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Capítulo 1: Próxima vítima

Para muitos, este é um momento único e importante em suas vidas, mas para Jungkook é apenas mais um dia cotidiano. Afinal, esta já é a terceira ou quarta vez em apenas três anos que ele está consentindo com um juiz em uma cerimônia de casamento. Com o céu nublado e poucos convidados presentes, o evento sofisticado é realizado à beira-mar. Valquíria, mulher rica e mais velha, se sente extremamente sortuda por ter encontrado o amor de sua vida.

Apaixonada, Valquíria acreditou cegamente na história do jovem rapaz, que afirmava ter sido deixado em um orfanato e nunca ter tido uma família. Oferecendo a ele, o melhor que o dinheiro poderia comprar como recompensa por todo sofrimento ao qual foi submetido. Como dizem os amigos de sua alta classe social, essa mulher rica e com beleza considerada "exótica" finalmente encontrou alguém que a amava e respeitava até a morte.

- Lorenzo, você aceita Valquíria Hermínio como sua legítima esposa?

- Aceito!

Valquíria pensou que tinha encontrado a felicidade para sempre, mas após apenas três meses, o homem que a tratava como uma rainha e a fazia delirar simplesmente partiu. Ele partiu com sinceridade, esperança e, pior ainda, levou consigo todos os centavos que ela havia acumulado com anos de trabalho e dedicação.

Lorenzo, ou melhor, Jungkook, mais uma vez destruiu uma vida e saiu impune, deixando nenhum rastro para trás. Com seu cabelo elegantemente penteado e óculos escuros, o belo jovem fumava um cigarro enquanto dirigia seu carro Monte Carlo, deixando para trás sua antiga identidade ao literalmente jogá-la pela janela do veículo.

Em total contraste com o estilo de vida de Jungkook. Nas vilas de luxo em Hamptons, Nova York, Jimin Park residia em uma mansão requintada onde dedilhava habilmente as teclas de um piano de cauda à beira da escada. Ele era o típico filho perfeito de uma família rica: educado, elegante, talentoso e extremamente bonito. Seus cabelos loiros contrastavam com seus olhos âmbar, conferindo-lhe uma aparência única.

Apesar de ser adulto, Jimin seguia rigidamente os rigorosos ensinamentos da família que o preparam desde muito cedo para cuidar dos negócios. Porém, mesmo diante da rigidez e das câmeras que acompanham seus passos 24 horas por dia, longe dali, ele possuía uma vida dupla repleta de festas, drogas, sexo e álcool.

Após terminar de tocar, ele sorriu gentilmente para seus aplaudidores pais, orgulhando-se do seu próprio brilhantismo, enquanto guardava suas partituras com cuidado. Ao mesmo tempo, seu motorista particular esperava ansiosamente para levá-lo para "patinar no gelo".

- Mãe, não me espere para o jantar, vou treinar até tarde hoje. Temo não chegar a tempo - ele avisou, levantou-se e aproximou-se para abraçar a senhora. O motorista torceu o corpo e um sorriso zombeteiro surgiu em seu rosto.

- Tente não se atrasar, querido - disse a elegante senhora, e Jimin acenou com a cabeça para o pai.

- Senhor, podemos ir? - perguntou o jovem motorista soando debochado, sendo repreendido por Jimin. Que virou as costas para seus pais e, sem que percebessem, fez um gesto obsceno com os lábios.

Jimin seguiu em silêncio o motorista e caminhou lentamente em direção ao carro de luxo que o aguardava em frente à mansão. Ele permaneceu assim até o momento em que saiu pelo portão e pegou um pequeno espelho de prata do motorista.

- Ei, patrãozinho, adoro como você soa elegante e comportado na presença dos seus pais - o homem o encarou, olhando os olhos âmbar de Jimin refletidos no espelho retrovisor.

Sentado no banco de trás, Jimin sorriu satisfeito, desarrumando o seu habitual cabelo arrumado que sua mãe tanto apreciava, mas que odiava. Ele olhou de maneira brincalhona para o espelho retrovisor em direção ao subordinado com quem mantinha um caso secreto e chupou o dedo indicador de forma sugestiva.

