Capítulo 73
5 anos Depois...
Anastácia Narrando
O tempo realmente passa muito rápido.
Eu e JK já estamos casados já faz cinco anos. Nossa filha já está com quatro anos de idade e se chama Audrey, ela se parece comigo fisicamente, seus cabelos são ruivos, seu rostinho é parecido com o meu e o seu sorriso então... idêntico ao meu. Agora a personalidade dela, ela puxou ao JK.
Apesar de só ter quatro anos de idade, Audrey é esperta e muito inteligente para a idade dela. Ela sabe quando o pai dela não está de bom humor e o aconselha dizendo que tudo ficará bem, que o estresse irá passar e o JK a ama tanto.
Ciúmes da nossa filha? Eu posso dizer que ele ganha de mim, ele tem muito ciúmes de Audrey, tanto que nenhum garoto nesse morro se atreve a se aproximar de mais dela.
Os únicos amigos próximos que minha filha tem são Charlie e Lola, quem diria que eles se tornariam mesmo amigos.
Nesse momento estou no quarto deitada em uma grande cama de casal, assistindo a um programa de culinária em que uma mulher iria ensinar a fazer um espaguete picante com ervas.
Me levantei da cama pois pretendia pegar uma folha de caderno e uma caneta para anotar o nome dos ingredientes que a mulher iria usar... eu pretendia fazer isso, mas antes que eu pudesse pegar o pequeno caderno em cima do criado mudo, minha filha adentrou o quarto ofegante e com a mão direita no peito.
Audrey : M-mamãe... o... Charlie... e a... a... - Ela dizia as palavras com dificuldade, provavelmente ela veio até aqui correndo.
Anastácia : Respire filha, o que aconteceu? - Pergunto me aproximando dela e me abaixando para ficar da sua altura.
"Foto da Audrey"
Ela conseguiu respirar normalmente e se acalmar, logo ela me olhou com seus olhos esverdeados e pegou na minha mão.
Audrey : O Charlie e a Lola estão brigando de novo - Ela disse me fazendo revirar os olhos.
O filho da Roberta e a filha da Paola brincam muito mas depois estão brigando e eles brigam por besteira.
Quando isso acontece, Audrey não sabe qual dos dois defender, a prima ou o melhor amigo e então o que faz minha filha? Ela me chama.
Esse trio fantástico : Audrey, Charlie e Paola, gostam de se reunir dia de domingo como por exemplo hoje, que é domingo, eles se reunem aqui em casa e como não tem escola dia de domingo... os três passam praticamente o dia inteiro brincando porém, sempre tem aquelas briguinhas chatas que algum adulto tem que resolver e infelizmente esse adulto sou eu.
É luta. Sai do quarto segurando a mão da minha filha que me guiava para onde as duas pecinhas do amor estavam brigando. Descemos as escadas e quando chegamos na sala de estar, lá estava Lety entre Charlie e Lola, tentando fazer com que os dois parassem de brigar.
Paola : Você me empurrou para poder chegar primeiro.
Charlie : Você estava na minha frente, foi você que parou de correr e eu só passei na sua frente.
Pigarriei e os dois me olharam, inclusive a Lety. Fiz um meneio de cabeça para que Lety pudesse voltar ao seu trabalho e deixasse aquela situação comigo e assim ela fez. Quando ela se retirou, minha filha soltou minha mão e foi se sentar no sofá, e eu me aproximei de Charlie e Lola que haviam parado de discutir.
Anastácia : Eu posso saber o motivo da discussão?
Paola : Tia Ana foi o Charlie, ele é o culpado que trapaceou e me empurrou - Ela disse encarando o garoto que fez um sinal de negação com a cabeça.
Se Paola estivesse viva e visse que a filha dela é uma cópia fiel dela mesma quando era criança... ela ficaria pasma.
"Foto da Paola/Lola"
Charlie : Sua mentirosa - Ele encarou ela e depois me olhou - Tia Ana foi ela que parou de correr do nada e tá me culpando porque não conseguiu chegar perto da escada - Ele disse cruzando os braços e me olhando.
Charlie é parecido demais com a Roberta, mas devo admitir que ele é um pouco esquentadinho, mais que a própria mãe.
