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Little Girl

Sentou-se no fundo da banheira e deixou que a água quente jorrasse em suas costas, relaxando todos os seus músculos. Estava exausto e tivera uma noite de sono horrível. A imagem da menina não saia de sua cabeça, e o desejo de poder adota-lá acabou tomando conta de cada uma de suas células.

Mantinha os olhos verdes fixos em suas tatuagem do braço esquerdo. Poucos sabiam que ele tinha aquela enorme quantidade de tatuagem, e poucos sabiam que a maioria delas foram feitas com Louis. Louis. Seu coração deu outro aperto e dessa vez e ele se sentiu sufocado. Ele não vai concordar. Pensou sentindo mais lágrimas inundarem seus olhos, carregados de dor. Encolheu-se e abraçou suas pernas com mais força do que o normal, enterrando o rosto nos joelhos e ali ficando.

Já Louis foi diferente, o cansaço havia tomado conta de seu ser e só teve tempo para tirar a roupa e se jogou na cama apenas com sua cueca box preta e dormiu, na esperança de que quando acordasse estaria renovado, descansados e menos estressado.

Infelizmente não foi isso que aconteceu. Louis nunca havia dormido tão mal em toda sua vida, poderia até comparar com ser atropelado por um caminhão. Suas costas doíam, seus musculos estavam tensos e doloridos e sua cabeça lateja de uma forma que ele achou que estava de ressaca, mesmo sem ter bedido um gole de álcool na noite anterior. Levantar da cama foi uma grande sacrifício, mas quando finalmente conseguiu ele vestiu uma calça de moletom (não se importa com o fato de Harry vê-lo de cueca, até por que o mais novo ja vira muito mais que isso, mas nos últimos tempos achava melhor não ter esse tipo de "provocação") e desceu para fazer uma xícara de café forte.

Estava difícil traçar uma linha reta para a cozinha, Louis cambaleava enquanto tenatava desembaçar a visão esfregando os olhos de forma cansada e preguiçosa, mas isso só parecia piorar. Era como se suas pernas não tivessem mais força para carregar seu peso e ele precisava continuar deitado naquela cama pelo resto do dia e aproveitar seu belo dia de folga.

Pensava em traçar a trajetória de volta para o quarto quando esbarrou em uma parede bem macia e que soltou um suspiro de susto. Não. Aquilo definitivamente não era uma parede. Ergueu o rosto e seus olhos azuis encontraram as esmeraldas verdes de Harry, o encarando com certa curiosidade e com uma risada surgindo ao canto de sua boca, deixando amostra uma de suas belas e fofas covinhas.

"Precisa de ajuda?" perguntou o mais alto com a voz mais rouca do que o normal, talvez tivesse acabado de acordar, ou tivesse passado muito tempo em silêncio. De qualquer forma aquele tom de voz era golpe baixo, e Harry sabia que era. Louis se perguntou se ele estava fazendo de propósito, mas estava tão cansado que não conseguiu pensar e muito menos ficar com raiva. Harry colocou as mãos nos ombros de Louis e o virou em direção ao quarto que um dia foi deles.

O encaracolado se surpreendeu ao ver que os porta retratos ainda estavam na paredes, alguns posters e quadros que eles escolheram juntos. Fazia muito tempo que ele não entrava naquele quarto, e havia imaginado que Louis tirara tudo aquilo de suas paredes.

"Pronto, tenta dormir mais." Harry o sentou na cama e Louis acabou caindo com a cara certa no travesseiro, e foi só então que notou que o mais novo estava apenas de toalha. Suas bochechas esquentaram. Sério isso caralho?! Seu subcontinente gritou. Vai corar por isso? Em resposta Louis apenas fechou os olhos e enfiou a cabeça em baixo do travesseiro, conseguiu ouvir uma risada abafada de Harry.

"Quando acordar me encontre no hospital. Vou deixar café pronto pra você." Segundos depois ele ouviu a porta se fechando e o silêncio caiu sobre todo o cômodo.

