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Capítulo 23: Reprimido desejo

Sob a luz da tarde, Jimin franziu as sobrancelhas, sentindo o peso das palavras que acabara de ouvir. Absorvê-las parece uma tarefa quase impossível. Seus olhos desfocados vagam até encontrarem seu motorista, que, de longe, com a cabeça para fora do carro, parece captar toda a confusão que começa a dominá-lo.

— Reabrir o caso? Por que? Foi um acidente... — disse ele, tentando manter a calma. Talvez fosse um mal-entendido.

Sentindo um perigo iminente e sem saber como agir, Jungkook tocou a perna de Jimin em um gesto de apoio. Ele precisava manter a calma, apesar do medo que o motivo da visita do investigador lhe causava.

— Temos novas evidências que indicam que, na verdade, pode ter sido um homicídio — informou o investigador.

O silêncio caiu pesado entre eles, e a expressão de Jimin, antes desfocada, se transforma em uma mistura de choque e incredulidade. É como se o mundo ao seu redor tivesse congelado, enquanto a realidade daquelas palavras começava a se infiltrar, marcando o fim de qualquer normalidade que ainda restava.

— Durante uma inspeção pericial de casos encerrados, encontramos um dispositivo. Realizamos algumas análises e descobrimos padrões que sugerem interferência externa. No entanto, devido à tecnologia ser desconhecida, não conseguimos obter muitas informações. O senhor sabe do que se trata?

Inteligência de bordo, Jungkook pensou, esperando que Jimin dissesse algo.

— Não pode ser... Os testes da inteligência de bordo foram finalizados recentemente. Meu pai jamais arriscaria a própria segurança em um protótipo.

Seus olhos focaram no envelope pardo nas mãos do homem, sentindo um arrepio percorrer sua espinha. Aquelas palavras não faziam sentido, mas o peso da situação era inegável.

Jungkook, apenas observa em silêncio, seu rosto mantendo uma expressão neutra. Embora não diga nada, ele sente uma tensão crescente no ar. O medo de ser envolvido naquela investigação, mesmo que indiretamente, fazia com que ele quisesse manter distância.

— Talvez devêssemos continuar essa conversa lá dentro — sugeriu Jimin, tentando soar calmo, mas com um leve tremor na voz. Ele gesticulou em direção à entrada da mansão. — Podemos ter mais privacidade no meu escritório.

O investigador assentiu, guardando o envelope no bolso.

— Claro, senhor Park. Acredito que seja uma boa ideia.

Jimin abriu a porta do carro e saiu devagar, olhando para Jungkook com um misto de expectativa e preocupação.

— Jungkook, você pode nos esperar na sala de estar? — Jimin pediu, sua voz suave mas firme.

Ele assentiu, forçando um sorriso breve.

— Claro, estarei por ali se precisar de mim — respondeu, tentando esconder qualquer sinal de desconforto.

Enquanto Jimin e o investigador se dirigem ao escritório, Jungkook permanece parado por um instante, observando-os. Ele apoia a cabeça no volante, respirando fundo, até o ronco do carro de luxo à sua frente tirá-lo do transe, forçando-o a dirigir para dentro da mansão.

Lá dentro, após estacionar o Monte Carlo, ele se vira e entra na sala de estar, sentindo-se um pouco aliviado por não estar diretamente envolvido na conversa. No entanto, o peso da situação ainda paira no ar.

Ele sentou no sofá de couro, o corpo inclinado para frente, os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos entrelaçadas. Parece relaxado, mas o aperto firme dos dedos e o movimento sutil de sua mandíbula mostram o contrário. O silêncio da sala é quebrado apenas pelos passos distantes no corredor, um ritmo lento, mas certeiro, que reverbera como um lembrete incômodo.

— Parece que a casa caiu mais cedo do que pensávamos. — Taehyung quebrou o silêncio com um tom ácido, seu olhar cravado em Jungkook.

Por um instante, Jungkook não reagiu. Apenas respirou fundo, o ar entrando e saindo em um fluxo controlado, contando mentalmente para não perder o equilíbrio.

— Acha que tenho algo a ver com isso? — sua voz saiu baixa, quase casual, enquanto ele finalmente ergueu o olhar.

Taehyung avançou um passo, cruzando os braços sobre o peito.

— Eu tenho certeza.

