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Capítulo Vinte e Um

Felipe andava segurando sua mão pelo corredor do hospital, ela estava deitada sobre uma maca, sua consciência indo e voltando o tempo todo. Ao chegar na porta da emergência, quis entrar com ela sendo impedido por uma enfermeira. Qualquer coisa, eles avisavam. Ele chorava, andando de um lado para o outro, desolado pelo que aconteceu. Se ele não tivesse sugestionado aquele jantar, se ela tivesse ido para casa... E se ele a tivesse pego pelo caminho? Mas também ficar remoendo o que aconteceria ou não, não adiantaria nada, tudo o que ele queria eram notícias de Janaina. Alguns minutos depois, Bruno chegou esbaforido ao hospital, ele vestia claramente pijamas e chinelos. A única coisa que havia feito foi jogar um casaco por cima da roupa.

- Cadê ela? Cadê a Jana? - Ao ver Felipe chorando, ele o abraçou com toda força.

- Tá lá dentro cara, tá lá, na cirurgia...

- Calma Felipe, calma, vai ficar tudo bem, nossa amiguinha é forte como uma leoa, lembra?

- Eu tô com medo Bruno, muito medo. É tudo culpa minha, tudo!

- Que culpa sua cara, é culpa daquele babaca! Ele não tinha o direito. – Eles se afastaram e se sentaram em um sofá, lado a lado. – Pegaram ele?

- Não. Mas eu juro que eu vou até o inferno buscar esse infeliz. Ele vai pagar por tudo o que ele fez com ela. Ah se vai... eu pessoalmente vou cuidar disso.

- Já falou com os pais dela?

Ele deu um tapa em sua própria testa.

- Não, não Bruno, eu esqueci completamente. Não sei nem o que falar, mas também não posso deixar eles descobrirem pela internet. Liga aí pra mim por favor.

Apesar das múltiplas tentativas, ninguém atendeu ao telefone. Mais um pouco, Luccas também chegou ao hospital.

- Meu Deus Felipe, que susto. Eu soube pela TV, tem um monte de repórter lá fora. Você tá bem? É verdade que a Janaina tomou um tiro?

Mais uma vez Felipe desabou, consolado agora pelo irmão.

- Calma cara, vai dar tudo certo, ela já esteve aqui uma vez por você, agora vamos estar aqui por ela. Pensamento positivo pra atrair coisas boas.

E ali os três ficaram ansiando por notícias. Parecia que a medida que o nervosismo aumentava, a velocidade dos ponteiros do relógio diminuía. A cada momento que alguém saía da porta da emergência, eles olhavam apreensivos, porém nada de notícia dela. A essa altura, Felipe tremia de nervoso, seu rosto vermelho e seus olhos inchados. Bruno e Luccas tentavam de todas as formas que podiam dar apoio a ele.

- Que inferno! – Ele se levantou de sobressalto. – Cadê que ninguém dá notícias?

- Calma Felipe, eles ainda devem estar em cirurgia. – Bruno tentava passar tranquilidade a Felipe, mesmo estando uma pilha por dentro.

- Como calma, como calma? Eu não quero ficar calmo, eu quero ficar nervoso, quero gritar, quero matar aquele imbecil.

Ele estava muito agitado, falando mais alto do que o permitido dentro de um hospital. Luccas se levantou e o forçou a sentar-se novamente.

- Calma sim Felipe, antes que te expulsem daqui.

Finalmente o médico saiu lá de dentro.

- Algum acompanhante da Janaina...

O médico mal terminou a frase e os três pularam dos sofás, todos ansiosos por notícias.

- Bom... Janaina tomou um tiro que ficou alojado no abdome, porém nós conseguimos retirar a bala sem maiores problemas, ela não acertou nenhum órgão vital. Porém ela perdeu uma quantidade considerável de sangue e nós não temos aqui no hospital quantidade suficiente...

- Como não doutor? Como vocês não tem sangue nesse hospital imenso? Pelo amor de Deus... – Felipe estava desesperado e acabou interrompendo o médico.

- Calma Felipe, deixa o médico falar – interviu Luccas, aparando o irmão.

- Infelizmente ontem tivemos um acidente horrível e muitas bolsas foram usadas sem reposição e o sangue dela é o mais difícil de se arranjar, mas estamos fazendo contato com vários lugares afim de conseguir.

- Que sangue é esse doutor? – perguntou Bruno.

- O-. Caso vocês saibam alguém que...

- É o meu! – disse Luccas pensativo.