Louis logo em seguida apagou mais uma vez, apenas por tempo suficiente para Harry se vestir, tomar seu café da manhã e sair. Ou seja, mais ou menos 30 minutos. E ele nem havia notado que os olhos de Harry estavam vermelhos, e sua voz um tanto embriagada pelo choro.

**

Harry estava na porta do hospital quando uma voz curiosa mas animada chamou seu nome. Ele se virou e deu de cara com Liam usando a mesmas roupas do dia anterior, mas sem a bata, no lugar usava um grande sobretudo preto e grosso, novamente estava fazendo frio de mais para o verão, mas se bem que ja estava próximo ao outono então era explicável. Em uma das mãos trazia um copo de café grande e na outra um saco com bolinhos de frutas vermelhas na outra (havia uma pequena abertura na parte de baixo do saco, transparente, e era possível distinguir seu conteudo)

"Harry, não esperava te ver aqui tão cedo." disse com um certo humor, mas suas feições pareciam mais que cansadas.

"Eu decidi ver como ela estava." admitiu o encaracolado passando a mãos nos cabelos longos e cacheados para tira-los de frente do rosto.

"Fiquei magoado. Você não veio me ver?" Fez um biquinho, mas logo ambos cairam na risada. "Vem, vamos para a lanchonete, poderemos conversar melhor lá dentro."

No percurso para dentro, Harry perguntou a Liam como ele estava, e como sempre ele contou que havia sido uma noite difícil e que havia perdido dois pacientes, e a julgar que ele é pediatra deve ter sido difícil ver crianças morrendo e saber que não tinha mais nada que pudesse fazer para salvá-las, ainda mais quando se tem uma criança em casa. Harry sabia que as vezes o trabalho do amigo mexia nesse seu ponto mais frágil, o que não era de todo ruim, afinal isso o tornou um pai amoroso e carinhoso ao extremo, sempre presente e preocupado (as vezes preocupado de mais). Liam também contou que Emma havia acordado durante a madrugada e só conseguiu voltar a dormir quando seu médico (No caso Liam) ficou lá com ela conversando e fazendo as velhas brincadeiras de sempre.

"Ela me perguntou dos pais dela." disse Liam já puxando um segundo bolinho, ofereceu um ao amigo mas ele recusou afirmando que já havia comido em casa.

"O que você disse?"

"Disse que eles foram para um lugar melhor, mas ela não entendeu por que pediu para que eu avisasse quando eles voltassem..." Suspirou pesadanente e encarou seu bolinho, se não estivesse com tanta fome e seu corpo não estivesse suplicando por energia, ele teria parado de comer, mas mesmo um tanto enjoado ele continuou com seu café da manhã.

Harry se perdeu no vazio barulhento de seus pensamentos por um segundo. Pensando em tudo e em nada, pensando no que deveria pedir a Louis, pensando que ele iria dizer não, pensando que talvez ele não pudesse adotar a menina, mas também que houvesse alguma forma de conseguir tal feito sozinho, ai não precisaria pedir nada para Louis e os dois poderia ter o divórcio em paz.

"Eu.. ahn.. posso vê-la?" Estava com receio de perguntar, poderia levar um não, mas de qualquer forma ela não tinha família para suas visitas serem restritas às famílias.

"Claro." disse o médico mais animado. "Acho que ela adoraria, mas você precisa usar uma pequena proteção, digo luvas e um roupão."

"Qualquer coisa." Harry abriu o mais largo sorriso que podia, suas covinhas saltadas e quase todos os seus dentes amostra, exceto claro os de lá de trás.

Emma estava sentada na cama com os olhos fixos na televisão a sua frente onde assistia desenhos animados agarrada a uma Mickey de pelúcia. Aquele havia sido um dos presentes que seu pai trouxera para ela de uma de suas grandes viagens para os Estados Unidos, e claro sua última parada havia sido Orlando.

O mundo pode ser seu, basta saber conquistá-lo.

Ele escrevera essa mensagem na luva do Mickey com caneta própria para tecido e permanente, ele queria que a menina lembrasse disso para sempre.