"Foto do Charlie"
Anastácia : Eu pedi o motivo da discussão, não perguntei quem foi o culpado - Digo um pouco rígida e vejo minha sobrinha solta um suspiro.
Audrey : Estávamos brincando de esconde-esconde e o Charlie foi quem estava procurando. Eu fui a primeira a ser encontrada mamãe - Minha filha disse fazendo com que eu olhasse para ela - E depois faltou só a Lola, foi na hora que ele achou a Lola e os dois correram e... foi quando o Charlie conseguiu chegar primeiro e bateu a mão no primeiro degrau da escada e... comemorou. Foi então que eles começaram a brigar.
Olhei para minha sobrinha que já estava me olhando.
Anastácia : Lola querida, tem horas que a gente ganha e tem horas que a gente perde.
Paola : Mas tia Ana, o Charlie me empurrou para que eu não conseguisse chegar primeiro - Ela disse e eu olhei para o Charlie que também já estava me olhando.
É... vou tem que ameaçar para saber da verdade.
Anastácia : Charlie, se quiser que eu chame seu pai...
Charlie : Eu empurrei ela, tá bom eu admito, eu queria ganhar.
Ele confessou e percebi que minha filha deu um sorriso fechado.
Audrey : E a verdade foi revelada.
Charlie morria de medo do Pedro, quase sempre ameaço o garoto dizendo que irei chamar o Pedro se ele não contar o que está me escondendo. Enquanto a Paola? Ela treme só de ouvir o nome da minha mãe. O bom de ameaçar crianças é que elas acreditam em quase tudo, bem, é algo bom e ruim ao mesmo tempo.
Olhei para minha filha que olhava para os seus dois amigos querendo que tudo ali se resolvesse, voltei a olhar para Lola e Charlie.
Anastácia : Olha, vocês dois tem uma amizade linda mas ficam brigando como cão e gato e isso é muito chato, e o que você fez Charlie não foi nada bonito, empurrar a Lola para poder ganhar... isso não se faz querido - Digo passando a mão nos seus cabelos pretos percebendo que o mesmo estava com uma carinha triste.
Ele logo olhou para Lola e descruzou os braços.
Charlie : Desculpa Paola.
Paola : Hum... está desculpado - Ela disse com um sorriso nos lábios e os dois logo se abraçaram.
Anastácia : Pronto, agora que está tudo resolvido... vão brincar e sem brigas por favor - Aviso e Lola e Charlie se separam do abraço e assentem.
Minha filha abraçou minhas pernas e eu a olhei.
Audrey : Eu te amo mamãe.
Anastácia : O meu amor... eu também te amo - Pego ela no colo e beijo sua bochecha, a mesma me abraça apoiando seu queixo no meu ombro e eu a aperto em meus braços - Vá brincar querida se não eu não irei querer te soltar.
Ela riu e eu a coloquei no chão, o trio fantástico saiu correndo da sala de estar e eu soltei um suspiro.
Anastácia : Cuidado, não corram muito e não quebrem nada - Altero a voz e escuto a porta sendo aberta.
Xxx : ANASTÁCIA EU PRECISO DA SUA AJUDA - Disse com a voz um pouco alterada mas que eu pude reconhecer na hora a quem pertencia aquela voz.
A Lana só tinha onze anos quando eu a conheci... como ela pode ter crescido tanto assim? Hoje em dia ela já tem dezesseis anos, mas com cara e corpo de uma pessoa de vinte anos.
Anastácia : O que foi agora Lana? - Pergunto caminhando na direção dela que ainda estava perto da porta, a mesma pareceu chamar alguém com o dedo indicador e esse alguém estava lá fora.
Lana : Vem, entra.
Xxxx : Licença - Um garoto alto e de cabelos pretos disse entrando dentro da minha casa e logo Lana fechou a porta.
Lana : Ana, esse é o Thomas. Thomas essa é a Anastácia - Ela disse apresentando o garoto para mim e ele esticou a mão para me cuprimentar. Nos cumprimentamos e eu já estava tendo uma noção do porquê Lana havia me procurado.
Thomas : Você é a esposa do dono do morro? - Ele perguntou me olhando e parecia nervoso.
Anastácia : Sou e para a sua sorte ele não está em casa. Lana... quem é esse garoto? - Pergunto olhando para ela que morde o lábio inferior.
Lana : Isso não vai ser fácil...