Jungkook inclinou a cabeça, avaliando cada palavra dita, cada movimento do outro. Então, um sorriso enviesado surgiu, mais um reflexo de desprezo do que de humor.

— Esse seu quepe... — murmurou, apontando vagamente com o queixo. — Cafona. Não faz jus à sua beleza.

— Não tente mudar de assunto. — Taehyung estreitou os olhos, a tensão evidente na rigidez de sua postura. — Eu não tenho medo de você. E não pense que o motivo pelo qual ainda não te denunciei é porque hesito. Sua máscara vai cair.

O sorriso de Jungkook se alargou um pouco, mas seus olhos permanecem frios, impenetráveis. Ele recostou-se no sofá, cruzando os braços de maneira deliberadamente relaxada.

— Máscara? — a voz saiu arrastada, uma nota de provocação que faz Taehyung cerrar os dentes. — Não sei do que está falando.

— Não me venha com essa — o tom de Taehyung endureceu. — Uma tentativa de homicídio não é algo que se apaga tão fácil.

O sorriso desapareceu, mas Jungkook não perde a compostura. Seu olhar encontrs o de Taehyung com uma intensidade que faz o motorista hesitar por uma fração de segundo.

— Está fazendo acusações graves. — Ele inclinou-se para frente, os cotovelos novamente nos joelhos. — Não seja por isso. Eu mesmo direi ao Jimin. E quando a hora chegar, você vai ter que provar cada palavra.

Taehyung apertou os lábios, a convicção em sua expressão oscilando.

— Isso não vai ficar assim.

Jungkook manteve o olhar fixo nele, inabalável, saboreando cada fragmento de desconforto do outro. Os passos no corredor agora estão mais próximos, mas ele não desvia os olhos, nem por um segundo.

— Qualquer novidade, entre em contato imediatamente. — A voz de Jimin soa mais próxima, acompanhada pelo eco de passos firmes.

O motorista descruzou os braços, o desconforto evidente no modo como evita olhar diretamente para Jungkook. Este, por sua vez, mantem o olhar fixo em Taehyung, arqueando uma das sobrancelhas com uma mistura de desafio e sarcasmo. Antes que o momento possa se prolongar, Jungkook desvia a atenção para o corredor que leva à sala de descanso dos funcionários. Taehyung, após um breve meneio de cabeça, some de vista, os passos ecoando em retirada.

— Certamente, Park. Tenha um excelente fim de tarde. — A voz do detetive rompeu o silêncio, acompanhada pelo som de passos descendo as escadas.

Jungkook virou a cabeça por sobre o ombro, observando o homem ao lado de Jimin.

— Obrigado. Eu te acompanho! — Jimin ofereceu com um sorriso polido, embora haja uma tensão em sua postura.

— Não precisa. Já decorei o caminho. — O detetive interrompeu com um aceno discreto, mas firme, lançando a Jimin um olhar avaliador antes de acrescentar: — É melhor que fique e cuide da sua... — Fez uma pausa, deliberadamente longa, enquanto estuda o rosto de Jimin. — Gripe.

Jimin abriu a boca, um tanto hesitante, mas logo forçou uma risada.

— Ah, sim. Eu sofro com rinite severa. Acho que não sou um bom dono de casa. Está uma grande poeira por aqui.

O detetive respondeu com um sorriso contido, mas não escondeu o olhar de ceticismo. Ele se virou e continou a descer as escadas, enquanto Jimin permaneu onde estava, a mão pousada levemente no corrimão, como se precisasse de um momento para recompor o próprio fôlego.

O som dos passos do detetive desapareceu ao longe, e a tensão na sala parece se condensar. Jimin caminha até o móvel onde as bebidas estão expostas. Seus movimentos, normalmente elegantes e contidos, agora tem algo de apressado, quase desajeitado. Ele pega uma garrafa de uísque caro, sem sequer olhar o rótulo. Com um gesto apressado, enche o copo mais do que o habitual e leva à boca, tomando um gole longo, quase desesperado.

Jungkook, que havia ficado observando à distância, aproximou-se devagar, a preocupação evidente em seus olhos.

— Jimin, está tudo bem? — perguntou, mantendo a voz baixa, mas firme. — Ele disse algo que te deixou assim?