Harry a observava pelo outro lado do vidro, parado no corredor já usando um macacão verde escuro, botas e luvas. Liam havia explicado que por não saberem direito o que estava acontecendo com ela (ao menos ainda) eles preferíam deixa-lá em observação e em um quarto totalmente esterilizado.

A enfermeira lhe entregou a bandeija com café da manhã dela, um iogurte de frutas vermelhas sem lactose, pão de soja com um requeijão sem lactose e sem gordura. Isso tudo por que eles tinham que evitar ao máximo qualquer coisa que pudesse agredir seu pequeno e frágil organimos. Com a bandeija em mãos, Harry finalmente entrou no quarto. Sentia uma ansiedade semelhante a que sentiu no dia de seu casamento, mas claro que não podia comparar os dois momentos. Ao olha-lá na cama, Harry não pode deixar de imaginar que ela poderia ser sua filha, e isso fez um largo e sorriso se abrir em seus labios deixando suas covinhas a mostra. A menininha o encarou, de início seria mas logo sorriu de volta para ele.

"Olá." disse Harry se aproximando devagar. "Se lembra de mim pequena?"  ela negou com a cabeça. "Sou Harry, nos encontramos na rua."

"Você é o moço legal que me ajudou?" perguntou, seus olhinhos azuis brilhavam e ela mudava o foco de seu olhar de Harry para a televisão e vice-versa.

"Sim!" disse um tanto feliz de mais, teve que se controlar. Puxou a cadeira para próximo de sua cama e colocou a comida na mesinha ao lado. "Sim, fui eu, eu e o meu... amigo."

"Ah." ela respondeu e sorriu. "Obrigada." ele analisou o sorrisinho dela, e não pode deixar de pensar que lembrava um tanto o de Louis, de alguma forma que ele não sabia dizer como. Em seu sorriso faltavam dois dentes, um canino e um dos debaixo, mas mesmo assim continuava perfeito.

"Está com fome? Liam falou que você adora iogurte." ofereceu abrindo o iogurte e oferecendo a ela. Emma apenas abriu a boca esperando receber sua comida, afinal seus bracinhos pequenos e frágeis estavam conectados a soros e sondas e várias outras coisas, o que tornava doloroso alguns movimentos. Mas é claro que o encaracolado não reclamou nem um pouco, e pela primeira vez na vida estava cuidando de uma criança e não tirava da cabeça que queria ser pais dela.

Louis observava Harry do vidro, silencioso e sorradeiro como sempre foi, o mais velho havia chegado ao corredor e ficado a uma distância segura para que Harry não o pegasse observando a cena. Louis estava sentindo um frio na barriga, uma espécie de ansiedade, uma vontade repentina de sair correndo até seu corpo simplesmente nao ter mais energia e apagar de vez em algum lugar bem longe dali.

"Admirando a paisagem?" uma voz falou ao pé de seu ouvido, e Louis deu um pulo para o lado soltando um certo grunido, um som esquisito com a gartanta, parecido com um bufar, porém mais raivoso. Seus olhos azuis se focaram no rosto risonho de um certo ex-gordinho.

"Vai pra merda Payne." resmungou ( Liam sabia que ele estava brincando, eram acostumado a brincar daquele jeito um com o outro)

"Sh! Louis! Isso é uma areárea infantil! Olhe os modos." Liam repreendeu tentando parecer sério mas logo caiu na risada junto com o amigo.

"Como vão as coisas?" Louis quis saber

"Tudo bem, como sempre foram. E você?"

Louis pensou em uma resposta. Estava de fato tudo bem? Estava tudo tranquilo? Estava tudo indo normal? A resposta lhe faltava, ele não sabia mais o que sentir ou por que sentir, muito menos se deveria sentir alguma coisa.

