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IV


João estava trancado em seu quarto. Fazia mais de quinze-minutos que se encontrava deitado no chão gelado, com as pernas compridas esticadas na parede, olhando para o teto. Filho de mãe indígena e pai negro, era fruto da carga histórica brasileira que fora injustiçada. Nas escolas, aprendera que os portugueses "descobriram o Brasil", sendo que este fora invadido. Professores ressaltavam o quão dolorosa fora a escravidão brasileira e moratória para sua abolição, ainda assim, era notório o quanto alunos negros e brancos eram tratados de formas distintas dentro da sala de aula. Certa vez, o estojo de um colega sumira; quando avisou à direção, esta olhara para João (in)voluntariamente ao falar para a turma o quanto roubar era um ato terrível. O estojo fora achado ainda no mesmo dia, estava com a amiga do colega que alegara ter sido roubado – de forma que ela pegara emprestado e esqueceu de avisar. Não bastasse tudo isso, João tinha apenas dezesseis anos, encontrava-se num ciclo transitório de crescimento corporal, mudança hormonal, a voz passara a engrossar, sua libido aumentara drasticamente e ainda não sabia se preferia meninas ou meninos – desconfiava que era bissexual. Sua mente estava a mil, repassando os últimos acontecimentos em sua vida, remoendo a agonia, angústia, dificuldade em saber seu lugar no mundo.

Qual era o sentido da vida? Por que precisava ir à escola, ter uma profissão, sustentar-se, casar e ter filhos? Esta lógica era o propósito do ser humano? Escrever um livro, plantar uma árvore e ter filhos para ser lembrado, como diziam? Nascer, crescer, envelhecer, adoecer e morrer. Para quê?

Por ironia, ou não, a música "Quando você crescer", de Raul Seixas, passara a lhe fazer companhia, enquanto refletia sobre estas questões.

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