Thomas : Com a tal da Roberta seria não é?
Lana : Mas ela não está na mansão dela - Ela disse olhando para o garoto e eu revirei os olhos.
Anastácia : Eu estou aqui, só para lembrá-los. Lana não me diga que esse garoto é o que eu estou pensando que é - Digo olhando para ela que solta um suspiro e me olha.
Lana : Não ele não é meu namorado, quer dizer, não ainda.
Anastácia : Isso é sério? - Arqueio uma sobrancelha e olho agora para o tal do Thomas que engole seco - Olha se vocês dois foram além...
Thomas : Não fomos senhora. A gente se gosta desde o fundamental na escola... confessei o que sentia pela Lana há dois anos atrás e ela também confessou o que sentia por mim. Eu a amo tanto - Ele disse olhando para ela e tocando no rosto da mesma, ela sorriu e eu também.
Anastácia : Estou feliz por vocês dois se amarem e tudo mais, mas você está preparado garoto para enfrentar o meu melhor amigo? Eu não tenho nada contra isso, você até que é bonitinho garoto mas... se está pensando em pedir a benção do Gabriel, isso não será nada fácil.
Lana : É por isso que preciso da sua ajuda - A garota se aproxima de mim e pega nas minhas mãos - Por favor Ana.
Anastácia : Mas Lana o que eu posso fazer?
O Gabriel vai ter um ataque.
Thomas : Senhora Anastácia, eu irei pedir a Lana em namoro e para isso preciso da benção do irmão dela e do esposo dele. Só que o irmão dela me dá medo, desde que eu tinha treze anos ele me dava medo, nunca deixava eu chegar na casa dele para falar com a Lana.
Anastácia : Gabriel é um pouquinho difícil de lidar mesmo, mas ele é gente boa acredite - Digo e vejo Thomas respirar fundo.
Lana : Ana, já foi o Luan que me mandou pedir a sua ajuda... você sabe que as únicas pessoas que conseguem acalmar meu irmão é o próprio Luan, você e até mesmo a Roberta. A Roberta é mais calma por isso que fui procurar por ela primeiro, mas ela não estava na mansão e minha única opção agora é você - Ela disse apertando minhas mãos - Por favor.
Anastácia : Você estava com medo que eu não aceitasse te ajudar com esse garoto? - Pergunto e ela assente - Sunshine... - Olho para ela incrédula e ela solta um suspiro pesado.
Lana : Ana você é a melhor amiga do meu irmão, pensei que você iria ficar do lado dele em relação a isso e por isso, eu quis procurar pela Roberta primeiro - Ela explicou e eu assenti.
Anastácia : Tudo bem. Como eu disse, não tenho nada contra isso - Afasto minhas mãos das de Lana e me aproximo do tal do Thomas - Mas saiba você Thomas, que se magoar a Lana... você vai se arrepender de ter nascido - Digo encarando ele e o mesmo engole seco.
Thomas : Não pretendo magoá-la senhora.
Anastácia : Eu sei que não - Dou um sorriso fechado e dou tapinhas fracos no seu ombro esquerdo.
Lana : Então você vai poder estar daqui a duas horas na casa do Luan? Gabriel chega daqui a duas horas do trabalho então...
Anastácia : Estarei lá querida - Olho para ela que sorrir e volto meu olhar para Thomas que parecia ter ficado com medo da minha pequena ameaça - Ora, não precisa ter medo de mim Thomas, e sim do Gabriel. Mas não se preocupe, eu estarei lá segurando meu melhor amigo junto com o esposo dele para não correr o risco dele voar em cima do seu pescoço.
Lana : Eu já disse a ele que ele não precisa ter medo do Biel, ele só faz aquelas caras sérias porque quer colocar medo no primeiro garoto que se aproxima de mim - Ela disse revirando os olhos e eu rir.
Audrey : Eu não vou mais brincar com vocês, vocês dois só sabem brigar - Escutei a voz da minha filha e quando me viro, vejo a mesma caminhando na direção do sofá e se sentando de braços cruzados.
Paola : Mas o Charlie puxou o meu cabelo e eu não fiz nada, você viu prima - Minha sobrinha disse adentrando a sala de estar e atrás dela vinha Charlie.
