Capítulo 3: A vítima perfeita
Quando Jungkook era uma criança, ele não tinha outro objetivo senão viver em paz com sua mãe, longe de toda a pobreza e miséria do gueto. Mas aos 16 anos, cansado de ser rejeitado e de sofrer tanta violência, juntou-se a um homem misterioso que lhe prometeu uma mudança de vida.
Kennedy foi um estelionatário que viveu por muito tempo no pequeno vilarejo suburbano onde Jungkook cresceu. Ao contrário do menino pobre, filho de pais dependentes, ele sempre foi muito ambicioso e sonhava em ficar rico. Autodidata, ele criou um golpe que consistia em envelopes vazios para comprar imóveis e revendê-los por um preço menor.
Assim, conseguiu sair da favela onde morava e ir direto para um apartamento de classe média alta. E para conseguir muito mais dinheiro, ele criou um novo esquema de pirâmide onde recrutava jovens suburbanos para cometer novos golpes e oferecia a eles uma pequena parte dos lucros.
Esse novo formato permitiu que Kennedy se mudasse para um bairro nobre e se tornasse cada vez mais rico. Foi então que conheceu a filha de um juiz muito poderoso. Vendo uma nova oportunidade de ganhar mais dinheiro, seduziu-a, casou-se com ela, convenceu-a a assinar documentos legais transferindo-lhe todos os seus bens e depois fugiu.
Mas os anos se passaram e ele já não era mais tão jovem e bonito o suficiente para usar sua aparência a seu favor. Assim, como no golpe do envelope vazio, voltou aos subúrbios em busca de meninos pobres e bonitos para dar continuidade ao seu legado, sempre oferecendo uma porcentagem menor.
Foi assim que ele conheceu Jungkook. O menino tinha acabado de voltar de um dia de vendas na praia quando conheceu o homem que se apaixonou instantaneamente por sua beleza. Com olhos grandes, lábios finos e uma charmosa marca de nascença na parte inferior do lábio, o menino parecia mais um personagem.
Jungkook era lindo, Kennedy queria tirar vantagem disso, então ele seguiu o garoto em silêncio por todos os becos para descobrir de onde ele vivia. E como já suspeitava, percebeu que o garoto estava com sérios problemas financeiros por causa dos terríveis vícios de seus pais. Aos poucos, ele se aproximou dessa família e ganhou a confiança do pai de Jungkook, Elijah.
A princípio, ele tentou persuadir Angel, a deixar seu filho para buscar uma nova vida com ele. Porém, embora seu caso com tóxicos fosse mais grave que o do marido, ela amava o filho e não queria ficar longe dele. Então Kennedy convenceu Elijah a aliciar seu filho, forçando-o a decidir partir sozinho, convencendo o filho de uma oportunidade de emprego que traria dinheiro para financiar um tratamento para Angel.
Jungkook acreditou em seu pai e partiu para uma pequena cidade no interior do México com o homem. Lá ele aprendeu a dar vários golpes e logo se tornou o braço direito de Kennedy. O tempo passou e ele tornou-se mais habilidoso e distante de seus pais. Ele sentia falta da mãe e, às vezes, do pai, mas parecia que a única pessoa que realmente se importava com ele era Angel.
Em determinado momento, quando a saudade ficou insuportável, Jungkook deixou claro que se não pudesse ir ver os pais, não faria mais nada, e ameaçou fazer greve de fome. Kennedy não teve escolha a não ser ceder aos desejos do garoto, que acabou sendo uma verdadeira mina de ouro.
Eles voltaram em uma manhã chuvosa para que ninguém os notasse. Jungkook não via sua família há três anos. Ele ficou emocionado porque acreditava que o dinheiro que enviara havia curado sua mãe e possivelmente seu pai também.
Quando eles chegaram, as luzes ainda estavam acesas e o coração de Jungkook começou a afundar, caminhando lentamente em direção à porta e batendo. “Mãe, sou eu!” A mulher gritou em completa confusão naquele momento.
Assim que Elijah abre a porta, Jungkook encontra a conhecida fumaça tóxica que o lembra do cheiro de pneus queimados. Ele estava com raiva e ignorou seu pai, que tentou cumprimentá-lo e passou direto para entrar e procurar sua mãe. O chão estava cheio de pontas de cigarros, garrafas de bebida e preservativos.