Quando se aproxima o suficiente, Jungkook nota os poros suados de Jimin, o brilho no rosto e o leve tremor em suas mãos. A resposta vem imediatamente em sua mente, como uma peça que se encaixava no quebra-cabeça. É a substância. Aquela maldita substância que Jimin havia ingerido na empresa, ainda correndo por seu corpo, manipulando sua fisiologia e suas emoções.

Ele tentou manter a expressão neutra, mas o maxilar se tensionou os olhos faiscando com um misto de raiva e preocupação.

— Jimin... — começou, em tom mais grave, mas Jimin o cortou antes que pudesse continuar.

— Não há nada concreto ainda. — Jimin soltou o copo com um pouco de força sobre o balcão, o som do vidro contra a madeira ecoando pela sala. Ele passou a mão na nuca, o gesto denunciando o nervosismo. — Mas... vou ter que prestar depoimento.

Jungkook franziu o cenho, inclinando a cabeça para tentar capturar o olhar de Jimin.

— Depoimento? Sobre o quê exatamente?

Jimin balançou a cabeça, desviando o olhar para o copo vazio. Sua respiração parece irregular, se esforçando para manter o controle.

— Ainda não disseram muito. Estão... investigando. Mas... — Ele fez uma pausa, os dedos se apertando ao redor da borda do balcão. — Tenho medo do que pode acontecer comigo, realmente mataram meus pais? Estou apavorado.

Jungkook apertou os lábios, o olhar fixo no perfil de Jimin.

— Jimin... você não precisa enfrentar isso sozinho.

Jimin finalmente ergueu os olhos para ele, uma mistura de gratidão e exaustão estampada em sua expressão.

— Sei disso. Mas agora... só preciso ser paciente e manter a calma.

Jungkook assentiu, embora a linha tensa de seus ombros traía sua tentativa de tranquilidade. Ele respirou fundo antes de falar, as palavras saindo com hesitação:

— Bom... Eu... Eu nem sei o que dizer. — Ele fez uma pausa, passando a mão pela nuca. — Imagino que não deve ser fácil, sabe, lidar com tudo isso... a morte dos seus pais. Mas prometo ficar ao seu lado. Não vou deixar que façam nada contra você. — Seu olhar se endureceu, uma promessa implícita na voz baixa. — Se precisar... eu mato por você.

A confissão escapou como um sopro, e, mesmo sem entender por completo o porquê, Jungkook sabia que estava sendo sincero. Por mais que, no fundo, ainda estivesse ali para cumprir seu objetivo: conquistar Jimin e se aproximar de riquezas que nunca havia tocado.

Jimin riu com suavidade, o sorriso curvando seus lábios enquanto dava um passo à frente. Seus dedos ágeis subiram até o tecido impecável do paletó de Jungkook, brincando distraidamente com a lapela.

— Você fica uma graça falando essas bobagens. Aposto que não mataria nem uma mosca. — Sua voz carregando uma provocação leve, mas seus olhos estavam fixos nos lábios do outro.

Jungkook ergueu uma sobrancelha, sua voz ganhando um tom grave enquanto a tensão entre os dois aumentava.

— É mesmo? — Ele não conteve o sorriso que acompanhou as palavras, pensando no quão pouco Jimin sabia. Não fazia ideia de que Jungkook já havia matado. Não por capricho, mas por ele. Ainda assim, aquela ousadia na forma como Jimin olhava seus lábios fazia algo dentro dele ferver.

— É sim. Você é só um gatinho. Um gatinho muito bonito. — Jimin sussurrou, seu tom carregado de malícia.

Jungkook riu, um som baixo e rouco. Sem aviso, ele encurtou a distância entre os dois, puxando Jimin com firmeza contra si. O impacto dos corpos foi seguido pelo aperto possessivo de sua mão na cintura de Jimin, arrancando um suspiro dele.

— E o que o gatinho pode fazer para te fazer se sentir melhor? — Jungkook murmurou contra os lábios de Jimin, tão próximo que sentiu a respiração quente contra a sua pele.

Jimin inclinou a cabeça, o sorriso travesso ainda presente.

— Porra... Me beija. Me beija e, se for bonzinho, talvez eu deixe você tirar minha roupa.

Jungkook arqueou uma sobrancelha, os olhos passeando pelo corpo de Jimin antes de subir de volta ao rosto.

— Você está magnífico com esse Armani. Adoraria te ver sem ele. Mas, se não me falha a memória, combinamos que isso não ia mais acontecer.

