sweet lies
「 🖤 」
Jung-Kook
Eu não conseguia fazer nada, contudo, todas as minhas tentativas de acabar com essa consumição apenas me aprofundava na escuridão que estou destinado a residir. Sem distinguir um momento em que talvez as coisas pudessem ser diferentes, para mudar a minha vida, a vida deles.
O passado continua infligindo no meu presente, obstruindo qualquer sobrevivência onde o futuro possa estar. Corrói minha alma, minha sanidade e tudo aquilo que penei em idear longe dele.
Meus braços rígidos apertam as pernas sucintas de Hyun, e escuto um fungado baixo no meu ombro misturado ao calor da mão de Yuna me soltando.
Isso me desperta subitamente, e toda a maldita confusão que Jungsan arranjou para nós dois.
- Eu posso explicar tudo a você. - é tudo o que eu peço, em um grau elevado de apreensão. Virando para Taehyung e entregando meu garoto para ele com cuidado. - Leve-o para dentro, e não saia de perto dele.
O Kim segura Hyun desajeitado nos braços, tentando ao máximo não sujar o garoto com o sangue da sua camisa. Meu rosto se contorce nauseado, mas não tenho opção a não ser mandar os dois saírem daqui, observando ao lado, Jungsan parado e cruzando os braços para mim.
Apertando minhas mãos com punhos impetuosos, ele entendeu meu recado ao levantar os braços para cima e desencostar a porcaria do corpo da mesa de vidro.
- Tudo bem eu entendi.. - se afastou caminhando até a porta. - Momento íntimo do casal, discutir. Mas precisamos confessar, aquele garotinho é a minha cara. Será que eu não sou o pai verdadeiro?
Toda a forma exagerada que para colocando a mão na boca, como se isso fosse algo a ser discutido. Me faz apenas querer avançar para cima do meu irmão, e enfiar um grande soco na sua cara maldita.
- Cale a boca e suma daqui.
- Já vou indo, já vou indo! - resmunga anedótico consigo mesmo, como se estivéssemos em uma grande festa de boas vindas. - Nos vemos logo, inesquecível cunhada.
Minha vontade de matá-lo é impedida pelo pouco de racionalidade que eu mantenho, minhas mãos afundam contra meu rosto os esfregando com força, mas nem mesmo isso é o bastante para afugentar a chama que arde no meu interior, o pensamento de que estava quase tornando isso mais tolerável para nós dois.
- Você mentiu para mim. - ela anunciou baixo, me levando para algo sério que requer toda minha atenção. - Você mentiu quando disse que toda sua família estava morta, mentiu quando me amou, mentiu quando me deixou sozinha, mentiu sobre você, sobre o que trabalhava. Eu não entendo, é necessário quantas mentiras para serem suficientes à você, Jungkook?
Eu ando dois passos na sua frente, sentindo meu peito apertar com suas lágrimas. Odeio toda essa porra, odeio ser o motivo delas. Quero apenas tocar seu rosto, beijá-la desde a primeira vez que nos reencontramos, e ficar ao seu lado para sempre. Sem qualquer oposição ou empecilhos.
- Eu amo você. Não diz isso querida..
Admito baixo, com toda minha serenidade, erigindo as mãos para tocar seu rosto. Mas ela está se esquivando novamente, e isso não é uma sensação que alguém gostaria de sentir.
- Amor não compra lealdade Jungkook. Confiança, respeito! - anunciou por cima, sisuda. - Não tenho motivos para acreditar em qualquer coisa que diga.
Observo quando ela dá a volta por mim, disposta a caminhar na mesma direção que Taehyung foi com Hyun. Estou desesperado, e tudo está saindo do controle. Faço o impensável, que é segurar seu braço com força para puxá-la ao meu encontro. O impacto não é tão brusco quando sua evidente irritação.
- Precisamos conversar. - digo com calma a ela, mesmo que tudo dentro de mim esteja explodindo. - Por favor Yuna.. Eu.. Maldição.
- Não quero que toque em mim. - a afirmação é convicta, não parece de alguém que vai ceder tão fácil. - Para onde você mandou ele? Vamos embora agora mesmo, não pretendo ficar um segundo no mesmo lugar que um mentiroso como você.
- Não posso deixa-la ir embora. - aviso tão austero quanto ela, segurando vigorosamente seu braço pálido. - Isso não se trata do grande idiota que sou, se trata da sua segurança, a segurança do meu filho.
- Bem, eu quero vê-lo tentar.
O brilho indomável que pinta as íris escuras dos seus grandes olhos âmbar, e as bochechas esquentando com afoiteza. Poderia me fazer afirmar naquele exato momento, que Yuna quase me fez afrontar seus lábios pequenos como um animal, a beijando com uma força irreversível. Por que eu havia pela maldita milésima vez, me apaixonado por aquela mulher.
Constatando naquele instante, que me tornei um homem desbravado pela ex-noiva.
- Minhas formas de impedi-la não são suaves. - meu tom saiu grave, um pouco mais rouco do que normalmente faço. - Não faça isso Yuna.
Meu dedos afrouxam contra sua pele aveludada, caminhando em seguida, com passos vigorosos na sua direção. Yuna mantém o rosto intacto olhando direto para meus olhos, sem deixar intimidar-se com minha forma de mantê-la, físico ou dominância.
- Me deixe explicar. Eu peço apenas alguns minutos. Depois pode bater em mim, arranhar meu rosto, me xingar ou até mesmo chutar minhas bolas. - apesar que a última coisa não seja algo que me agrade muito. - Por favor..
- Deveria ter pedido isso três anos atrás! - o braço balança com força, para se livrar de mim. - Agora me solte, porque ainda preciso encontrar um lugar para ficar.
Apesar de sentir o peso de suas palavras contra mim, me amaldiçoei mentalmente por ainda assim achar isso malditamente sexy. Eu gosto da forma que se tornou, valente, forte. Me pergunto se ela sabe que eu faria qualquer coisa por ela, que mesmo das formas mais dissimuladas e oclusas possíveis. Me tornei um fugitivo disposto a sair das sombras, apenas para me mostrar. Confessar todos os meus pecados, e pedir perdão a ela. Porque ele vale mais do que qualquer coisa, em minha desgraçada vida.
- Eu te amo.
Umedeço os lábios, ditando árduo.
- Jungkook tem como parar com essa blasfêmia!? Estou com tanta raiva de você agora, que poderia ma..
- Maldição mulher, eu estou dizendo que a amo. E nunca deixei de senti-lo uma única vez na minha existência. Agora tem como parar de falar!? Você está me irritando, e a única coisa que quero agora é beijá-la toda!
Seus lábios estavam bem surpresos, mantendo os olhos fixos nos meus até minutos prolongados. E embora mesmo que isso tenha a afetado de forma parcial, eu sabia que precisava de muito mais para recuperar o perdão dela.
- Você é um idiota.
Resmungou enojada, afundando as unhas no meu braço e fugindo bruscamente das minhas mãos.
Respirei fundo olhando para o teto, como sempre fazia quando sentia a adrenalina pulsando em minhas veias. Dizendo a mim mesmo, que a paciência é uma virtude.
[Notinhas.. ✿]
Olá caro leitor, tem como você socar essa estrelinha aí no canto para mim? 🤗⭐
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