09
✩。:*•. SEUL, 2017 .•*:。✩
Li Wei estava um pouco ansiosa então praticamente foi correndo do campus da universidade até o escritório da corretora de imóveis, onde ela logo se viu entrando na sala do corretor que como sempre estava sentado confortavelmente em sua cadeira enquanto alguns papéis estavam sobre a mesa de escritório, mas ele não estava sozinho, em uma das duas cadeiras estofadas bem diante da mesa estava sentado um rapaz e mesmo de costas, Xiao sentia que ele lhe era familiar e foi então que o corretor notou sua presença e saudou-a indicando a cadeira vaga a sua frente e ao se aproximar ela pode ver de quem se tratava o rapaz.
— Jun? — A garota ficou um tanto surpresa pois se faziam bons meses desde a última vez que o viu e o chines e este pareceu estar da mesma forma pois de fato não esperava vê-la ali.
— Li Wei! — Ele respondeu com certo entusiasmo enquanto que ela sorriu minimamente se sentando na cadeira vaga ao seu lado.
— O Sr. Wen JunHui, foi quem ofereceu o maior lance para a compra do local. — O corretor se pronunciou com um sorriso e a garota arregalou os olhos e olhou em direção ao rapaz.
— O quê? Mas porque? — Xiao estava confusa. Não via seu amigo a alguns meses mas sabia que a companhia dele estava indo bem na China, ele já havia deixado claro que nunca deixaria o seu país de origem mas ali estava ele.
— Precisava de um novo espaço, não sabia que você era a proprietária do lugar, na verdade eu apenas levei em consideração a boa localização, o espaço em si e também estrutura do seu estúdio, e é bem mais próximo de onde estou morando atualmente. — Ele explicou brevemente e a garota então entendeu o porquê de seu interesse.
— Está expandindo a companhia? — Li Wei indagou o rapaz que apenas acenou afirmativamente com um pequeno sorriso nos lábios.
— Bem vamos assinar os papéis e finalizar a compra do imóvel. — O corretor então chamou a atenção de ambos que apenas assentiram.
A garota ainda não acreditava que estava vendendo o lugar que anteriormente era de seu pai, talvez fosse uma das únicas coisas que tenha restado de sua família agora não tão existente assim, já que ela aparentemente era a única integrante desta por enquanto. Os pais de Jun costumavam ser amigos próximos dos seus mas após seu pai falecer e sua mãe se mudar para a Coreia, eles meio que se afastaram e sua mãe passou grande parte de sua adolescência um pouco ausente pois precisava administrar a fundação e a escola de Artes que acabou sendo fechada após a mais velha entrar em um estado crítico de saúde, Xiao queria poder reabrir a escola e concluir os projetos de seus pais, mas atualmente seria impossível lidar com tudo aquilo sozinha.
Depois de assinarem os papéis e finalizarem a forma do pagamento, Xiao enfim havia vendido seu prédio, o corretor havia ficado mais que contente com aquele negócio que havia lhe dado um grande lucro e um pouco de dor de cabeça também, mas que valeu muito a pena e a chinesa esperava não ter de voltar a aquela corretora novamente.
— Não sabia que estava aqui. — Xiao falou assim que ambos deixaram o prédio da corretora de imóveis, ela estava mais tranquila, era como se um peso enorme tivesse enfim saído de suas costas.
— Desculpe, não tinha como ligar para você, mudou de número, não é mesmo? — Aquilo era verdade, até ela mesma havia se esquecido disso.
— Ah sim, isso foi apenas por causa de algumas coisas relacionadas ao Hui. — A garota explicou um pouco sem graça e Jun apenas suspirou.
— Soube o que ele vêm fazendo, meus pais até disseram que caso você queira ajuda para mover uma ação judicial contra ele, eles estão dispostos a te ajudar nisso. — O chinês comentou ao se lembrar do que seus pais haviam dito a algumas semanas atrás.
— Muito obrigada, Jun. No entanto acho que não tenho muito ânimo para lidar com tribunais, vou esperar o momento certo pois sei que Hui não é assim tão inteligente como pensa, ele ainda vai acabar entrando em uma grande confusão com um dos acionistas ou com todos eles e aí vai ser o momento de eu recuperar tudo que é meu por direito.
