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Capítulo 22: Sorte ou revés

A mansão amanheceu agitada. Jimin estava irritado porque Jungkook não cedeu a nenhuma de suas investidas. Notou que ele estava estranho, pensativo e monosilábico. Depois que fez as panquecas e comeram juntos, eles conversaram um pouco e, logo depois, se despediu com um beijo na bochecha de Jimin, dizendo estar cansado.

Mesmo com a oferta de um quarto de hóspedes, não mudou de ideia.

Jimin, verificando algumas pautas da reunião, desceu as escadas distraído, onde Taehyung o observava em silêncio. Ao perceber que estava sendo observado, Jimin apenas cumprimentou com um aceno de cabeça e seguiu para a sala.

Rochelle, cumprindo sua promessa ao patrão, levantou-se mais cedo para que Robyn pudesse servi-lo antes de sair. De mau humor, ele recusou tudo que lhe foi oferecido, pedindo apenas um copo de água com gás.

— Obrigado, Robyn! — agradeceu sem olhar para a mulher parada à sua frente segurando uma bandeja.

Ele pegou o copo, levou-o aos lábios e bebeu todo o líquido, permitindo-se fechar os olhos em satisfação ao matar sua sede. Com cuidado, devolveu o copo à bandeja e se despediu da governanta, pronto para cuidar do evento proposto por Jungkook, que havia deixado os acionistas animados.

— Podemos ir, senhor? — disse Taehyung, usando de uma formalidade que por vezes julgava desnecessária.

Incapaz de conter a atração que sentia por Jimin, ele observou seus cabelos, elegantemente penteados para o lado. Seus olhos desceram pelo corpo bem definido, que estava vestido com um sofisticado terno Giorgio Armani de estampa grafitti. O paletó, com três bolsos e botões duplos, deixava seu peito parcialmente exposto pela ampla lapela da gola, conferindo-lhe um ar clássico e atemporal.

— Quando quiser parar de me encarar, estou pronto para ir — respondeu Jimin, estalando os dedos com dificuldade devido aos anéis de esmeralda em seus dedos.

— Oh, me desculpe. Está muito elegante hoje, Jimin — ousou dizer Taehyung, seguido de um pigarro.

— Era a intenção, vamos!

Discretamente o motorista, acompanhou com os olhos Jimin se afastando para ir em direção ao carro estrategicamente posicionado na entrada da casa. Ele apressa os passos para ultrapassá-lo e abrir a porta, como fora instruído quando foi contratado. O outro agradece a cordialidade, questionando-se o porquê de ele mesmo não dirigir, já que o fator chofer era só mais uma das táticas de Apolo e Anfisa para controlar seus passos.

Ele entra no carro em silêncio e, como sempre fazia quando levava Jimin para algum lugar escondido, retira um pequeno espelho do porta-luvas e entrega ao patrão, que pega o objeto em mãos e encara sua face pelo retrovisor. Um sorriso soprado nasce em seus lábios enquanto seu coração se aperta ao se lembrar das fugas dos pais.

Maldito sorriso. Taehyung sente seu coração se apertar no peito, sentindo uma nostalgia quente dos momentos que viveu com o patrão. Sua pele se arrepia ao recordar das falas chulas que Jimin sussurrava em seu ouvido com aquela mesma expressão enquanto pedia por mais.

— Obrigado, Tae, por nunca ter me abandonado — murmurou, despertando o motorista de volta à realidade, onde agora é só mais um funcionário.

Sempre foi assim, na verdade.

— Não precisa agradecer, eu te amo — deixou escapar arregalando os olhos, concentrando-se rapidamente no painel do carro para focar no trabalho.

Sem saber o que dizer, Jimin contentou-se em não falar mais nenhuma palavra até chegar em sua empresa. Fingindo não ter percebido a declaração. Ao descer do carro, seguiu de cabeça erguida, chamando a atenção por onde passava com sua imponência e look levemente ousado, porém discreto.

A sede da empresa KJ group é um verdadeiro colosso no mundo da tecnologia. Fundada há tantas décadas, rapidamente se destacou por sua inovação e ousadia em soluções tecnológicas que iam desde softwares empresariais até dispositivos de última geração. O prédio imponente, localizado no coração do centro financeiro, era uma torre de vidro e aço que refletia o céu e a cidade ao seu redor.

Jimin atravessou o saguão moderno, com seus pisos de mármore polido e uma recepção futurista, onde um telão cumprimentava os visitantes. Ele entrou no elevador privativo, que subiu suavemente até o andar da diretoria. Saindo do elevador, percorreu os corredores elegantes decorados com obras de arte contemporâneas até chegar à sala de reuniões.

