•Capítulo Quarenta e Cinco•
Assim que entrei na mansão, parei petrificada na porta. Soszac estava encostado na parede ao lado da passagem para o corredor que levava as alas sul e norte.
Levantei uma sombrancelha, confusa por ele estar em casa tão cedo e principalmente, estar me olhando assim, como se eu fosse algo comestível. Não que eu não fosse, no segundo sentido da palavra, mas Soszac me procurava para sexo com menos frequência agora, e eu sabia que ele estava me dando um tempo para me recuperar de tudo o que aconteceu.
— Soszac? O que aconteceu? — perguntei, andando até ele.
Deixei a minha bolsa em cima da mesinha de canto enquanto ia até ele, e assim que cheguei perto, olhando em seus olhos escuros, ele enlaçou a minha cintura com um braço e me puxou para ele. Arregalei os olhos, surpresa, mas envolvi o seu pescoço com um braço.
— Está tudo bem? — perguntei, inclinando a cabeça para trás quando ele tentou me beijar.
Soszac rosnou, literalmente, rosnou e me apertou contra ele, roçando em mim, mostrando-me sem palavras o que ele queria. Passei o outro braço em volta do seu pescoço e pressionei o meu corpo no seu, duro e grande.
— Já faz uma semana. — a sua voz estava rouca, grave, baixa. Todo o meu corpo arrepiou com o seu tom, ele parecia feroz, descontrolado.
E sim, já fazia mais de uma semana que tínhamos feito sexo, um pouco estranho para nós, mas como eu disse, ele estava me dando um tempo.
— Uma semana sem foder você. — ele vocíferou, andando para frente comigo, e de repente ele me levantou do chão, me fazendo soltar um grito surpreso e começou a me carregar para o corredor que levava as alas sul e norte.
— Soszac? O que é isso? — não tive como segurar a risada, ele estava agindo como um animal no cio e descontrolado.
Ele subiu os dois lances de escada, me levando facilmente. Assim que estávamos no corredor do nosso quarto, ele me pressionou contra a parede bruscamente, espremendo o meu corpo contra a parede, e me beijou. O beijo mais ardente que ele já me dera.
Retribui, deixando de bom grado que ele segurasse as minhas coxas, vestidas por uma calça jeans, e levantasse-as, fazendo-me enlaçar as pernas ao redor da sua cintura.
Sentir o seu pau pressionando contra o meu centro foi o fim de toda a minha sanidade mental. Soszac era a completa perdição, não tinha como resistir a esse homem.
Ofeguei em sua boca quando ele se esfregou em mim, suas mãos sempre tão cruéis apertando as minhas coxas com força.
— Vamos para o quarto. — falei contra os seus lábios, lembrando-o de onde estávamos.
— Foda-se. — ele grunhiu em meus lábios, agarrando o meu lábio inferior entre os dentes quando me soltou.
Gemi, me desgrudando dele, e fui pada o quarto com Soszac em meu encalço, como um cachorro atrás de sua fêmea no cio.
Tirei a minha blusa pela cabeça e desabotoei meu jeans o mais rápido que pude, quando eles estavam deslizando pelas minhas pernas, fui agarrada por trás, os braços de Soszac circulando a minha cintura e me levantando do chão, me fazendo gargalhar.
Podia sentir o seu abdômen definido e peitoral, agora nus, e seu pau pressionando contra a minha bunda.
Soszac andou até a cama comigo e me deixou cair de bruços no colchão macio. Me virei imediatamente, olhando para o seu corpo perfeito e para o quão lindo ele estava com aquele olhar em seu rosto.
Me arrastei para trás na cama, dando espaço para ele, que se ajoelhou em cima da cama, completamente nu, seu membro duro e grande apontando para mim.
Abri as pernas para ele, incitando-o a tirar a minha calcinha e fazer o que ele sabia fazer melhor.
Sua mão foi para a minha boceta, tocando-a por cima da calcinha enquanto ele segurava minha perna esquerda com a mão livre e a escancarava para ele, colocando-se entre as minhas pernas.
Ele colocou a minha calcinha de lado e enfiou dois dedos em mim, fazendo-me arquear o corpo para receber mais do seu toque. Seu polegar acariciou o meu clitóris, fazendo aquelas ondas de prazer percorrer todo o meu corpo, me fazendo gemer alto.
— Porra, mulher! — ele gemeu, se abaixando entre as minhas pernas. Logo pude sentir a sua língua na minha entrada, recolhendo o líquido que saía em abundância dali. Segurei os seus cabelos e puxei, para depois aproximá-lo mais.
O orgasmo cortou rapidamente por mim, me fazendo contorcer em cima da cama.
— Soszac, oh Soszac! — gemi, chamando por ele repetidas vezes, sentido as carícias implacáveis de sua língua.
Ele parou, subiu em cima de mim e se alinhou.
— Você gosta quando seu homem te fode, não é? — ele perguntou, entrando alguns centímetros em mim.
Prendi o ar, sentindo toda aquela grossura me abrindo, me preenchendo.
— Sim... — ele entrou em mim com um único impulso, um gemido rouco saindo de nós.
