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26

Eu acordei enjoada, o balanço da carroça estava me fazendo mal. 

-Ester, você tem alguma ideia de que horas são?

Ela puxou o único relógio de bolso da família, Pá havia dado a ela em seu aniversário de dezenove anos. Um presente caro, mas significativo para marcar a data de sua maioridade.

-13 horas. 

-Estou com fome.

-Miau. (Quando não?)

Ignorei o gato.

-Eu também estou, vou cortar o pão para nós. George, você também quer?

-Não, Ester, obrigada.

Ela concordou com a cabeça e abriu a sacola que estava com ela. De lá ela tirou um pão preto e cortou duas fatias. Depois de me pedir para segurá-las, voltou a guardar o pão.

-Miau. (Estou com fome, quero um pedaço também.)

-Cale a boca desse bicho.

Bolinho fechou a cara, ele parecia maligno quando fazia isso, senti medo pela velha. Tirei um pedaço do meu pão para o gato, que quase arrancou meu dedo junto quando mordeu. Ele lambeu o sangue do corte que fez com a mordida antes de voltar a comer.

-Que nojo Ellie, você não deveria deixar o gato lamber seu machucado.

Fiquei vermelha pensando em todas as vezes que Riwty me lambeu.

-Talvez você tenha razão.

-Miau. (Como assim? Não estou concordando com isso, o único sangue humano que eu tenho acesso atualmente é o seu.)

-Miau. (Vou começar a matar as pessoas da sua vila então. Já que não posso me afastar de você.)

-Não!_ Falei sem pensar.

Todos olharam para mim espantados.

-Essa garota maluca e esse gato deveriam ser deixados na estrada.

Coloquei Bolinho perto do meu rosto como se fosse beijá-lo e sussurrei em seu ouvido.

-Calma, você pode continuar me mordendo, eu só precisava responder alguma coisa, mas você não vai matar ninguém. Agora preciso que fique quieto antes que nos expulsem.

Bolinho não fez mais nenhum barulho. Nós só paramos para dormir, era uma estalagem pequena e mal acabada, chamada chifre do boi.

-Seguiremos viagem às 6, estejam aqui, não vou ficar esperando._ Falou o condutor.

Entramos no lugar que fazia a taverna de Pá parecer uma mansão. O chão estava sujo de vômito e cerveja e os frequentadores tinham um aspecto assustador.

Pá pediu dois quartos e três pratos de empadão, além de vinho. O estalageiro, um homem obeso e cabeludo que usava um avental sujo, olhou para Bolinho como se ele desse uma ótima torta, aquilo me deixou receosa sobre a comida.

Pá levou nossos baús para os quartos enquanto eu e Ester esperávamos o empadão. Estava muito nervosa, então apertava Bolinho como se ele fosse um bicho de pelúcia. O gato já estava cravando as unhas no meu ombro para indicar que não estava gostando, mas eu não ligava.

-Tente parecer mais confiante, se continuar parecendo um bichinho assustado eles vão vir para cima de você. Homens desse tipo são como lobos, conseguem sentir o cheiro do medo.

-Miau.
(Carne de lobo não é muito agradável, ela é dura e tem pouca gordura.)

Riwty deveria estar com fome para falar uma coisa inútil como essa, ou tentava me distrair. Funcionou bem, porque comecei a pensar de que modo os fae caçavam. Um dia perguntaria isso a ele.

Tentei aparentar mais confiança, mas fiquei visivelmente mais calma quando a comida chegou. Pá estava descendo as escadas e nos ajudou a carregar as bandejas para cima.

Os quartos eram tão ruins quanto o resto, desconfiei seriamente da cama, aquilo deveria ter pulgas e carrapatos.

-Meninas, vou deixar vocês aqui. Meu quarto é o próximo. 

Sentei na cama e Bolinho pulou para o chão. Ester me entregou meu prato e ficou olhando para o dela. Peguei uma garfada e quase cuspi, nunca tinha comido algo tão salgado em toda a minha vida.

Ester teve a mesma reação que eu. Deixamos os pratos no chão para Bolinho, que cheirou e foi embora.

-Miau.
(Prefiro caçar minha própria comida.)