Já aguardavam por ele os principais executivos da empresa e claro, Jungkook. Todos ansiosos para discutir os próximos passos do lançamento do projeto revolucionário deixado por Apolo. Jimin entrou com confiança, encarando Jeon com discrição, pronto para liderar mais uma reunião crucial para o futuro da empresa. 

Neste cenário cada vez mais imponente e intimidador, Jungkook já não questiona se deveria seguir em frente com suas pretensões. Sabia que, se fosse pego, seria o seu fim. Estava em um tanque de tubarões, onde um passo em falso poderia custar-lhe a vida. Ele tinha que ser um excelente mergulhador e não deixar transparecer que era uma presa.

— Com os testes finais quase concluídos, é hora de planejar o lançamento da nossa inteligência de bordo. Embora um evento público para o primeiro teste prático possa ser arriscado, acredito que devemos apostar em um grande evento com transmissão nas redes sociais. Isso atrairá a atenção da mídia e de potenciais novos compradores, além de satisfazer nossos clientes, que estão ansiosos pela nova tecnologia.

— Ótima notícia. Desde que perdemos nosso querido Apollo, temos perdido muito dinheiro todos os dias. Inclusive, acredito que, por este ser o último projeto em que ele trabalhou, isso vá gerar um interesse maior. Por que não ver um lado positivo em meio à tragédia? — comentou a bela investidora, dona de uma empresa de marketing, sempre enxergando a oportunidade de transformar qualquer coisa em holofote. — Vamos recuperar o dinheiro perdido e ganhar muito mais.

Com o cenho franzido, Jimin inclinou a cabeça, pensando estar sendo equivocado ao interpretar as falas da mulher. Ela está mesmo querendo tirar algo positivo da morte dos meus pais?

Um aperto no coração se fazia presente. O dinheiro era muito importante, mas doía perceber que, para aqueles que se diziam amigos e parceiros de seu pai, o mais importante era recuperar o dinheiro perdido. Ele tentou se conter, mas não conseguiu. Levantou-se de repente, deixando todos confusos, inclusive Jungkook.

— Não estou me sentindo bem. Peço licença a todos. Se tiverem algo para discutir comigo, passem para o senhor Jeon. Voltamos a nos reunir após o evento.

Com passos apressados, ele deixou a sala de reunião, agora com uma postura menos confiante do que quando chegou. Caminhava rapidamente, quase correndo, e acabou esbarrando em alguns colaboradores no caminho até a sala da presidência, onde entrou e bateu a porta atrás de si.

Rápido, foi até sua mesa e começou a revirar as gavetas. Encontrou um pequeno pino contendo uma substância pulverulenta rosa, que despejou sobre a mesa. Seu coração batia desesperado enquanto suas mãos trêmulas procuravam a carteira na parte de trás de seu luxuoso terno. Tirou uma nota de dinheiro e seu Centurion Card.

Antes de enfileirar o conteúdo, molhou a ponta do dedo indicador com o pó e levou até a boca, esfregando nas gengivas e na língua. À medida que a dormência se espalhava, enrolou a nota e, ansiosamente, inalou o pó.

Não satisfeito, revirou a gaveta novamente até encontrar um saquinho com o mesmo conteúdo, dessa vez branco e em maior quantidade. Usou o cartão sem limites para enfileirar e cheirar novamente. Rapidamente, a euforia tomou conta de seu corpo, e um sorriso se espalhou em seu rosto.

Sentou-se, ignorando as batidas frenéticas de seu coração. Seus olhos, castanho oliva, agora tinham pupilas dilatadas. Girou a cadeira para encarar a vista privilegiada de Nova York, sentindo-se incrivelmente poderoso.

O som da porta se abrindo ecoou pela sala silenciosa, seguido por passos firmes e decididos de sapatos de couro. Ele já desconfiava de quem se aproximava. Virou-se lentamente, seus movimentos calculados, e seus olhos, ainda dilatados e brilhantes de euforia, encontraram a figura à porta. Um olhar sensual, que ele não conseguia controlar naquele momento, tomou conta de seu rosto.

Os passos continuavam, cada vez mais próximos, ressoando no piso de mármore. Ele manteve seu olhar fixo, esperando, enquanto a adrenalina e a excitação pulsavam em suas veias, intensificando a sensação de poder que tomava conta de seu ser.

— Jungkook Jeon, ao que devo o prazer de sua presença?