— Então, foi isso que fizeram todo esse tempo com meu dinheiro? — Jungkook perguntou a sua mãe, encontrando-a confusa no tapete da sala.
— Jungkook? — ela ficou surpresa ao vê-lo.
O garoto magro e esguio havia se tornado um jovem bem-vestido, forte e saudável, não era mais o menino obediente que saía de casa chorando. A mulher se arrastou para mais perto do filho, mas ele recuou, relutante em ser tocado por ela, e Elijah observou, sem saber o que dizer.
— Filho, deixa eu te tocar, que saudades, você está tão lindo — ela se jogou aos pés dele implorando e ele balançou a cabeça. — Eu te amo, por favor, me perdoe! Prometo que vou melhorar, me dá outra chance.
Jungkook se sentiu derrotado, traído e pior, financiou os vícios que tanto detestava. Ele ignorou os chamados de seus pais e voltou para fora, onde Kennedy estava esperando.
— Vamos sair desse muquifo, Kennedy.
— Jungkook, meu filho! — Angel foi atrás dele em lágrimas, mas Jungkook não respondeu e continuou andando para longe dali, esperando que ele nunca mais voltasse. — Perdoe-me meu amor, deixe-me te abraçar… — ele continuou seguindo seu caminho. — Hoje é seu aniversário, eu não me esqueci, feliz aniversário, lindo.
Jungkook ficou paralisado por um momento e nem conseguia lembrar que ficava mais velho naquele dia, estava tornando-se maior de idade. Angel viu Elijah observando seu filho partir, mas Jeon não olhou para trás e apenas continuou se afastando.
Mas o que Jungkook não sabia eram as verdadeiras intenções de Kennedy, que estava realmente obcecado por ele. O rapaz planejava continuar com sua fraude matrimonial, mas o homem não permitiu. Ele o queria só para si.
Foi quando começou a investir com a intenção de conquistar Jungkook, estava apaixonado, mas o mesmo nunca pensou em romance, muito menos em um relacionamento com outro homem. Ele decidiu deixar tudo para trás e voltar para o gueto com seus pais, mas Kennedy ameaçou tirar tudo, inclusive a vida deles.
Então Jungkook aceitou, sedendo aos desejos de Kennedy, que vivia tentando comprar o amor dele com presentes caros e dinheiro. Ele amava o luxo, mas ainda assim estava infeliz, é claro, odiava aquele homem e tudo que o colocava nessa situação.
Deste modo elaborou um plano, que consistia em dar a Kennedy o que ele queria, até que finalmente pudesse roubar o vigarista que lhe ensinou tudo e fugir com seus pais. O homem ficou feliz e pensou ter conquistado o rapaz, mas um dia Jungkook roubou toda a sua fortuna, assim como ele havia feito com a filha do juiz.
E antes que Jungkook pudesse fugir, foi descoberto e perseguido. Quando encontrado foi agredido por Kennedy que jurou tirar sua vida, mas no meio da luta corporal, o jovem acidentalmente empurrou o mais velho contra o meio fio. Fazendo com que ele batesse a cabeça muito forte, e acabasse morrendo.
Com medo, ele fugiu com todo o dinheiro e assumiu os negócios de Kennedy. Mas o trauma da pobreza o fazia sempre querer mais, muito mais, do tipo que só uma pessoa como Jimin Park poderia oferecer. Depois de testemunhar o acidente, apesar de todos os abusos que sofreu, encontrar centenas de dólares e descobrir a existência de um herdeiro, só poderia ser considerado um presente do destino.
Sentado no assento do homem de cabelos dourados, que estava vestindo um terno Versace bordô com detalhes em rosa, ele pensou que poderia ganhar não apenas a confiança do sucessor de Apollo, mas também seu coração.
— Então sobre o que você quer falar? — perguntou o homem de cabelos dourados.
— Eu estava com seus pais minutos depois do acidente, antes de serem carbonizados.
Jimin ficou surpreso com esse fato. Quem é esse homem e por que ele estava lá no momento do acidente? Ele engoliu em seco, com as mãos tremendo e os olhos úmidos. O que realmente está acontecendo?
— Mas como... o que você tem a ver com aquele acidente? E o que você quer de mim?