- Então, leve-me para o nosso esconderijo e faça-me gemer como um indivíduo insano.

1 ANO DEPOIS

- Como ela está?

- Sentindo a sua falta!

Desde a prisão de seu pai, Jungkook tem mantido sua mãe em reabilitação, temendo que ela sofra o mesmo destino. Ele não deixou de visitá-la mesmo diante das dificuldades, porque, apesar de tudo, ele a amava incondicionalmente.

- Você pode nos deixar sozinhos um pouco? - gentilmente pede à mulher contratada para cuidar de Angel enquanto ele estiver fora, e a mesma concorda. - Eu agradeço!

Apesar de sentir saudades, Jungkook teve problemas para abrir a porta, pois não suportava mais ver a situação miserável em que sua mãe se encontrava desde que nasceu. Na verdade, essa seria uma das poucas vezes em que ele a via sóbria.

Ele fechou os olhos, colocou a mão na maçaneta e, lentamente, abriu a porta. Imediatamente viu sua mãe sentada no canto, com a cabeça baixa. Seu coração apertou, a ansiedade o fez parecer frio, mas ele continuou caminhando em direção a ela e se agachou à sua frente.

- Mamãe?

Assim que viu o filho, a mulher ergueu imediatamente a cabeça e sorriu feliz: "Como você é lindo, Jungkook", ela disse, tocando sua pele. No entanto, ela tinha dificuldade em acreditar que sua existência era real. Sem hesitar, o moreno puxou a mãe para um abraço caloroso e cheio de saudade, sentindo pela primeira vez o cheiro do hidratante em vez da fumaça tóxica do crack.

- Lindo, você veio me buscar, meu filho? - ela perguntou, afastando-se para tocar novamente o belo rosto do rapaz. Ela não conseguia acreditar o quão forte e saudável ele havia se tornado.

O sorriso dele desapareceu, ele levantou-se calmamente e estendeu a mão para a mãe, que, embora um pouco confusa, o olhou e aceitou. Jungkook olhou profundamente nos olhos dela, incapaz de ignorar o impacto que as drogas haviam causado no rosto da mulher que já foi tão bela quanto ele.

Jungkook sabia que a personalidade de sua mãe se transformava quando ela adotava uma postura mais agressiva devido à falta da substância. Para falar a verdade, nem mesmo sabia se sua mãe tinha uma personalidade.

- Por favor, me tire daqui! - ela gritou, afastando-se. Jungkook tentou se aproximar para conversar, mas foi repreendido pelos gritos raivosos. - Você precisa me tirar daqui, seu moleque inútil, eu quero sair!

- Mãe, você precisa de ajuda. Quando estiver tudo bem, eu vou te tirar daqui. Eu prometo! - ele tentou acalmá-la.

- Eu não quero ajuda, Jungkook - ela confessou, chorando. - Sou uma viciada, vou morrer assim, eu não quero parar, me deixe sair daqui.

Sua confissão sincera o atingiu como uma faca, era como um jardim de sonhos falsos parecia uma flor que nunca desabrochava. Ele sentia ódio, tristeza e, principalmente, raiva. "Como ela ousa dizer algo assim?", ele pensou, saindo do quarto da clínica, deixando para trás uma mulher histérica.

"Ela não tem esse direito" Ele foi abandonado, ele quem sofreu todo tipo de violência. Desde criança, teve que cuidar de si mesmo, porque nunca teve uma família real para acolhê-lo quando estava doente, para dizer o certo e o errado.

Embora não quisesse mais ficar sozinho, ele saiu apressadamente da clínica e ignorou as ligações dos paramédicos que havia contratado. Sentia vontade de chorar, mas não parecia o certo. Então decidiu dirigir sozinho em uma estrada perigosa, com uma tempestade se aproximando e pouca visibilidade.

Enquanto dirigia pela estrada, se deparou com um carro de luxo capotado bloqueando seu caminho. Por pouco não colidiu, graças aos freios que o permitiram evitar outro acidente. Além de todo o abuso que havia sofrido, agora ele se via impossibilitado de voltar para casa.

A maioria das pessoas chamaria a polícia ou pelo menos tentaria ajudar, mas Jungkook não era uma pessoa comum. Empatia não era algo que lhe foi ensinado de berço. Ele pouco se importava com pessoas além de si mesmo, exceto com sua mãe.

