Capítulo 6: Romance em cena
Jungkook tinha cerca de 17 anos quando conseguiu entrar pela primeira vez em contato com a alta sociedade. Já se passaram dez anos e esta foi a primeira vez que seu nome verdadeiro foi revelado. Ele percebeu que para essas pessoas não importava de onde ele vinha, desde que tivesse alguém poderoso para confiar nele.
Nem tinha um diploma de administração de fato, mas ainda era respeitado apenas por estar com Jimin. Enquanto era parabenizado e cumprimentado, percebeu que não estava apenas entre os poderosos e ricos, como acontecia com suas ex-esposas, e que pela primeira vez estava exposto à chamada elite.
E mesmo se sentindo muito menor que qualquer outra pessoa, ele mantém a cabeça erguida porque acredita que nasceu para isso. Ele sorri, com os lábios contra uma taça de espumante, observando à distância Jimin conversando com outros empresários enquanto uma garota bonita lhe cortejava.
— Não me lembro de ter visto você em algum lugar antes — comentou a mulher, porque é muito comum pessoas da high society frequentarem os mesmos lugares. — Seu rosto faz o tipo inesquecível eu saberia se tivesse te visto antes, prazer em conhecê-lo Sr. Jungkook, meu nome é Safira Kim!
— O prazer é todo meu, acabei de chegar em Nova York, passei a maior parte da minha vida no México.
— Você não parece mexicano, em que tipo de negócio faz investimentos? — disse ela e tocou a borda da taça que estava em suas mãos, com a ponta dos dedos.
Jungkook olha para a garota de soslaio, Safira está vestida com um elegante conjunto de calça cáqui e um blazer de mesma cor, seu cabelo castanho está solto e ela está com maquiagem leve e batom vermelho nos lábios. O perfil dela corresponde àqueles que ele costumava enganar e iludir e depois tirar todo o seu dinheiro.
— Imobiliário e não, não sou mexicano, apenas passei por um longo período longe do país.
Considerando as negociações ou fraldes imobiliárias de Jungkook com Kennedy, sua resposta não seria totalmente uma mentira. Eles continuam conversando por um tempo quando o Diretor Kim os interrompe e se aproxima dos dois para especular.
— Pai, estou procurando por você.
— Vejo que você já foi apresentado à minha querida filha — comentou ele com seu típico sorriso sarcástico. — É a minha vez de me apresentar a vocês, sou o diretor...
— Kim Namjoon, eu te conheço, Jimin já me falou sobre você — ele cortou, não muito interessado em conversar com um homem que assim como ele, queria a riqueza de Jimin.
— E quem é você? Nunca ouvi falar de você antes, é um nepobaby ou colega de balé do Jimin. Quem sabe das aulas de piano?
— O que você está dizendo? — repreende Safira, considerando desnecessário o comentário do pai.
Os olhos de Jungkook se estreitam, ele range os dentes e volta a beber seu champanhe sem pressa em responder.
— Interessante, você também quer aprender patinação, diretor Kim? — o questionador é Jimin, que de repente aparece com sua típica aura de chefe. — Safira, você está linda como sempre. Jungkook, podemos ir?
— Você também, obrigada! — ele sorriu, Jungkook assentiu.
Jimin dá um beijo de despedida na bochecha da garota e então chega até Namjoon e estende a mão. Jungkook também cumprimenta a garota antes de sair, mas vira as costas para o diretor que troca algumas palavras com Jimin.
— Ei garoto, espero não ter te ofendido com minha piada. Tentei quebrar o gelo, bem vindo administrador Jeon.
Parado, Jungkook sorri, ele entrega a taça em sua mão para um garçom que passa com uma bandeja. E então ele ajusta o relógio, virando-se lentamente para encarar Namjoon.
— Não ofendeu, quem deixa escapar a verdade fica feliz quando está livre de fingimentos. Até breve, foi um prazer conhecê-lo.
(...)
No escritório de um prédio de apartamentos de luxo, Namjoon desabafa sua raiva jogando coisas na parede. Sua esposa e filha ouviram gritos irritados e sons de escombros, ele estava com raiva, era uma piada que o cargo que ele queria fosse ocupado por um pirralho mimado.
Ele tinha que encontrar uma maneira de afastá-lo, não queria ficar para trás mais uma vez. Não depois de planejar e executar seu plano horrível que ocasionou no acidente de Apollo Park, que ceifou sua vida e a de sua esposa, precisava tirar Jimin de seu caminho.
