Na fase anterior....

"Leu linha por linha duas vezes e o resultado estava em letras maiúsculas em negrito e quando viu não podia acreditar no que lera..." Woojin era realmente seu filho com 99,9% de precisão.

Tae batia a mão no volante da pick-up em busca de alívio para suas lágrimas que rolavam por sua face.

- Ele desconfiava que Woojin poderia ser meu filho, por isso arrumou alguém e foi embora. Yoongi sabia. – Tae falava para si mesmo tirando suas próprias conclusões.

Mas ao contrário do que Tae imaginava, Yoongi não sabia de nada, apenas sabia que tinha chance de ser filho de Tae, mas Namjoon era o mais provável e este não questionou a paternidade, simplesmente assumiu e pronto. A dúvida sempre existiria para Yoongi, mas era melhor a dúvida do que a certeza de algo que não poderia ser mudado.

Ele não poderia viver com o peso que carregaria nas costas, nem tampouco viver com o peso de ter estragado a vida de Namjoon, mas poderia levar para si o peso de nunca ter a certeza. Quem iria condená-lo se só ele desconfiava? Namjoon teve a chance de também descobrir se era pai de Woojin, mas preferiu assumir sem o teste de DNA. Então ele que ficasse com essa responsabilidade para si. Por esses motivos Yoongi fora embora com Hoseok. Tae prometera não fazer nada e iria cumprir até o dia que encontrasse Yoongi novamente. Ele esperaria o tempo que precisasse.

Seis meses depois...

Foi o tempo que levou para Yoongi se arrepender de ter ido morar com Hoseok. Ele faava para sua cunhada que iria embora, até a mal chegou a fazer, mas a mesma não o deixava ir alegando que eles estavam em fase de adaptação. A verdade era que viver com Hoseok não era fácil, seu temperamento era forte, sua alma guardava magoa e ressentimento da relação anterior com Sanna, pois a morena é que havia saído de casa e pedido o divórcio e nem a filha Sanna quis levar com ela.

Por vezes na hora do sexo, Yoongi, teve seu nome trocado por Sanna. Por vezes Yoongi acordava apanhando por que Hoseok dormindo batia em si sonhando que era a ex mulher do seu lado. Ele ainda a amava, mas Yoongi descobriu isso tarde demais. Já estava na relação e faria Hoseok gostar de si também. Coitado de Yoongi, o sonho de ser feliz enfim ter uma família, escorria pelo vão de seus dedos.

A pedido de sua cunhada, Yoongi desfez as malas e tentaria fazer aquilo funcionar, mesmo que vez ou outra Hoseok estava de cara virada com Yoongi. Passeios em família? Ele nunca soube o que era e também não podia sair sozinho, pois não conhecia nada e nem ninguém em Seoul. A vida de Yoongi não foi o que ele pensou que seria, Hoseok escondeu muito bem quem realmente era.

Um ano depois...

Yoongi e Hoseok já estavam há um ano juntos. Tempo esse passado trancado dentro de casa lavando, passando, cozinhando, sendo pai de MinJi (sua enteada) e Wooji, seu filho. Ele tinha saudades de sua família, por pior que fosse com eles, ainda assim era sua família. Seus amigos estavam longe, não tinha com quem conversar, tampouco sair. Até parecia que Yoongi tinha trocado sua liberdade pelo cárcere privado.

Tantas coisas boas ele imaginou viver ao lado de Hoseok...mas infelizmente apenas imaginou pois a realidade era outra, não tinha sua família, seus amigos, não tinha Namjoon, tampouco Tae para conversar. Acreditava que tinha sido bom não ter se despedido delew, pois acreditava que Tae o impediria de ir embora, mas hoje Yoongi via que escolhera errado.

Fugir de Tae não trouxe Namjoon de volta e nem Tae o procurou. Yoongi estava em Seoul, perto de Namjoon, mas tão longe ao mesmo tempo. Talvez Hoseok não o deixava sair com medo dele procurar |Namjoon, o que Yoongi nunca fez, mas Namjoon sim. GaHee ligara para ele e passou o endereço de onde Yoongi morava para ele o procurar. Não pense que ela queria o bem do filho, ao contrário, seu desejo era separá-lo de Hoseok para que pudesse ter Yoongi de volta, embaixo dos seus pés, fazendo o que mandasse.