Dentro do carro, havia um homem que não tinha forças para sair do veículo, mas que não largara sua maleta, ele sentiu-se cheio de esperança ao ver o jovem se aproximando. Talvez o homem de branco fosse o auxílio divino pelo qual ele clamara, tanto por sua vida quanto pela de sua esposa.

- Por favor, nos ajude - suplicou com dificuldade, engasgando com seu próprio sangue, olhando para o sapato ilustrado do jovem bem próximo de seu rosto.

Ignorando os apelos desesperados, Jungkook calmamente apagou seu cigarro e se agachou para olhar mais de perto o rosto do homem rico, notando que a mulher já não respirava e que ele estava preso nas ferragens. Sem ter como ajudá-lo sozinho, pegou a maleta antes de se levantar.

- Sinto muito, não há nada que eu possa fazer - avisou, ciente de que o veículo entraria em combustão a qualquer momento. - Buscarei socorro.

- O que está fazendo? Ei, seu maldito!

O homem entrou em desespero ao perceber que não receberia ajuda, e seus esforços para implorar mais apenas o fizeram engasgar com o sangue. Enquanto isso, o rapaz se apressou em voltar para seu Monte Carlo, deixando a maleta no banco do passageiro.

Enquanto a chuva intensa começava a cair, junto com os trovões, ele deu marcha à ré e retornou pelo caminho que havia vindo, buscando uma nova estrada para pedir por ajuda. Com sentimento de culpa e peso na consciência, ele assistiu ao veículo acidentado explodir pelo retrovisor.

(...)

Com seus pais fora da cidade, Jimin está livre para curtir sua juventude, bem-arrumado e balançando os quadris ao ritmo acelerado do electro-pop. Ele não se importa com nada, beija alguns lábios, toma pílulas e bebe tudo o que deve beber, estando despreocupado.

Ele sorri, levanta os braços para o alto e deixa-se abraçar por um rapaz lindo e desconhecido, enquanto o homem dança sensualmente, deslizando as mãos pelas suas curvas deleitando-se com seu bom cheiro. Embriagado convida o rapaz para acompanhá-lo até sua casa, mas é interrompido por seu motorista, que o encontrou no meio da pista e tentou agarrar seu braço para puxá-lo para fora, mas foi impedido pelo parceiro de balada.

― Jimin, você tem que vir comigo! ― ele gritou para avisar, porque a música estava muito alta, e puxou-o novamente.

Mas ele não permite ser levado e começa a discutir com Taehyung. Eles têm apenas uma coisa em comum, um caso, mas nada mais, e nenhum deles deve fidelidade ao outro. O outro homem, chateado com a situação, se despede, deixando-o em um estado de confusão que, aos poucos, começa a chamar a atenção de todos.

― Olha o que você fez ― ele se afasta do funcionário com raiva, e Taehyung o alcança novamente, dizendo que ele precisa acompanhá-lo.

― Que merda você está fazendo? Você sabe que eu realmente não tenho nada com você. É apenas uma diversão, e você não passa de meu empregado, eu sou seu chefe e você me deve respeito.

― Cale a boca, seu mauricinho idiota ― ele ordenou entre dentes, muito magoado com a fala de Jimin, agarrando o braço dele com força, fazendo-o gemer de dor. ― Temos que sair daqui, seus pais sofreram um grave acidente de carro e foram enviados de volta para Nova York, mas você pode ficar aqui se quiser, não me importo.

Próximo à localização da boate de luxo, Jungkook olhou para a maleta sobre a mesa. Não há motivo para manter algo assim em suas mãos quando se está morrendo, a menos que haja algo de grande valor nisso. Refletindo sobre isso, ele foi até a janela do apartamento, fechou as cortinas, calmamente ligou a TV sintonizando no jornal local e depois pegou uma garrafa de vinho da adega, despejando o líquido em um copo.

Somente então ele se sentou em frente à maleta novamente e finalmente a abriu para ver o que havia dentro. Era como se tivesse ganhado na loteria, na maleta havia uma grande quantidade de dinheiro, além de uma foto do filho do casal e um projeto de inteligência de bordo. Jungkook sorriu presunçosamente, pegou as notas na mão e jogou tudo para o ar. Afinal, é disso que ele gosta: dinheiro rápido e fácil.


