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✥ㅡ A FÊNIX ㅡ✥

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Yura

   Fui lançada para o lado no exato momento em que Korian segurou o rosto do irmão de Asterin entre as mãos. Fechei os olhos como uma maldita covarde, e me encolhi, sabendo exatamente o que aconteceria.

   O estalo foi conhecido. O grito que se seguiu, repleto de dor, foi algo que eu nunca havia ouvido antes e desejava nunca ouvir. Meu corpo inteiro estremeceu com a onda de magia que subitamente se ergueu sobre nós, ultrapassando qualquer nível que eu já pudesse ter sentido antes. O ar ficou mais espesso, o cheiro, mais forte, e cada célula do meu corpo acordou para a vida quando me vi diante da única e última prova que precisava para confirmar a ascendência de Asterin.

   Ela estava no chão, ainda gritando para a madeira pressionando seu rosto, mas eu sentia a fúria em cada grunhido conforme ela se contorcia, obviamente lutando contra a onda de poder desconhecida que tomava conta do seu corpo.

   Recuei ㅡ assim como todos os outros quando vimos o que estava acontecendo com ela. Até mesmo Korian deu vários passos para trás quando se viu diante da mais pura demonstração de poder diante de seus olhos. Meus olhos se arregalaram quase inconscientemente quando vi fogo surgindo nas costas de Asterin, assim como em sua perna direita.

   E quando ela gritou mais uma vez, parece que a magia de Korian não foi suficiente para segurá-la quando se virou subitamente no chão, ficando de costas, arqueando o corpo como se não suportasse a magia tentando se libertar.

   Mas quando ela abriu os olhos, aqueles olhos dourados incandescentes com chamas brilhando nas íris, foi a visão mais linda que eu já tinha visto na vida.

   Ela era a filha de Althaea. Ela era a herdeira de seu trono. E ela tinha chegado ao fundo do poço.

   Asterin olhou para Korian e soltou um grunhido com tanto ódio que o rosto dele empalideceu. Ele segurou o Círculo mais apertado, pensando que poderia fazer algo com ele. Mas ele sabia que não poderia usar seu poder enquanto a magia de Asterin ainda estivesse em contato com ele. E, agora, qualquer um em Taryan que sentia o poder se expandindo para cada centímetro do mundo.

   Ela não tirou os olhos de Korian. Não segurou os sons de fúria que escapavam de sua boca, muito menos os gritos de um poder que lutava bravamente para se libertar.

   As algemas em seu pulso se soltaram.

   E ela se libertou.

   Asterin jogou a cabeça para trás e gritou mais uma vez, ao mesmo tempo em que uma luz forte brilhava em seu peito. A li se expandiu para o resto do corpo até alcançar os dedos dos pés e seus cabelos. Dakar, atrás de mim, enrijeceu instantaneamente, recuando para a parede e me deixando ali, plantada e sozinha, no meio do convés. Porque eu não tinha medo dela, e ele já sabia disso. Asterin sabia quem eu era. E sabia que eu não era sua inimiga.

   Os guardas soltam idênticas exclamações de surpresa quando o ar fica mais quente. Até mesmo a madeira sob nossos pés estala como se estivesse sendo queimada, quando nenhum fogo é visível. Faíscas sobem pelo ar, e todos os olhos se voltam para Asterin quando fogo começa a surgir dela.

   Não para queimá-la.

   Mas para transformá-la.

   Asterin se empurra de pé quando a luz diminui, o rosto abaixado e os cabelos voando para todos os lados. É possível ver os ferimentos causados pelas algemas em seus pulsos e tornozelos, e o sangue que ainda escorre das feridas e pingam no chão. Ela respira com dificuldade, então seus olhos se erguem.

   Diretamente em mim.

   Ela não parece me reconhecer, assim como não parece reconhecer qualquer um presente ali. Mas os olhos que me encaram agora não são os mesmos de antes.

