliveira, acho que é porque ela tem medo que eu pise nos pés dela. – Ele riu.

- Não pise nos meus pés. – Brunna falou séria.

- Não prometo nada – Os dois começaram a dançar, no inicio de maneira desengonçada por conta de Eithan.

- É um, dois, três, não tem erro. – Brunna falou guiando o homem. – Viu... – Eles estavam rindo, porque Caio tropeçou nos próprios pés.

- Posso dançar com meu noivo? – Luane falou divertida.

- Você tem seguro de vida? – As duas riram alto e o rapaz ficou sem graça. – Não se esqueça, um , dois, três. – Brunna deu um tapinha nas costas dele e saiu. Seus olhos procuravam por uma certa carioca para que pudessem dançar, mas ela viu Ludmilla dançando com Xerxes.

Xerxes havia insistido muito para Ludmilla dançar com ele, mesmo ela não querendo, como todos que teriam que estar no altar estavam dançando ela foi, afinal o organizador da festa quase a empurrou. Ela queria na verdade está dançando com Brunna, mas a morena estava com Caio, os dois pareciam ter criado uma amizade e isso preocupava um pouco Ludmilla.

- Parece que só sobrou nós duas – Ana falou para Brunna. – Mas se não quiser dançar comigo, não tem problema. – Brunna estendeu a mão para a morena.

- Você dança tango? – Brunna perguntou.

- Só lambada. – Ana arqueou a sobrancelha

- A dança proibida! – Brunna abriu a boca e no fim as duas sorriram.

- Estranhamente você foi a única pessoa quem completou essa frase, acho que encontrei minha alma gêmea. – Ana falou divertida, aquela foi a única vez a qual ela não falou com segundas intenções, apenas querendo ser divertida mesmo.

- Posso dançar com minha namorada? – A voz raivosa de Ludmilla fez as duas pararem.

- Pensei que cada um dançasse com seus pares – Ana falou apontando para Xerxes, que agora estava sozinho.

- Meu par é minha namorada, querida. – Ludmilla deu um sorriso cínico. – E de qualquer forma, o par para subir no altar de Brunna é Luisa.

- Eu já entendi. – Ana saiu de perto de Brunna e foi em direção a um pequeno bar montado estrategicamente ali.

- Qual a necessidade da grosseria? – Ludmilla olhou como se não acreditasse no que ouvira.

- Sério isso? – ela cruzou os braços.

- Ela não estava fazendo nada. – Brunna falou calma.

- Então vai lá dançar com ela, aproveita e fica com ela o resto da noite, aposto que ela pagaria três mil com gosto. – Ludmilla saiu pisando firme.

Em muitos anos de profissão aquela foi uma das poucas vezes que Brunna se sentiu humilhada.

No fim da noite, Brunna, Caio e um alguns homens estavam num bar de strippers, bebendo e pagando para mulheres dançarem em seus colos. Na verdade Xerxes deveria ter organizado a despedida de solteiro, afinal ele era o padrinho, mas o homem desapareceu no meio da festa. Brunna perguntou a Luisa sobre algum bar de stripper, pagou bebidas para todos e duas strippers para dançar no colo de Caio. O homem parecia feliz, mesmo com a mancada do melhor amigo. Brunna ficou feliz por aquilo.

- Não acredito, você vai comer a Oliveira de novo? – Brunna estava na porta do banheiro quando ouviu aquilo, parou para ouvir. – Ela ta aqui com Caio. Acho que ela não vai embora agora, você ainda tem umas duas ou três horas. – O homem falou.

- Dá um trato nela gostoso, seu cachorrão – o outro homem falou. Era obvio que eles estavam falando no celular.

Ludmilla saiu do banheiro entrando no quarto. Xerxes estava sentado em sua cama, eles conversaram um pouco, realmente para Ludmilla ele estava tentando ser seu amigo, mas não era isso que Xerxes queria.

- Bom fiquei sabendo que sua namorada está na despedida de solteiro do Caio. – Ele queria provocar ciúmes em Ludmilla, ele sabia que ela era ciumenta e quando ficava com ciúmes fazia coisas sem pensar.

- E você não deveria estar lá também? Afinal ele é seu melhor amigo.

- Ele disse que não teria problemas em ficar aqui. Eu prefiro passar mais tempo com você do que com strippers no meu colo.