No noticiário, a notícia da morte de um famoso empresário junto com sua esposa chamou sua atenção. Eram eles, tinha certeza. Ainda se lembrava dos clamores desesperados daquele homem ensanguentado que ele viu explodir mais cedo.

"Morre o poderoso magnata, dono do KJ Group, Apollo Park e sua esposa Anfisa Park, após sofrerem um grave acidente ao voltarem para casa em Hamptons na tarde desta sexta-feira. Informações preliminares da polícia alegam que a causa do ocorrido seria um buraco na estrada que estava escondido, devido às fortes chuvas."

- Que Deus os tenha! - atento ao noticia, Jungkook aumentou o volume bebericando seu vinho.

"A herança do empresário parece não ter fim. Segundo o site 'The Blasto', o filho Jimin Park, de 25 anos, é o único herdeiro. Ele pode receber algo como 890 milhões de dólares e cerca de 2,5 bilhões em patrimônios, além do maior número de ações da empresa que pertencia até então ao seu pai.Tornando-se um dos mais jovens bilionários do mundo."

Jungkook sorri olhando para a foto apoiada pela apólice, analisando cada característica angelical do rapaz que era o mesmo que estava sendo exibido na televisão. "Jimin Park, então esse é o seu nome?", ele disse. Na foto, Jimin estava vestindo um belo terno Dior marsala, segurando flores e sorrindo brilhantemente.

Ele ainda não sabe como fazer, mas certamente aproveitará o fato de ser a única testemunha para finalmente realizar o golpe milionário que tem em mente. Só assim ele será poderoso o suficiente para não precisar se tornar um bandido novamente e vingar-se de todos os que o humilharam em sua vida.

Com um novo plano em mente, ele foi para o quarto, encontrou seu antigo computador e não teve problemas para conseguir as informações de que precisava sobre Jimin em uma página da internet. Os Hamptons são seu novo destino, e Jimin é a próxima vítima.

10 ANOS ANTES

No beco escuro do subúrbio onde vivia, Jungkook permanecia em silêncio, aguardando o momento de retornar para casa. Sempre que Oliver, o homem com quem sua mãe trocava favores sexuais por drogas havia anos, estava presente, ele saía. Pois não suportava os assédios que sofria por parte do amante de sua mãe, e a humilhação que seus pais passavam para sustentar seus vícios.

Desde o momento em que presenciou isso acontecendo em sua própria casa, sem qualquer tipo de vergonha, ele duvidava que um dia teria uma vida normal. Enquanto caminhava, desejava passar despercebido e evitar encontrar os garotos que o atacavam e zombavam dele e de seus pais.

E sentindo sono e fome, pois havia passado a noite anterior acordado - já que seu pai trocara o novo colchão que ganhara por cocaína tendo que dormir no chão, Jungkook continuava a vagar sem rumo, com a cabeça baixa, como um cão abandonado.

Ele almejava ir para a escola com sapatos e roupas que não fossem fornecidas por alguma instituição, mas naquele momento seu único desejo era ter uma refeição adequada e um colchão confortável para descansar. Seu estômago estava contraído, pois não estava se alimentando adequadamente, e detestava a sensação de fome que o levava de volta para casa mais cedo.

Porém, ele não teve pressa em retornar e chutou uma lata vazia que poderia ter sido usada para fumar crack. Quando passou próximo de onde algumas crianças jogavam bola, permitiu-se olhar para elas e ver que estavam se divertindo imensamente.

Em sua inquietação, não percebeu que a bola vinha em sua direção, acertando-o em cheio no rosto. O impacto foi tão forte que ele sentiu vontade de chorar. Os garotos riram como se tivessem ouvido uma ótima piada, enquanto Jungkook cerrava os punhos de vergonha, lutando para conter as lágrimas.

- Hey! Vai chorar, pé sujo? - zombou Kevin, um dos garotos que o intimidava, fazendo com que as outras crianças gargalhassem ainda mais da situação de Jungkook.

