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Capítulo 5


Na hora do desespero, Nicolai simplesmente fez o mesmo que todos, desceu correndo as escadas para tentar socorrer a colega desmaiada. Ele só não esperava que, bem à sua frente, Mira parasse tão de repente e, sem tempo de frear com tanta rapidez quanto ela, acabou por esbarrar na vampira.

Mira colocou as mãos à frente do corpo por instinto, mas não evitou o impacto com o chão, bem como Nicolai caiu e rolou para o lado, se afastando da vampira. Os óculos de Mira descobriram seus olhos sobressaltados após sentir a luz do sol irradiando sobre sua pele, e um grito rasgou a garganta da vampira.

Nicolai se encolheu, colocando as mãos em seus ouvidos doídos, como se seus tímpanos fossem explodir. Atordoado com o som, ele tentou se levantar e percebeu que a vampira também tremia. Ela parou de gritar, pois seus pulmões perderam a força. O ar simplesmente não entrava mais, e ela estava sufocando.

Nicolai não tinha ideia do porquê aquilo estava acontecendo. Ele se questionou se vampiros eram assim tão sensíveis à luz. Então, o lobisomem se abaixou novamente perto de Mira e a segurou nos braços, levando-a de volta para a sombra. Nicolai procurou por algum machucado ou algo visível que justificasse sua reação. Nunca passou pela cabeça de Nicolai ver uma vampira ter um ataque de pânico, mas ali estava ela, se tremendo e tentando controlar sua respiração, puxando o ar com desespero. Quando seus olhares se encontraram, Nicolai percebeu as lágrimas tomando conta dos olhos de Mira.

Seu coração pareceu parar por alguns segundos, sem saber o que fazer ou entender o que sentia. Aquela que deveria ser sua inimiga cruel também tinha suas próprias vulnerabilidades. Naquele momento, ele não via um ser cruel como esperava ver.

"Não! Isso não pode ser real!" ele pensava.

Seu coração dizia para se aproximar e se permitir ajudar, seu cérebro dizia para não confiar em vampiros. E assim ele ficou paralisado apenas observando Mira aos poucos se acalmar.

— Por que ainda está aqui? Gosta de observar a desgraça alheia? Vai embora! — Mira ainda estava com a voz entrecortada, não gostava de mostrar seus sentimentos aos outros dessa maneira. Nicolai fez o que ela disse, ele não sabia o que dizer ou fazer, mas não conseguiu deixar de olhar para trás enquanto partia.

Mira simplesmente ficou ali, não queria ser julgada por ninguém, apenas ela sabia de onde vinham as crises. Ela ficou até o sol se pôr e, enquanto a escuridão não dominava completamente o ambiente, ela começou a pensar na solução para o seu problema. Um feitiço permanente.

Já mais calma, a vampira foi até o haras, esperando que estivesse certa de ter esquecido seu guarda-sol por lá. Ela não demorou a encontrar e já estava indo embora quando percebeu Meg se aproximando. Ela sorriu ao ver o Pegasus e se aproximou para fazer-lhe um carinho. O animal fechou os olhos, aprovando o toque, e depois de olhar para a vampira outra vez, como se dissesse que ficaria tudo bem, deu meia-volta em busca de sua baia onde iria se alimentar.

Mira observou o animal e logo partiu também.

Voltando ao quarto, Mira foi direto ao banheiro tirar todo o suor que grudou em seu corpo e, depois de pronta, tomou mais uma dose de sua pílula e desceu para o refeitório. Amélie não estava no quarto, portanto ela deduziu que já estaria no local.

O refeitório não estava tão cheio, aparentemente alguns místicos optaram por comer na área externa. Zoe ainda estava por ali, então Mira se aproximou com sua bandeja em mãos, seguindo na fila para pegar alimentos.

— Você está melhor, Zoe? — Mira puxou assunto, mas ao observar a expressão da sereia, imaginou que talvez não estivesse em seu melhor momento.

O olhar de Zoe estava distante e seus ombros caídos, como se sua energia estivesse pesada.

— Estou sim, obrigada por perguntar. — Zoe sorriu fraco, ainda com o olhar focado na comida.