   São idênticos aos da mãe. Brilhando como se uma chama estivesse sido posta logo acima deles. Como fogo líquido. O símbolo do sol em sua testa também já é bastante conhecido pelo povo de Taryan. A marca dourada que indicava um poder extremo que necessitava se libertar. A marca de Althaea.

   Asterin olha para o lado. Para Korian. Ela ergue a mão, e uma enorme bola de fogo é criada sobre sua palma. Ele se assusta, e pula para o lado no momento em que ela libera seu poder.

   O fogo atinge a madeira atrás dele, fumegando e estalando. Ela o segue com os olhos, encarando momentaneamente o corpo de seu irmão deitado no chão, e voltando a olhar para Korian com a mesma raiva que faz o clima parecer mais quente. Recuo para a borda do navio, observando-os. Observando a luta dela.

   Korian joga o Círculo para Dakar, que o pega com uma mão enquanto Korian sacode os punhos, liberando sua magia.

   Asterin ergue a mão novamente, e uma enorme labareda de fogo segue diretamente para onde seu alvo está. Korian revida, liberando o seu poder de escuridão.

   Eu sabia que a natureza era apenas uma fachada para que ele se escondesse. Korian, assim como Dakar, podia conjurar sombras. Podia prender alguém dentro de uma bolha de sombras e manipulá-las para que fizessem seus desejos. Podia causar tantas loucuras que você não saberia mais o que era realidade e o que era seu poder criando alucinações em sua mente. Depois de certo tempo, você apenas se entregava à escuridão e deixava-o devorar seu corpo pouco a pouco até que apenas uma carcaça velha e inútil fosse deixada para trás e lançada no primeiro lugar que vissem.

   Korian revida o ataque de Asterin, derrubando uma enorme nuvem de escuridão sobre ela, que solta um grito de dor quando seu fogo é cortado. Mesmo sendo tão poderosa, Asterin não tem treinamento suficiente para saber lidar com essa luta. Mas ela tenta.

   A escuridão se vai, e ela está com um joelho apoiado no chão e o olhar erguido. Sem medo. Sem hesitação. Apenas determinação.

   Ela se põe de pé lentamente, o fogo escapando por sua pele como se não suportasse mais ser contido.

   Asterin não ataca. Na verdade, ela se dobra como se estivesse com dor. Ela aperta os braços ao redor da cintura, e solta um grito curto quando mais fogo escapa de suas costas. Meus olhos se arregalam quando a chama fica bem ali, formando o que parecem ser... asas em suas costas. Asterin grita novamente, ofegante, seu rosto ensopado de suor, as mãos fechadas firmemente na própria pele como se quisesse arrancá-la.

   Mas a magia continua surgindo, continua tomando conta de seu corpo. Continua moldando-o para se tornar o que a mãe dela foi um dia...

   Uma fênix.

   Eu podia ver as semelhanças. As asas que se formaram, assim como o fogo tomando conta de seus cabelos, tornando-os incandescentes como o resto do corpo dela. A partir desse momento, Asterin não reconhecia mais ninguém além de seu alvo. Além daquele que queria machucar. A aura há tantos séculos perdida foi restituída nela, e ela tinha força e poder suficiente para conseguir lidar com ela e controlá-la para cumprir seus desejos.

   Asterin olhou para Korian, que a encarava com a boca escancarada e um olhar de puro choque. Ele soltou a escuridão acima dela novamente, mas Asterin voou.

   Ela subiu para o céu, e meu coração se encheu de alegria com a visão. No céu se tornando laranja e rosa, ela se ergueu sobre as nuvens e brilhou. Seu fogo se tornou ainda mais poderoso, como a mais brilhante estrela. Então ela voltou, suas asas batendo e o corpo brilhando como uma verdadeira fênix. Atacou diretamente em Korian, liberando seu fogo antes de voltar ao céu. Dakar amaldiçoou e tentou mirar nela seu poder com o Círculo, mas errou o alvo. Asterin não.