- Tem strippers lá? – Ludmilla sentiu uma pontada, mas ela não queria admitir que era uma pontada de ciúmes.

- Sim, eles foram numa boate famosa da cidade.

- Hm. – Ludmilla sentou na cama. – Eu acho que vou dormir, amanhã tenho que acordar cedo para fazer cabelo, maquiagem, unhas e coisas assim. – Ludmilla falou pensativa.

- Posso ficar aqui até você dormir? – Xerxes perguntou.

- Claro, sem problemas. - Respondeu Ludmilla.

(...)

Brunna voltava para casa com Caio abraçado em seu pescoço. Ele não estava tão bêbado, mas estava bêbado suficiente para ficar cantando alto pela rua.

- Shiii. Você vai acordar a vizinhança inteira. – A morena falou rindo.

- Eu já disse que adoro seu sotaque inglês?

- Não, mas agora eu já sei. – Brunna percebeu a luz do quarto Ludmilla acesa, mas logo depois foi apagada. Ela ia abri a porta da entrada, mas Xerxes abriu primeiro e os dois ficaram se encarando. Ele estava com a blusa social aberta, cabelos bagunçados e segurava seus sapatos nas mãos.

- O que está aconteceu? – Luane apareceu por conta dos berros do marido cantando. – Caio! – ela falou indo ajudar Brunna.

- Oi, meu amor. – O homem alcoolizado falou. Brunna e Xerxes ainda se encaravam na porta.

- Brunna, me ajuda. Por favor – Luane pediu após perceber o clima entre os dois. Brunna passou pelo homem e foi ajudá-la a levar o noivo para o quarto. – Obrigada. – Luane tinha um pesar na voz, como um quase "sinto muito". Ela havia visto Xerxes sair do quarto da irmã mais velha.

- Não tem de quê. Boa noite, Luane. – Brunna saiu do quarto e ponderou em abrir a porta ou não. No fim abriu a porta, dando de cara com Ludmilla toda esparramada na cama, haviam dois travesseiros e ambos estavam bagunçados, como se duas pessoas tivessem dormido juntas.

Brunna se sentou na beirada da cama e ficou olhando Ludmilla dormir tranquilamente.

"Não temos nada, mas estou possessa de ciúmes" – Ludmilla pensou olhando para a carioca. – "Você realmente é diferente Ludmilla, talvez por isso esteja mexendo comigo dessa forma, palavras que já saíram da boca de terceiros e nunca me ofenderam, essa noite foi como uma faca cravada no meu coração."

Uma hora e meia depois Brunna decidiu ir tomar banho e se deitar também. Abaixou-se em frente a sua mala e abriu o zíper, mas para sua surpresa um envelope pardo caiu de lá. Havia um bilhete na frente.

'Três mil dólares, pela noite de ontem, espero que esteja tudo certo. Ludmilla Oliveira.'

Brunna ficou olhando para o envelope por um longo tempo.

"O caçador um dia vira caça" – segurava firme o envelope. Nunca achou que um dia receber para dá prazer a alguém doeria tanto. Colocou o dinheiro em cima da escrivaninha de Ludmilla, pegou uma calça jeans, uma blusa de banda, um conjunto de calcinha e sutiã. Tomou um banho demorado, queria chorar, mas era difícil. Era como se algo a bloqueasse.

Depois de vestida olhou na mala e na carteira para vê quanto de dinheiro tinha.

"Três mil e oito centos" – era o que ela tinha de dinheiro vivo em mãos. Colocou tudo no papel pardo e desceu com seu celular e seu cartão de banco. Ela havia visto um caixa 24 horas numa loja de conveniência perto da casa de Ludmilla, quando Caio parou para vomitar. Ela nem se importou em ir a pé até lá. Retirou o dinheiro, comprou uma raspadinha de uva e foi voltando para a casa dos Oliveira's. Ela queria sair de lá antes que todos acordassem, ela não queria ter que dá explicações. Os Oliveira's eram pessoas boas e Caio, Brunna havia se aproximado bastante dele.

- Pra estar me ligando essa hora tem que ser importante. – Ohana falou sonolenta.

- Me pega no aeroporto pela manhã?

- Como assim? O casamento não é mais tarde?

- Infelizmente algumas coisas deram errado, eu estou quebrando o contrato.

- Brunna, você nunca quebra um contrato, o que aconteceu? – Ohana falou nervosa.