— Está tudo bem? — questionou prontamente. Aproximou-se da mesa, seus dedos deslizaram sobre os resquícios do pó rosa. Um sulco se formou entre as sobrancelhas. — Isso é Tusi? — Jungkook não esperou uma confirmação, como se não quisesse mais saber a resposta assim que a pediu. Decidiu mudar de assunto enquanto limpava os dedos na roupa. — Vim avisar que já podemos ir para casa. Encerrei a reunião. A equipe de desenvolvimento disse que foram feitos alguns testes e a tecnologia está pronta.

Sua voz firme e autoritária fez o interior de Jimin estremecer. Ele sorriu docemente, encarando-o descaradamente. Jungkook estava vestindo um terno elegante, mas sem o paletó, que estava pendurado em seu ombro.

— Sabe que eu acho uma delícia quando você fala como se fosse o chefe, não o funcionário? — disse Jimin, girando na cadeira. — O que acha de me foder tendo essa vista para a cidade?

— Você está magoado, não está? O que aquela mulher disse te deixou chateado e por isso estava usando Tusi. Responda, por favor — implorou Jungkook, encarando as costas de Jimin, que sorriu amargamente sem se virar. — Estou aqui por você. Eu a coloquei no lugar, não vai acontecer de novo.

— Como assim? O que você fez? — perguntou Jimin, ainda imobilizado.

Jungkook pegou a nota abandonada sobre a mesa, dobrando-a cuidadosamente antes de colocá-la no bolso, como se quisesse apagar qualquer evidência do que havia ocorrido ali.

— Nada demais... — murmurou, seus olhos fixos em Jimin. — Vou te levar para casa. O que acha de sair para jantar comigo?

Ainda preso em um estado de confusão e desorientação, Jimin, soltou uma risada amarga, quebrou o olhar para encarar a vista da cidade e respondeu, a voz carregada de cinismo:

— Não me leve a mal, Jungkook... Mas estou afim de encher a cara e foder a noite toda. Se quiser vir comigo, esteja ciente das minhas intenções. — Ele girou a cadeira lentamente, capturando as expressões de Jungkook, tentando decifrar o que havia por trás de seus olhos . — E saiba que, se sua resposta for não, meus planos ainda serão os mesmos.

Jungkook se aproximou ainda mais, até estar a poucos centímetros de Jimin, inclinando-se até que seus rostos ficassem próximos o suficiente para que ele pudesse sentir o calor da respiração do outro. Seus olhos, escuros e intensos, refletiam uma mistura de desejo e conflito.

— Você sabe o quanto eu te quero, Jimin... — sussurrou Jungkook, a voz quase trêmula, mas ainda carregada de um controle calculado. — Mas não me peça para fazer isso sob efeito de nenhuma substância. Eu não quero sentir que estou me aproveitando da sua situação. E para ser sincero... — Ele fez uma pausa, a vulnerabilidade em suas palavras contrastando com sua usual frieza. — Estou sentindo sua falta. Sei que falei que precisava de distância, mas já não sei o que fazer. Você não sai da minha cabeça.

E então, Jimin piscou lentamente, seus pensamentos ainda nebulosos, incapazes de se agarrar a uma verdade clara. Ele observou Jungkook de perto, tentando decifrar a sinceridade por trás daquelas palavras, mas tudo parecia uma névoa espessa.

Enquanto Jungkook permanecia tão próximo, seus olhos intensos e suas palavras carregadas de emoção, Jimin sentiu uma familiar e perigosa atração crescer dentro de si. Mas junto com essa atração, veio também a dúvida, um turbilhão de sentimentos que ele não conseguia definir.

Não sabia o que Jungkook realmente queria ou o que ele mesmo desejava. Estava preso entre o desejo e a dúvida, incerto se as palavras de Jungkook eram uma declaração genuína. No fundo, uma parte dele queria acreditar, queria se entregar, mas a outra parte não conseguia ignorar a voz na sua cabeça que o alertava para não se deixar levar tão facilmente.

Manteve o olhar em Jungkook, tentando encontrar uma resposta nos olhos do outro, mas tudo o que encontrou foi um reflexo de sua própria confusão. E assim, com as dúvidas pairando no ar entre eles, Ficou parado, sem saber qual seria o próximo passo, ou se algum dia poderia confiar plenamente em Jungkook e nos próprios sentimentos que ele ainda não compreendia.

Fungou, sentindo um incômodo crescente no nariz, a boca ainda dormente, enquanto uma sede insaciável o fez umedecer os lábios. Jungkook não desviou o olhar; a maneira como era encarado fazia seu estômago revirar. Conhecia bem aquele olhar frio e distante, o mesmo que seu pai usava quando o corpo estava presente, mas a mente vagava em lugares distantes.