— Desculpe se estou sendo intrometida, mas você me parece um pouco abatida. Está realmente bem?

Depois do que viu, Mira temia que a sereia passasse mal novamente. Ela se perguntava se a sereia acabaria ficando doente.

— Sim! Só não estou acostumada a ficar tanto tempo longe de casa — Zoe olhou nos olhos da vampira, e Mira percebeu sua sinceridade. Mira sorriu acolhedora para Zoe, esperando que ela ficasse bem. Ambas sabiam o quanto é difícil estar longe de casa.

— Vamos ver nossos pais durante os jogos. Até lá ficarei feliz em te fazer companhia. — Mira queria que Zoe não se sentisse tão solitária. — Obrigada! — Zoe sorriu. — Não sei se meus pais poderão vir, mas talvez alguns irmãos venham.

As duas terminaram de escolher sua comida sem mais conversa e seguiram juntas para uma mesa onde os outros estavam. Elas sentaram nos lugares disponíveis.

— Do que estavam falando? — Roberto perguntou curioso. 

— Nossa, como você é intrometido, Roberto! — Seline balançou a cabeça em negação, como se desaprovasse o amigo. 

— Deixa elas. Agora que estão todos aqui, tenho algo a dizer. — Amélie chamou a atenção para si. — Consegui uma saída para nós para a praia neste fim de semana — a feiticeira sorria de orelha a orelha e balançou as mãos, empolgada, e Roberto deu um grito de comemoração. 

— Que ótimo! Faz tempo que fui à praia. — Nicolai também se animou, assim como os outros. 

Seline foi criada perto da praia, Zoe e Apolo poderiam aproveitar bastante a água do mar, e Mira era a única que não parecia feliz com a ideia. 

— Boa viagem para vocês! Eu vou preferir ficar — ela encolheu os ombros, seus olhos prestando atenção na comida. 

— Não dá para recusar, Mira. Todos temos que ir. A diretora só permitiu porque eu disse que era pelo bem do programa. — Amélie tocou o braço da vampira como uma forma de chamar sua atenção. 

— Será que não pode dizer a ela que fiquei doente? — Mira sentia um nó na garganta ao pensar em ter que ir à praia. 

— Vamos! Será divertido! — Roberto incentivou. 

— Vamos, Mira! É pela Zoe e Apolo. Eles precisam do habitat natural deles. — Amélie estava determinada a fazer essa viagem acontecer, e todos olhavam para Mira. Roberto, Zoe e Apolo cheios de expectativa, Seline a olhava com uma sobrancelha arqueada e Nicolai observava com curiosidade. 

— Certeza que eu preciso ir? — Ela encolheu os ombros diante de tanta pressão, e os colegas balançaram a cabeça confirmando o desejo deles. — Está bem.

Mira detestou a ideia, mas jamais atrapalharia a recuperação da colega. Eles poderiam carregá-la direto para o seu pior pesadelo, mas não poderiam impedi-la de encontrar seu esconderijo.

Roberto ergueu os braços em comemoração, e os outros também pareciam empolgados enquanto planejavam como seria a viagem. Nicolai, de vez em quando, observava Mira, enquanto a vampira olhava na direção do copo, com o pensamento em outro mundo.

O plano de Mira já estava traçado quando todos se encontraram na sexta à noite diante do portal para a costa de Ílios. De mochilas cheias, o grupo atravessou o portal e saiu em um hall, as paredes pintadas em um laranja vibrante e a decoração totalmente tropical, com plantas de folhagem verde, poucas tinham flor.

Diante deles, uma figura chamou atenção em seu figurino casual e em harmonia com a casa: camisa estampada com folhas, bermuda e chinelo.

— Olá, sejam bem-vindos! Me chamo Emael. Vocês são os alunos do Lua Cheia, certo? — O místico parecia cheio de energia, e Mira ficou reparando nas tatuagens em seus braços. Havia vários símbolos, dentre eles estava um que representa as antigas Deusas, que consiste em uma lua crescente desenhada em traços finos, assim como o sol, que encaixa perfeitamente nela. O mesmo símbolo que estampa a bandeira Mundial e, consequentemente, está presente no Conselho. 