— Eu acabava de voltar de uma viagem cansativa na fronteira canadense. Minha mãe estava doente e eu senti tanto a falta dela que quase morri — começou Jungkook com uma expressão triste e a melancolia que impulsionou Jimin. — Ela está em uma clínica em Minnesota, eu dirigi quase 20 horas para vê-la.
— Prossiga — disse Jimin friamente.
— Ela não queria tratamento, então brigamos e decidi voltar para Nova York. E no meio da tempestade, encontrei o Tesla do seu pai capotado no meio da estrada — relatou Jungkook. Jimin cobriu seus lábios em completo estado de choque. — Parei no meio da estrada e desci para ajudar, foi quando encontrei seu pai preso entre as ferragens com uma maleta cheia de seu próprio sangue.
— E minha mãe?
— Ela já estava sem vida.
Jimin estava hiperventilando, seu coração acelerado, suas pernas tremendo de ansiedade. Ele não estava pronto para ouvir aquelas coisas, mas ao mesmo tempo queria saber mais.
— Então por que você não os ajudou?!
— Eu tentei... — seus olhos estavam úmidos. — Mas não foi possível. Abaixei-me e tentei retirá-lo da ferragem, mas estava muito preso. Infelizmente sua mãe já havia falecido e seu pai só pensava em você — explicou Jungkook, tentando pegar a mão de Jimin para se confortar, mas este não permitiu. — Tem todo o direito de querer me afastar, mas fiz uma promessa ao Apollo, então tenho que seguir em frente.
— Chegue onde quer chegar — Jimin pensava que talvez aquele homem estivesse lá para pedir dinheiro.
— Ele me disse para parar de tentar ajudar e tirar de suas mãos aquela maleta, pediu para eu encontrar você e te entregá-la. Eu estava tão desesperado que não queria desistir de salvá-lo, mas era praticamente impossível fazer isso.
Com Jimin observando, Jungkook pegou o item esquecido no chão ao lado dele e o colocou no colo do outro. O rapaz chorou ainda mais, pois havia encomendado aquela maleta especialmente para seu pai. Ainda havia manchas de sangue na mala, ele estava começando a se desesperar.
— Ele me fez prometer que te encontraria e te protegeria para sempre. Ele me disse que estava com medo que pudessem te machucar — contou Jungkook para esconder o rosto com as mãos, apoiando os cotovelos nos joelhos. — Prometi buscar ajuda e disse que tudo ficaria bem. Então eu estupidamente corri entrei no carro para encontrar socorro, mas era tarde demais e eu estava fazendo o retorno quando o Tesla explodiu. Eu fugi o mais rápido que pude, porque estava com medo que me culpassem.
Jungkook chorou muito enquanto se levantava para ajoelhar-se diante de Jimin, que estava completamente perdido. Ele juntou as mãos, olhou profundamente nos olhos do homem e implorou por perdão.
— Sinto muito, senhor, foi tudo culpa minha!
Comovido com as palavras deste homem, Jimin coloca sua maleta de lado e se levanta para ficar na frente dele. Ele se abaixa e abraça Jungkook gentilmente, acariciando suas costas. Seu coração estava partido e, mesmo assim, sentia pena.
— Não precisa se desculpar, não é sua culpa. Você fez tudo que podia e agora está aqui, como ele pediu — disse Jimin suavemente. Jungkook o abraçou forte, sua cabeça em seus ombros, Jimin gentilmente tocou em seus cabelos. — Eu vou ficar bem, obrigado por me contar tudo.
Jungkook sorriu triunfante e rapidamente repetiu o choro. Jimin era o único na biblioteca que precisava de consolo. No entanto, ele tentou não fazer o homem se sentir culpado.
— Eu sinto muito!
Jungkook abraçou o corpo de Jimin com mais força, agora colocando o corpo menor sob sua proteção e tocando suavemente seu pescoço. Sentindo-se verdadeiramente bem-vindo pela primeira vez, Jimin se jogou nos braços do homem e chorou, as lágrimas de desespero que ele havia suportado por tanto tempo.
— Vai ficar tudo bem! — sussurrou Jimin.
— Você tem que olhar dentro da maleta — avisou Jungkook, afastando-se dele, olhando em seus olhos, enxugando as lágrimas e acariciando sua franja.