Levou a ponta dos dedos ao maxilar de Jimin, sentindo um aperto no peito, uma raiva crescente tomando conta de seu ser. Àquilo que havia levado sua casa à ruína estava ali, cuidadosamente organizada em fileiras com um cartão Black, o mesmo que poderia comprar sua vida em um instante.

— Me faça seu, Jungkook, pelo menos uma última vez. Por favor! — pediu, sua voz baixa, quebrando o silêncio e despertando Jungkook do transe.

Hesitante, Jungkook fez silêncio, as palavras que queria dizer pareciam presas em sua garganta. Ele olhou para Jimin, a mistura de confusão e desejo no rosto dele o deixou incerto do que fazer. A última coisa que queria era piorar a situação, mas também não podia ignorar a súplica na voz.

Quando finalmente começou a falar, sua voz baixa e cautelosa, foi abruptamente interrompido por Jimin, que se aproximou ainda mais, seus olhos buscando desesperadamente os de Jungkook.

— Me beija — pediu Jimin, sua voz quase um sussurro, mas carregada de uma necessidade crua.

Jungkook congelou, sentindo o mundo ao redor deles se estreitar até que nada mais importasse além daquele momento. Ele viu a vulnerabilidade nos olhos do outro, e isso o abalou de uma forma que não esperava.

Percebendo a hesitação de Jungkook, Jimin suspirou, desviando o olhar por um instante antes de voltar a encará-lo.

— Eu me sinto estranho, Jungkook — confessou, sua voz agora mais suave, quase introspectiva. — Eu não sei o que de fato estou sentindo, tudo está uma bagunça aqui dentro. Mas... — Ele fez uma pausa, lutando para encontrar as palavras certas. — Mas eu quero sentir de novo. Porque com você, sinto coisas que eriçam minha pele, que me fazem querer mais, mesmo quando estou perdido no meio de tudo isso.

Ele ergueu a mão, tocando o rosto de Jungkook com delicadeza. Seus olhos se tornaram intensos, fixos, à espera de uma resposta que ele mesmo não sabia se estava pronto para ouvir.

Jungkook sorriu suavemente, seus olhos suavizando enquanto olhava para Jimin.

— Você sabe que eu não consigo dizer não para você, Jimin. — Sua voz era gentil, cheia de uma sinceridade que ele raramente deixava transparecer. — Estou ciente dos sentimentos que afloram em meu peito sempre que estou com você, mas... — Ele fez uma pausa, passando a mão pelos cabelos de Jimin, afastando uma mecha solta de seu rosto. — Agora, o que eu mais quero é cuidar de você.

Por um instante, Jimin fechou os olhos, tentando absorver o que Jungkook dizia, mas o incômodo em seu nariz voltou com força, interrompendo o momento. Ele tocou-o, esfregando-o em busca de algum alívio, mas a sensação não desaparecia. Antes que pudesse se perder nesse desconforto, sentiu os lábios de Jungkook selando os seus de forma suave, um beijo que carregava uma mistura de carinho e preocupação.

Jungkook se afastou apenas o suficiente para olhar nos olhos de Jimin, sua mão ainda repousando na nuca dele.

— Por favor, vamos para casa — pediu Jungkook mais uma vez, sua voz baixa e firme. — Quero garantir que você esteja bem.

Dessa vez, Jimin não resistiu. Ele olhou para Jungkook, as defesas lentamente se desfazendo, e acenou com a cabeça.

— Tá bom... vamos. — murmurou, finalmente cedendo, sentindo-se mais seguro com a presença de Jungkook ao seu lado.

Eles saíram juntos do prédio, com Jungkook cada vez mais à vontade, mantendo uma postura confiante ao lado de Jimin, que representa um dos nomes mais poderosos do país. Sua elegância, acompanhada de seu sorriso gentil ao cumprimentar os colaboradores, contrastava com a expressão séria do outro, que agia como se estivessem sozinhos nos corredores.

Ao se aproximarem do elevador, Jungkook acelerou o passo para apertar o botão, abrindo rapidamente a porta que os levaria diretamente ao estacionamento. Jimin agradeceu e entrou na cabine, observando-o selecionar o andar.

Quando a porta se fechou e o elevador começou a descer lentamente, Jimin encarou seu reflexo no espelho, revelando a expressão de um homem quebrado. Jeon se aproximou e ousou tocar sua mão. Por um instante, Jimin olhou para o gesto antes de aceitar o toque, entrelaçando os dedos com um sorriso tímido.

