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Capítulo Vinte e Cinco


- Acho que a gente se atrasou um pouco mais do que o esperado. Minha mãe já me ligou treze vezes – concluiu Janaina, ao entrar no carro com o celular em mãos.

- Mas valeu a pena o atraso. – Ele deu um sorriso malicioso.

De fato, eles ficaram na cama e acabaram se esquecendo da hora. Às vezes quando estamos com quem amamos, mal vemos a hora passar e esse sem dúvidas foi o caso. Ela riu meio sem graça e olhou o celular de Felipe.

- E o Bruno também te ligou, sete vezes. Ele deve ter chegado lá.

- Se tem comida de graça, ele é sempre o primeiro a chegar – concluiu Felipe.

- Ah mas vocês se amam hein! É uma implicância que nunca vi, de fato parecem irmãos.

- E não somos? A gente implica assim com certeza porque se ama. – Felipe riu. – Acho que não consigo mais imaginar minha vida sem aquele tosco do Bruno.

- Realmente, amizades assim a gente tem que guardar para sempre e muito bem guardada. – De repente, ela se lembrou que seu pavê estava na geladeira. – O pavê Felipe, para o carro!

Sorte que ele nem havia saído direito com o carro e ela correu até a cozinha, voltando poucos minutos depois com uma travessa de vidro.

- Já tô atrasada, se chego lá sem o pavê meu pai nem me deixa entrar – brincou ela.

- Tô nervoso em conhecer toda sua família – declarou ele, o olhar fixo a sua frente.

- Minha família? Mas você já conhece, meus pais e meu irmão.

- Ué, não vai mais ninguém? Você não tem tios, tias, primos, avós?

- Ah, tenho, mas eles não vão não, só vamos ser meus pais, meu irmão, você, eu e o Bruno.

- Ué, é que, geralmente quando a gente dá essas festinhas de inauguração, chamamos a família toda.

- Ah Felipe, o que você chama de "família", eu chamo de parentes. Você nunca reparou que eu nunca falo deles? Ou que, por exemplo, ninguém veio me visitar no hospital? Ou na recuperação?

Ele refletiu um pouco e sim, ela jamais havia tocado no assunto do restante da família dela. Ele então, continuou.

- Mas por quê? Vocês são brigados?

- Só afastados. Só preferimos nos afastar sem mais mágoas. Ah amor, tem tanta história por detrás disso que se eu parasse pra contar a gente dava duas voltas ao mundo nesse carro. Eles não quiseram ir me visitar no hospital, preferiram deixar para "quando eu chegasse em casa", ou melhor, na sua casa.

- E por que você não deixou? Não teria problemas em recebe-los na minha casa.

- Você não percebe? Olha com mais malícia Felipe. Eles não se importaram comigo, nem naquele momento, nem nunca. Eles não fizeram questão de ir ao hospital, mas quando minha mãe disse que íamos ficar na sua casa, a postura deles mudou. Eles não queriam me ver, queriam ver onde eu estava, como é a casa, queriam ter a oportunidade de ver você.

- Que coisa horrível. – Ele franzia o cenho.

- Como eu disse, você não sabe da missa um terço. Eles nunca se importaram de verdade comigo, nem com meus pais ou com meu irmão. A coisa mais sensata a se fazer foi se afastar de vez. Coisas foram ditas, mágoas surgiram, lágrimas, dor. Não vale nem a pena falar sobre isso. Só que agora também não faço mais questão. Acabou. Assim é melhor, evita muita coisa. Devemos ter ao nosso lado pessoas que nos amam, verdadeiramente, sem interesses ou reservas. Que nos ame do jeito que somos.

- Assim como eu te amo.

- Exatamente. Assim como a gente se ama, como amamos o Bruno, pessoas que simplesmente nos amam e não por obrigação, ou só porque pertencemos a mesma "família". A gente sempre foi de classes sociais diferentes e basicamente é isso que realmente importa pra eles. Dinheiro e poder. Então fomos descartados, só servindo quando era conveniente. Acho que isso me traumatizou tanto que era por isso que eu não conseguia acreditar que poderíamos nos amar. Se meus próprios parentes que eram de uma classe não tão distante me tratavam assim, imagina você, porque entre nós existia um abismo enorme. Mas você é diferente, você jamais esqueceu de onde veio, das dificuldades que passou. Nunca te vi menosprezar ninguém, muito pelo contrário, você é uma pessoa simples, tem um coração enorme. Ao contrário deles.

- Nossa, eu jamais imaginaria que você passou por essas coisas. Mas família tem dessas, também tive alguns que só se aproximaram depois da fama. Como você disse, é bom se afastar pra não se machucar. Mas isso te machuca né?

- Um pouco, sabe, eu sou uma trouxa sentimental. Sinto falta de quando era criança e não percebia isso, quando eu achava que minha família era linda e perfeita. Mas depois crescer e ver minha mãe sofrendo, não deu, simplesmente não deu mais. Mas sabe como é né? É que eu sou aquele tipo de pessoa que ama casa cheia, mesa lotada de comida boa, risos, abraços, essas coisas que família de comercial de margarina faz.

Ele estacionou o carro em frente ao portão da casa dos pais de Janaina e virou-se a ela pegando em sua mão livre, pois a outra aparava o pavê em seu colo e a olhou afetuosamente.

