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16

Acordei cedo e arrumei minhas coisas, ia deixar o baú na taverna mesmo, mas os tecidos eu precisaria levar.

-Mariane.

-Oi.

-Estou saindo, tranque a porta.

Ela concordou com a cabeça e saí com todas as minhas coisas escada acima. Carregar um baú era sempre desconfortável, mas não tinha jeito.

Fui para o quarto que eu costumava usar no fim do corredor e encontrei uma cena que me deixou com raiva. Pablo e Matias estavam transando lá dentro.

Matias estava ajoelhado na frente de Pablo chupando seu pênis, fiquei roxa de vergonha. Como eles não perceberam minha entrada, já que a porta estava aberta para meu maior desgosto e irritação.

Joguei o baú no chão e eles pularam, acho que Matias mordeu meu noivo porque Pablo xingou.

-Vocês não aprendem nunca?

Eles começaram a se vestir e eu fechei e tranquei a porta.

-Miau
(Esses dois se comportam como crianças, não têm juízo.)

-Desculpa Ellie.

-Não podia pelo menos ser no seu quarto?

-Eu preciso ir trabalhar.

Abri espaço para Matias sair e fiquei encarando Pablo.

-Pode pegar esse baú para mim e colocar ao lado da parede?

Pablo fez o que pedi sem me olhar, ele parecia envergonhado, mas eu não aguentava mais seus arrependimentos.

Não tentei falar nada, de que o pai dele poderia ter aparecido e ser forçado a ver aquela situação, ou o irmão ter vindo de surpresa, o que seria uma tragédia.

Simplesmente peguei uma bolsa de pano e guardei meus tecidos e linhas, saí dali e fui para a cozinha da taverna.

Pá me deu alguns biscoitos e um leite quente. Que também serviu para Bolinho.

Saí para o trabalho depois de dois dias de molho. Encontrei Beto e dona Gema ocupados na cozinha.

-Bom dia, vovó, Beto.

Beto sorriu largamente para mim, seus olhos puxados virando fendas em seu rosto. Ele realmente era muito bonito.

-Bom dia Ellie, sentimos sua falta por aqui.

-Mil desculpas pelas faltas.

-Claro que um par de mãos a mais é sempre útil, mas estava falando da sua companhia.

Sorri um pouco embaraçada e comecei a arrumar o balcão. Dona Gema retirava do forno uns biscoitos cor de rosa, aquilo chamou minha atenção, nunca tinha visto aqueles.

-Quer experimentar, minha florzinha? São de cereja.

Corri para a bandeja e peguei um, eram maravilhosos.

-Posso pegar mais?

-Claro, essa é apenas uma fornada de teste. Estou testando novas receitas para a festa das meninas da rua 3.

Era assim que eu e dona Gema nos referíamos às prostitutas da vila.

-Não sabia que haveria uma festa.

-Não é para as mulheres saberem, assim os maridos podem comparecer sem complicações.

-Quando vai ser?

-No domingo à noite. As meninas pediram que você entregue os vestidos nessa data, te pagarão o triplo se conseguir.

O triplo era muita coisa, daria para separar uma quantia para o dote de Elise e comprar algumas contas e uma tinta para reformar uma saia antiga e desbotada.  O único problema é que o tempo era muito curto, não dormiria essa semana.

-Qual o motivo dessa festa?

-Não me explicaram.

-Duas meninas contorcionistas vieram da capital fazendo uma apresentação itinerante e chegaram aqui.

-Mas, Beto, se são apenas contorcionistas por que elas não se apresentam na praça?

Beto deu uma leve corada e coçou a cabeça.

-Elas vão fazer algumas poses diferentes e seus trajes serão bem pequenos.

-Ah, sim. Como você soube tanto?

-Bem, eu fui convidado, como todos os homens.

-E você vai?

-Apenas para entregar as encomendas.

-Eu vou precisar que você vá com ele, florzinha.

-Tudo bem.

Aquilo me deixou um pouco animada, nunca tinha ido até lá. A curiosidade sobre como era o lugar era bem grande.

-Florzinha, vou precisar que você cuide do balcão e dos produtos normais sozinha essa semana. Beto e eu vamos fazer todas as encomendas. Mas você vai ser bem recompensada, hoje e amanhã serão os dias de testes, você vai poder comer de tudo e ainda levar para casa.

Sorri largamente diante daquela declaração. Ia aproveitar para levar algo para Mariane também.

A parte da manhã foi uma completa correria, cuidar sozinha das vendas e da comida era bem difícil. Beto foi muito gentil comigo, me ajudando sempre que sobrava qualquer pingo de tempo.