Jungkook tentou ignorá-lo e saiu rapidamente, mas infelizmente, Kevin o perseguiu e provocou puxando seu ombro.

- Estou falando com você. Onde está a piranha da sua mãe?

Cansado de ouvir tal provocação, Jungkook deu um soco no olho de Kevin. Aquela não era a primeira vez que acontecia, já não suportava mais as provocações e agressões que sofria frequentemente.

- Peguem ele! - gritou Kevin para seus amigos, enquanto caído no chão. Em seguida, os outros se juntaram para dar uma lição em Jungkook.

- Kevin, me desculpe, por favor! -suplicou Jungkook, genuinamente chocado com suas próprias ações.

Kevin não se importou com as desculpas, ele só queria que Jungkook fosse espancado. Ele era o filho de um traficante, e aprendeu a enxergar uma família de viciados em drogas como o lado tolo da força. O garoto era um abusado, aprendendo com seus pais que poderia fazer o que desejasse, ter o que quisesse, e que todos deveriam tratá-los como autoridades.

Rapidamente, os garotos seguraram os braços de Jungkook, enquanto Kevin desferia socos em seu rosto repetidamente. Incapaz de se defender, Jungkook permitiu-se ser espancado até que Kevin finalmente se cansasse e o largasse ensanguentado no chão.

As crianças que estavam brincando continuaram rindo do menino, que só desejava levar uma vida tranquila e normal. Quando todos finalmente foram embora, Jungkook ainda estava sangrando e dolorido. Ele queria chorar, mas sentia que não tinha o direito.

Após algum tempo, ele finalmente se levantou e voltou para casa. Ao chegar, percebeu que todas as coisas que havia arrumado anteriormente estavam em completa desordem. Ele respirou fundo, evitou as latas e garrafas de cerveja espalhadas pelo chão e quase vomitou quando encontrou uma camisinha usada no sofá.

Ele ouvia risadas do outro lado da sala, era Oliver, cujos pais pareciam estar se divertindo. Embora ele estivesse com fome, dolorido e muito cansado. Jungkook respirou fundo e foi até o banheiro para ver o estrago que haviam feito em seu rosto, encarando sua imagem abatida no espelho, limpando cuidadosamente o nariz sangrando.

- É você, lindo? - Angel perguntou, enquanto corria para o banheiro com uma caixa de pizza nas mãos.

O menino empurrou a porta com raiva, temendo que sua mãe o visse ferido, mas ela colocou um dos braços na frente dele mais rapidamente.

- O que há de errado com você? - ela queria saber na hora, mas não queria responder, então disse para ela ir embora - Quem fez isso com você, meu amor? - ela perguntou novamente, colocando a caixa de pizza na pia, obrigando o filho a encará-la. - Por favor, me diga o que aconteceu.

- Nada, mãe, só quero tomar um banho - disse ela e saiu do quarto.

- Ele bateu em você de novo, não foi? - ela disse, paralisando-o.

- Eu não peço para você sair de casa apenas quando for trabalhar?

Jungkook sorriu ironicamente e se virou para sua mãe novamente. No corredor da casa com cheiro de plástico derretido, ele estava com raiva de sua mãe. Do que diabos ela está falando? Ele não tinha um emprego, aliás, a mando dos pais, ganhava dinheiro com turistas nas praias da cidade usando doces como atrativo.

- Mãe, de qual trabalho você está falando, vender doces na praia ou pedinte nas horas vagas? - cansado de tanta dor, perguntou com um misto de ressentimento e autopiedade. - Estou cansado de me esconder, porque todos me odeiam - Ele suspirou e criou coragem para dizer o que estava preso. - Não tenho amigos, não tenho um celular, nem tenho a porra de um colchão porque você e o pai fumaram ele.

Angel estava envergonhada, ela tinha certeza que não podia culpá-lo por guardar rancor. As atitudes dela com o marido trouxe sérias consequências, como o isolamento do filho. Nenhuma mãe tem coragem de deixar seus filhos andarem com alguém como Jungkook, embora fosse um bom menino diziam que ele poderia ser uma má influência. Com o grito alto de Jungkook, seu pai foi até eles para descobrir o que estava havendo.

- Angelica, o que está acontecendo aqui?