— Isso mesmo! — Amélie tomou a frente. — Esses são... 

Conforme Amélie dizia os nomes, cada um mostrou sua identidade, e Emael lhes deu as respectivas chaves do quarto. Eram apenas dois quartos para eles se dividirem e o terceiro estaria disponível para a guarda de Atlantis, que jamais saía de perto da princesa. Eles eram discretos, então em alguns momentos todos esquecem que eles estavam ali. Tanto que, no momento em que Zoe passou mal, logo eles também estavam por perto, identificando se seria necessário intervir.

No castelo de Atlantis, Zoe costumava fugir deles usando passagens secretas para que pudesse respirar um pouco. Ela era agradecida por poder usar o quarto de sua falecida tia e antiga rainha, que guardava muitos segredos e as passagens eram um deles. Sorte de Zoe ter encontrado.

Ao entrar no quarto, Mira fechou logo as cortinas para não haver surpresas, e todas as garotas colocaram suas coisas no chão. O quarto tinha as paredes cor de salmão. De um lado, havia um guarda-roupas e, do outro, uma pintura grande do mar. No quarto, havia duas camas de casal e um banheiro.

— E agora? A Zoe não tinha que dormir imersa em água? — Mira questionou.

— Acho que, por ficar mais tempo no mar, não tem problema dormir na cama — Zoe explicou à vampira.

— Ótimo! — Seline se jogou na cama da direita. — Eu durmo aqui com Amélie e vocês duas dormem na outra.

Nenhuma objeção foi feita. Amélie colocou os pertences junto a Seline, e Mira e Zoe se organizaram na cama esquerda. 

Como chegaram num horário mais avançado, as meninas se arrumaram para jantar na área externa da casa e apreciar a vista noturna da praia. Do lado de fora, a lua nova refletia perfeitamente no mar, enquanto o vento agitava suas ondas. E não era só o mar que ganhava vida, as folhas dos coqueiros também balançavam suavemente.

Uma mesa de madeira estava posta em uma parte onde havia grama e alguns coqueiros espalhados.

Os garotos também chegaram, e Mira decidiu caminhar um pouco. À noite, ela não tinha tanto problema assim com a praia; pisar na areia era estranhamente relaxante para ela, e o barulho das ondas complementava tudo muito bem. Estar na praia era uma grande experiência sensorial.

Para Zoe e Apolo, aquela experiência era ainda melhor. Enquanto o jantar não chegava, Zoe foi a primeira a correr em direção à água, sendo seguida pelo amigo. Ambos tiraram seus braceletes, os segurando com a mão e, em segundos, seus corpos se transformaram. A cauda de Apolo era de um azul tão escuro que quase chegava ao preto.

A água salgada e natural realmente fazia diferença para eles. Ambos mergulharam e, ao subir, todos podiam ver a luz da lua refletindo neles; parecia que seus corpos brilhavam.

Os dois se olharam, e a penumbra não permitiu mostrar com nitidez suas bochechas coradas. O desejo de falar era grande, mas ninguém tomava a iniciativa até que Apolo perguntou:

— O que está pensando?

Zoe pensava no quanto seu coração disparava ao olhar seu melhor amigo, mas tudo o que ela conseguiu dizer foi:

— Estava pensando nos nossos amigos. É um grupo bem peculiar.

— Eu não achei que fosse gostar deles. Todas as histórias contadas em Atlantis são terríveis sobre carnificina, morte, descontrole e brigas — Apolo compartilhava dos sentimentos de Zoe.

— Bem, os sereianos também tiveram seu passado complicado. Imagina afogar os viajantes do mar através da hipnose. Se olhar por esse lado, somos todos monstros — a sereia gesticulava enquanto falava.

Apolo a olhava intensamente. Ela percebeu, mas ficou envergonhada, seu coração disparou e ela desviou o olhar. Sem conseguir se segurar, Apolo expressou seus pensamentos:

— Estaríamos bem se todos os monstros fossem lindos assim como você.

