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Capítulo 11 - MEU ERRO foi crer que ela era PROIBIDA PRA MIM

Eduardo

Quando domingo começou, não soube o que fazer. Minha vontade era brotar na porta de Amanda e não sair mais de lá, mas tive muito medo. Era provável que ela não se lembrasse de muita coisa do que havia acontecido – ou, talvez de nada – e que minha presença a deixasse ainda mais desnorteada.

Tentei me manter ocupado. Fui para academia e para o salão de jogos com Gustavo, mas a verdade é que eu monitorava tudo que estava acontecendo pelas mensagens de Lila. Soube quando a Amanda acordou, o que ela disse e soube, para meu alivio, que ela lembrava de algumas coisas. Porém, não de todas.

Mas ela lembrava de nosso beijo e, no momento, isso já era suficiente.

     Lila: conto pra ela tudo que aconteceu?

     Eu: Sim, tudo.

Depois me lembrei que ela não podia contar TUDO. Ela nem sabia de tudo. Eu tinha omitido a parte da dopagem, o que era CRUCIAL para Amanda entender o que tinha acontecido, porém, eu mesmo queria ter essa conversa com ela.

     Eu: Custe o que custar, não deixe ela chegar perto do monitor.

     Lila: Ok, seu esquisito.

Eu não sabia o que fazer. Esperar Amanda sair do quarto estava sendo um suplico então, no meio da tarde, bati na porta. E ela nunca me atendeu. Eu queria bater de novo, mas me impedi. Talvez ela estivesse dormindo. Essa era a opção mais confortável de pensar. Porém, tinha outra: talvez ela não quisesse me ver. Talvez ela tivesse completamente arrependida de ter me beijado. Talvez ela tivesse me culpando por eu ter abusado dela quando ela claramente estava em um momento de falta total de controle mental. Em minha defesa, para mim não era nem um pouco claro. Ela parecia ótima.

Ela sempre parece ótima.

Sem querer bater na porta novamente e sem ter seu número, resolvi apelar. Enfiei-me no chuveiro e comecei a cantar.

― Ela achou meu cabelo engraçado. Proibida para mim, no way. Disse que não podia ficar, mas levou a sério o que eu falei...

É claro que ninguém apareceu. Quer dizer, talvez algumas pessoas possam até ter aparecido, mas Amanda não.

― Eu vou fazer de tudo que eu puder, eu vou roubar essa mulher pra mim...

Ela não cantou junto, não fez comentários e não ligou os pontos. Ou, se ligou, não disse.

― Se não eu, quem vai fazer você feliz? Se não eu, quem vai fazer você feliz? Guerra...

Tentei cantar mais alto, mas não obtive resposta. O vão do basculante permanecia em silencio sepulcral. Eu nem sequer ouvia barulho de água. Mesmo assim, continuei cantando...

― Eu me flagrei pensando em você, em tudo que eu queria te dizer. Numa noite especialmente boa, não há nada mais que a gente possa fazer...
         Passei o resto do dia cantarolando Proibida Para Mim. Ainda que eu goste muito do Zeca Baleiro, a versão na minha cabeça era do Charlie Brown Jr. O domingo se encerrou sem que eu pudesse ver Amanda e por mais que eu tenha a procurado na segunda, também não consegui a encontrar. Talvez ela estivesse se escondendo no quarto, me evitando. Eu me sentia cada vez mais invasivo e dava espaço...

Esperando o momento que ela quisesse falar comigo.

