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Capítulo 4


A noite em Blain não ficava para trás no quesito beleza. As estrelas brilhavam intensamente, contrastando com o céu negro, e a lua se destacava. Os amigos chegaram até uma praça e se sentaram diante de uma barraca de comida. Antes de chegar ali, Mira percebeu que estava sendo observada e, ao chegarem na barraca, ela se sentou do lado oposto em relação ao lobisomem. Quando ela o olhava, ele desviava como se estivesse prestando atenção a algo próximo a ela.

A vampira usou seus poderes, mas sua cabeça doeu com a confusão que emanava do lobisomem e não conseguiu distinguir as emoções dele. Ela sabia que teria que descobrir o que estava acontecendo do jeito tradicional. Então, Mira se levantou e se aproximou dele, sentando ao seu lado, algo que, sem querer, chamou a atenção dos outros.

As vozes que antes se misturavam na conversa se calaram de repente e passaram a observar o que Mira estava fazendo, a surpresa estampada em suas feições.

— Por que pararam de conversar? Continuem — ela gesticulou para que seguissem com o que estavam fazendo.

Os outros, ainda olhando de lado, continuaram a conversar, dividindo sua atenção entre a conversa deles e a dos outros dois.

— Você usou hipnose neles? — O lobisomem questionou, buscando entender os poderes da vampira. Assim, poderia confirmar boatos e tomar precauções.

— Não é assim que funciona. — Mira riu da ignorância de Nicolai.

— Hum. — Nicolai tentou parecer indiferente à presença da vampira. — Por que veio até mim? — Ele se sentia inseguro de ter sido pego a observando, tudo o que queria era entender qual a relação de Mira com a premonição.

Mira não se intimidou e foi direto ao ponto:

— Eu quero saber por que está me olhando tanto.

— Eu? — Ele apontou para si com uma falsa indignação. — Não fique se achando só porque estava olhando na sua direção.

Ao olhar para o lobisomem, Mira pensa que ele se parece com uma criança birrenta. Ela podia sentir que ele estava nervoso; as outras emoções que antes a atrapalhavam de distinguir o que estava acontecendo agora estavam mais calmas.

— Não tente me enganar, eu sou empática. — Ela foi sincera.

— Parabéns? — Nicolai usou seu sarcasmo, desejando que ela se afastasse.

— É sério! Eu literalmente sinto o que os outros sentem e também posso transmitir emoções.

Como exemplo, Mira enviou a Nicolai uma onda de alegria que fez Nicolai sorrir instantaneamente. Ele se sentiu muito feliz, como se uma energia muito boa invadisse toda sua mente e momentos de alegria passassem em sua memória, fazendo-o sentir uma tristeza latente.

— Está bem! Vamos conversar. Pare com isso. — Ele preferia enterrar aquelas memórias de sua família.

Mira parou de usar seu poder e passou a encarar o lobisomem na expectativa por uma explicação.

Nicolai a encarou, vendo a expectativa na vampira. Seu coração dizia para contar de uma vez e sua razão mandava não confiar nela. E se não fosse ela? Poderia existir outro ser de olhos cinza? Seu sangue pulsava mais rápido enquanto buscava uma decisão, até que a imagem de seu pai veio à sua mente e o coração venceu a batalha.

— Eu acho que te vi em uma premonição. — Ele suspirou após dizer, sentindo o corpo mais leve.

Os outros, que na verdade estavam prestando atenção na conversa, viraram as cabeças na direção dos dois, curiosos, e Amélie foi a primeira a falar:

— Premonição? O que você viu? — O olhar surpreso da feiticeira não escondia o quanto ela levou a sério essa revelação.

— Eu ainda não tenho certeza, vi apenas os olhos dela num sonho após um ritual com os anciãos. E tive a mesma visão várias vezes desde então.

— Eu sei como é! Desde criança, também tenho o mesmo pesadelo. Só vejo fogo e ouço uma risada maligna. — A vampira percebe que talvez seu pesadelo também esteja além do trauma e se questione se é parte da premonição.

— Já pararam para pensar que pode não significar nada? — Amélie questiona, parecendo pensativa.