- Nada demais, ela é diferente de todos os outros e outras – Brunna limitou-se a falar isso.

- Isso não é bom?

- Nós transamos Ohana, e ai aconteceram uma série de coisas, no fim eu volto para Ipanema e esqueço esses três malditos dias em São Paulo. – Brunna massageou as temporas.

- Tudo bem, percebi que não quer falar sobre isso agora. Liga pra Lexa, ela está na cidade...

- Não, Lexa é amiga dela e veio aqui para o casamento. Vou ligar para um taxi e vou para o aeroporto.

- Você vai sair sem dizer nada? Você disse que o noivo era uma pessoa legal, vai embora sem se despedir dele? – Ohana queria que Brunna ficasse e conversasse com Ludmilla, talvez as duas pudessem se entender.

- Caio vai entender, depois eu mando um presente caro pra ele com um cartão legal. Vou entrar na casa, está todo mundo dormindo, depois nos falamos. – Brunna encerrou a ligação. Foi até o quarto e colocou os dois mil e duzentos reais que faltavam dentro do envelope, procurou um papel e uma caneta.

'No envelope possui R$ 9 mil reais. Como estipulado no contrato, quem quebrar o contato paga o dobro do valor do serviço, então são R$ 6 mil da minha contratação e R$ 3 mil da noite de sexta, a qual nunca houve a pretensão de cobrança.' B.G

Brunna já havia ligado para companhia de taxi, que chegou bem rápido por sinal. Ela pegou as malas e começou a descer as escadas. Quando voltou para buscar a carteira que havia esquecido Caio apareceu na porta do quarto.

- Brunna? – ele passou a mão pelos olhos. – O que está fazendo?

- É.. – ela olhou para a, guardou a carteira e saiu do quarto fechando a porta de leve. – Olha Caio, eu realmente gostei de você. – colocou a mão no ombro do homem – Mas acontece que eu sou uma acompanhante de luxo. – o homem franziu o cenho. – Ludmilla me contratou, mas algo deu errado e eu estou indo embora. – Brunna tentou sair, mas Caio não deixou.

- Que história doida é essa? Você tá se drogando?

- Não, Caio. Eu sou realmente uma acompanhante te luxo. Acontece que... olha, eu tenho que ir... – ela desceu as escadas correndo, mas o homem a seguiu, impedindo que entrasse no taxi. – Torne as coisas mais fáceis Caio... – Brunna soltou um longo suspiro.

- Por que está realmente indo embora? – ele falou sério. Brunna ficou um longo tempo calada encarando ele.

- Eu sou uma acompanhante de...

- Eu já entendi essa parte. – ele a interrompeu. – E sei que você teria que ficar até domingo, porque  Ludmilla não pagaria pra você ir embora no meio da madrugada.

- Depois de nove anos no ramo, pela primeira vez eu me envolvi sentimentalmente com uma cliente. Quando eu comecei a fazer isso era para ajudar nas despesas da faculdade. Eu sempre menti para meus amigos dizendo que era porque eu queria diversão e coisas do gênero, mas eu precisava pagar meus estudos. Eu perdi minha bolsa de estudos no segundo ano de faculdade, um ombro lesionado. A herança dos meus pais só poderia ser liberada pra mim com vinte e um anos, então eu conheci um cara na faculdade e ele me ajudou. – Caio estava encarando Brunna. A morena percebeu que seu olhar não possuia julgamento.

- O que houve pra você estar indo embora?

- Ludmilla provavelmente ainda ama o Xerxes e nunca vai levar a sério o que eu disser porquê ela me acha uma prostituta de luxo. – Brunna abaixou a cabeça – Em três dias Ludmilla Oliveira conseguiu quebrar todas as barreiras do meu coração. De uma só vez – A primeira pessoa a quem Brunna se abriu em anos foi Caio. Ele era outro que quebrou as barreiras dela bem rápido.

- É meu casamento Brunna, eu realmente quero você lá. Se eu pudesse até te colocaria como meu padrinho, madrinha, sei lá... qualquer coisa – os dois riram. – Por favor, vai ser importante para mim.

- Caio, eu não posso. – Brunna não queria mais ficar no mesmo ambiente que Ludmilla, ela não conseguiria disfarçar.

(...)