Apenas torcendo para que fosse, pelo menos, na aula de canto de terça.

~~~~

 Amanda

 A manhã de domingo me trouxe uma sensação de incompletude, mas eu nem pude senti-la em paz. Não pude porque acordei com Lila, sentada na beirada da cama, me encarando de uma forma bem assustadora. Ela não fez barulho algum, mas sabe quando você, ainda dormindo, tem a sensação de que tem alguém te rodeando? E aí acorda com o coração na boca e achando que vai morrer. Que a sombra é do Jason, do Freddy, do Norman Bates ou, no meu caso, do Bruno. Foi o que aconteceu comigo, até eu ver que a sombra era Lila e meu coração começar a sossegar.

― Bom dia, flor do dia! – ela disse, com um sorriso enorme.

Eu inclinei a cabeça, sem entender quantos milênios eu dormi. Eu e Lila não estávamos brigadas? Ela não estava me ignorando desde que ela me chamou de piriguete? Por que agora estava empoleirada na minha cama, me chamando de flor do dia? E por que eu me sentia tão cansada, mesmo tendo acabado de acordar?

― Como você está se sentindo? – ela perguntou, sacando o celular do bolso e digitando alguma coisa.

― Cansada – respondi. – Por que você está falando comigo?

― Ora, você é minha melhor amiga – ela deu de ombros, terminando de digitar o que quer que fosse. – E eu sinto muito.

Encarei-a, sem entender nada. Tinha algo muito estranho acontecendo. O que fez Lila mudar de ideia? Fechei os olhos, encolhendo-me na cama, tentando lembrar o que pode ter acontecido para fazer Lila mudar de ideia sobre nós duas...

E a última coisa que eu me lembro é que beijei Eduardo.

Estou fora da cama segundos depois, andando de um lado para o outro no quarto, no que parece ser um estado catatônico. Metade em pânico, metade... Metade sei lá!!!!

― Amanda – ouvi Lila tentando me chamar diversas vezes, mas continuei minha caminhada incessante, em busca de respostas.

Eu beijei Eduardo? Ele me beijou? Eu gostei? Fui agarrada à força? Estava tocando Ed Sheeran de novo? Por que eu estou tão cansada? Será que ainda é efeito da tequila? Por que sonhei com Bruno?

Não consigo achar a resposta para nenhuma dessas perguntas, mas simplesmente congelo no chão quando dou de cara comigo no espelho.

Ainda usando a jaqueta do Eduardo.

― Lila? – chamei, receosa. – Você pode completar uns buracos da noite anterior para mim? Tipo, por exemplo, porque eu ainda estou usando o casaco do Eduardo?

― Ah – Lila disse, com um sorriso. – Vocês tiveram uma ótima conexão ontem...

― Eu lembro que nos beijamos, criatura. Não é isso que eu estou perguntando – interrompi. – Ainda que os motivos que me levaram a beijá-lo ou a retribuir esse beijo ainda sejam uma incógnita para mim.

― Depois do beijo você não lembra mais de nada? – ela perguntou, ainda sentada na minha cama. Já estava mexendo no celular novamente. – Tipo, é um breu ou algo assim?

― Sim – respondi, tirando a jaqueta. Para revelar que estava só de sutiã por baixo. Socorro, senhor. – Não me diga que eu terminei o beijo, virei para o lado e vomitei?

― Ahn... Na verdade, virou para o lado e desmaiou.

Eu quase desmaiei de novo, mas consegui sentar na cama. Minha cabeça não estava perfeita, mas eu consegui colocar-me em ordem e me manter acordada. Lila escorregou na cama para ficar ao meu lado, largando o celular ao seu lado. Então passou o braço pelos meus ombros, me puxando na sua direção e disse:

― Vou te contar o que aconteceu, amiga.

~~~~~

Eu passei o restante do dia querendo morrer, mas aí me lembrava que eu já podia estar morta. Morta, ou algo do gênero. Sei que Lila me disse que eles precisavam fazer novos exames, mas eu tinha certeza que meu desmaio tinha algo a ver com Bruno e suas tequilas. Claro que morta era um pouco de exagero (eu acho), mas não o que esperar de alguém que já me fez tão mal? Coisa boa que não podia ser.

Não falei nada sobre isso para Lila. Se eu contasse que sabia quem era o contrabandista e que eu tinha grandes suspeitas de que ele tinha batizado minha bebida, tenho certeza que ela faria o maior escarcéu. Provavelmente ia subir gritando até o andar de Bruno e arrastá-lo pelos cabelos até a sala da coordenação do acampamento. E eu não queria me expor dessa maneira.

Ah sim, Bruno ia pagar. Mas ia ser do meu jeitinho.

Lila tentou me convencer de toda maneira a sair do quarto, mas eu não podia. Eu queria continuar quieta e escondida por mais um tempinho... Precisava colocar alguns pensamentos em ordem. Especialmente no que dizia respeito a Eduardo.

Claro, eu não sabia se podia confiar totalmente no que Lila estava me dizendo. Ela tinha essa mania idealizadora de imaginar tudo como se fosse um grande filme romântico, inclusive seu próprio relacionamento. E agora já estava fazendo planos até para meu casamento (oi?) com Eduardo. Porém, mesmo que só metade do que ela estivesse dizendo fosse verdade, já era muita coisa. Já era muita coisa mesmo.

Sem falar que eu me LEMBRO de ter beijado Eduardo. E eu me lembro, mais assustadoramente ainda, de ter gostado.