Charlie : Não puxei não, você que jogou os seus cabelos na minha cara e eu só afastei com a minha mão.
Anastácia : Mais só pode ser brincadeira - Digo fazendo um sinal de negação com a cabeça e os três me olham - O que foi que eu disse antes de vocês dois saírem daqui da sala?
Audrey : Não dá mamãe, não dá para brincar com eles se eles ficam brigando direto.
Lana : Quem brigou com quem? - Ela perguntou ficando do meu lado e observando os três.
Audrey : A Lola e o Charlie tia Lana - Minha filha era a única que chamava a Lana de tia, isso porque Lana a acostumou mandando minha filha chamar sempre ela de tia.
Lana : Olha... briga demais dar amor em, digo isso por experiência própria - Ela disse e piscou um olho para Thomas que sorriu.
Charlie e Paola : Ecaaa - Os dois disseram na mesma hora e eu comecei a rir.
Se esses dois se apaixonarem no futuro eu quero estar viva para ver o casamento.
Audrey : Kkkkkk tia Lana, eles brigam muito... não acho que possa dar amor - Minha filha disse se levantando do sofá e apressando os passos na direção da Lana.
Lana se abaixou para abraçá-la e as duas logo se abraçaram.
Anastácia : Tá legal, é... Lana e Thomas, fiquem tranquilos que estarei na casa do Luan daqui a duas horas. Charlie eu vou ligar para a sua mãe para ela vim te buscar e Lola eu irei ligar para a Renata para ela vim lhe buscar também. Vocês sabem que aqui não é creche e daqui a pouco anoitece então... se despeçam porque vocês três só vão brincar agora na semana que vem.
Os três só se reuniam mesmo dia de domingo porque quando era algum dia na semana, Audrey brincava de vez em quando com Paola e de vez em quando com o Charlie. Então, era e é difícil os três se reunirem para brincar em algum dia na semana.
Também, morando longe complica muita coisa.
Lana e Thomas foram embora e eu telefonei para a Roberta e em seguida para a empregada de minha mãe. Elas não demoraram tanto para chegar e logo levaram Charlie e Paola para casa. Renata antes de ir embora com Paola, ela me disse que meu pai gostaria de falar comigo, perguntei se ela sabia sobre o que era mas ela disse que não sabia.
Ele que me ligue e fale o que quer comigo.
Anastácia : Descanso - Digo baixinho fechando a porta e escuto minha filha gritar o meu nome, olho para trás e vejo a mesma de pé em cima do sofá.
Audrey : MAMÃE UMA BARATA! AAAAAAH MAMÃE MATAA MÃEEEEE MATA - Ela gritava de pavor.
Anastácia : Uma barata? Sério? Pensei que você estava sentindo alguma dor.
Caminho na direção da minha filha e olho a sala de estar em volta, vejo a barata parada na parede, um pouco perto das escadas.
Pego um jornal que estava em cima da pequena mesinha da sala e me aproximo lentamente do inseto, acerto o jornal com força na barata e a mesma cai no chão, a barata iria correr mas eu fui mais rápida e acertei mais uma vez o jornal nela.
Agora ela morreu.
Anastácia : Morreu filha, viu só? - Pergunto e quando iria olhar para minha filha, sou surpreendida com ela ao meu lado já me abraçando.
Audrey : Como você consegue não ter medo e matar uma barata mamãe?
Anastácia : Desde que o seu pai me trancou no quarto com uma barata voadora eu deixei de ter medo. Alguém tinha que matar aquela desgraçada... eu só não sei como não desmaiei no processo - Rir retribuindo seu abraço.
Audrey : Eu não ficaria sozinha no quarto com uma barata voadora, eu iria morrer - Ela disse me fazendo rir mais ainda.
As horas se passaram e eu tinha que ir para a casa do Luan. Mandei Lety olhar Audrey que decidiu ficar assistindo desenho no quarto, conhecendo minha filha ela vai pegar no sono porque quando ela começa a assistir alguma coisa, não tem para onde, ela simplesmente dorme assistindo.
Peguei as chaves e sai de casa, fechei a porta e quando iria dar um passo a frente tomo um susto com o JK já perto de mim.
JK : Para onde a madame vai? - Ele perguntou e eu dei um selinho no mesmo.
Anastácia : Ajudar a Lana, não demoro.