O grande dia havia chegado. Ludmilla foi acordada por passos no corredor e cochichos.

- Como assim passaram a noite juntos? – Era a voz de Luisa.

- Caio estava furioso ontem a noite – Luane falou – Tem noção? o Caio nunca se enfurece com nada.

Ludmilla levantou sonolenta e foi abrir a porta para mandar as duas calarem a boca, mas quando tocou na maçaneta ouviu movimentação no corredor, como se elas estivessem correndo. Nenhuma das duas queria dar a noticia de que Brunna havia ido embora. Caio na noite anterior contou tudo para Luane, ele estava realmente bravo.

A carioca vestiu roupas menos curtas para descer e tomar café com a família, antes que começasse a loucura toda. Ainda sonolenta sentou-se a mesa.

- Bom dia. – falou com a voz rouca.

- Bom dia. – seus pais responderam. Caio desceu e sentou-se a mesa, logo Luane se juntou a ele. Sua mãe serviu o café da manhã. Luane informou aos pais de Ludmilla que Brunna havia ido embora e contou tudo, mas que não eram para fazer perguntas ou falar sobre o assunto. Todos estavam tomando café em silencio.

"Será que ela vai perceber que Brunna foi embora antes do casamento?" – Luane pensou olhando pra irmã que encarava as panquecas com gotas de chocolate.

- Mãe, por que não guardou algumas panquecas para Brunna? sabe que ela adorou quando você fez na sexta. – Ludmilla se levantou indo vê se a mãe havia guardado algumas para a morena de olhos castanhos. Ela percebeu que todos estavam meio estranhos – o que aconteceu? – Ela perguntou sem entender. Foi só então que deu-se conta que Brunna não estava com ela no quarto. – Brunna já acordou? – mais silencio. – Por que ninguém responde, aconteceu algo com ela? – Caio se levantou da mesa e colocou seu prato dentro da pia. Luane levantou-se e foi pra perto do marido.

- Brunna deixou um bilhete para você em cima da sua escrivaninha, assim como havia deixado ontem que iria preparar seu café da manhã, quando você saiu correndo pros braços do Xerxes. Renato, você será meu padrinho de casamento. – Caio falou.

- Mas no convite...

- Eu não me importo, Luane. – Caio a cortou. – Renato será nosso padrinho e ponto final. – Luane não sabia, mas Caio havia descoberto, através de mensagens anônimas que o chamavam de corno manso e foto dos dois juntos, que Xerxes havia dormido com ela, exatamente na mesma época em que eles começaram a namorar. Ele só não estava com mais raiva, porque Ludmilla e Xerxes já estavam separados, então sua futura mulher não era uma vagabunda ladra destruidora de noivados.

Ludmilla ainda não havia entendido, foi pega de surpresa por tudo.

"Café da manhã...bilhetes... Brunna não estava em casa..." – subiu pensando nessas coisas

Ela viu um envelope de papel pardo bem cheio. Presumiu ser o mesmo que havia deixado o dinheiro da noite de sexta para Brunna. Começou a ler o bilhete...

'No envelope possui R$ 9 mil dólares. Como estipulado no contrato, quem quebrar o contrato paga o dobro do valor do serviço, então são R$ 6 mil da minha contratação e R$ 3 mil da noite de sexta, a qual nunca houve a pretensão de cobrança. ' B.G

Ludmilla sentiu o coração apertar e um nó na garganta. Brunna havia ido embora e devolveu o dinheiro inteiro, nem os três mil do sexo ela quis.

- Então... – a ficha finalmente havia caído. Ludmilla desceu as escadas correndo. – Onde ela está? – Perguntou para os pais

- Caio foi o ultimo a falar com ela. – Renato respondeu. Ludmilla ia chamar por Caio, mas o viu lá fora tendo uma conversa acalorada com a irmã.

O homem estava vermelho como um pimentão e Luane estava ficando com medo, nunca havia visto seu noivo daquela maneira, ele era sempre calmo e ela sempre dava a ultima palavra.

- Você me traiu com ele? Responde! – Ele falou um pouco mais alto.

- Caio, foi no inicio, antes da gente firmar compromisso eu não...

- Você dormiu com ele enquanto ele estava com a Ludmilla? – Caio não sabia, mas tudo que eles falavam dava pra ser ouvido dentro da casa. E Ludmilla havia escutado aquilo, mesmo não querendo, ela ficou realmente magoada. Nem se ela tivesse bêbada e Caio terminasse com Luane ela transaria com o homem, mesmo o achando atraente.