Jimin concordou e lentamente se levantou com seu corpo pesado, foi direto ao objeto, destravou o objeto e abriu lentamente, encontrando muito dinheiro. Considerando a quantia arrecadada e as diretrizes, ele estava convencido de que Jungkook era uma boa pessoa. Afinal, de que adianta devolver o dinheiro integralmente caso for um interesseiro?
— Eu não mexi em sequer um centavo, está tudo aí. Pode conferir! — disse Jungkook, fingindo secar suas lágrimas.
— Jungkook... eu não sei o que dizer.
Ele se aproximou de Jimin, que estava parado na frente de sua maleta, tocou seu ombro e se virou gentilmente para si mesmo. Park o seguiu e captou uma certa sensação do belo rosto do rapaz, um contato visual, e Jimin sentiu uma conexão inexplicável com o homem.
― Eu sei que não tenho o direito de pedir isso, mas eu queria realizar um desejo.
— Que tipo de desejo? ― ele perguntou desconfiado, esperando que pedisse alguma recompensa.
— Por favor, deixe-me manter minha promessa. Permita-me fazer o que Apollo me pediu, me ajude a lidar com o peso na consciência que irá me dominar pelo resto da minha vida. Me deixe proteger você, Jimin?
Jimin sorriu docemente, desejando realizar o último desejo do pai que ele tanto ama. Então, sem pensar, ele apertou a mão de Jungkook, que ficou confuso mas não demonstrou.
— Sim, eu permito, Jungkook Jeon.
10 DIAS DEPOIS...
Em meio a luzes piscantes e música frenética, o chapadão solitário parece estar tentando clarear sua mente. Ele tem tantas mãos no corpo que nem sabe quem as possui, fuma maconha, bebe uísque e, deseja se sentir vivo novamente. Procura por paz, mas não consegue ver nem sentir.
Estava determinado a fingir que nada havia acontecido e aproveitar a vida noturna e os prazeres que seu corpo lhe trazia. Enquanto um homem alto se aconchega atrás dele e segura seus quadris, ele se move tendo um outro homem na frente que toca sua cintura para uma fricção deliciosa. Jimin sorri escarnecedor enquanto é beijado na nuca.
Então beija os lábios do homem da frente, e o homem de trás usa a ponta da língua para explorar seu pescoço . Ele está com calor e excitado, jogando a mão direita para trás para sentir mais o corpo atrás dele. A música se intensifica, o calor aumenta, as roupas ficam mais apertadas e um desejo ardente leva o trio escada acima em busca de um espaço vazio onde eles possam explorar uns aos outros.
Não demoram muito para encontrar uma sala vazia porque a festa acabou de começar e ainda não há muita gente lá em cima. A casa de swing está lotada e Jimin quer se esbanjar, ele tranca a porta do quarto e acende as luzes para se jogar na cama redonda na companhia de dois homens.
À sua esquerda, o homem moreno com um sorriso gentil se aproxima para sentir o cheiro bom de Jimin, enquanto outro tira a camisa, deixando o peito nu, revelando seu belo abdômen. O loiro toca suavemente o peito do garoto, deslizando pelas cicatrizes da mastectomia, fazendo todo o seu corpo estremecer.
— Está tudo bem, para você? — perguntou o rapaz, que já é parceiro do outro, Jimin ergueu as sobrancelhas apoiando-se nos cotovelos para levantar. — Meu corpo é diferente... Deve ter notado.
O loiro sorriu e sentou-se completamente para puxar o garoto para seu colo para que o outro pudesse sentar atrás dele e enterrar as narinas em sua pele sedosa. Ele geme volupiosamente, passa a mão pela bunda ampla dele e pressiona suavemente com a ponta dos dedos.
— Você é perfeito! — disse Jimin, procurando um beijo caloroso nos lábios do garoto.
— E você é delicioso — o outro homem disse em seu ouvido, fazendo Jimin se virar para capturar seus lábios também.
Ao se beijarem enquanto o outro está sobre seu corpo, o rapaz beija por toda a parte nua do peito que fica coberta pela camisa, que ele desabotoa com cuidado para tirar. Seus olhos rolam de prazer quando os lábios quentes capturam seu mamilo.
