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Acabei cochilando no sofá de Pá, quando acordei estava com uma manta de lã de ovelha sobre o corpo. Meu sogro estava em algum local da casa quase gritando.

-Como você pôde? Depois de tudo o que ela fez por você? Quantas vezes ela te pediu para tomar cuidado? Ela abriu mão de tudo para que você pudesse viver desse jeito. O que quer que ela queira fazer da vida dela você não deve comentar, não está em posição de criticar ninguém. Se ela quiser te abandonar agora eu dou o dinheiro para ela sair daqui e construir a vida dela em outro canto, isso é o que você merece. Criatura ingrata.

Ouvi um estalo e levantei correndo atrás do som. Pá estava com o cinto levantado para bater em Pablo novamente, os dois choravam.

-Não, Pá. Pare por favor, por mim.

Tirei o cinto da mão dele e o abracei.

-Eu estou bem, só fiquei um pouco triste, só isso.

Ele me abraçou de volta, as lágrimas pingavam em minha cabeça.

-Me perdoe, filha. Desculpa te fazer passar por isso. Você não a merece.

-Eu sei, Pá. Eu sei.

Pá saiu do quarto e nos deixou a sós.

-Desculpa Ellie e obrigada pelo que fez, pelo que tem feito até hoje por mim.

-Ah, mas você vai me mimar muito quando nos casarmos não é?_disse em tom de brincadeira.

-Te darei tudo o que quiser.
Ele me abraçou e ficamos ali algum tempo.

-Seu pai te contou que vamos casar mês que vêm?

-Sim, ele disse que deveríamos fazer um casamento duplo, já que o da sua irmã com meu irmão vai ser no mesmo mês.

-Ele não vai conseguir aproveitar, só vai me lançar olhares de ódio.

-Assim que você engravidar contaremos tudo para ele.

-Você sabe qual é a minha exigência.

-Eu sei, os trabalhos domésticos são meus e eu vou cuidar do bebê sempre que você quiser sair.

-Eu só tenho 16 anos, Pablo. Tenho direito de querer sair com minhas amigas e namorar.

-Só te peço que o nosso primeiro filho seja ou com Matias ou com Felipe. Felipe tem a mesma cor de olhos e cabelos que eu e o Matias apesar de ter olhos azuis, suas irmãs também têm.

-Não posso procurar ninguém de olhos verdes e ruivo como eu?

-O único que eu conheço assim é o Richie e ele vive bêbado demais para te engravidar.

Rimos juntos.

-Você não ficaria com ciúmes se fosse o Matias?

-Ficaria feliz. O ideal seria comigo, mas sabemos que eu não consigo.

Lembrei de nossas tentativas desastradas dos últimos tempos. Tudo acabava com Pablinho chorando e eu esfregando suas costas dizendo que tudo ficaria bem.

-Você vai dormir aqui hoje?

-Não, vou para casa enfrentar a minha irmã. Pode me levar?

-Claro.

Andamos de mãos dadas pela vila, algumas mulheres sussurravam xingamentos no meu ouvido e sorriam calorosamente para meu noivo. Ele era um dos melhores partidos de Pinha. Bonito, com seu corpo atlético, cabelos de um loiro escuro e olhos castanho claros. Além de ser bem alto. Elas se ressentiam de mim tanto por ser noiva dele quanto por ser o único caso fixo de Matias, considerado o homem mais bonito da cidade, notoriamente libertino, apesar de nunca ter uma mulher por mais de uma vez, exceto por mim, haha, se soubessem. Os homens sorriam descaradamente para mim, então me aconcheguei em meu noivo.
Não confiava que alguns deles respeitariam meu não.

Pedi para passar na padaria, para falar com a minha chefe, uma das mulheres mais doces da cidade, Dona Gema.

-Minha florzinha, entre por favor. Eu gostaria de falar contigo sozinha. Senhor Pablo, fique aí e pegue os chocolates que seu pai encomendou.

Meu noivo assentiu e eu fui para a cozinha com ela, um lugar abafado e cheio de prateleiras e armários de madeira escura. Os dois balcões estavam cobertos de farinha e bandejas com vários doces. Olhei para a torta de creme com cereja, meu doce preferido, mas tentei não encarar pois não tinha dinheiro para comprar uma. Infelizmente, dona Gema viu meu olhar e tirou três da bandeja.

-Come minha flor, seu dia foi difícil, fica tranquila que não vou tirar do seu ordenado.

Sentamos em dois banquinhos redondos em volta de uma mesinha minúscula. Dona Gema pegou minha mão esquerda enquanto eu enfiava metade da primeira tortinha na boca. Minha patroa riu com sua boca desdentada.

-Minha filha, soube o que aconteceu hoje._ nesse momento achei que ia levar uma bronca, aquilo quase me levou às lágrimas novamente, Dona Gema nunca tinha me repreendido._ Você tem certeza de que quer casar com aquele moço? Ele não merece você, sei o quanto ele te faz sofrer as vezes. Eu podia casar você com o meu neto, ele mora no outro condado e eu estou indo morar lá ano que vem. Você poderia ter uma vida nova, tem um coração tão lindo e puro.

-Ah, vovó. Eu não posso.

-Pode sim.

-A senhora não entende.