De mãos dadas, eles deixaram o elevador e caminharam até o carro de Jungkook, um item de colecionador sofisticado, embora não fosse considerado um carro de luxo. Jimin, sentindo-se à vontade, não conseguia distinguir se a euforia que sentia vinha do toque entre eles ou da droga que havia consumido.

— Esse carro te deixa sexy, meio no estilo Dean Winchester. Seria cafona, se você não fosse tão bonito — comentou, arrancando um sorriso de Jungkook. — Quanto vale um desses?

— Uns 45 mil dólares, mais ou menos. Esse modelo é o Aerocoupe, um dos mais valorizados.

Jimin balançou a cabeça e observou o veículo, com suas linhas elegantes e o brilho discreto da pintura bem preservada. A combinação de sofisticação e nostalgia o fez considerar por um momento o charme peculiar do carro, que, mesmo não sendo extravagante, exalava personalidade. Sem soltar a mão de Jungkook, ele evitou qualquer comentário negativo para não magoá-lo. Talvez eu devesse dar um carro de presente para ele, pensou.

— Senhor Park, já vamos? — a voz grave de Taehyung o tirou de seus pensamentos, fazendo-o se sobressaltar.

Ambos se viraram para trás, onde Taehyung aguardava ao lado de um Rolls-Royce de mais de 500 mil dólares, com a porta do passageiro aberta. Jimin soltou a mão de Jungkook, que imediatamente fechou a expressão, lançando um olhar direto para o motorista, que engoliu em seco.

— Bom... Sim, quer dizer, não. Pode ir na frente, vou pegar uma carona com Jungkook, temos algumas coisas para alinhar — disse Jimin, e Taehyung apenas assentiu, notando a postura confiante do outro rapaz.

— Sim, senhor, com licença.

— Certo, podemos ir, Jungkook?

— Claro, vamos nessa.

No caminho para a mansão, os efeitos das substâncias no corpo de Jimin já haviam se dissipado, e os dois conversavam e riam juntos. Em vários momentos, Jungkook desviava o olhar da estrada apenas para observar o sorriso de Jimin, sua mão descansando na coxa dele enquanto seu coração batia forte.

Poucas vezes Jungkook se sentiu assim, como se estivesse à beira de uma liberdade que nunca acreditou ser possível, vivendo como uma pessoa comum. Mas, apesar disso, sua consciência não o deixava em paz, lembrando-o de seus crimes e da possibilidade de jamais ser realmente livre.

Para afastar esses pensamentos, ele tirou a mão da perna de Jimin por um momento e abriu o porta-luvas, tentando alcançar sua carteira de cigarros.

Jimin, atento,  quis ajudar, pegou um cigarro da caixinha, colocou-o entre os lábios e, usando o acendedor do carro, acendeu-o. Deu duas tragadas e soltou a fumaça pelo nariz. Jungkook, observando, balançou a cabeça, aceitando o cigarro quando Jimin o passou para ele, e também deu uma tragada.

— Desde quando você fuma? — perguntou Jungkook, soltando a fumaça.

— Eu fumo qualquer coisa — respondeu Jimin sem pensar. Jungkook apertou a mandíbula. — Estou brincando, relaxa.

— Sei...

O silêncio tomou conta do resto do percurso. Alguns metros à frente, o Rolls-Royce de Jimin destacava-se na paisagem, uma das muitas coisas elitizadas nos Hamptons. Ao chegarem à mansão, Jungkook notou um carro com vidros escurecidos estacionado em frente.

Parando a uma distância segura do veículo que Taehyung dirigia, ele observou um homem se aproximar e dizer algo ao motorista, logo após o carro parar diante dos grandes portões da propriedade.

— O que está acontecendo? — Jungkook perguntou, apertando os dedos no volante e se virando para olhar para Jimin.

— Não sei, nunca vi aquele cara antes.

Franzindo o cenho, Jungkook voltou a observar a interação, curioso. Viu quando o desconhecido olhou na direção deles, após o motorista apontar para o carro. Suas mãos começaram a suar, enquanto Jimin permanecia indiferente.

— Ele está vindo para cá?

— Sim, está — respondeu Jimin, engolindo seco.

— Olá, boa tarde, senhores. Gostaria de falar com Jimin Park — disse o homem ao se aproximar do lado de Jungkook, que apenas virou o rosto para encarar Jimin.

— Sou eu. Do que se trata?

— Muito prazer, Senhor Park — disse o homem, com um tom grave e sério. — Sou o investigador Hoseok Jung. Estou aqui para informá-lo que reabrimos o caso do acidente de carro dos seus pais.

Continua... ⭐

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