— Espero que não demore muito para isso acontecer, caso algo der errado ele pode até mesmo afundar a fundação e o prejuízo será ainda maior. — O rapaz explicou e a garota apenas assentiu, a escola já havia fechado de qualquer forma e o único maior problema seria a fundação de seus pais virar pó, e então ela perderia tudo, inclusive as galerias.
Mas Li Wei não queria ter de pensar nisso no momento, já tinha problemas o suficiente e responsabilidades demais, talvez deixar tudo aquilo para ser resolvido após o nascimento de seu bebe fosse a melhor opção e então ela se lembrou que saiu para ir resolver a venda do estúdio em meio às aulas.
— Bem, eu preciso ir, saí no meio do período de aulas.
— Quer que eu te dê uma carona até a universidade? — Jun ofereceu quase que de imediato.
— Se não for incomodo. — Xiao sorri sem graça.
— Relaxa, tenho bastante tempo livre hoje, para a sua sorte. — O chinês sorri levemente.
Xiao ficou realmente muito feliz em rever um dos seus melhores amigos de infância, talvez ele fosse ser seu único considerando o quanto se conhecem e que por mais que ficassem meses sem se falar nunca seria um clima estranho ou desconfortável.
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Ten estava sem paciência alguma, já era quase horário de almoço e ele não tinha apetite algum, foi quando Taemin entrou em sua sala acompanhado de Sicheng e assim que o viu enfim o tailandês suspirou de alívio, o chinês parecia estar bem e livre de qualquer tipo de risco.
— Desculpe, eu realmente tentei ficar bom o mais rápido possível! — Sicheng explicou e Ten apenas assentiu brevemente.
— Fiquei preocupado com seu estado de saúde e fico feliz que esteja melhor, mas ainda há muitos problemas a serem resolvidos.
— O que já aconteceu? — Taemin perguntou temeroso e outro apenas passou as mãos pelo rosto exasperado.
— Dan-i torceu o tornozelo.
— Como assim? Eu só fui buscar o Sicheng e agora aparece outra pessoa doente? Devem ter jogado uma maldição na companhia. — O Lee reclamou ainda incrédulo.
Alguns segundos depois um dos dançarinos apareceu na porta da sala dizendo que tinha uma garota que estava a procura de Chitaphon. Ele ficou um pouco confuso pois não esperava a visita de ninguém mas permitiu que a tal garota entrasse.
— Acho que sei porque estamos com tanto azar hoje. — Taemin comentou ao ver Yubin passar pela porta e olhou para Ten em seguida. — Boa sorte.
Assim que Taemin e Sicheng deixam a sala, a garota que havia acabado de entrar se sentou no sofá de canto presente no recinto, e Ten no entanto não entendeu o porquê dela estar ali, afinal de contas não havia mais nada para ser dito entre eles mas ela parecia estar determinada a algo e ele meio que não estava interessado em saber o que era.
— Porque está aqui? — Ele perguntou não olhando para ela e sim para a tela de seu computador e a garota no entanto pareceu não se abalar com a postura indiferente dele.
— Vim lhe ver. — Ela respondeu sendo simplista e Ten riu em deboche.
— Me ver? — Aquilo parecia ser uma piada, se fosse em outra época ele até teria achado graça mas para o azar da Kang, ele estava em seu pior dia e por isso não se importou nem um pouco em ser grosseiro ao respondê-la com um: — Ok, você já pode ir.
— Ah, havia me esquecido que você não gosta de garotas que correm atrás de você. — Yubin comentou achando graça e Ten apenas respirou fundo querendo mandá-la ir adiante mas então não estaria fazendo jus a educação dada a si pelos seus pais, então ele apenas usaria o pouco de paciência que ainda lhe restava.
— Yubin, não sei se você se lembra que já esclareci as coisas com você, cada pormenor, então qual a sua real intenção vindo até aqui?
— Isso tudo só por causa da Xiao? — E ela resolveu alfinetá-lo mais uma vez, isso fez Chittaphon respirar fundo tentando se conter em não enxotá-la dali a ponta pés.