- Eles bateram em nosso filho de novo, Elijah - disse ela.

Angel não estava com raiva de seu filho por suas palavras duras, sabia que algo tinha que mudar se quisese protegê-lo. Eram frequentes o número de vezes, em que Jungkook chegava ferido em casa por causa de Kevin.

- Foi o Kevin? - quis saber rapidamente, Jungkook assentiu virando-se para ele, que ficou chocado ao ver o estado de seu filho. - Deus, o que você fez com ele?

- O que você quer dizer com o que ele fez, não viu que é Jungkook, quem está ferido? - Angel ficou com raiva, enquanto o garoto cansado foi para cozinha seguido por seus pais, para procurar algo para comer.

- Eu bati nele, pai, se é isso que quer saber - contou.

- Tá vendo, é tudo culpa do Jungkook, onde já se viu ele bater no moleque e se o pai dele vir tirar satisfação? Ele pode acabar com a gente, Angélica - ele se sentou à mesa, Jungkook o ignorou e não encontrou nada além de um pedaço de um embutido.

- Eu não fiz nada e ele começou a me provocar, dizendo coisas horríveis da mãe - explicou, mordendo o embutido como se estivesse comendo uma maçã. - Tentei defender, e ele me bateu.

- Eu sabia que você não iria bater nele sem motivo - Angélica disse enquanto se sentava à mesa com os dois. - Espera, meu filho, a mamãe tem uma coisa para você que vai te deixar melhor.

Então levantou-se rapidamente e voltou para o banheiro, pegou a caixa de pizza descartada, voltando logo em seguida deixando Jungkook curioso. Quando sua mãe voltou, puxou a tampa, mostrando dois pedaços grandes de pizza.

- Isso é calabresa, o que você gosta de comer - Jungkook sorriu. Pôs o embutido velho de lado, mas não sem antes agradecer a comida à mãe.

- Comida de verdade, obrigado mãe!

A mulher fica encantada com a felicidade do filho, serve-lhe um copo d'água e acaricia seus cabelos. Elijah fungou como sempre, saiu da cozinha e voltou com Oliver logo depois.

- Ei, garoto, gostou do agrado que eu trouxe para vocês? Se começar a ser legal comigo, terá muito mais - disse Oliver, Jungkook, o ignorou mostrando o dedo do meio para sentir o gosto salgado misturado com o queijo. - Podemos ir?

- Podemos, durma no meu quarto, querido, se quiser, não voltaremos hoje - avisou o menino sob o olhar atento, que concorda, bastante exausto, não faz nenhum questionamento, pouco interessado em saber o que fariam.

Ela sai enquanto Jungkook termina de comer, bebendo água para reunir forças para tomar banho e dormir. Sempre bem organizado, ele tenta limpar ao máximo a cozinha, tendo um sobressalto quando a mãe volta chamando seu nome.

- Feliz aniversário, meu lindo!

(...)

Quando não tem ninguém por perto,
Jungkook passa muito tempo pensando, e quando ninguém está olhando, ele desaparece. As pessoas não sabem, mas ele já foi embora há muito tempo, desde que esteve em seu pior momento, com o mundo inteiro lhe causando problemas. Hoje, como um homem adulto, ele orgulha-se da sua imagem refletida no espelho.

Com seus grandes olhos amendoados mesclando pureza e sensualidade, ele estava especialmente mais elegante que o normal. No centro de Nova York, no cemitério estadual, o corpo de Apollo e Anfisa está sendo velado, e Jungkook, é claro, está pronto para prestar condolências.

No cemitério, o órfão permanece inexpressivo encarando os caixões. O que faria agora? Ele era bilionário e, apesar de ser muito inteligente, não estava preparado para assumir o posto de CEO agora. Estava arrasado, amava seus pais de todo o coração, mesmo que não fizesse o que eles desejavam de fato. Mesmo assim, sentia-se feliz por nunca mostrar sua verdadeira face a eles.

Receber a notícia da morte de alguém não é fácil, seja de alguém próximo ou distante do convívio. Abalado pela triste notícia, Jimin tinha dúvidas sobre como se comportar no funeral, como se vestir, se era necessário levar flores, o que dizer às pessoas ou se era melhor evitar falar.