De agora em diante, queria encontrar algo para usar contra Jimin. Conseguindo se livrar do herdeiro legítimo, só assim, teria o caminho livre para se tornar o próximo dono do grupo milionário. Namjoon pegou o telefone e discou o número do seu secretário mais confiável, Lee. Ele atendeu depois de dois toques.
— Lee, preciso que você faça um favor para mim — Namjoon disse com uma voz fria e autoritária.
— Sim, senhor. O que deseja? — Lee perguntou, sabendo que se tratava de algo sério.
— Quero que você investigue tudo sobre Jimin, descubra os seus pontos fracos, os seus segredos, as suas conexões. Qualquer coisa que possa me ajudar a derrubá-lo, tirando-o da presidência — Namjoon ordenou, sem rodeios.
— Entendido, senhor. Vou começar imediatamente.
— E tem mais uma coisa — Namjoon acrescentou, lembrando-se de algo que o incomodava. — Quero que você descubra quem é Jungkook, o tal administrador e assistente pessoal de Jimin. Ele parece estar muito próximo dele, e isso me deixa desconfiado. Quem sabe ele não seja um espião ou um amante?
— Jungkook? Aquele da reunião? — Lee repetiu, surpreso. — O senhor tem certeza? Assim como o Jimin, ele é apenas um garoto, parece inofensivo.
— Não se deixe enganar pelas aparências, Lee. Ele pode ser a chave para o meu plano. — Namjoon disse, com um brilho malicioso nos olhos. — Agora vá, e me traga as informações o mais rápido possível. Não me decepcione. Você sabe o que acontece com quem me desaponta.
— Sim, senhor. Farei o meu melhor — Lee disse, engolindo em seco. Ele desligou o telefone e saiu do seu escritório, pronto para cumprir a sua missão.
Namjoon desligou o telefone com um sorriso de contentamento. Sentia-se confiante de que descobriria informações comprometedoras sobre Jimin e Jungkook. Pretendia utilizar essas descobertas para manchar a reputação do herdeiro e assumir o seu posto. As possíveis consequências não o preocupavam; ele ansiava apenas por vingança. Não permitiria que dois jovens, um mimado e outro enigmático, obstruíssem o seu caminho. Estava determinado a tornar-se o dono do grupo KJ, independente do preço a ser pago.
(...)
Após o término da reunião, Jimin convidou Jungkook para ir ao centro de patinação onde ele praticava. Eles conversaram e riram muito durante todo o caminho, e assim que chegaram lá, o milionário mandou Taehyung ir para casa.
— Mas senhor, já é tarde da noite, como vai chegar em casa?
— Táxi ou motorista de aplicativo, não se preocupe — explica e destrava o cinto de segurança. — Irei apreciar um pouco da minha liberdade, sabe mais que ninguém o quanto ansiava por isso mesmo que não fosse nessas condições.
— Eu sei, mas é perigoso, posso esperar!
— Não se preocupe com isso, vou cuidar bem dele – Jungkook disse e tocou a coxa de Jimin, que sorriu, gostando da sugestão.
Taehyung ficou tenso e não pôde fazer nada. E por mais que quisesse impedi-los de ficarem sozinhos, era uma questão de tempo e não havia nada que pudesse fazer. Portanto, ele observa silenciosamente os rapazes saírem do carro e entrarem no salão de mãos dadas.
— O que tem em mente? — pergunta o mais alto enquanto Jimin tira uma chave do bolso do paletó para abrir a entrada do local. — Espere, você é o dono daqui?
— Bem, sim, mas não completamente — ele diz e faz o outro franzir a testa. — Meu pai comprou uma porcentagem, para que eu pudesse vir aqui sempre que quisesse, mas não somos os únicos donos.
— Eu entendo.
— Tentamos comprar tudo, mas os outros proprietários não quiseram fechar negócio. Aparentemente, a principal fonte de renda de algumas pessoas aqui é apenas um percentual do valor do aluguel daqui — continua explicando, abrindo o portão e depois alargando-o. — Você acredita que algumas pessoas conseguem viver apenas com esse tipo renda? Essas pessoas não têm dinheiro, porque são acomodadas.