Com isso ele pulou pela janela.

-Faz muito tempo que não dormimos juntas.

-É verdade. Você está ansiosa para o casamento?

-Sim, casar com o John é um sonho, e você?

-Estou muito nervosa.

-Não tem lugar para tomar banho aqui e eu ouvi um pessoal falando que o banheiro fica lá embaixo.

-Acho que eu preferia fazer no mato.

-Eu também.

-Melhor irmos agora enquanto ainda tem luz, é menos perigoso.

-Verdade, vamos.

Descemos as escadas novamente, o cheiro de suor daqueles homens era tão forte que me incomodava. Vi algumas prostitutas circulando. A roupa delas não tinha corpete, apenas o espartilho. Uma delas tinha os seios tão grandes que pulavam para fora do tecido.

Seus rostos eram adoentados, pareciam extremamente infelizes. Em comparação com as da minha vila, as moças de Pinha eram privilegiadas. Aquela visão estava me deixando triste, então olhei para o chão.

Andamos por trás da estalagem até a floresta, minha irmã começou a ficar nervosa depois do segundo metro.

-O que foi Ester?

-Não gosto de florestas, assim como você. Não sei como pode estar tão calma.

-Bem, não gosto de entrar em florestas sozinha.

-Um fae pode te escolher só pelo fato de ter te visto.

-Não acho que um fae me escolheria, seria muito azar para uma pessoa só. _ Falei com amargura.

-Por que diz isso?

-Nada em específico.

Só por toda a minha vida ser uma farsa, pelos meus sonhos terem virado pó, por ter perdido minhas amizades, ninguém gostar de mim e você sentir desgosto por quem eu sou. Chega! Sacudi a cabeça antes que meus pensamentos ficassem ainda mais deprimentes e eu começasse a chorar. Minha vida poderia ser como a daquelas três moças dentro da estalagem, era visível que elas possuíam alguma doença venérea. Quanto tempo elas teriam de vida? 

Chegamos em um ponto que Ester achou estar bom o suficiente para que nos aliviássemos.  Ela foi primeiro, porque disse que estava muito apertada. Justamente quando eu estava ocupada ouvimos vozes. Retirava minha observação, nunca era azar demais para uma pessoa só. Levantei depressa e começamos a caminhar.

-Onde é que essas duas moças bonitas vão assim sozinhas?

Nenhuma de nós respondeu. Um deles me agarrou pelo braço, o bafo do álcool e falta de banho me atingiu.

-Me solta.

O outro homem, mais alto e mais gordo, segurou minha irmã.

-Imagina se nós vamos deixar duas belezinhas como vocês saírem por aí assim desacompanhadas. Vamos cuidar para que ninguém faça mal a vocês, mas claro que queremos um agradecimento em troca.

-Se você encostar um dedo em mim...

-Deixa de ser arisca. _ Falou o outro para a minha irmã. 

Ele torceu o braço dela de uma maneira que ia fazê-la gritar se não tivesse tampado sua boca.

-Se vocês querem ficar vivas fiquem quietinhas._ Falou o que me segurava.

-Por favor, nos solte.

O ogro que estava me segurando ficou teso, seu olhar pareceu perdido e sua voz saiu distante quando ele falou:

-Tudo bem. Vamos, solte a outra, vamos embora.

O outro homem pareceu confuso, mas logo em seguida soltou minha irmã e marchou atrás do que foi primeiro. Eles andaram em direção ao meio da floresta.  Uma coruja marrom voou para lá instantes depois.

-O que aconteceu com eles?

-Não importa, só agradeça por eles terem ido embora. 

-Agradecer a quem?

-As forças da natureza.

-Você nunca foi de falar algo assim.

-Vamos embora Ester, eu quero sair dessa floresta o mais rápido possível._ De preferência antes dos gritos.

Já havia passado uma hora desde que tínhamos voltado para a estalagem quando Bolinho apareceu, com o rosto todo sujo de sangue.

-Olha, parece que Bolinho conseguiu caçar um rato por aqui._ Falou minha irmã.

-Miau. (Sim, dois ratos grandes e gordos)

-Devem ter muitos por aqui, Ester.


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