Apolo ficou tenso ao dizer isso, pois lembrou dos guardas que não deviam estar muito longe. Talvez a rainha tivesse piedade e não cortasse sua cabeça fora ou trancasse Zoe caso descobrisse seu amor pela princesa.

Zoe também sabia que os guardas não estavam tão longe, mas sua maior preocupação era não conseguir colocar em palavras o que sentia. Seu corpo inteiro se agitava e a única coisa que pôde fazer foi chamar Apolo para retornarem à superfície para jantar com os outros.

A essa altura, Mira também já retornava de sua caminhada e, antes mesmo de chegar a seu destino final, Roberto se encontrou com ela.

— Achei que não gostasse de praia! — Roberto estava curioso.

— Não é o meu lugar favorito. — Ela ergueu os ombros, indiferente.

— Eu reparei que você curte se cobrir bastante, apesar de a tecnologia atual permitir que não precise de tanta proteção contra o sol — ele não se preocupava em disfarçar o quanto observava a vampira.

— O que você sabe sobre vampiros? — Ela olhou para o mago com uma sobrancelha arqueada.

— Imagino que saiba menos que você, já que é uma, mas uma coisa eu sei: sem todos aqueles acessórios, conseguimos ver melhor toda sua beleza.

Roberto olhava para Mira com um sorriso confiante. Ela olhou apenas de lado, sem saber o que falar. Tentou perceber o que o mago estava sentindo naquele momento, mas não conseguiu com exatidão; ele parecia tranquilo. Sem resposta da vampira, os dois apenas continuaram a caminhar até chegar na mesa de jantar.

— Finalmente o casalzinho chegou — Seline comentou, enquanto os outros observavam.

— Não somos um casal, Seline — Mira tentou não se irritar com o comentário. Talvez Roberto tivesse falado algo com sua amiga para ela estar sugerindo tal coisa. 

Mira não tinha intenção de namorar ninguém, então, se Roberto realmente tivesse sentimentos por ela, a vampira teria de cortar o mal pela raiz.

— Mira, seus olhos estão brilhando? — Amélie mudou de assunto ao perceber o fato, franzindo a testa. Os outros passaram a prestar atenção em Mira com a observação de Amélie.

— É verdade, parecem acesos! — Apolo comentou.

— Ah, gente, que exagero! Deve ser impressão por conta da cor e da iluminação do ambiente.

— Tem razão! Afinal, os olhos de um vampiro não costumam brilhar — Roberto disse. Mira se perguntava se ele tinha feito uma pesquisa sobre vampiros.

Um funcionário interrompeu a conversa, trazendo a comida, e então o assunto mudou com facilidade; afinal, todos estavam com fome.

Enquanto se alimentava, Mira observava seus colegas. Amélie, como sempre, era a mais falante; Apolo, Zoe e Roberto prestavam atenção e faziam algum comentário entre uma garfada e outra. Seline parecia concentrada em comer, mas vez ou outra desviava o olhar para a feiticeira e soltava uma risadinha, algo que surpreendeu a vampira. Ao lado dela estava Nicolai. Ele viu que Mira estava o analisando e arqueou uma sobrancelha. A vampira sentiu seu rosto queimar e simplesmente desviou o olhar de volta ao prato.

Assim que terminou a comida, Mira se levantou da mesa e avisou que iria ler um pouco antes de ir dormir, então saiu em direção ao quarto. Com o livro "Propriedades da Luz" em mãos, Mira sentou-se na cama, com as costas apoiadas na cabeceira. Ficou lendo por algumas horas até seu corpo apagar e sua consciência dar adeus ao mundo real, indo direto para o mundo dos sonhos, ou melhor, pesadelos.

Ela não sabia, mas muitas horas já haviam se passado e o sol já começava a aparecer. Inconsciente, Mira via a mesma mulher ameaçando matá-la e então um calor tomou conta de seu corpo. De repente, ela se viu fora de casa e estava pegando fogo. A respiração de Mira estava pesada, seu corpo suado e ela se remexia em agonia. Não apenas ela, como todos, também começaram a partilhar da mesma agonia até a primeira delas abrir os olhos.

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