— De acordo com o meu povo, sonhos são sinais do universo e alguns de nós temos uma maior ligação com as criadoras. Por isso, conseguimos ver coisas de seres que viveram num passado distante ou futuro. — Nicolai explicou.

— Isso parece muito interessante, em Atlantis não temos isso. — Zoe parecia feliz por descobrir algo novo.

— De qualquer forma, é melhor consultar os anciãos. Ainda sou novo nisso.

O lobisomem estava tentando imaginar o que significava tudo aquilo. Ele não queria que fosse verdade, mas certamente aqueles olhos eram dela, não tinha como ser de outra pessoa. Não há registro de outro ser com essa cor de olhos. Antes, ele até achava que o sonho estava relacionado à Deusa da Lua, mas, na verdade, parece que pode ser sobre a Mira. Por que seu destino estaria ligado ao de uma vampira? Ele se questionava se as Deusas teriam seus favoritos.

— Não pode voltar para casa antes de terminar o semestre — Roberto o alertou da regra.

— Não somos selvagens, Roberto. Vou entrar em contato com o meu pai para ele me ajudar com os anciãos.

Todos se calaram, pensativos. Sem mais comentários, Seline chamou a atenção dos amigos com outro assunto: as inscrições para as equipes de esporte da academia. As modalidades eram diversas, Lacrosse era o time principal e outras equipes também eram formadas, como a de tiro ao alvo, equitação, esgrima e natação.

— Eu prefiro um esporte na água. Acho que vai ser melhor para mim, mesmo que tenha que nadar com pernas para ser mais justa — Zoe estava pensativa sobre essa nova possibilidade.

— Eu e Amélie fazemos parte do time de lacrosse há bastante tempo. Este ano, pretendo continuar, e você, Amélie? — Seline olhava para a feiticeira com intensidade.

— Claro! — Amélie respondeu com o olhar vago. Todos estranharam, mas ninguém ousou comentar sobre a distração da feiticeira.

— As inscrições são amanhã. Temos que treinar muito, vamos vencer os outros colégios — Roberto parecia determinado a ganhar os jogos.

O grupo passou um bom tempo comentando sobre os jogos anteriores, seus favoritos e vencedores. Era como se todos estivessem esquecidos do último assunto, mas isso não era verdade. O tempo passou e eles tiveram que voltar para o colégio. Em meio a tantas dúvidas, um novo dia surgiu e, com ele, mais aulas.

Durante a tarde, chegou o momento de testar as atividades esportivas. O primeiro teste de Mira e sua turma foi no haras. A vampira observava o pegasus cavalgando pelo gramado, sendo guiado por uma maga para que estivessem prontos para conhecerem a turma de místicos.

— Bem-vindos, alunos! Meu nome é Ava, sou coordenadora de atividades extras e hoje irei ajudar a avaliar qual esporte cada um fará. Podem se aproximar.

O olhar de Mira se encontrou novamente com o mesmo pegasus de antes, e o animal se aproximou devagar, abaixou a cabeça em direção à vampira, permitindo ser tocado.

— O nome dela é Meg — a professora disse ao se aproximar de Mira. — Ela gostou de você, então pode montar se quiser.

Mira pensou bem; ela queria muito saber como era a sensação, mas não poderia montar tendo que segurar seu guarda-sol ao mesmo tempo.

— Não estou pronta ainda — seu olhar ficou cabisbaixo, frustrada com suas limitações.

A professora deu de ombros e foi auxiliar outros alunos, dando espaço para a aproximação de Roberto.

— Por que não monta? — Roberto a questionou, percebendo quando ela mudou da admiração para a tristeza.

— Não dá certo! Talvez à noite eu volte aqui e tente algo. — Mira forçou um sorriso.

— Olha, se me permite, tenho um feitiço que pode te ajudar a ficar livre desse guarda-sol — a vampira olhou o mago com expectativa. — Temporariamente.

Os ombros de Mira caíram outra vez.

— Tem certeza? — ela o olhou com curiosidade.

— Nenhum raio de sol encostará em você — Roberto parecia confiante em sua magia.

— Vamos tentar! — Mira tinha medo, mas também muita vontade de vivenciar aquela experiência.