— Inacreditável — rio sem fôlego pelas costas do rapaz. Jungkook odiava as falas problemáticas que Jimin pronunciava, sem nenhum peso na consciência.
Nem percebendo a indignação na voz de Jungkook, os dois entraram sem mais comentários. O ambiente é escuro e frio, Jimin vai até um interruptor e acende os holofotes da pista, revelando o piso alvo, que possui até uma camada de gelo para manter tudo limpo e polido.
Jungkook esfrega as mãos contra o frio e olha em volta com muita curiosidade. Tudo é muito elegante e bonito, como aqueles filmes que passavam na TV à tarde. Jimin leva Jungkook para dentro da pista e pede que ele espere sentado nos bancos usados para preparação dos atletas.
Jimin vai rapidamente até o camarim para pegar seus patins no armário onde deixa sua jaqueta junto com seus sapatos e acessórios. Antes de retornar para a pista de dança, ele para em frente ao espelho e desabotoa a camisa para revelar o peito, com as mãos, penteia o cabelo para o lado e finalmente vai até Jungkook.
Esperando por Jimin, Jungkook sorri para si mesmo, verdadeiramente divertido. Inegavelmente, o herdeiro proporcionou-lhe momentos agradáveis, estava aproveitando cada segundo ao seu lado até o momento em que pudesse usurpar seu lugar.
Ele não sabia explicar porque gostava tanto da companhia do loiro, haviam menosprezado e abusado dele por tantos anos que alguém como Jimin prestando atenção nele e flertando com ele alimentava seu ego. Estava distraído quando um solo de guitarra começou a tocar, assustado procurou a fonte do som, encontrando Jimin de volta a pista, deslizando pelo chão antes de saltar no ar.
“Aqui estamos nós, sozinhos nessa sala. E garota, eu sei por onde começar e o que faremos. Eu não terei pressa, teremos a noite toda garota. Então se prepare, baby, eu tenho planos para você e eu oh!”
A música, com suas letras sugestivas e os movimentos sensuais e giratórios de Jimin, deixa Jungkook completamente hipnotizado. Ela abre os braços sobre o peito enquanto desliza pela pista, virando-se para o homem paralisado, notando sua expressão de êxtase acaba realizando um giro básico com uma perna só, com o torso e pernas em posição perpendicular.
Os lábios do moreno recuam em completo choque com o que Jimin poderia fazer. Continuando a coreografia, ele mostra suas habilidades em giros e saltos sincronizados sobre os patins, pousando com um pé só no chão, deslizando rapidamente para trás, girando diversas vezes no ar.
“Então não pare, vamos, pare de jogar. Mal posso esperar, quero me deitar com você, quero muito me deitar com você."
Suando frio, Jungkook tira a jaqueta sem desviar o olhar de Jimin por um segundo. Ele se sentiu excitado, a letra o fez imaginar o que aquela força e flexibilidade poderiam fazer entre quatro paredes. Seria uma conspiração completa dizer que não queria esse homem com a mesma intensidade com que o queria, e resistir para alcançar seu objetivo era uma tortura.
Após a visita de degustação de vinhos de na casa de Jimin, Jungkook tem recebido investidas das quais tenta se livrar para fazê-lo completamente obcecado por ele. Esquecendo que, como qualquer outra obsessão, tudo pode terminar tão repentinamente quanto começou.
A música começa chegar ao fim e Jimin faz um movimento chamado Layback Spin, girando novamente em uma perna, mas desta vez arqueando as costas com as mãos segurando a outra perna. Chegando ao final do último acorde da música, ele para e quando termina e se curva para Jungkook, que fica de pé sob aplausos.
— Bravo, Bravo — gritou ele batendo palmas, Jimin acha engraçado e ela coloca o dedo na boca para assobiar.
— Eu finalmente te surpreendi? — ele pergunta, patinando em sua direção.
— Você sempre surpreende!
Colocando-se na frente do moreno, Jimin revela seus dentes brancos perfeitos com um sorriso genuíno. Amava como era bom estar com ele, nunca tinha experimentado nada parecido. Devido à rigidez dos pais, seus encontros eram os mais imediatos possíveis, voltando-se imediatamente para a carnalidade, pois nunca se sabia quando surgiria outra oportunidade.