Soszac se abaixou e me beijou, começando a entrar e sair de mim, tão implacável como sempre, tão sensual.
— Tiziana... — ele gemeu em minha boca, estremecendo levemente, e parou por um segundo antes de continuar.
— Sim... — sussurrei contra os seus lábios, me agarrando a ele, pressionando os músculos fortes das suas costas. — Mais forte. — choraminguei, sentindo que o orgasmo estava perto, muito perto.
— Hum... — murmurou, diminuindo o seu ritmo. Gritei em advertência para ele, agarrando sua bunda com as duas mãos e me esfreguei nele. Quando Soszac saiu e entrou em mim, esfregando o meu clitóris com a pélvis e meu interior com o pau em círculos, não consegui resistir. O orgasmo bateu forte, minhas paredes apertando com força ao redor dele.
— Grrrr... — Ele grunhiu, enfiando em mim até que senti suas bolas e gozou duro, fundo, dentro de mim.
Soszac rolou, saindo de mim, deixou o ar sair em uma lufada pela boca e me levou junto com ele.
Enlacei a minha perna em sua cintura e o abracei, descansando a bochecha em seu peitoral forte.
Ele rodeou as minhas costas com um braço e acariciou para cima e para baixo, fazendo o meu peito apertar com o seu carinho. Sempre era assim depois do sexo, mas nunca fora dele. Isso me deixava com dor por dentro, dor emocional, eu tinha sentimentos por ele, e agora sabia que eram fortes. Eu estava apaixonada por Soszac. Perdidamente.
— Soszac? — chamei.
Sentia vontade de compartilhar com ele sobre o tratamento que começaria hoje, mas sabia que ele se levantaria, brigaria comigo e não aceitaria a minha decisão de tentar ter um filho com ele.
— Hum? — resmungou, sua mão preguiçosa nas minhas costas me causando calafrios.
— Por que você... — suspirei, fechando os olhos brevemente, envergonhada, mesmo sabendo que ele não podia ver o meu rosto. — ... Por que você só me trata assim, tão carinhoso, depois do sexo? Por que... Por que nunca quando estamos apenas juntos?
— Te trato como? — ele perguntou, seu tom um pouco confuso.
— Frio, é como se eu só servisse para o sexo, apenas o sexo. — ele fica calado, o que me faz desistir que teria a sua resposta.
— Eu sou assim. — me surpreendi quando ele me respondeu. — Não fui criado para ser carinhoso com as pessoas, mas eu ajo diferente com você.
Franzi o cenho, confusa.
— Diferente? Como?
— Eu me preocupo com você, eu odeio quando você me faz raiva, e gosto ao mesmo tempo. Nenhuma mulher antes teve a chance de fazer algo parecido comigo. Eu apenas as usava e as descartava.
Me sentei, me virando para ele, para olhá-lo.
— Mas você não pode me descartar porquê eu sou a sua esposa. — sorri, balançando a cabeça em negação. — Você não pode se livrar de mim, a menos que eu...
— Shhh.. — me interrompeu, colocando um dedo em meus lábios para me calar. — Não diga isso, eu não quero me livrar de você.
Pisquei várias vezes, sentindo os meus olhos arderem com lágrimas.
— Eu... — olhei para baixo e ele tirou o dedo dos meus lábios. Queria dizer a ele. — Eu acho que estou apaixonada por você. — sua máscara fria voltou no mesmo instante e ele apenas me observou, procurando em meu rosto por algo. Me apressei em dizer: — Oh, seria impossível não me apaixonar, você é o meu marido, afinal. — dei uma risada sem graça, colocando uma mecha de cabelos atrás da orelha. — Não é mesmo? — olhei para ele sob os cílios, vendo sua rejeição a espreita.
— Sim. — puxei o ar profundamente, decepcionada pela sua reação, e me sentindo o cúmulo da vergonha. Queria chorar, estava horrivelmente emocional nas últimas semanas.
— Tiziana? — Soszac chamou, segurando o meu queixo e me fazendo olhar para ele. — Isso é verdade?
Revirei os olhos e ele aumentou o seu aperto em meu queixo.
— Você acha que eu brincaria com algo assim? — perguntei, me irritando.
— Não dá pra saber quando você está falando a verdade e quanto está mentindo, você é muito boa em mentir.
Estreitei os olhos para ele, querendo socar seu lindo rosto.
— Você é um idiota. — exclamei, tentando me soltar do seu aperto em meu queixo.
Ele me puxou para ele, pairando com os lábios a centímetros dos meus.
— Um idiota, que está loucamente apaixonado por você. — arregalei os olhos, cedendo em seus braços, incapaz de não derreter ao ouvir as suas palavras.
— Está?
— Sim. — ele sorriu, um de seus raros sorrisos. — E eu faria de tudo para tê-la ao meu lado. Não confunda a minha preocupação com frieza, eu fui feito assim, é assim que sou. Por fora sou uma casca fria e dura, mas por dentro sou um redemoinho inquieto de emoções. — ele deixou um beijo casto em meus lábios. — Mas só com as pessoas que eu me importo, e você é uma delas.
Vamos para a maratona final!!
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