— Que memória curta, hein? — Jimin revirou os olhos, antes de segurar Jungkook pela gravata e puxá-lo mais para perto. — Ainda estou acima de você na hierarquia, então eu mando e você obedece. Cala a merda da boca e me beija. Agora.

E, dessa vez, Jungkook não hesitou.

Seus lábios se colaram aos de Jimin com uma fome quase desesperada, como se estivesse se agarrando à única coisa que fazia sentido naquele momento. O beijo começou intenso, quente, carregado de desejo reprimido. A respiração de ambos era errática, o som preenchendo o silêncio luxuoso da sala. 

É quase insuportável para Jungkook segurar o quanto queria Jimin, o quanto precisava senti-lo. Não é apenas o beijo — é a textura da pele macia que contrasta com o peso de sua vida na periferia, é o perfume que exala luxo, tão inalcançável quanto as estrelas que ele só podia sonhar em tocar. E agora, ali estava ele, segurando aquilo que jamais imaginou ter em suas mãos. 

Jimin deixou escapar um gemido rouco quando foi empurrado contra o balcão de bebidas. As garrafas tilintaram com o impacto, mas nenhum deles pareceu se importar. As mãos de Jungkook apertaram a cintura de Jimin, os dedos cravando na camisa cara como se quisesse deixá-lo marcado. O cheiro de whisky invadiu o ar quando, num movimento descuidado, um cotovelo atingiu uma garrafa que despencou e se estilhaçou no chão. 

— Porra... — Jungkook sussurrou, sua voz carregando algo entre luxúria e arrependimento. 

O barulho do vidro quebrado foi suficiente para atrair Robyn, que entrou apressada na sala. Taehyung, logo atrás, parou abruptamente ao vê-los. Os olhos de Robyn se arregalaram, e ela imediatamente desviou o olhar, tentando não demonstrar desconforto. 

— Senhor Park, desculpe... Não queríamos interromper. — Ela deu um passo para trás, puxando Taehyung pelo braço. — Vamos sair... 

Mas Taehyung não se moveu. Ele ficou parado, os olhos fixos na cena. Lá estava Jimin, o homem que ele amava profundamente, entregue nos braços de Jungkook. Sua expressão um misto de choque, dor e raiva contida. Ele sabia o que significava para Jimin, um brinquedo a ser usado e descartado.

Robyn percebeu o estado de Taehyung e tentou puxá-lo novamente. 

— Tae, vamos. 

Mas ele não se mexeu. Não podia aceitar que a brincadeira tivesse acabado. Não assim. Ele só conseguiu se mover quando ouviu a voz grave de Jungkook romper o silêncio carregado da sala: 

— Jimin, por que não subimos? Acho que temos muito para... terminar. 

A provocação óbvia, um golpe certeiro em Taehyung, que ainda não desvia os olhos de Jimin. Jungkook sabe exatamente o que estava fazendo, e o pequeno sorriso nos lábios de Jimin só piora a situação. Ele não teve a menor intenção de esconder o que estava acontecendo, muito menos de aliviar o peso da cena para Taehyung. 

Antes que Robyn pudesse puxá-lo novamente, Taehyung finalmente se moveu, mas não sem antes lançar um último olhar para Jimin. Um olhar carregado de mágoa e indignação, mas também de algo que Jimin sempre soube que estava lá: amor reprimido. 

No entanto, Jungkook pareceu se divertir com o desconforto alheio. Sem qualquer preocupação, aproximou-se de Jimin e passou os dedos pelo colarinho de sua camisa, tentando retomar exatamente de onde tinham parado. 

— Então, onde estávamos mesmo? — Jimin disse com um tom provocador, a voz maliciosa carregando uma dose extra de cinismo. 

Robyn, já desesperada para evitar mais tensão, empurrou Taehyung para fora da sala, murmurando algo como: 

— É melhor deixarmos isso para lá, Tae. Não vale a pena. 

Mas Taehyung sabia que não era tão simples assim. Não quando tudo em Jimin gritava que ele era inatingível e inalcançável, ao mesmo tempo em que fazia questão de se mostrar cruelmente disponível para quem quisesse tomar o lugar que ele sonhava ocupar.

Continua...

Embora eu praticamente não tenha leitores, voltei. Desde já, peço perdão pela qualidade da escrita. Apesar de trabalhar profissionalmente como revisora não reviso meus manuscrito durante o processo de publicação kkkkk

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