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CAPÍTULO DEZOITO

HADDON WARD

Andrew está usando minha camisa surrada como travesseiro. Faz alguns dias que tudo o que ele faz é ficar deitado no catre semi-enferrujado da nossa pequena cela. Às vezes ele levanta e urina em um canto, mas ficar na horizontal é basicamente seu passatempo.

Uma gota gorda de suor escorre pelas minhas costas. Meus pés não conseguem parar de se movimentar e meu estômago dá voltas. Odeio me sentir confinado e sem escolhas.

— Você vai acabar abrindo um buraco do chão, cara. — Andrew comenta depois de um longo período de silêncio.

— Eu não posso parar. Como tudo pode cair tão rápido? Nem tivemos chance... — Repito as mesmas perguntas que estive fazendo há dias. Andrew nem se dá ao trabalho de responder. As interrogações continuam rodando e meus pés continuam marchando.

Ele está certo. Enquanto tudo o que ele faz é ficar parado, tudo o que faço é me mexer. Sempre. O tempo todo.
Meu sono é intermitente há dias, minha consciência não consegue descansar sob o peso da derrota tão avassaladora. E tão rápida.
A culpa e o fracasso vem em ondas e eu sou o quebra-mar.
E tem Elain. As indagações sobre o seu estado são tantas que meu cérebro parece rachar. Assim como meu coração.
Estaria viva? Escapado, talvez? Ou enfurnada em alguma cela não muito distante?

Andrew está certo. Vou acabar abrindo um buraco no chão. Respiro fundo e sento no chão frio, as costas contra a parede de pedra.
Estico meu pés e eles batem no catre de ferro. Mal há espaço para uma pessoa, quiçá duas. Mas mesmo assim, aqui estamos.

– Eu daria meu braço pra ver o sol só mais uma vez. — Andrew fala de forma dramática.

— Eu daria meu braço por um prato de comida decente. — Respondo de volta, embora seja mentira. O silêncio do confinamento é o pior, então o preenchemos com banalidades.

— Você acha que irão nos enforcar? — Ele questiona, num tom resignado.

— Não.

— Você parece confiante. — Andrew se vira e me encara.

— Já teriam feito uma hora dessa. Não acho que desperdiçariam comida conosco para nos matar em seguida. — Digo, porque é o certo a se dizer. Ele não quer a verdade, mas alguma esperança pra aguentar mais alguns dias.

Andrew se vira e volta a encarar o teto. Mantenho o silêncio e não digo que já posso sentir a corda abraçando meu pescoço.

Volto a caminhar.

***

A refeição é servida em intervalos regulares, sendo refeição um termo generoso para descrever a ração que nos dão.
Nós aprendemos a ingerir a papa sem vomitar depois de muita prática. Não porque o gosto fosse intragável (embora fosse), mas sim pelo cheiro de urina e dejetos da cela. Há um balde de ferro em um canto que nunca é trocado e o qual aprendemos a evitar.

Faz algumas horas que recebemos nossa última porção e Andrew já está sentado no catre. Isso significa que teremos um prato em breve. E água.

A água nunca parece suficiente.

O barulho das chaves está cada vez mais próximo, mas não consigo me animar. Andrew, por outro lado, encara a porta como se ela fosse um inimigo.

Uma tranca se abre e uma porção de luz invade a cela. O corredor é parcamente iluminado por algumas tochas.
A porta é escancarada e isso, por si só, já é estranho. Andrew se levanta de supetão e eu o encaro. Muito estranho.

— Levanta, seu pocalhão, que a gente não tem muito tempo. — Um guarda me fala com uma voz familiar.

— Jeb? Jeb, é você? — Andrew questiona e eu me viro para o guarda, estreitando os olhos.

— Andy, pega esse inútil e vamos sair daqui. Rápido que o intervalo de turnos já vai acabar! — O guarda-com-voz-de-Jeb fala e me puxa pelo ombro. Andrew me agarra de alguma forma e sou colocada de pé.

— Jeb, o que você está fazendo aqui? — Pergunto, arregalando os olhos e compreendendo a situação.

— Estou salvando sua bunda pesada, é isso que estou fazendo aqui. — Ele responde com certa falta de ar.

— Como você conseguiu passar? — Começo minhas indagações. Jeb fecha a porta da minha cela e lidera o caminho para que Andrew e eu o sigamos. Estamos meio correndo, meio caminhando.

— Com um plano muito, muito louco e que talvez custe a minha cabeça. — Ele responde.

Andamos mais um pouco num silêncio estupefato até que Jeb nos empurra para uma câmara.

— Rápido, vistam esse uniformes. — Jeb nos entrega roupas marrons e cinzas.

Vestimos tudo muito rápido e escondemos nossas roupas em outro balde de dejetos que estava ali.

— Jeb, o que aconteceu? O que houve com o Palácio? — Questiono.

— Eu prometo que vou responder tudo, mas não temos tempo. Temos que correr.
Agora.

Voltamos para os corredores, torcendo para que o que quer que Jeb tivesse planejado desse certo.

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