Jimin está envolvido entre os dois corpos, ama ser desejado, permitindo ser totalmente tomado pelos homens. Ele se deita e enquanto um acaricia sua pele, o outro abre os botões de sua calça, para retirá-la em conjunto com a cueca e revelar sua nudez.
Os dois trocam olhares intensos, livrando-se das roupas, admirando o corpo de Jimin como uma iguaria pronta para ser devorada na mesa. Eles se beijam e trocam de posição enquanto o moreno desliza entre as pernas do loiro e acaricia-lo com as mãos, o outro se ajoelha perto de seu rosto.
Jimin não se importa com genitália, sendo homem, está perfeito para ele. É por isso que ele não se intimida em tocar a intimidade molhada do rapaz que permanece perigosamente perto do rosto dele.
— Droga, eu realmente quero sentar na sua cara — disse hipnotizado pelas feições luxuriosas de Jimin.
Ele era um insano, bonito, sexy e sem vergonha. Com o casal sob seu controle total, ele permite que o homem realize seu desejo, fazendo-o estremecer ao pensar em seus lábios grossos pressionando sua vulva e lhe dando prazer.
A música alta do clube abafou os gemidos altos, que iam intensificando-se a cada nova diversão. Eles estavam suados, chapados e cheios de volúpia. Intoxicado de desejo, Jimin se contorce em meio ao casal que lhe proporciona diferentes estímulos ao mesmo tempo.
Vai forte e profundo, movendo habilmente os quadris, estimulando o rapaz à frente enquanto é surrado por traz. O moreno não perdeu a oportunidade de golpear, a bunda de Jimin deixando um tapa forte ali. Ele se moveu por mais alguns minutos até o loiro alcançar o clímax, espalhando seu prazer pelo lençol. Eles sorriram juntos e ficaram deitados por um tempo na bagunça que eles próprios haviam feito.
— Uau, isso foi legal, loirinho! — o moreno disse sorrindo feliz procurando suas vestes. — Obrigado por isso.
— Meninos, vocês foram incríveis.
— Podemos saber o seu nome? — perguntou o outro rapaz de forma tímida.
— Jimin... Jimin Park na verdade — ele sussurrou como se estivesse contando um segredo e se levantou para vestir suas roupas e voltar para a festa.
— Jimin Park... Seu nome não é estranho— o moreno tocou seu queixo. — Ah, Jimin? Você é o Jimin Park, filho do Apollo Park? — ele sorriu e assentiu. — Oh meu Deus, você ouviu ele querido, nós transamos com um bilionário. Quer dizer, sinto muito pelo que aconteceu com seus pais.
— Tudo bem — Jimin dá de ombros sem fazer nenhum comentário a respeito.
— O que alguém como você, faz aqui?
— O mesmo que vocês, me divertindo
E vocês, como se chamam?
— Meu nome é Yoongi e este é meu namorado, Jin! — deu lhe um sorriso doce.
— Foi um prazer em conhecê-los, mas preciso ir agora. A propósito, o que aconteceu aqui, é um segredo nosso, não tentem nenhuma gracinha — disse Jimin, depois de vestir as calças, soando como uma ameaça. Eles balançaram a cabeça enquanto Yoongi faz o sinal da cruz.
— Bom... Jimin, será que nos encontraremos mais uma vez ? — Jin perguntou, enquanto observava Jimin caminhar em direção à porta.
— Talvez, quem sabe?
Despediu-se dos meninos com um sorriso confiante e deixou-os sozinhos no quarto. Não é a primeira vez que ele participa de um evento desse tipo, para preencher sua lacuna. Ele volta para a festa, bebe até ficar inconsciente e, quando acorda, está deitado sozinho no chão do estacionamento, cheirando a vômito e sem seu bracelete da Tiffany.
Ele se levantou com dificuldade e ficou aliviado ao encontrar as chaves do Porsche no bolso, com dor de cabeça e visão embaçada, foi até o carro e se dirigiu para a mansão onde morava. Estava tentando não se meter em confusão mas tinha uma guerra em sua mente, portanto apenas dirigiu.
(...)
Jimin não tinha aprendido a compartilhar, mas se importava, e mesmo que muitas coisas ainda não fizessem sentido depois que seus pais partiram, ele só queria beber seu champanhe e se sentir maravilhoso novamente. Sua solidão vinha do sentimento inatingível de querer confiar em alguém e ser poderoso demais para isso, o amor pode matar, mas o orgulho destrói.