Em resposta Louis produziu um som com sua boca, algo semelhante a um "Neh." agudo e seguido de uma careta e um dar de ombros. Tornou a olhar para o vidro, onde Harry agora terminava de dar o iogurte da Menina, com todo cuidado e se preocupando em limpar os cantoa de sua boca. Ele não podia ouvir o que falavam, mas ambos sorriam um para o outro... As covinhas de Harry estavam ali, quase que dando um tapa na cara de Louis, aquelas covinhas são maravilhosas, e por um segundo teve vontade de morder a bochecha de Harry mais uma vez.

"Bonitinho né?" perguntou Liam enfiando as mãos no bolso da bata branca e encarando o vidro. "Vontade de trancar os dois em um potinho."

"Liam" Louis se virou para o amigo com um ar meio sarcástico. "Olha a viadagem."

"Ah, claro. Eu. Depois desse gritinho..." ergueu as sobrancelhas usando estas para indicar Louis, e em retorno recebeu um xingamento baixo e um soco de leve no ombro com uma risada do amigo logo em seguida. "Por que não mandou me chamar?"

"Não preciso de direção aqui, sei bem pra onde tenho que ir." disse com os olhos agora fixos no vidro do hospital.

"Harry te explicou o caminho né?"

"É." disse Louis com uma risada e gesticulando para que ambos fossem para a sala de Liam.

A dala de Liam era grande, geralmente o que se vê ao entrar no consultório de um médico, só que com mais cores. As paredes eram de um tom de azul muito claro para ser escuro, e muito escuro para ser considerado claro. Havia uma pequena mesinha cheia de brinquedos, uma grande mesa para exames com um grande móvel de madeira repleto de gavetas e com alguns desenhos, claramente feitos por crianças. Aquela sala tinha um ar divertido, e era tudo que uma criança precisava quando ia ao médico, se sentir confortável. Liam contava que as vezes conversava só com as crianças, e que já chegou a descobrir coisas horríveis que aconteciam com elas em casa - abusos, agressões, entre outras coisas. Era incrível as coisas que as crianças contavam para ele apenas por estarem brincando com carrinhos ou até mesmo com algumas bonecas, e a inocência em suas palavras era de despedaçar qualquer um.

Louis sentou-se na cadeira e Liam serviu uma xícara de café para os dois.

"Vamos lá converse comigo." falou Liam se sentando na cadeira. Louis permaneceu calado. "Prefere ir pro canto da brincadeira? Posso te tratar como os meus pacientes. Até deixo você brincar com todos os carrinhos e desenhar nas gavetas."

"Você adora fazer isso né?" perguntou Louis fazendo uma careta meio mau humorada, mas cheia de humor por trás.

"Existe coisa melhor do que aperriar você?" Liam abriu um sorriso largo e seus olhos se achataram formando euguinhas aos lados.

"Liam! Eu vou adota-lá!"

A porta do consultório se abriu e um Harry alegre entrou, o coração dando saltos de alegria por poder realizar um sonho antigo. Tudo que queria era poder ser pais, e pela primeira vez sentia que poderia ser um, e ele queria ser pai dela.

Os olhos verdes de Harry, então, encontraram um outra cor além dos castanhos de Liam. Era um azul, cheio de curiosidade, desdém e pior, raiva. Toda a felicidade de Harry sumiu, todo seu mundo caiu, Louis havia entendido o que estava acontecendo, e sem dar a oportunidade de Harry se explicar ou ao menos perguntar como ele pretendia fazer isso com o divórcio, Louis sabia. Não teria divórcio se ele fosse adotar a menina.

E desse divórcio Louis não abriria mão.

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Oii!! Desculpem a demora para postar, fiquei meio bloqueada pra escrever e estava cheia de coisas pra fzr

Mas mesmo assim, espero que gostem do cap meio bobinho, mas daqui pra frente as coisas vão piorar e ao mesmo tempo melhorar, quem sabe, talvez... kkkkk

Votem se gostaram, comentem tambem pq assim eu sei oq estao achando e quem quiser me segue no tt: @larrycrux

(falei igual a vlogueira kkkkk)

Um beijos, ate a prox!!!

XOXO DUDA <3

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