- Não se preocupe com isso. Você não percebe? Estamos começando nossa família, em breve teremos nossa própria mesa cheia de gente que nos ama de verdade. Qualquer coisa a gente adota o Bruno pra começar.

Ela riu daquela tirada boba de Felipe, porém uma coisa era certa, eles ali estavam começando uma família, nova e de quebra com um Bruno, quem não iria querer um Bruno na família? Mas não importa como seria, com ou sem filhos, com todos os cachorros que Felipe já tinha, talvez algum gato ou um peixinho de aquário, pois tudo o que importava era o amor que eles compartilhavam e que a cada dia crescia mais. Ela era realmente grata a tudo o que havia conquistado e muito esperançosa pelo que viria a seguir. Ela amava de verdade aquele homem maravilhoso que estava em sua frente.

O almoço foi exatamente do jeitinho que ela amava, simples, mas com muito amor, muita história, muitos sorrisos e muita comida boa. Bruno virou xodó de Denise, que fez um refratário de empadão especialmente para ele levar para casa, lhe dando todas as orientações de como assá-lo corretamente. Como agradecimento, ele se dispôs a lavar toda a louça pós almoço. Felipe e Janaina foram para a varanda, enquanto seus pais estavam na sala vendo TV e Ruan jogava no computador. Logo Bruno se juntou a eles, secando as mãos na bermuda.

- Eita Bruno, tem pano de prato lá dentro – disse Janaina.

- Eu sei, mas aqui tá mais perto. – Ele se sentou em uma das poltronas na varanda. – Cara, a comida estava uma delícia, não adianta que nada se compara a comida de mãe. Acho que vou voltar aqui semana que vem.

- Pode voltar, minha mãe te adorou. – Janaina olhou em volta, estava tão feliz pela nova casinha de seus pais, então prosseguiu. - Essa casa é tão linda, olha essa varanda, tudo perfeito, do jeitinho que eu e minha mãe sempre sonhamos. Valeu mesmo Bruno por ter ajeitado isso tudo pra gente, mesmo com o orçamento apertado.

De fato, a casa era perfeita, do jeitinho que Denise sempre quis, era uma casa não tão grande, porém aconchegante, com uma bela varanda e uma área gourmet com uma churrasqueira de tijolinhos. A sala também era bem arejada, com muita luz solar, a cozinha tinha espaço o suficiente para que Denise fizesse suas gostosuras, mas apenas dois quartos. Não porque Denise achava que Janaina fosse morar com Felipe, apesar de isso já estar bem aparente, porém, mesmo se o relacionamento não desse certo, não estava mais nos planos da filha de voltar para casa, ela arrumaria um cantinho próprio. O passarinho voou e agora precisava alçar voos solo.

- Que isso, eles me deviam uns favores e agora estamos quites. Ô Felipe, solta esse celular mano, aproveita a companhia – protestou Bruno.

- Desculpa gente, me distraí aqui com trabalho, mas você tem razão - ele desligou o celular, guardando no bolso e em seguida passou o braço pelos ombros da namorada, a puxando para si –, tenho que aproveitar essa companhia maravilhosa.

Bruno olhava para os dois, obviamente apaixonados, e de sobressalto se lembrou de uma coisa.

- Agora que eu lembrei, lá depois da festa, vocês dormiram ou não dormiram juntos?

- Eu nem me lembrava mais disso... – disse Felipe descontraído.

- Pera aí, você sabia disso? – Janaina olhou para Felipe com um olhar inquisidor.

- É, sabia e pelo visto você também.

- Eu meio que acordei na sua cama, mas... e você, como soube? Bruno, você contou pra ele?

- Eu não, prometi guardar os segredos de vocês, mesmo a duras penas e cumpri. Nunca disse nada de um pro outro. – Bruno logo se defendeu.

- É, não foi ele. Não posso negar que naquele dia eu achei seu comportamento estranho e também achei minha cama bem mais desarrumada do que de costume, mas como eu não tinha ideia do que aconteceu, achei que apenas devia ter tido um sono conturbado por causa da bebida. Mas aí, naquela mesma noite, eu encontrei seu sutiã debaixo da minha cama e bem... só liguei os pontos.

- O sutiã, eu não fazia ideia de onde ele estava. Pensei que tinha sumido em meio a mudança.

- Não, está comigo até hoje. Eu queria te entregar sem você perceber, mas acho que acabei simplesmente esquecendo.

- Então vocês não sabem se aquela foi ou não a primeira noite de vocês? – perguntou Bruno.

- Não, não faço ideia – respondeu Janaina.

- Nem eu. Mas também isso não importa, nossa primeira noite foi perfeita e inesquecível e estávamos perfeitamente lúcidos pra nos lembrarmos de cada detalhe. – Felipe beijou a mão de Janaina, a olhando nos olhos.

- Felipe... – ela desviou o olhar, meio sem graça por Bruno.

- Ah para Janaina, vergonha de mim? De mim? – Bruno apontou dramaticamente para seu próprio peito. – Justo eu, seu Bruno? Até parece que ninguém sabe que você faz essas coisas né?

- Verdade Bruno, você é meu, na verdade, nosso Bruno. A gente até vai te adotar em breve – brincou ela, se referindo a conversa de mais cedo com Felipe.

Felipe achou graça da expressão de Bruno.

- Epa, como assim? Me explica isso direito, eu vou ter direito à herança do Felipe? Onde eu assino?


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