   Ela o atingiu com uma rajada de fogo no meio do peito. Ele se defendeu o suficiente para que a chama não o transformasse em um pedaço tostado de carne, mas foi o suficiente para que ela queimasse um pedaço superficial da pele. Dakar grunhiu quando viu o estado de sua roupa chamuscada, e a atacou de novo no mesmo tempo que Korian.

   Sombras e escuridão partiram dos dois lados dela, cercando-a, mas Asterin se colocou longe do alcance, suas asas se movendo com rapidez para escapar da armadilha. Ela liberou outra onda de poder sobre os inimigos, e Korian grunhiu quando ela atingiu a ponta de sua bota.

   ㅡ Já estou ficando cansado disso. ㅡ murmurou ele, levantando ambas as mãos e lançando outra rajada de escuridão sobre ela. Ele a atingiu na coxa, e foi suficiente para que ela cambaleasse.

   Korian se aproveitou do momento, e tanto ele como Dakar a atingiram novamente.

   Asterin caiu violentamente no piso de madeira do convés, ofegante e fraca, mas o fogo ainda espiralava ao seu redor.

   Dakar agiu rápido, lançando outra onda de escuridão diretamente acima dela. Estremeci com o grito de dor que ela soltou, se debatendo contra as sombras que tentavam conter seu poder, lutando para não deixá-los subjugá-la. Asterin gritou novamente quando mais sombras vieram acima das que já estavam lá, prendendo-a ao chão. Ela luta ainda mais, sacudindo braços e pernas, murmurando sem parar com fúria quando vê as chamas começarem a se extinguir e suas asas se desfazerem.

   Korian sorri, não deixando de atacá-la em nenhum momento. Dakar segura o Círculo brilhante nas mãos, e sei que ele está usando-o para conter a dona dele. Semelhante atrai semelhante.

   Por fim, as sombras vão embora. Asterin fica no chão, presa pela magia de Korian, ofegando por entre os dentes cerrados enquanto tenta se libertar.

   ㅡ Não adianta lutar, querida ㅡ graceja Korian, pondo-se ao seu lado. Ela ainda tem os olhos selvagens, pronto para atacá-lo se tiver uma brecha, e seus olhos ainda brilham com poder. ㅡ Eu não quero ter que usar minha magia por muito tempo em você agora.

   ㅡ Lute comigo, seu filho da puta! Não seja covarde como foi com Grant! Lute comigo!

   Ela grita sem parar, puxando nas restrições invisíveis, desafiando-o. Korian a encara com olhos estreitos, e sei que ele está pesando suas opções. Mas quando ele está prestes a lhe responder, Dakar se aproxima dos dois vai para o outro lado de Asterin.

   ㅡ Não temos tempo para isso agora, Korian. É melhor sairmos daqui antes que Taryan inteira sinta o sinal que essa maluca deixou no céu.

   Deixou no céu?

   Todos nós erguemos o olhar para o céu, e perco o fôlego ao me ver diante de um pássaro de fogo impresso como se fizesse parte da coloração azulada. Qualquer um que olhar para o oeste pode enxergar o sinal. Dakar agora parece desesperado para sairmos dali com rapidez antes que outra pessoa interesseira apareça.

   Korian olha para Asterin novamente, sorrindo para sua luta. O desenho do sol em sua testa ainda brilha, mas fica cada vez mais fraco conforme a exaustão toma conta dela. E Dakar percebe. E quando Korian dá as costas à Asterin, ela grita novamente.

   ㅡ Você me fez amar você! ㅡ profere com tanta fúria que eu estremeço de onde estou. Korian faz uma pausa, mas como ele está de frente para mim, vejo um sorriso brincando em seus lábios antes que ele se vire para ela. Ele se ajoelha ao lado de Asterin e segura seu queixo com uma mão firme.

   ㅡ Você se apaixonou porque é extremamente estúpida, querida ㅡ fala ele, acariciando seu rosto. Ela se contorce, tentando fugir de seu toque, e ele sorri. ㅡ Devo dizer, porém, que amei o tempo que passamos... juntos. Sabe, Ast, nunca tinha provado uma humana, mas você foi uma verdadeira delícia.