O olhar penetrante de Jungkook encontra o do patinador e ele aproxima ainda mais seus corpos. Sentindo o cheiro do perfume caro do loiro, ele coloca as mãos nos ombros dele. Tocando suavemente o queixo pontiagudo do milionário e dá um selar suave em seus lábios, que geme de frustração por não conseguir um beijo adequado.
— Oras seu bastardo.
Astuto, o moreno se afasta e inicia uma dança caótica no chão escorregadio da pista sem patins. Ele brinca todo desajeitado arriscando os passos de Jimin. A frustração do loiro rapidamente se transforma em diversão e ele desliza em direção a Jungkook para fazer círculos rápidos ao seu redor.
Jungkook estende a mão para Jimin agarrar e ele rapidamente o faz, então os dois começam a girar em círculo. Ambos estão sorrindo e o loiro joga a cabeça arriscando soltar uma das mãos, para improvisar uma coreografia arriscada esticando uma perna no ar curvando se para trás como no Layback.
Eles permanecem girando sem parar por quase 60 segundos, porém diferente de Jimin, Jungkook não está acostumado a ficar girando e acaba ficando enjoado e perdendo o equilíbrio, caindo para trás trazendo o outro junto. Caído no chão ele resmunga um palavrão enquanto o milionário começa a rir, gargalhando cada vez mais alto.
O som da risada espontânea de Jimin atinge o golpista por osmose, que também começa a rir sem nem mesmo saber o porquê. Estava tão feliz que naquele momento nem mesmo se lembrava como havia chegado ali, e nem o que pretendia, se deixou curtir o momento dessa vez.
Ele olha para o lado e percebe Jimin olhando de volta, o clima fica tenso e os dois param de sorrir para se olharem sérios. Jungkook engole em seco enquanto o outro se aproxima e se deita em cima de seu corpo, chegando até perto de seu rosto.
Seus olhos negros e curiosos finalmente vagam por cada detalhe do rosto do belo jovem: olhos de gato, nariz pequeno e lábios grandes. E que boca, ele respirou fundo, umedecendo os lábios enquanto o outro mordeu os seus em resposta, olhando seu gesto.
Jimin era exuberante, inebriante, sexual e sensual. Jungkook tocou o pescoço do loiro, acariciando os fios de cabelo daquela região, sentindo seu coração bater mais forte. E para continuar o que Jungkook começou, ele avança, dando um beijo no rosto do rapaz e depois unindo seus lábios novamente.
O moreno surpreso mantém os olhos abertos por alguns segundos, mas finalmente cede à vontade e afasta os lábios para que Jimin possa beijá-lo profundamente. A atmosfera de romance em cena e o beijo em câmera lenta fazem os poros de Jungkook tremerem.
O beijo acontece lento e profundo, entre gemidos abafados, suas línguas entrelaçadas urgente, quente, úmido. Doçura oral ambos foram experiências, prazeres mantidos em um lugar onde um mero beijo não seria suficiente satisfazer, era intenso.
E por mais que desejasse que o contato nunca acabasse, Jimin interrompe o beijo, afastando-se gentilmente, deixando suas testas ainda se tocarem. De olhos fechados, Jungkook morde o lábio inferior, sentindo falta do toque que acabou de sentir.
— Sabe, hoje eu acordei suado, sonhei com você até dormi pelado – disse Jimin esfregando os lábios em Jungkook, que permanece com os olhos fechados. — Espero que você queira se derreter no calor dos meus braços assim como quero me derreter nos seus, eu poderia ser seu esquema, basta você dizer que me quer.
— Eu quero, muito... — ele sussurra abrindo lentamente os olhos, deixando uma leve mordida no lábio inferior de Jimin que permanece próximo. — Mas eu simplesmente, não deveria.
— Me quer, mas quem não quer mais? Sou um sonho de consumo que você não conseguirá realizar quando for tarde demais — alertou, pressionando novamente os lábios contra os de Jungkook. — Até lá vou tentar foder com você.
Jungkook fecha os olhos novamente, absorvendo todo o prazer, imaginando os dois nus compartilhando pele, corpo e alma entrelaçadas em sua mente. Suas mãos traçaram as costas do rapaz com movimentos suaves que aproximavam ainda mais seus corpos, ele queria desesperadamente transar com ele, mas tinha que parecer cauteloso.
— Eu não quero te machucar, Jimin.
— Pode ficar tranquilo, quem machuca aqui, sou eu — disse ele, juntando seus lábios novamente.
Continua no próximo...
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