Por duas vezes Yoongi e Namjoon se viram, pois o mesmo passara na frente da casa do ômega em dois momentos distintos. Em nenhuma das ocasiões vira Woojin. Ver Namjoon mexia com Yoongi, as não de uma forma boa. O ômega já sentia se feio e nada atrativo, por isso acreditou que Namjoon jamais olharia com os mesmos olhos de antes e que sua passagem por sua casa, era apenas para ver Woojin se conseguisse.

Quando Woojin completou dois anos, Yoongi retornou pela primeira vez com o filho para Daegu. Havia ido visitar sua avó e amigos, ficou uma semana por lá. Evitava encontrar com Tae. Sabia os horários habituais do mais velho, o que não sabia é que seu tio agora trabalhava no frigorífico onde o ômega trabalhara um dia e que em troca de uma boa bebida e um bônus no salário ele abriria sua boca e confirmaria para Tae que Yoongi viera visitar a família.

Tae só precisava confirmar o que havia visto aquela tarde na casa de Hayun. Ele sabia que não era sua imaginação, ele havia visto Yoongi e o filho e por isso aquele final de expediente era tão importante para si, pararia na casa de Hayun para ver o ômega e seu filho.

Mãos frias tocavam as de Yoongi quando Tae, sem medir as consequências dos seus atos, entrou na velha casa sem ser convidado. Cumprimentou a todos e para Yoongi olhou fixamente.

- Como soube que estou aqui? – Yoongi perguntava sem se lembrar que estavam na presença de outras pessoas.

- Seu tio é um despeitado que fala demais por apenas uma dose de whisky.

- O que você quer?

- Falar com você. Temos que conversar e você sabe disso.

- Yoongi por que ele está falando assim com você?

- Por nada vó, por nada. Eu vou conversar com ele lá fora no banco, depois eu falo com a senhora. Olha o Woojin para mim por favor.

- Pega o seu filho e vamos conversar em outro lugar Yoongi. Temos muito assunto para por em dia. – Dando-se por vencido o ômega aceita sair com Tae e seu filho, seguindo o mais velho até o portão, entrando no carro preto de sua esposa. O mesmo carro da última vez que se viram. O trajeto não era o que habitualmente faziam ao ir para a fazenda. Tae não seguia pela periferia, mas sim pela parte central da cidade, onde todos podiam ver que estava comum ômega e uma criança no carro.

- Você perdeu o juízo? Sério que quer se expor dessa forma? – Yoongi aflito perguntava para o mais velho que parecia não se importar com as consequências.

- Eu mudei Yoongi, tive muito tempo para pensar e não quero esconder de ninguém que você voltou e está comigo agora. Eu agi como um louco quando você foi embora levando o meu filho com você e outro homem.

- Eu não voltei para ficar Tae. Vim apenas visitar a família, eu ainda moro com Hoseok. – Respondia enquanto Tae estacionava o carro na fazenda, abrindo a porta do carro e pegando Woojin, seu filho, no colo.

- Venha, vamos entrar. – Tae pedia ao ômega segurando sua mão.

- Você é louco, sua família vai ficar sabendo que eu estive aqui. Os empregados vão falar.

- Meu pai está nos esperando, ele vai ficar com Woojin e nós vamos conversar em outro lugar.

- Eu não vou deixar meu filho com seu pai. Ele pode não gostar do Woo, não faça isso.

- Não faça o que Yoongi? – O patriarca da família Kim entrava na sala onde o alfa e o ômega estavam.

- Pai, esse é o Woojin, seu neto.

- Garotão bonito você é. – Dizia o velho com Woojin no colo balançando nos braços de um lado para o outro.

- Cuide dele para mim, pai. Yoongi e eu precisamos conversar. Estou indo para as baias com ele.

- Cuidado para não gritar e assustar os cavalos e seja gentil com Yoongi.

- Obrigado sr. Kim por se preocupar.

- Não me preocupo com você ômega, me preocupo com meu filho e meu neto.

- Me entrega meu filho, sr. Kim. – Suplicava Yoongi com medo de não ver mais seu pequeno woo.

- Eu não vou tirá-lo de você. Prometi a Tae que não faria nada. Agradeça a ele por me fazer jurar que não pegaria meu neto para ficar morando conosco.

- Tae...por favor me devolve o Woojin.

- Depois que conversarmos. Papai só irá cuidar dele para nós. Vamos?

- Tudo bem. – Yoongi respondeu dando se por vencido.

- O que você quer me falar Tae que não pode ser dito na cidade e Woojin precisa ficar como sr. Kim.