JK : Com o novo namoradinho dela? Pobre Gabriel - Ele riu e eu também rir.
Anastácia : Se prepare não, nossa filha vai crescer - Digo e ele faz um sinal de negação com a cabeça.
JK : Ela não vai namorar com ninguém.
Anastácia : Fique pensando assim - Rir - Eu volto já.
JK : Está bem vai lá, te espero - Ele me agarra pela cintura e aproxima seus lábios do meu pescoço, dando um beijo gostoso ali mesmo me fazendo gemer baixinho.
Anastácia : Assim não dá né? Eu vou logo - Me afasto dele porque se eu continuasse ali com ele, eu não iria a lugar algum.
Saio andando pelas ruas e falando com algumas pessoas que estavam nas portas de suas casas. Cheguei na loja do Luan e a mesma já estava fechada, bati na porta da casa ao lado, onde era a casa do Gabriel e do Luan.
Esperei um bom tempo no lado de fora e quando iria bater novamente na porta, a mesma foi aberta por Luan e eu levantei as mãos para o céu em forma de agradecimento.
Anastácia : Finalmente Deus.
Luan : Foi mal pela demora, eu estava contando o dinheiro que recebi hoje - Ele disse quando me aproximei dele, assenti entrando dentro da casa e logo Luan fechou a porta.
Anastácia : Cadê o Gabriel?
Luan : No banho. Escuta, a Lana foi na sua casa hoje? - Ele perguntou com um tom de voz baixo e se aproximando de mim.
Anastácia : Se ela não fosse eu não estaria aqui, acredite. E falando nela... onde ela está? - Pergunto olhando em volta da sala de estar.
Luan : Que eu saiba, ela está lá fora com o Thomas.
Anastácia : Sério? Eu não os vi. Mas Luan, você acha que o Gabriel vai aceitar isso? - Pergunto vendo o mesmo coçar a nuca.
Luan : Quer que eu seja sincero?
Gabriel : Anastácia? Nossa, que bom te ver na minha residência.
Me assustei quando escutei a voz de Gabriel na sala e Luan também se assustou. Olhamos para ele que logo veio caminhando na nossa direção, ele vestia uma bermuda jeans e uma camiseta verde escuro. Senti o cheiro do perfume dele assim que ele se aproximou de mim e caramba... que perfume bom.
Anastácia : Que bom te ver também e que perfume maravilhoso é esse? - Sorri ao perguntar para ele e o mesmo retribuiu o sorriso e me abraçou.
Gabriel : Agradeço ao pequeno Charlie por ter indicado a perfumaria da avó dele - Ele se afastou do abraço e cruzou os braços - Eu estava precisando de um perfume novo mesmo.
Luan : Estava é? - Ele perguntou arqueando uma sobrancelha e Gabriel riu. Conhecendo bem o meu amigo, ele sempre tem mais de dois perfumes.
Anastácia : Imagino que você deve ter mais de dois perfumes - Digo olhando para o Gabriel que da de ombros.
Gabriel : Só cinco. Mas eu imagino que você não veio aqui para falar de perfumes ou veio? - Ele perguntou e eu rir de canto, esperto.
Anastácia : Não eu não vim aqui falar de perfumes, vim te contar o que está para acontecer e acho bom você se sentar - Aponto para o sofá e percebo Luan em repreender com o olhar - O quê? É bom avisá-lo antes que ele coloque fogo na casa com a gente dentro.
Luan : Ainda bem que você está aqui, só assim nós dois conseguimos segurar ele.
Gabriel : Espera um pouco, eu não estou entendendo nada que vocês dois estão falando. Me avisar o quê e me segurar para quê?
Lana Narrando
Thomas estava nervoso e eu? Um pouco, mas não tanto quanto ele. Eu estava tentando passar toda minha confiança para ele e fazendo-o pensar positivo.
Estávamos sentados na calçada da casa de uma amiga minha e quando finalmente vi a hora no meu celular e vi que iria dar 20:00 horas, decidi que seria naquela hora mesmo que eu e Thomas iríamos para a minha casa.
Agora já estamos na frente da porta e o que falta? A coragem para bater nela.
Respiro fundo e aperto a mão de Thomas que parecia nervoso.