Segurando uma taça à beira da escada enquanto observa o silêncio do casarão, Jimin aprecia o doce sabor da solidão. Robyn já estava dormindo e Taehyung e os outros trabalhadores foram para casa, não há ninguém aqui além dele. Então, desce lentamente os degraus, deslizando graciosamente as pontas dos dedos pelo corrimão dourado, é tarde da noite, mas a insônia não lhe dá paz.
Vai até o piano, senta-se em frente ao instrumento e coloca a taça sobre ele. A alguns dias, a estranha presença de Jeon Jungkook tirou todos os pensamentos de Jimin; ele estava convencido de que o homem estava falando a verdade, mas ao mesmo tempo, ele tinha tantas perguntas que ainda não encontrou a resposta.
Sabia que era hora de reagir, a vida não parou porque ele estava sozinho, pelo contrário, soube por um advogado que o vice-presidente de sua empresa bilionária pretende se tornar CEO. Não era o desejo de Apollo, ele deixou uma política que garantia que Jimin o sucederia através da apólice encontrada por Jungkook.
Depois da intensa conversa, Jimin e Jungkook trocaram seus números de telefone, sob a promessa de que sempre que o loiro precisasse pudesse contar com o Jeon. Até aquele momento, ambos não trocaram nenhuma mensagem, além de "bom dia", "boa tarde" e "boa noite".
Enquanto Jimin não queria incomodar, Jungkook articulava seu plano com cautela, livre de qualquer pressão, pois sabia que não demoraria para encontrar a brecha necessária. Ele retira o celular do bolso do hobby pensando se deveria ou não mandar uma mensagem, completamente entediado por estar sozinho, suspirou pesadamente tomando coragem para mandar uma mensagem.
Sentado no banco de um barzinho bem frequentado, Jungkook sorri, pronto para avançar mais um passo em seu plano sórdido. Ele chama a garçonete, paga seu drink e pede uma bala de hortelã para disfarçar o hálito, a simpática moça encantada pela gentileza do moço que acabara de lhe dar uma boa gorjeta, entrega seu número de telefone.
Ele aceita muito galante e se despede da moça com um beijo na mão, do lado de fora joga o papel com o contato dela no lixo, achando graça na situação. Já dentro do veículo, se olha pelo retrovisor, bagunçando o topete alinhado para parecer meio desajeitado, satisfeito com o casual chique que escolheu mais cedo, se encaminha para a mansão.
Por volta das uma e vinte e cinco da manhã, finalmente Jungkook cruza os portões do casarão. Jimin sinaliza, mostrando onde deve estacionar o Monte Carlo vermelho, e caminha em sua direção. Jeon segue as instruções, parando ao lado da garagem luxuosa, que mais parece uma concessionária pela quantidade de veículos estacionados.
— Exatos 40 minutos, você é bem pontual — comenta Jimin, olhando para o relógio em seu pulso, com a brisa fresca balançando seus cabelos.
— Aprendi após dois anos servindo ao exército — mentiu, soando convincente o suficiente para Jimin acreditar. Ele caminha até o loiro estendendo a mão direita. — É um prazer revê-lo.
— Que tal menos formalidade, recruta? — pediu, ignorando o cumprimento para abraçá-lo. — O prazer é todo meu, está cheiroso.
— Ah, obrigado! — simulou uma falsa timidez, deixando-se ser abraçado pelo mais baixo. — Estou realmente feliz pelo convite, prometo que irei me comportar.
— Eu não disse que precisa se comportar, vamos, está frio aqui fora — se afasta sorrindo para olhar Jungkook nos olhos.
Jungkook encara de volta, avaliando a beleza de Jimin; sua pele é macia e seu cheiro é inebriante, encantador para qualquer um, até mesmo para ele. Abaixa a cabeça levemente, intimidade, mas não tarda a se recompor, sorrindo de volta e assentindo com a cabeça.
— O que vamos fazer?
— Eu não sei, nunca pude trazer amigos para casa. Estou meio velho para uma festa do pijama, então um vinho... Talvez?
— Vinho é ótimo para mim.
— Perfeito!
Continua no próximo...
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