- Isso. – Falou puxando o ômega para si e o beijando com Yoongi tentando se afastar, lutando para interromper o beijo, mas cedendo ao perceber que também sentia falta daquela boca, daquele braço forte em torno de si. Yoongi ia sendo vencido pelo desejo e pela saudade. Seu corpo estremeceu ao ser grudado ainda mais em Tae e ao sentir sua ereção se formando.

- Tae... – o ômega gemia o nome do alfa entre os movimentos de bocas que permaneciam unidas. Tae abaixou-se um pouco segurando as duas pernas de Yoongi e o trazendo para seu colo, andando logo em seguida até onde ficava o feno que davam para os animais. Ali entre uma baia e outra, Tae e Yoongi entregavam seus corpos aos instintos carnais que o dominavam.

Havia passado se muito tempo desde a última vez em que estiveram juntos. Yoongi não se sentia mais bonito, e quando Tae tentou tirar a sua roupa o ômega queria impedi lo.

- Por que não Yoongi? – Tae perguntava sem entender aquela reação do mais novo.

- Você merece alguém melhor, com corpo perfeito, que saiba te satisfazer do jeito que você gosta. Eu já não sou mais bonito.

- Você é lindo aos meus olhos. Eu te desejo igualmente como se nos conhecêssemos agora.

- Eu tenho cicatriz na barriga. – Yoongi argumentava falando de sua cesárea.

- A cicatriz que eu amo por ser o motivo do meu Woojin sorrir, respirar, viver... – Tae dizia coisas que Yoongi nunca escutara antes, Hoseok só sabia dizer que ele estava ganhando peso, que precisava se cuidar para não ficar um velho relaxado, mas Yoongi só tinha vinte e oito anos, não se sentia velho, apesar das roupas que agora era obrigado a usar.

As palavras de Tae transmitiam segurança para Yoongi e aos poucos Tae o fazia ficar confiante e seguro do seu corpo, com sua aparência e a deixa-lo retirar cada peça de roupa que Yoongi usava e logo após retirar suas próprias roupas.

Ambos nus esfregando seus corpos um no outro entre o farfalhar do feno ao moverem-se ali naquele estábulo cheio de baias e cavalos, Tae e Yoongi esqueciam do mundo fora daquele lugar e entregavam-se ao amor e desejo que sentiam um pelo outro.

Seus corpos unidos e envolvidos em um abraço apertado com beijos saudosos e cheio de amor reprimido, amor contido por não estarem juntos. As mãos de Tae deslizavam por cada curva do mais novo que arrepiava se com o toque gemendo baixinho o nome de Tae. Seus pênis mostravam sua rigidez, eles se queriam tanto quanto antes.

A distância e o tempo não fora suficiente para esquecerem o que sentiam. Yoongi nunca assumiria para si mesmo que ainda amava Tae. Se o fizesse seria no modo automático para Tae não perceber a verdade. Mas Yoongi estava tão errado quanto a Tae...o mais velho largaria sua esposa para viver com Yoongi o que sentia. Seu pai aprovava essa decisão, Yoongi só precisava aceitar seu amor.

Ali no feno macio Tae encaixava se em Yoongi o penetrando lentamente fazendo o mais nova arquear seu corpo pelo tesão que estava sentindo. Tae movia se mais rápido tirando dos lábios de Yoongi palavras desconexas e gemidos. Seus lábios uniam-se em um beijo cheio de Luxúria, naquele estábulo só existia os dois amando-se sobre o feno. As pernas de Yoongi entrelaçaram-se no corpo de Tae, expondo se ainda mais para ele. Seus mamilos estavam rijos e pontudos pela boca que ali estivera mamando em cada um.

Tae fodia Yoongi ao mesmo tempo que o masturbava. Os dois estavam prontos para sua liberação. Yoongi foi o primeiro a gozar sujando a mão do alfa que chupava os dedos lambuzados com o gozo de Yoongi. Tae não demorou a gozar pois o orifício de Yoongi contraía se em seu entorno estimulando o pau de Tae a gozar dentro de si. E ele gozou, deixando-se cair sobre o corpo do mais novo.

Suas respirações estavam aceleradas, seus corpos suados, quentes pediam por mais e se deixaram levar pelo desejo amando-se com mais intensidade, entregando-se por completo sem medo e sem amarras. Yoongi soltara o desejo reprimido e não satisfeito por Hoseok. Deixara Tae ainda mais desejoso de seu corpo e de bruços amaram se novamente.