- Tem certeza Luccas? – perguntou Felipe olhando apreensivo para o irmão.

- Tenho, quer dizer, mais ou menos. Vocês podem testar, não podem doutor?

- Claro, venha comigo por aqui.

Luccas deixou Felipe com Bruno e foi logo seguindo o médico que o levava até uma sala para a coleta do sangue. Ele estava esperançoso de seu sangue ser compatível ao de Janaina, pois queria fazer o que pudesse para ajudá-la naquele momento difícil. Bruno voltou para o sofá juntamente com Felipe, estava realmente difícil não ceder diante da situação, mas ele precisava ser forte para dar suporte a Felipe, tão forte que se proibiu até de chorar.

Mais algum tempo que pareceram horas depois, Luccas finalmente saiu lá de dentro sorrindo esperançoso.

- Eu consegui irmão, meu sangue é compatível com o dela. Agora ela vai ficar bem, tem sangue de Neto correndo nas veias dela.

Ele logo abraçou o irmão mais velho.

- Eu não sei nem como te agradecer meu irmão.

- Que agradecer o que, fiz isso por ela e não me custou nada. Tudo o que importa é ver a Jana bem e logo!

O celular de Felipe, que estava em posse de Bruno tocou, no visor o nome da mãe de Janaina. Felipe não estava com cabeça para mais nada naquela noite, então pediu que Bruno atendesse. Ao atender, franziu o cenho e andou nervosamente de um lado para o outro. Será que estava entendendo direito mesmo?

- Mas ficou tudo bem? Graças a Deus. Mas e agora? Tá bom, a gente tá aqui com ela, eu passo o endereço por mensagem. Tchau. – Ele se aproximou, sentando-se numa poltrona ao lado de Felipe e Luccas.

- Eram os pais dela? – perguntou Felipe.

- Eram sim.

- Eles estão vindo?

- Acho que eles não vão conseguir chegar tão cedo. – Ele fez uma pausa, engolindo a saliva. – Vocês não vão acreditar no que aconteceu. O Eduardo tá morto.

- Como assim Bruno? – Felipe se empertigou na cadeira.

- Parece que ele foi até a casa dos pais da Janaina, logo depois de fugir do restaurante, fez um escândalo que acordou todos os vizinhos e claro, todos os que estavam em casa. Eles desceram e começou um bate-boca entre os pais dela e ele, então o irmãozinho dela apareceu, ele puxou o menino e colocou uma faca no pescoço dele.

- O Ruan? – Felipe sentiu uma breve tontura.

- É, isso aí. Mas uma coisa muito louca aconteceu. O vizinho do lado é segurança e faz segurança armada, ele da varanda da casa dele, do terceiro andar, acertou um tiro na cabeça de Eduardo, ele morreu na hora.

- E o Ruan? Como ele está?

- Ele está bem fisicamente, mas aterrorizado. Eles foram conduzidos a delegacia e depois virão pra cá.

- Eu não posso acreditar nisso. Que história mais louca, parece coisa de filme – concluiu Luccas.

- Eu vou ter que tirar eles daquela casa. O Ruan não pode ficar lá depois de tudo isso, esse menino vai ficar apavorado pra sempre. É tanta coisa pra eu resolver, não tô me sentindo bem, acho que vou vomitar.

Felipe estava pálido, mas não vomitou.

- Calma Felipe, a gente está aqui, vamos todos te ajudar. É de uma casa que você precisa? Eu posso pessoalmente ver isso pra você, conheço vários corretores – disse Bruno carinhosamente.

- Eu tenho um amigo lojista, posso ver os móveis com ele sem problema – disse Luccas, afagando seu ombro. – E se você precisar de ajuda pra contar isso a ela, a gente pode ir os três, ou junto dos pais dela, ou sei lá, do jeito que você quiser. Não se preocupa que a gente não vai abandonar nem você e nem ela nessa sozinhos. A gente vai estar sempre aqui por vocês!

- É isso aí cara, tudo o que a gente precisa agora é dar todo amor e apoio que ela vai precisar. A gente tá junto nessa! - Bruno sorriu para Felipe.

Não haviam palavras para expressar a gratidão de Felipe por ter aqueles dois ao seu lado. Era inegável o tamanho do carinho que um nutria pelo outro. Luccas seu irmão de sangue e Bruno o irmão que a vida lhe deu. Ele não podia escolher pessoas melhores para compartilhar tanto os bons quanto os péssimos momentos.

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