Não tinha a menor ideia do que fazer sobre isso. Isso significava que eu gostava de Eduardo? Logo de Eduardo, aquele ser estranho – mas que dança estupidamente bem? Logo Eduardo, que tem um relacionamento muito estranho com os lugares onde senta? Logo Eduardo, que fazia pressão o tempo todo para que eu cantasse?

É, logo Eduardo.

Mesmo assim, quando Eduardo bateu na minha porta naquele dia, eu não atendi. Eu cogitei atender alguns milhares de vezes, mas então entrei em pânico. O que eu falaria? Deveria dizer que me lembrava? Será que ele mesmo não estava bêbado – ou também dopado? Meu pânico me dominou e quando finalmente consegui retomar o controle, Eduardo já tinha ido embora.

Meia hora depois, Bruno bateu na porta. O que me fez ficar inerte dessa vez não foi meu pânico, mas minha raiva. Se eu abrisse a porta, ia dar com a mão na cara dele e isso não era possível. Eu precisava montar um plano de sabotagem e assisti-lo ser colocado para fora do acampamento de camarote.

Mas eu não tinha muito tempo, percebi, olhando meu calendário devidamente riscado. Faltavam dez dias para o fim e esses dez dias prometiam ser os dez dias mais agitados da minha vida. Isso é, se eu conseguisse superar o pânico de encontrar Eduardo sem definir totalmente como eu me sentia sobre ele.

Se eu conseguisse superar o constrangimento que seria essa semana também. Provavelmente todos tinham visto, ou ouvido falar, do meu desmaio e eu seria o assunto da semana, ouvindo cochichos por onde quer que eu passasse. Porém, se eu conseguisse desmascarar Bruno rápido o bastante, talvez conseguisse desviar a atenção de todos.

Lila tinha marcado com caneta azul o sábado, anotando do lado: ACAMPAMENTO. Óbvio que eu tinha me esquecido disso, mas aparentemente no fim da semana estaria dentro de uma barraca apertada, ouvindo gente tocar violão até três da manhã e sem conseguir dormir, com medo de ser mordida por um escorpião durante a noite. Não que tenham escorpiões em Teresópolis. Pelo menos espero que não.

O show final e a festa de despedida seriam na terça, dia 31, e na quarta eu já estaria livre. Fora daqui. Correndo para nunca mais voltar. Se eu fosse participar ativamente no show final, o que não é o caso, precisaria passar o domingo e a segunda ensaiando feito uma condenada. Eu estava adorando estar fora do show final, mas ainda não fazia a menor ideia do que falar para meus pais...

~~

Na segunda, depois da aula de flauta, voltei correndo para meu quarto. A aula, em si, não tinha sido muito ruim no quesito fofocas. A maior parte dos alunos de flauta é nova demais para participar das festas e não estava ciente dos acontecimentos, o que me rendeu algumas horas de alívio. Pela primeira vez fiquei feliz por estar naquela sala. Porém, o caminho até lá e o caminho de volta foram terríveis.

Pelo jeito a coisa foi muito pior do que Lila me fez acreditar, porque as coisas que eu ouvia eram bem perturbadoras. Tipo: “aquela menina não foi aquela que desmaiou nos braços do ruivinho depois deles se pegarem?”; “nossa, pra quem estava em coma alcóolico até que ela parece muito bem hoje”; “aposto que está procurando o contrabandista para mais álcool! Só assim para desmaiar daquele jeito”. Nos meus caminhos, não encontrei Bruno.

E nem Eduardo.

Respirei aliviada quando entrei no quarto e fechei a porta atrás de mim. Aqueles dez dias iam ser infinitos, com certeza. Eu precisava logo bolar um plano, mas eu não ia conseguir fazer tudo sozinha... E estava pensando em pedir ajuda logo pra quem? Muito bem: Eduardo.

Sentei na frente do laptop, abri meu e-mail e resolvi parar de adiar o inadiável: precisava avisar meus pais que eles não precisavam vir ao show final, visto que sua filha era uma imprestável que, aparentemente, só veio para o acampamento para encher a cara e ter coma alcóolico. Isso tudo me incomodava, claro, mas a versão do coma alcóolico era melhor do que a versão verdadeira. Ainda que eu não soubesse exatamente qual era a versão verdadeira. Mas isso ia mudar em breve.