Já era madrugada quando os dois de mãos dadas entraram na grande casa da fazenda encontrando o sr. Kim dormindo sentado no sofá com Woojin em seu colo dormindo largado, totalmente relaxado e confortável. Tae aproximou se do seu pai batendo levemente em seu ombro para o acordar, precisavam pegar Woojin para irem embora. O velho sr. Kim apaixonou-se pelo neto, reconhecendo algumas características da família no garoto.

- Não fuja mais Yoongi, volte para Daegu. Cuidaremos bem de você e do bebê. Te dou uma casa para morar, lugar para trabalhar e uma boa escola para Woojin.

- Prometo que vou pensar na sua proposta sr. Kim, mas eu preciso voltar para Seoul de qualquer jeito, tenho pessoas me aguardando por lá. Não posso simplesmente não voltar mais.

- Tae vai com você buscar suas coisas e te trazer para perto de nós. Woojin precisa conviver com seu pai e sua família, não o negue isso. Não faça com ele o que fizeram com você.

- Está tarde sr. Kim, preciso ir.

- Pense no que te disse.

- Pensarei, pode deixar.

Depois da breve conversa com o sr. Kim, Tae e Yoongi estavam com Woojin voltando para a casa do mais novo. Quando o carro parou em frente ao portão da casa, Tae saíra do carro, pegara Woojin enquanto Yoongi saia. Para Tae deixar Woojin partir mais uma vez lhe doía muito, mas tinha uma promessa a ser cumprida e ele não trairia a confiança que Yoongi tinha nele.

Beijou seu filho com ternura e o acariciando dizia que talvez aquela fosse a última vez que se veriam, que seu papai tinha uma proposta para pensar, mas que ele sentia em seu coração que tudo terminaria ali. Desejou que o filho ficasse saudável e que crescesse forte, que obedecesse a seu pai e que se um dia a verdade chegasse a ser dita que ele poderia o procurar a qualquer momento.

- Não fale assim Tae. – Yoongi pedia com lágrimas nos olhos, seu coração estava em pedaços, queria poder ficar, voltar para Tae, mas ele estava certo em suas palavras, Yoongi não mais pisaria em Daegu a partir daquele dia.

Não poderia viver sendo o outro de Tae, tampouco ser o causador de sua separação, havia quatro filhos em jogo com sua mulher, contra um com seu amante, Yoongi esperava que Tae o entendesse um dia e não o odiasse, pois o caminho que os dois seguiram um dia dividia-se ali. Tae beijou Yoongi mais uma vez, beijou Woojin o apertando levemente em sseus braços para depois entrega-lo a seu pai.

- Te vejo em breve Yoongi. – E ele apenas concordou com a cabeça, deixando Tae entrar no carro e seguir seu caminho. Quando o carro dobrou a esquina Yoongi apenas balbuciou poucas palavras, quase que inaudíveis.

- Adeus Tae. – Falou secando uma lágrima nos olhos e entrando na casa de sua avó que o aguardava na sala.

- É dele, não é? Pode me dizer a verdade, ninguém além de nós irá saber.

E Yoongi olhou para o filho em seus braços e depois para sua avó.

- Sim, é dele. Retirou-se da sala seguindo para o quarto onde estava hospedado, colocou Woojin na cama e foi trocar- se para deitar.

Dois dias se passaram e ele e Tae encontraram se novamente. Despediram se um do outro com Tae entregando um cheque para Yoongi ter dinheiro e não depender do marido por um tempo. Era um valor alto que Yoongi recusou se a aceitar. Rasgou a folha de cheque deixando Tae cabisbaixo e pensativo.

- Isso significa um adeus Yoongi? – Perguntou sem esperança de os ver novamente.

- É até algum dia, Tae.

- Por que?

- Um dia você vai entender que foi melhor assim.

- Mais...

- Não tem mais, Tae.

- Você vai pensar na proposta do meu pai?

- Não tem o que pensar meu bem. Não podemos ficar juntos, seria egoísmo demais de nossa parte. Seja feliz com Hanna e as crianças, viva uma boa vida com sua família. Adeus, Tae. – Yoongi despedia-se entrando no ônibus com destino a Seoul, sua casa, seu marido e enteada.

***Momento com a autora***

Estamos na reta final de mais uma estória, espero que estejam gostando. Em breve teremos uma nova atualização. Aguardem!