   Os olhos dela faíscam de ódio ao mesmo tempo em que o nojo queima bem dentro de mim. Korian parece totalmente desavergonhado quando, em um toque ousado, pousa a mão completamente no seio de Asterin. Me mexo para ir até lá, mas um guarda que parece ter surgido do nada me segura com uma mão dura em meu ombro. Ele me aperta em advertência, mas não paro. Me contorço sem parar quando a vejo lutar para se libertar de seu toque.

   ㅡ Tive um apreço especial por estas belezas aqui ㅡ fala Korian em uma voz mansa. Ele sorri mais uma vez. ㅡ Mas sabe o que mais achei maravilhoso?

   Antes que ele possa dizer qualquer coisa, a mão de Asterin se enche de fogo e ela, de alguma forma, consegue se libertar momentaneamente da magia que a prende para acertá-lo no rosto. Ela o soca no rosto com a maior força que consegue recuperar, e o queima com as chamas. Korian sibila, caindo de bunda no chão de madeira e recuando até estar longe do seu alcance. Os olhos dela brilham um pouco agora, e a marca em sua testa está um pouco mais pronunciada. Ela, porém, luta com as restrições, mas não consegue se libertar da magia de Korian.

   Ele olha feio para Asterin, que devolve o olhar desafiador. Mas não faz nenhum movimento para assediá-la mais. Dakar estala a língua, e ele se vira para olhá-lo em sua postura bastante descansada: encostado no poste de madeira, com o Círculo em uma mão e na outra o Artefato de Aramina.

   Seus olhos vermelhos pousam em mim.

   ㅡ Você sabia sobre ela, não é, mulher maldita?

   Abro um sorriso, não conseguindo evitar a extrema sensação de satisfação que toma conta de mim.

   ㅡ É claro que sabia. Você é que não foi esperto o suficiente para me notar aqui, Dakar.

   ㅡ Você vai pagar caro por isso, Yura ㅡ grunhe ele, estreitando os olhos. Para outras pessoas, esse ato faria qualquer um correr, mas não eu. Não quando já suportei mais dele do que deveria.

   Então retribuo a expressão de desafio.

   ㅡ Assim como você vai.

   Mãos invisíveis agarram as minhas, prendendo-as atrás das costas. Não apresento qualquer reação quando sou empurrada por elas até a porta do escritório de Dakar, onde sou empurrada para dentro. Trinco os dentes quando penso que a vingança dele vai começar em apenas alguns poucos minutos. Quem sabe em cima de sua mesa, como gosta de fazer e como eu sempre odiei. Mas não abaixo a cabeça, muito menos demonstro qualquer medo.

   Porque agora eles já sabem o que ela é capaz. Conhecem uma pequena parte de seu verdadeiro poder. E estão temendo-o.

   E ver Dakar com medo me encheu de uma estranha satisfação que nada mais conseguiu.

   Mas eu ainda olho para trás uma última vez. Vejo Korian ajoelhado e curvado sobre o rosto de Asterin, assim como o braço imóvel do irmão dela logo ao lado. Ele sussurra alguma coisa para ela, que tenta erguer a cabeça para lhe dar uma cabeçada. Mas Korian desvia, ri e fala alguma outra coisa antes de se levantar.

   E jogar uma onda de sombras e escuridão sobre ela. Mesmo sem querer, recuo um passo quando ela grita. E fecho os olhos, porque sei a dor que ela está sentindo. Sei qual é o sentimento de ser presa em uma bolha dessas e passar o tempo inteiro pensando se enlouqueci ou se aquilo era a realidade. Não tinha noção de tempo, não sabia quem eu era ou o que estava acontecendo ao redor. Não sabia de nada.

   E era exatamente isso o que ele estava fazendo com ela.

   Mas não porque eles precisavam enfraquecê-la. Não, esse não era o principal motivo.

   Na realidade, era porque Asterin tinha muito medo de escuro.

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