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Salve!

Escrevo esta carta no dia 29 de agosto de 2019, enquanto os meus pais assistem The Good Doctor na tv aberta. E tirando os integrantes do projeto Autores ajudam Autores, poucas pessoas de meu convívio estão sabendo que este livro existe. Um livro dentre tantos rascunhos, sinopses e ideias inacabadas que me mostraram como brincar de escrever é difícil. Os meus cadernos que o digam!

Ah, quantas ideias, rabiscos e parágrafos não me surgiram até outubro de 2015, quando a minha turma de Licenciatura em Ciências da Religião pela Universidade do Estado do Pará (UEPA) visitou a Basílica Santuário de Nazaré, o Espaço Memória de Nazaré e a Casa de Plácido, ambos localizados em Belém do Pará. Três lugares dentre os quais são constantemente agraciados pela Doce Mãe de Nazaré, seja no âmbito cultural, religioso e popular. Mãe de Nazaré, cuja devoção se estende da cidade de Nazaré em Portugal até o estado do Pará, através de D. Fuas Roupinho e Plácido José de Souza, dois modelos para dois meninos criados em mundos diferentes e ligados a uma única Mãe.

O que foi preciso para compor esta história? Vejamos...

Centenas de bolinhas de papel, oitenta e cinco folhas de caderno e várias, várias canetas azuis, além de catorze personagens e os nomes escolhidos para cada um. E por falar em nomes... Ah, como eles mudaram ao longo do tempo! De Rodrigo e Jeromão à D. Alexandre Fuas Nolasco, de Salete, Amábile e Teresa, de Lucília e Lavínia até Maria Berenice de Serruya. E por fim, nos depararmos com um jovenzinho de Rio Adentro que poderia muito ter sido Josué e João, Tomásio e Estevão, Matheus e Ezequiel até se descobrir que “Pedro” era o nome que lhe cairia bem. Pedro que vem de pedra, rocha firme e singular, que mesmo crescido se conservava menino, mas tão menino por dentro que me fazia querê-lo tanto como dona Rosaura.

De minha parte, a princesa Maria Berenice de Serruya precisava herdar alguns traços de incerteza, ansiedade e meninice enquanto o danado de Juripuri buscava personificar um poder negativo que de vez em quando se divide em várias imperfeições e consegue enferrujar até mesmo as nossas melhores intenções para depois abandonar o nosso coração à mercê do arrependimento... Mas quando menos se espera e ele tenta, o seu poder não se concretiza por causa do Amor.

Um amor engraçado que perdoa a quem merece castigo e deixa viver... O que seria da gente se não fosse por ele?

Num mundo onde é preciso esconder as nossas imperfeições ou até mesmo resistir ao fato de que elas existem antes, os dons de reconhecer e de compreender uma por uma também se devem aos frutos deste Amor. Amor que se escreve com letra maiúscula, poderoso o suficiente para existir e se manifestar até mesmo em forma de pássaro, capaz de transmitir alegria e de ressignificar não apenas o próprio nome como também a própria existência aos olhos de um Pedro criança ou de uma pequena Dinahi que se surpreende, aponta e grita a cada vez que ele se apresenta, para poder indicar e correr atrás de sua presença enquanto a mesma rodopia e se destaca no céu.

Ah Dinahi, tão pequenina e já vivia o calvário semelhante ao de outras donzelas que chegamos a conhecer através de Hans Christian Andersen e dos irmãos Grimm, saindo à  procura dos irmãos que decidiram fugir de um pai impiedoso ou por obrigação, assim que foram transformados em cisnes por uma madrasta. Naedja, Jussara, Itaani, Yadira… Apesar dos pesares e da pesquisa complicada que se levou até a escolha de seu nome, tinha de ser a menina, escolhida para se tornar a pequena amiga, primeira guardiã e companheira de seu príncipe-pássaro enquanto não estivesse a se encontrar  e conhecer Abeguar, Ednaré e Yaguarê, Kabianã e Iberê, Acauã e Moacir.

Quanto à frei Salvador Infante... No decorrer de minha escrita, cheguei a questionar sobre o fato dele não ter deixado a sua vida modesta na capelinha de São João Batista para acompanhar a jornada de Pedro de maneira significativa, como nas grandes narrativas de heróis e heroínas que vivem suas aventuras e desventuras em busca do que tanto desejam, estando sob a guia de grandes sábios, feiticeiros ou não de meia-idade. Por minha insistência, ele aceitou me explicar.

 Querendo ou não, é no ordinário da vida que o extraordinário também se manifesta. E no ordinário de Salvador Infante, ele optou por continuar atuando através de sua dedicação ao povo de Rio Adentro e a recordar dos ensinamentos que anteciparam os elementos necessários para as aventuras de Pedro e D. Alexandre, desde o incentivo à gentileza até a semeadura de esperança e tranquilidade nos corações de D. Domingos e de dona Rosaura...

Sob a guia de uma fada portadora de luz e esperança ou das orações em seu pequenino oratório, Rosaura de Rio Adentro é um retrato de mulher, serena e sorridente em meio à dor, portadora de muitos dons e capaz de se conectar com os seres mais amados de seu coração, sem se importar com a distância. E em meio à realeza e as odivelices de um professor, aí está o amor de Hildegardo Camilo e Verônica, um amor que reina quando se reconcilia e amadurece enquanto os dois prosseguem juntos em sua busca pelo final feliz.

E Abaruna?

Se Abaruna deseja, assim eu direi! Declaro que este livro Abaruna se revela como uma carta de gratidão ao Amor que se fez presente no inverno de minha vida desde 2014, que se encarregou de reescrever a minha história com fios de ouro e de adorná-la com alguns desafios e pequenas vitórias que eu não alcançaria se não fosse por ele.  E desse Amor, eu não posso me esquecer!

Quanto a mim, pode ser que eu leve tempo para devolver minha imaginação ao papel. Mas, quem sabe um dia… 

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