Thomas : Sinceramente Lana... seu irmão me intimida para caramba, e se ele não aceitar? Dizer que você ainda é muito nova e que eu só quero me aproveitar de você.
Lana : Fique tranquilo, você sabe que daqui a uma semana eu farei dezessete anos e pelo menos o Luan já me disse que eu estava liberada para namorar com alguém - Digo olhando para Thomas e o mesmo rir de canto.
Thomas : Luan é uma ótima pessoa, agora o seu irmão...
Lana : Se depender dele eu só namoro com trinta anos. Thomas... meu irmão é cabeça dura e ele já conseguiu afastar tantos garotos de mim, mas você ele não conseguiu.
Thomas : Eu nunca desisti de me aproximar de você minha linda - Ele acariciou meu rosto e soltou um suspiro - E se para ter você como minha namorada for preciso enfrentar o seu irmão, eu irei enfrentar... vou tentar - Ele riu e eu também.
Lana : Vai dar tudo certo - Beijo as costas de sua mão esquerda que estava entrelaçada com a minha mão direita. Com a mão esquerda bato na porta da casa que não demorou para ser aberta por Luan.
Ele piscou um olho para mim e eu mais uma vez respirei fundo, aquele era o sinal de que meu irmão já estava em casa e que Ana também estava ali.
Eu e Thomas entramos de mãos dadas e avistei Gabriel sentado no sofá, Ana estava ao lado dele e os dois logo nos olharam.
Gabriel : Ora ora, Thomas não é? - Meu irmão perguntou sério e analisando Thomas de cima a baixo.
Também percebi quando o olhar dele foi na direção da minha mão e na mão de Thomas que estavam entrelaçadas.
Thomas : S-sim.
Gabriel : Sente-se.
Ele indicou uma poltrona na sala para Thomas se sentar. Thomas me olhou e eu acenei com a cabeça para que ele fosse se sentar, separamos nossas mãos e ele foi se sentar na poltrona, ficando assim, de frente para o Gabriel que parecia que a qualquer momento iria matá-lo só com o olhar.
Me aproximei da poltrona em que Thomas estava sentado e me sentei no braço da poltrona, apoiei minha mão no seu ombro tentando lhe passar confiança.
Gabriel : O que o traz aqui na minha residência?
Thomas : E-eu vim pedir a sua benção e a do seu esposo para namorar com a Lana - Ele foi direto.
Dei um sorriso fechado olhando para Thomas porém, quando olhei para o meu irmão ele ainda estava com uma expressão séria no rosto.
Ele encarava Thomas mas não demorou para que ele me olhasse também.
Vi quando Ana pareceu passar as mãos nas costas do meu irmão e o mesmo soltou um suspiro pesado.
Luan : Então Thomas... você quer mesmo namorar com a Lana? - Perguntou o esposo do meu irmão se aproximando de nós dois.
Thomas : S-sim... senhor - Ele gaguejou um pouco.
Gabriel : Gagueja não rapaz.
Percebi quando Ana sussurrou algo no ouvido do meu irmão e o mesmo me olhou. Respirei fundo e meu irmão voltou a olhar para o Thomas.
Gabriel : Posso saber as suas intenções com a minha irmã? - Ele perguntou ainda sério.
Thomas : As melhores possíveis... eu gosto muito de Lana, eu a amo muito, irei respeitá-la e - Ele iria continuar falando mas Biel o interrompeu.
Gabriel : E trazê-la em casa sempre às oito e meia.
Encarei meu irmão e percebi quando Luan e Ana prenderam o riso. Oito e meia? Isso é sério?
Thomas : E trazê-la em casa sempre às oito e meia - Ele repetiu o que o meu irmão disse e eu revirei os olhos.
Lana : Precisa mesmo disso Biel? - Pergunto e ele apenas levanta a mão direita em sinal de que era para eu me calar.
Luan : E mais uma coisa meu caro - Agora foi a vez de Luan que não demorou para ficar do outro lado de Thomas - Nada de avançar o sinal. Se você não sabe a loja de armas ao lado é minha então... fique esperto e avisado de que qualquer coisa eu posso pegar uma arma e mirar ela no meio da sua testa - Ele disse tocando na testa de Thomas que engoliu seco.
Ah já chega, desse jeito ele vai sair correndo daqui.