-Eu entendo sim, sei o que aquele garoto é e o que você está fazendo, mas você não tem obrigação nenhuma.

-Eu posso pensar?

-Claro, minha flor, você tem um ano para isso. E leva essas bombinhas de chocolate para a sua irmã, eu sei que ela adora. Vê se não falta amanhã, foi difícil sem você aqui.

Pedi desculpas e saí com dois embrulhos. Ia esconder minhas tortas quando chegasse em casa e dar as bombinhas para Elise assim que ela voltasse da escola.

Quando ela fizesse catorze anos ia procurar um trabalho, a escola comunitária ia até aquela idade, depois era necessário pagar um valor que não tínhamos condições. Pelo menos saíamos alfabetizadas e sabendo fazer contas, plantar, um pouco da história do nosso reino e claro, a religião de Pinha.

Minha casa ficava um pouco afastada do centro da vila e perto demais da floresta na minha opinião.

Pablo me deixou na porta com o selinho relutante de sempre. As vezes achava que ele limpava a boca assim que eu virava as costas.

Antes mesmo de eu colocar a chave na fechadura senti uma mão se fechar em meu braço, virei assustada e vi um Felipe com um rosto muito atormentado.

-Vamos conversar?

Pensei um instante antes de responder, mas se o Felipe era uma das duas opções para engravidar precisava dizer sim. Concordei com a cabeça e fomos para o celeiro da casa do pai dele, esse sim o mais rico da vila.

Sentei em um fardo de feno perto da baia de Penélope, a égua que Felipe me emprestava as vezes. Passei a mão em seu focinho e ela se esfregou em mim. Ele sentou ao meu lado.

-Eu tenho que te pedir desculpas por hoje.

-Você já pediu.

-Não foi o suficiente pelo que eu fiz.

Ele tirou uma caixa pequena de dentro da capa e me entregou. Era um lindo anel de prata com uma pedra azul.

-Você não pode me comprar.

Ele me lançou um olhar triste.

-Eu já tinha comprado, ia te dar hoje de qualquer maneira.

Ele pegou minha mão direita e colocou o anel no meu dedo anelar, em cima da minha aliança de noivado. Agora um círculo dourado e um prateado enfeitavam meu dedo. Arregalei os olhos.

-Eu quis tanto que você se casasse comigo. Te pedi logo após a primeira vez que ficamos juntos. Apesar de não estar decida, parecia feliz. Então três dias depois estava noiva de outro e se esfregando com dois caras pela vila.

-Eu nunca te disse sim, nunca te prometi nada. Além disso, eu sei que não sou a única.

-Não, não é. Mas era até ficar noiva de Pablo.

Aquelas palavras me acertaram, meu coração doeu e por um momento me permiti pensar em como minha vida teria sido diferente, continuaria sendo uma menina querida por toda a cidade, noiva do herdeiro mais rico da vila e amada pelo meu futuro marido.

Tudo mudou quando entrei no celeiro da taberna com Pá e encontrei Matias e Pablo naquela baia. A raiva do meu sogro, o desapontamento. As vozes que ouvi entrando logo após. Não consegui pensar, empurrei Matias para atrás dos fardos de feno, rasguei minhas roupas e me agarrei a meu atual noivo.

Pá arregalou os olhos mas foi a melhor decisão que poderia ter tomado, era o pai de Felipe entrando, o sacerdote da vila, o homem que tinha a autoridade para mutilar e expulsar Pablo da vila.

Quando ele nos viu, sua expressão foi de desgosto e foi a primeira vez que fui chamada de vadia. Pá não hesitou e deu um soco no homem que pensei que seria meu sogro e disse que eu e seu filho estávamos noivos, então não era nada assim tão condenável. O sacerdote cuspiu sangue e concordou.

Após a saída do sacerdote, Pá me entregou sua capa e me cobri. Pablo e Matias se vestiram e depois de um tempo razoável saímos do celeiro e fomos para o último andar da taberna.

Meu sogro surtou com os dois, mandou Matias para fora da casa dele e me puxou para conversar em um quarto. Ele me abraçou e chorou muito, agradeceu por ter salvado seu filho e pediu perdão pelo custo. Eu garanti que faria de novo e era verdade. No dia seguinte encontrei Felipe se agarrando com uma moça no local onde nos encontrávamos, ele me viu e sorriu para mim. No outro dia me parabenizou pelo noivado. Em menos de um mês voltamos a ficar juntos, mas não era mais a mesma coisa.

-Ellie, nós podemos voltar a ser como antes. Eu ignoro tudo o que eu vi e você faz o mesmo e nos casamos. Eu não pude acreditar quando ouvi na vila que vocês finalmente marcaram a data.

-Felipe, eu não posso. Vou me casar com Pablo de qualquer maneira. Se você quiser podemos continuar como estamos. Pablo sabe do nosso caso e não se importa.

-Desgraçado! Ele não ama você.

-Não, mas eu também não o amo, nem
a você.

Aquilo fez com que ele recuasse e a mentira doeu na minha garganta.

-Eu só posso ser um caso para você?

-Sim.

-Então que seja.

Ele me jogou no chão e achei que tivesse perdido meus doces. Algum tempo depois voltava para casa torcendo para que tivesse engravidado.

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