Escrevi o melhor texto que pude, explicando de forma muito racional os motivos pelos quais eles não precisavam se dignar a aparecer na terça feira. O primeiro motivo racional era que era terça feira e os dois trabalhavam no dia seguinte. O segundo motivo racional era que era um monte de gasolina para apenas algumas horas. O terceiro motivo racional era que eu podia voltar com o ônibus do acampamento, sem problema algum e nem custo adicional.

Claro que eu omiti os dois verdadeiros motivos pelos quais eu não queria que eles aparecessem: a) eu não ia participar do show final e b) provavelmente eles iam acabar ouvindo comentários sobre como eu precisava participar dos Alcóolicos Anônimos e isso ia ser péssimo.

Assinei “Com muito amor, Amanda” e comecei a rezar. Para evitar ficar dando F5 no e-mail ou ficar segurando o celular com muito afinco, esperando uma ligação, resolvi ir tomar banho. Era a primeira vez desde que acordei desnorteada no dia anterior que tomava banho num horário convencional. No domingo fui tomar banho duas horas da manhã porque estava com medo de esbarrar com a voz-do-banheiro.

Ainda estou chamando-a assim, mas tenho certeza quase absoluta que é Eduardo. Quer dizer, só pode ser Eduardo.

Liguei a água e tudo ainda era silêncio. Enfiei-me debaixo d’água e me permiti relaxar. Eu precisava desligar um pouco meus pensamentos ou acabaria indo parar na enfermaria de novo. E só Deus sabe o que isso faria para a minha reputação, já não tão ilibada. Eu já estava quase terminando o banho quando a cantoria começou. Apesar de ter um pouco de água dentro do meu ouvido, eu continuava conseguindo ouvir:

― Eu quis dizer, você não quis escutar. Agora não peça, não me faça promessas... Eu não quero te ver, nem quero acreditar que vai ser diferente, que tudo mudou.

Gelei.

― Você diz não saber o que houve de errado e o meu erro foi crer que estar ao seu lado bastaria...

Desliguei a água, chocada demais para fazer qualquer coisa. Eu queria conseguir gritar em resposta, mas eu não conseguia nem mesmo tirar a água do ouvido. Porém, eu não precisava tirar a água do ouvido para ter certeza do que eu estava ouvindo.

Eu estava levando um fora. Um fora do meu cantor do basculante. Um fora nas entrelinhas.

― Mesmo querendo eu não vou me enganar, eu conheço seus passos, eu vejo seus erros... Não há nada de novo, ainda somos iguais. Então não me chame, não olhe para trás...

Saí do banheiro aos tropeços, deixando um pequeno rastro de água por onde passava. Eu não conseguia ouvir mais. Eu não conseguia pensar que aquela voz era de Eduardo e aquela música era para mim, mas ao mesmo tempo eu não conseguia parar de pensar nisso. Fazia todo sentido, certo? Ele quis dizer, eu não quis escutar. Eu nem abri a bendita porta!

E, agora, aparentemente, ela tinha emperrado.

Com ele do lado de fora.

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Oi gente <3

Prometi um restinho de Eduardo e aí está! Espero que todas essas cantorias no chuveiro não tenham deixado vocês confusas. Foram duas cantorias, em dois dias diferentes...  Só isso que posso dizer no momento!! Vou deixar vocês tirarem as suas próprias conclusões!

Essa semana vou ler os comentários do capítulo do Edu, mas pelo número de estrelinhas já posso imaginar que vocês tenham gostado dele, né?! :D

Tenho duas coisas pra falar:

1) Quem mora no RJ: Sábado vou participar de um evento na Travessa do BarraShopping para divulgar Mocassins e All Stars (meu livro publicado) junto com a Aimee Oliveira e a Thati Machado (elas também postam livros aqui no wattpad e amo todos). Ficaria muito feliz se vocês fossem! As indicações tão nesse link (https://www.facebook.com/events/1544642242454179/), mas vou postá-lo nos comentários.

2) Eu, Thati e Aimee gravamos um vídeo novo pro meu canal e está muito engraçado!!! Quem quiser rir um pouco, também vou colocar o link nos comentários. E ah, não esqueci do vídeo sobre Acampamento. Estou ainda pensando no que vou falar para vocês... Talvez faça uma cena bônus para ler nele, o que acham??

Muito obrigada MESMO pelas mais de 11 mil leituras, pelas mais de 700 estrelas e por todo esse amorrrrrrrrrrrrrrrr. Sem vocês não ia conseguir escrever. Meu coração tá cheio de amor por vocês todinhos.

E até terça <3

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