— Não têm nada haver com a Xiao, tem haver com nós os dois, Yubin, eu realmente gostei do que tivemos mas nós nunca seremos um casal e nós realmente nunca fomos um, você disse que havia entendido e no entanto está aqui tocando nessa mesma tecla. — Ten estava ficando irritado com Yubin, os dois já haviam dado um ponto final em tudo aquilo e no entanto ela estava voltando a falar sobre aquilo.
— Nós poderíamos ter dado certo.
— Yubin, vá para casa, eu não estou no meu melhor dia e não quero discutir com você pela consideração que tenho a Jeong. — Ten falou sério e Yubin apenas bufou e se levantou.
— Certo, eu não vou tocar mais nesse assunto, só te digo que você deveria ficar mais esperto se quiser realmente ficar com a Xiao, não acho que ela vá te querer tão facilmente. Boa sorte, Chittaphon. — Ela avisou-o antes de sair do local.
— Você costumava ser mais legal, Yubin. — O tailandês balançou a cabeça negativamente como se estivesse um pouco decepcionado, mesmo que nunca tenha esperado de fato grande coisa vindo dela.
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O rapaz chegou a casa do amigo ao anoitecer, viu o carro do Qian na garagem e um outro estacionado quase em frente a casa, o tailandês não sabia quem mais poderia estar ali e também o porquê de Kun não ter dito que voltaria mais cedo que o previsto. Ele adentrou a casa e pôde ouvir vozes animadas vindo da cozinha, uma delas ele reconheceu como sendo a de Kun e Xiao, a terceira no entanto não era nenhum pouco familiar, talvez ele tenha acabado por ter a pior surpresa, aquela que acabaria de vez com o seu dia, deixando claro que não teria paz nem mesmo ao chegar em casa — esta que nem mesmo era a sua — e que de quebra teria de lidar com a visita indesejada.
— Chegou a muito tempo? — Kun perguntou e então Ten se aproximou da porta da cozinha vendo que havia sim uma terceira pessoa ali.
— A duas semanas atrás, como maioria dos eventos são feitos aqui, decidi que deveria trazer a companhia para cá, trazer o meu pessoal da China para cá a cada evento não pareceu ser algo muito inteligente a se fazer com o tempo. — O outro chinês explicou e Ten teve de revirar os olhos ao ver de quem se tratava.
Jun era mais uma pedra em seu sapato e aquele dia pareceu ser o mais insuportável de sua vida, pois além de ver quem não queria ainda tinha de ver Kun, Xiao e Jun no mesmo recinto e conversando como se fossem melhores amigos há décadas, ele nem sabe como Xiao conhecia o dito cujo e sem perceber começou a ficar mau humorado do nada.
— Ten, você está aí a muito tempo? — Kun então se deu conta da presença do tailandês que apenas negou com a cabeça.
— Acabei de chegar.
— Ten, você já conhece o Jun? — Xiao perguntou e o tailandês apenas olhou para o chinês e deu de ombros como se não se importasse com a presença dele, mesmo que suas ações dissessem o contrário.
— Ele tentou levar o Sicheng para a companhia dele.
— Oh, sério? — Xiao estava surpresa, no entanto o Jun apenas sorriu achando graça daquilo, o fato de Chittaphon não ter mudado muito e em como ele ainda era relutante em respirar o mesmo ar que si apenas o fez perceber que ele continuava sendo o mesmo birrento de sempre.
— Devemos reconhecer os talentos que nos cercam. — Jun explicou com um leve sorriso e Ten riu em puro cinismo.
— Sim, então procure os seus talentos e não tente roubar os meus. — Ten alfinetou-o antes de se retirar da cozinha, Kun e Xiao se entreolharam sem dizer.
Talvez, só talvez eles tivessem uma pequena rixa entre si.
✩。:*•. NOTA .•*:。✩
Me desculpem pela demora, eu estive ocupada com assuntos universitários na última semana e também com uma fanfic que era meio que minha prioridade, mas agora irei retomar as atualizações meio que normalmente.
O Jun finalmente deu o ar de sua graça! Ele com toda certeza é um dos meus personagens favoritos nessa fic <3
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