- Não! Claro que não... – Luane falou chorando – Eles já estavam separados, a gente tinha bebido e aconteceu. Foi só uma vez – Luane falou.

- Ah, é? Então por que tem fotos de vocês dois pelados em lugares diferentes? – ele tirou o celular do bolso e mostrou pra ela.

- Amor... – Luane tentou se aproximar, mas Caio se afastou – Foi antes de ficarmos firmes... eu juro...

- Como posso acreditar em você? – ele falou magoado.

- Caio, você me conhece melhor que ninguém... só aconteceu... É passado...

- Eu... eu preciso de um tempo pra pensar.

- Você quer cancelar o casamento? – ela falou desesperada e o homem ficou calado – Você não quer mais casar?

- Eu sinceramente não sei qual a resposta pra essa pergunta. – ele saiu pela parte de trás da casa. Luane entrou correndo para o quarto e Ludmilla estava sentada de cabeça baixa na mesa. Silvana subiu para vê a filha mais nova e Renato ficou com a mais velha.

- Eu sinto muito, Lu. – Renato abraça sua enteada mais velha. Ele havia a consolado depois que Xerxes partiu seu coração.

(...)

O telefone de Brunna começou a tocar freneticamente, ele não para um minuto. Logo depois as batidas fortes na porta. A morena levanta sonolenta, havia dormido a umas duas horas no máximo.

- Já vai! – ela se arrasta até a porta, quando abre da de cara com Caio, vermelho, nervoso e chorando. – O houve? – pergunta sem entender.

- Ela me traiu... ela me traiu com aquele filho da puta que eu chamava de melhor amigo. – ele falou alto. Brunna fechou a porta do quarto.

- Senta, vou pegar água pra você – ela foi até a jarra de água que tinha ali e serviu um copo para o homem e o entregou. Depois que ele ficou mais calmo, Brunna perguntou novamente – O que aconteceu?

- Luane dormiu com Xerxes. – ele trincou o maxilar com força. – Eu recebi fotos dos dois juntos. E mensagens como 'corno manso' 'pau mandado' 'é broxa por isso leva chifres' – ele mostrou para Brunna.

- Reconhece o número?

- Claro que não, se não eu iria quebrar a cara dessa pessoa. – ele levantou nervoso.

- As fotos são antigas?

- Ela jurou que eram do inicio do namoro, mas quando eu perguntei quantas vezes, ela disse uma. Porém tem mais um lugar diferente ai. – ele passou as fotos, nem se importando deles estarem pelados. – Mas como posso acreditar se ela mentiu pra mim sobre mim isso?

- Sabe Caio, estou a muito tempo nessa profissão. Conheci homens e mulheres casados. Alguns traiam sem motivos, outros mesmo traindo ainda amavam seu parceiro, mas estavam passando por momentos difíceis e no fim eles voltavam e tentavam de toda forma manter o relacionamento durar.

- Onde você quer chegar com isso? – ele se sentou

- O que eu quero dizer é que, vocês estão namorando a um longo tempo, noivaram e vão casar, hoje. Você percebe em que grupo está agora?

- Mas ela me traiu – ele levantou-se novamente

- Se ela diz que foi a muito tempo você tem que acreditar, afinal é a confiança. Se você a ama e quer realmente casar com ela, vai ter que passar por cima disso e acreditar nela. – o homem ficou pensativo – Vocês brigaram?

- Sim... – ele suspirou

- Vocês vão se casar daqui oito horas mais ou menos – Brunna olhou no seu relógio de pulso. – Sabe uma coisa que eu aprendi, mas não foi na profissão – ele negou – Que sexo de reconciliação é sempre o melhor. – ela piscou para ele. – Vai pra casa e mostra pra ela que você é melhor que aquele idiota – Caio se levantou num pulo.

- É verdade – ele abraçou Brunna – Ah, e Camila perguntou por você, pediu até pra mãe Oliveira guardar panquecas com gotas de chocolate que você gosta. – Brunna desviou o olhar. – Chegou minha hora de dá conselhos... Conversa com ela e para de fugir, porque tá na cara que você está com medo. – ele saiu do hotel sem nem ao menos esperar Brunna responder.

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