Será que deveria chorar e fazer escândalo para acreditarem que estava sofrendo? Independente de como se comportasse, os comentários a respeito diziam que ele estava feliz com a situação, principalmente quando foi divulgado o valor de tudo que herdaria.

Realmente se chocava ao saber que se tornara bilionário tão jovem. Era incrível ter tanto dinheiro, mas nunca imaginou que tudo seria seu tão cedo. Era privilegiado, por nunca ter conhecido nenhum resquício de pobreza, mas não tinha grandes ambições além de luxo e festas.

E agora, o que faria com tantas empresas? Trabalharia para obter mais dinheiro ou venderia tudo, para apenas usufruir da riqueza? Ele não sabia, queria pensar sobre isso em outro momento, mas estava confuso com tudo.

Ao seu lado, Taehyung, que lhe conhece em todos os sentidos da palavra, sabia o quanto ele estava sofrendo. Não sabia como ficariam os dois dali para frente, e nem ousava prestar apoio a alguém tão poderoso, pois temia perder o emprego. Sabia que tinha passado dos limites com o patrão, mas jamais poderia prever tal destino.

Por debaixo dos luxuosos óculos escuros, Jimin tinha os olhos marejados. Chegará o momento de enterrá-los. Agora era só ele, Taehyung, sua governanta e demais funcionários. Timidamente, ele se aproxima do motorista, segurando-o pela mão. O motorista se assusta, mas não tenta afastá-lo, sentindo o tremor das mãos dele.

Taehyung se sente intimidado, pois há muitos olhares curiosos em sua direção, mas decide focar em prestar apoio, retirando seu quepe em respeito à última oração e apertando a mão de Jimin para que ele saiba que não está sozinho. Fica assim até o momento em que a equipe funerária se aproxima para levar os caixões até suas covas; nesse momento, o agora órfão se desespera.

Uma tia distante tenta se aproximar, mas Jimin ordena que os seguranças a afastem, pedindo para que apenas Taehyung permaneça. Com a ajuda do motorista, pode carregar os caixões em um esquife durante a procissão fúnebre, como é tradicionalmente feito pelos homens da família.

O ritual, que é realizado há muito tempo por diferentes povos e culturas, pode auxiliar os familiares e amigos a viverem o seu luto de uma melhor forma, já que há esse momento de levar a pessoa até o seu local de descanso. Além de proporcionar mais tempo para a despedida.

Agora ele entendia tardiamente; finalmente começou a assimilar o que acontecera. Imaginou o sofrimento que os pais passaram em seus últimos momentos de vida, desejando que descansassem em paz.

Sem imaginar que bem próximo estava a única pessoa que poderia tentar evitar toda a tragédia ou pelo menos amenizá-la, já que apenas Anfisa morreu instantaneamente. No meio de amigos e familiares, Jungkook encena melancolia ao ver Jimin de perto pela primeira vez.

A governanta Robyn caminha com uma coroa de flores até Jimin, que nem pode ver o rosto de seus pais pela última vez devido à destruição. Ele prontamente aceita que a coroa seja enterrada junto dos pais. Aplausos são ouvidos, encerrando o terrível processo.

- Descansem em paz - ele disse, deixando as lágrimas caírem pela primeira vez desde que recebeu a notícia, ordenando aos seguranças que não deixassem ninguém se aproximar. Ele odiava falsidade e sabia que tudo que queriam era uma média com ele e, de alguma forma, tirar um pedacinho dele.

Robyn segura o rapaz que ameaça desmaiar, sendo ajudada por Taehyung, que lhe toma nos braços para auxiliar a carregá-lo. Jimin aceita ser incapaz de ir sozinho para casa, enquanto os coveiros realizavam seu trabalho.

De longe, Jungkook acompanha-os até o carro, e por um momento, os olhos âmbar de Jimin se cruzam com os seus quando é colocado no chão para entrar no veículo. Ele fica curioso com o misterioso homem que parece tão abalado com a morte de seus pais. Seria mais um interesseiro? Ele quer saber, mas não naquele momento. Certamente se encontrariam novamente algum dia, talvez mais rápido do que se poderia imaginar.

Continua no próximo...

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