Ele era muito meigo com dona Gema, cuidava muito bem da velhinha. Beto me contou que a ideia de levá-la para o seu condado foi dele, ela estava muito idosa para ficar sozinha.

Aparentemente a senhorinha estava muito relutante em sair dali e para minha surpresa ele disse que não a forçaria, se fosse necessário mudaria para cá.

Beto contava várias histórias sobre sua vila e seu condado. Falou que lá as pessoas em sua maioria eram parecidas com ele,os olhos puxados com o cabelo liso e escuro.

Em seu condado, kosetsu, não praticavam a religião unificadora. Lá, as pessoas colocavam oferendas para que os fae não os escolhessem. Animais eram amarrados no meio da floresta, de preferência em uma árvore sagrada e eram feitos pedidos para que não os escolhessem.

Achei a técnica muito interessante.

-E você já colocou alguma oferenda?

-Sim, a cada seis meses eu coloco uma galinha.

-Entendi.

-Meu netinho, aqui você não pode fazer isso aqui.

-Mas por quê?

-Você será considerado herege e morto._ respondi por dona Gema.

Beto ficou chocado. Ele tinha farinha na bochecha, então espanei levemente com a mão. Beto arregalou os olhos e ficou vermelho, mas deu um daqueles lindos sorrisos e agradeceu.

Meu horário de almoço foi corrido, fui para a taverna rapidamente, levando alguns biscoitos de cereja para Mariane.

Encontrei-a sentada em um banquinho da cozinha enquanto Pá preparava os pedidos.

-Oi pessoal.

-Oi, minha filha.

-Olá, Ellie.

-Miau.
(Oi, Ellie)

-Olha quem apareceu, esse gato ficou o dia todo sumido.

-Ele é um pouco arisco. O que temos para o almoço hoje, Pá.

-Frango assado com batatas cozidas e couve.

-Pode me ver um prato?

-Claro, pode se servir.

Peguei um prato e coloquei minha comida, o frango assado estava muito bonito.

Pá colocou leite em um tigela e um pouco do frango sem a pele para bolinho.

-Miau.
(Eu não gosto muito de frango, não tem alguma outra carne?)

Revirei os olhos e comecei a comer, Mariane me serviu uma caneca de cerveja preta e pegou uma para ela também.

-Trouxe uns biscoitos da vovó para vocês.

Mariane e Pá pegaram os docinhos cor de rosa e sorriram quando comeram, eles eram maravilhosos mesmo.

-Nossa, nunca vi vovó fazer um desses.

-São de teste.

-Ela deveria transformar em regularidade então_ falou Mariane.

-Vou falar isso para ela. Preciso ir, gente, obrigada pelo almoço, Pá. Mais tarde volto para buscar Bolinho.

A parte da tarde foi tão agitada quanto a manhã. Corri o tempo todo e não consegui descansar nem mesmo um minuto. A melhor parte foi experimentar todos os novos produtos de dona Gema. Além dos biscoitinhos de cereja, ela fez de limão e morango, igualmente maravilhosos. Um pequeno folheado com queijo e damasco foi uma descoberta para meu paladar, principalmente porque nunca havia comido damasco.

-Uma pena que esses não farão parte do cardápio da padaria.

-Por que, vovó?_ Perguntei desolada.

-São muito caros e não vão ter saída.

Voltei para casa com uma sacola dos testes de dona Gema para minhas irmãs provarem.

Beto fez questão de me acompanhar e segurou minhas coisas quando precisei carregar Bolinho.

Em um determinado momento Beto arrancou uma florzinha amarela e a colocou no meu cabelo. Aquilo me fez corar, mas o gesto foi tão gentil e seus olhos brilhavam com tanto carinho que eu não consegui negar.

Infelizmente Jeremiah estava passando e viu o gesto.

-Quer dizer que eu só preciso arrancar uma flor para poder tirar sua roupa?

-Você é um imbecil, Jeremiah.

Ele avançou na minha direção e puxou meu queixo, o bafo de álcool me atingiu.  Beto empurrou o outro e o jogou no chão aos socos.

-Você não aprende nunca, Jeremiah.

-Miau
(Não mesmo, sempre tem alguém para te defender, além disso ele não deveria comprar brigas tão bêbado que mal consegue ficar em pé.)

-Você está bem?

-Sim, infelizmente isso é normal.

Beto fechou a cara e ficou em silêncio até me deixar em casa, quando sorriu e beijou minha mão.

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