Roberto e Mira se afastaram um pouco da multidão, indo para um local coberto, e o mago ergueu as mãos, uma delas segurando sua varinha. Durante alguns gestos, ele falou:

— Apóthise ton ílio, ankáliase ti skiá — Os feitiços desse tipo sempre eram falados na língua antiga.

Mira sentiu-se fria, encarou a si mesma e percebeu que a pele agora tinha cores com baixa saturação, em contraste com o resto do ambiente. Como forma de teste, ela decidiu que teria que pôr a mão diante do sol. Suor frio escorreu pela sua testa e o estômago revirou enquanto lentamente aproximava a mão do sol até que... deu certo! Era como se sua pele repelisse a luz do sol, até mesmo perdendo a cor.

Assim, Mira teve coragem de fechar o guarda-sol e deixá-lo de lado. Ela encarou a área descoberta e se preparou para dar o primeiro passo. Sem perceber, estava prendendo a respiração. Fechou os olhos e pulou de uma vez na área descoberta. Então, ela abriu os olhos e viu que estava segura. Ela olhou para Roberto com um sorriso largo.

— Caramba! Deu certo, muito obrigada!

Roberto sorriu para ela e lhe mandou um joinha.

Com isso, Mira caminhou novamente na direção do pegasus e, dessa vez, pôde montar. Não foi tão difícil, apesar da altura do animal. Ela alisou a crina do animal, que começou a correr e abrir as asas. Em pouco tempo, Meg tomou impulso, começando a atingir cada vez mais altura.

Mira fechou os olhos com a força do vento batendo em seu rosto. Seus cabelos soltos voavam desordenados. Ela não sentia o calor do sol e gostava disso. Mira desejou poder ter aquilo novamente.

Ao conseguir abrir os olhos, Mira observou o contraste da vegetação verde com o azul do céu. Tudo visto lá de cima era pequeno, mas, ainda assim, ela viu como o mundo era enorme. Quais segredos ele ainda guardava? Mira se perguntou ao encarar a perfeição da natureza.

Lá embaixo, Roberto se aproximou dos outros, que observavam a amiga voar no pegasus.

— O que você fez, Roberto? — Zoe estava curiosa sobre a magia dos magos e feliz pela amiga.

— É só um truque! O protetor solar é o suficiente para proteger a Mira. O feitiço é só uma ilusão para ela ganhar confiança.

— A luz não é perigosa para os vampiros? — Apolo questionou e foi respondido por Amélie.

— Só morrem queimados se não usarem o protetor. Mira tem um medo exagerado do sol.

— Ela deve ter seus motivos. — Zoe compreendia a amiga.

Nicolai também observava a vampira voar com um sorriso radiante, admirando a paisagem. De repente, um pensamento invadiu sua mente. Ele desejou estar lá com ela, mas rapidamente reprimiu isso e foi atrás de um outro pegasus.

Meg então começou a diminuir a altitude novamente. Mira percebeu que a treinadora Ava estava a chamando para aterrissar.

Ao aterrissar, uma certeza pairou sobre a mente de Mira: ela tinha que tornar aquele feitiço permanente. Assim, se sentiria mais livre para ir e vir sem carregar tantos acessórios.

Enquanto alguns alunos voavam ou começavam a aterrissar, Nicolai buscava se acertar com o pegasus negro de nome Félix. O animal se movia de forma a não deixar Nicolai montar nele até o momento em que virou-se de tal forma que Nicolai caiu de bunda no chão.

— Cara, qual o seu problema? — o lobisomem indagou diante do comportamento do pegasus, erguendo os braços em protesto.

Félix estava agitado e Nicolai evidentemente ainda não conseguia se dar bem com ele. Mira desceu de Meg e foi até Félix, segurando as rédeas e lhe fazendo um carinho na cabeça. Ela usou um pouco do seu poder para tranquilizá-lo. Há algum tempo, ela vem testando-o em animais e está ficando boa nisso.

— Exibida! — Nicolai resmunga e se levanta do chão.

— Pare de tentar controlá-lo. Você tem que ganhar a confiança dele e ele irá te ajudar.