Thomas : Nada de avançar o sinal, eu já entendi - Ele disse e não demorou para que o mesmo se levantasse da poltrona - Olha irmão, esposo e amiga da Lana, eu vou fazê-la feliz está bem? Eu prometo fazê-la feliz porque eu a amo muito, muito mesmo. Eu não teria coragem de fazer nenhum mal para ela ou magoá-la, muito pelo contrário, eu quero e prometo proteger a Lana. Mas para isso, eu preciso de um voto de confiança de vocês.
Gabriel, Luan e Ana entreolharam-se e a ruiva foi a primeira a se levantar do sofá e olhar para Thomas.
Anastácia : Meu aviso para você eu dei hoje à tarde. E eu percebi que seus olhos tem aquele certo brilho ao falar de Lana, acredito que suas palavras sejam sinceras então... meu voto de confiança você já tem Thomas.
Sorrir para a ruiva que me olhou e piscou um olho para mim.
Luan : Faço das palavras de Anastácia, as minhas - Escutei a voz do parceiro do meu irmão e quando olhei para ele, ele estava ao lado de Thomas e dando tapinhas fracos nas costas dele.
Olhei para o meu irmão e o mesmo ainda olhava desconfiado para Thomas, mas logo ele se levantou do sofá e se aproximou de mim e do Thomas.
Gabriel : Espero que não me decepcione rapaz - Ele disse ainda sério olhando para o Thomas e vi o mesmo assenti.
Meu irmão logo me olhou e eu dei um sorriso fechado.
Gabriel : Por que não com trinta em? - Ele perguntou com um sorriso brincalhão e eu o abracei - Juízo Lana, juízo... sua felicidade também é a minha e você sabe disso.
Lana : Sim eu sei, obrigado - Sussurro no seu ouvido e fecho os olhos para não chorar naquele momento, eu sou muito sensível... por que eu sou assim? As vezes sinto raiva de mim mesma por ser assim.
Me afasto do seu abraço e meu irmão puxa uma mecha do meu cabelo.
Lana : Ai! Isso dói - Reclamo e ele rir.
Gabriel : É para doer mesmo - Rimos e Ana se aproximou de mim.
Anastácia : Agora que está tudo resolvido, eu vou voltar para casa. Felicidades Sunshine - Ela me abraça e eu retribuo o seu abraço.
Luan : Não vai agora não, vou pedir umas pizzas para a a gente comer.
Anastácia : Ah eu adoraria ficar, mas é melhor eu voltar para casa.
Gabriel : Voltar para uma certa pessoa não é? Hoje a noite promete? - Meu irmão perguntou com um sorriso malicioso e Ana riu.
Anastácia : A sua noite promete?
Lana : Meu Deus - Agora foi minha vez de rir e percebi quando meu irmão repreendeu a melhor amiga dele com o olhar.
Anastácia : Foi você que começou. Mas antes de me ir, eu gostaria de ver um beijo desse novo casal - Ela disse olhando para mim e depois para Thomas.
Parei de rir na hora e cruzei os braços.
Lana : Só você.
Luan : Ah mais eu também quero ver - Ele disse se juntando a Ana e os dois riram - E não é selinho não.
Gabriel : Eu estou me retirando - Ele iria se afastar de nós porém, Luan pegou no braço dele o trazendo para perto dele e de Ana.
Anastácia : Ora vamos, é só um beijo Sunshine.
Olhei para o Thomas e o mesmo riu de canto, ele se aproximou de mim, colocando uma mecha do meu cabelo que estava no meu rosto para trás de minha orelha e não demorou para selar nossos lábios. Ele pediu passagem com a língua e eu cedi, levei minhas mãos para o rosto dele e acariciei.
Luan : AÍ SIM - Escutei a voz alterada de Luan e também a de Ana dizendo "viva aos pombinhos".
Gabriel : Ei ei tá bom né? Já deu, todo mundo aqui já viu - Escutei a voz de meu irmão muito próxima a mim e a Thomas.
Parei de beijar meu namorado e olhei para o meu irmão com um pouco de raiva.
Lana : Quando vai deixar de ser tão ciumento?
Gabriel : Quem sabe no dia 31 de fevereiro.
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Espero que tenham gostado votem e comentem...
Falta pouco para terminar 🤧✊
Bjoooooooooooos 😍🖤❤
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