Nicolai descruza os braços, sabendo que deveria agradecê-la por ajudá-lo, mas não faz isso. É como se as palavras travassem em sua garganta e, então, ele desvia o olhar. Mira arqueia as sobrancelhas esperando que o lobisomem deixe seu orgulho de lado.

Isso não aconteceu. Na verdade, a treinadora chamou todos para dar uma olhada nos outros esportes. Provavelmente, os testes durariam de dois a três dias.

No fim daquela tarde, todos sentaram na arquibancada diante da quadra de lacrosse para descansar um pouco. Zoe não chegou a se sentar, pois percebeu que sua garrafa d'água estava vazia.

— Vou encher minha garrafa d'água. Alguém quer?

Em resposta a Zoe, a maioria do grupo aceitou sua oferta.

— Parece que vai precisar de ajuda! — Apolo se prontificou em ajudar Zoe. Estar ao lado da sereia era, para ele, mais do que uma obrigação. Eles se conheciam desde crianças e seus sentimentos cresceram junto com ele. No entanto, um plebeu não teria chance com uma princesa.

Os dois chegaram no bebedouro mais próximo e, de forma inesperada, Zoe levou a mão até a cabeça, apertando os olhos.

— O que houve? O que está sentindo? — Apolo larga a garrafa que estava enchendo numa superfície e vira na direção de Zoe, colocando as costas da sua mão direita na testa dela.

— Não se preocupe, deve ser porque hoje está particularmente quente. Vou beber um pouco mais de água e tudo ficará bem.

O tritão não pareceu muito confiante, mas voltou sua atenção às garrafas, apesar de, vez ou outra, desviar o rosto na direção da sereia. Eles caminharam de volta para a arquibancada e, ao chegar lá, entregaram as garrafas para os colegas. Mira olhou para Zoe, percebendo que a sereia estava um tanto pálida. Ao usar seus poderes, percebeu o desconforto dela.

— O que houve, Zoe? Você parece mal.

— Ah! Não é nada. Só preciso me hidratar um pouco mais. — Zoe sorriu sem jeito.

Zoe mal terminou de falar e a vertigem aumentou. Suas pernas fraquejaram e a vista começou a escurecer. Apolo a impediu de cair a tempo, antes que rolasse escada abaixo. O tritão pegou a amiga no colo e saiu correndo em direção à piscina, deixando os outros assustados para trás. Os guardas escondidos e espalhados por aí não ficaram parados e também foram atrás deles.

— Vamos atrás deles! — Seline ficou exasperada e saiu correndo, sendo seguida por Roberto.

— Esperem! Droga, esses aí estão precisando controlar melhor seus impulsos. — Amélie reclamou. — Certo! Estou indo chamar um curandeiro.

Amélie saiu correndo e, a essa altura, Apolo já tinha chegado na piscina e pulado de uma só vez com Zoe. O impacto da água fez com que se soltassem e o contato com o elemento fez Zoe recobrar a consciência, como se sua respiração finalmente retornasse. Para ajudar, ela retirou o artefato mágico de seu braço e, assim, suas pernas se transformaram em uma longa cauda de escamas azuladas. Ela nadou de um lado a outro e, em um momento, subiu novamente à superfície, revelando seu tronco. Sua pele parecia diferente; de longe lembrava o brilho de uma pérola. No pescoço, dava para ver o opérculo e, nos braços, discretas nadadeiras.

Apolo se aproximou de Zoe, seu coração ainda acelerado. Não se sabe se pela adrenalina ou por outra razão.

— Como você está?

— Bem melhor agora!

Zoe sorriu e os dois ficaram se observando por um tempo, cada um com seus próprios pensamentos, inibindo ainda mais seus desejos reprimidos.

Enquanto isso, na arquibancada, quando Amélie saiu, Mira correu para ir atrás, mas ao pisar no último degrau da arquibancada, percebeu que a luz do sol estava de volta a tocar o seu corpo quando seu calçado absorveu o raio solar.

Ela pode ter sido rápida para perceber e parar, mas não o suficiente para prever o esbarrão que a levaria para a morte. Era assim que ela pensava.

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