Capítulo 61
JK Narrando
Acordei sentindo a luz do sol batendo no meu rosto graças as cortinas que eu esqueci completamente de fechar ontem a noite. Droga! Me xinguei mentalmente por isso e logo me levantei contra a gosto para fechar as cortinas, fechei as cortinas deixando agora, o quarto escuro novamente.
Me deitei na cama para voltar a dormir e quando eu já estava quase cochilando, o meu celular tocou. Inferno! Ninguém pode dormir em paz nesse caralho.
Peguei meu celular que estava carregando no criado mudo e tirei o mesmo do carregador, nem olhei quem me telefonava aquela hora, apenas atendi.
Ligação On 📲
JK : Seja quem for, eu peço gentilmente que vá tomar no cu.
Xxx : Foi mal chefe, sei que o senhor deixou bem claro que hoje gostaria de descansar um pouco mas o assunto é urgente e grave - O homem que reconheci pela voz deveria ser TW.
JK : Desembucha logo essa porra, quem morreu?
Xxx : O Luan chefe...
Como é que é? Me sentei na cama e fiquei alguns segundos em silêncio. Que não seja quem eu estou pensando.
Xxx : Chefe?
JK : Que Luan?
Xxx : Aquele que mora um pouco perto dos portões do morro, a casa dele é até aquela que tem a porta branca só que toda rabiscada. Ele foi assassinado e segundo os vizinhos que moram por perto, Luan foi encontrado morto na sala da casa dele e parece que esfaquearam o coitado.
JK : Explica as coisas direito porra, tá vacilando é? Pensei que era - Ele me interrompeu antes que eu continuasse falando.
Xxx : Não chefe, não foi o L3 não. E falando nele, o namorado dele passou quase agora por aqui e ficou observando a movimentação.
Soltei um suspiro aliviado e cocei a nuca.
JK : E o corpo do cara? Já ligaram para o IML?
Xxx : Ainda não chefe, vamos ligar agora.
JK : Certo. Mais alguma notícia?
Xxx : Teve briga no bordel na madrugada de hoje, soube que as coisas ficaram tensas por lá e também fiquei sabendo da Amélia que foi a que arrumou toda a confusão mas ela já se mandou daqui.
JK : Se mandou? Foi embora de vez?
Xxx : Sim.
Finalmente! Uma notícia boa.
JK : Cuide de tudo por aí enquanto eu não chego, irei descer daqui a pouco.
Xxx : Pode deixar chefe - Encerro a chamada.
Ligação Off 📲
Coloquei o celular em cima do criado mudo e bocejei.
Vou para o banheiro fazer minhas higienes matinais e tomar uma ducha. Saio do banho com a toalha enrolada na cintura e logo vou em direção ao meu guarda-roupa para procurar por uma roupa que preste.
Visto uma roupa confortável e passo perfume, escutei meu celular tocando novamente e puta que pariu, hoje resolveram me telefonar direto só pode. Peguei o mesmo e olhei quem estava me ligando... tinha que ser a ruivinha mesmo, se não fosse não teria graça. Atendi a ligação.
Ligação On 📲
JK : Quem você torturou? - Pergunto colocando a chamada no viva-voz e caminho na direção do interruptor do quarto para acender a luz.
Anastácia : Ninguém ainda. Te liguei porque é o seguinte, eu preciso que você me dê o número do sombrio... sombra, eu não sei o nome desse ser humano que você me disse uma vez que ficava responsável de ver tudo pelas câmeras do morro.
O número do Sombra?
JK : Meu bem você fumou hoje? Por que porra tu quer o número do Sombra? Anastácia...
Anastácia : Não sou você que fuma todo dia, olha eu nunca te pedi nada... eu só quero o número dele porque irei pedir um favor a ele. Por favor JK.
Me aproximei do criado mudo e procurei pelo meu relógio enquanto pensava se passava mesmo o número do Sombra para ela.
Anastácia : Eu vou me vingar nessa sexta-feira JK e não quero que nada dê errado.
Achei o meu relógio mas decidi dizer logo o número do Sombra para ela, quando eu terminei de dizer, coloquei o relógio no meu pulso e em seguida me olhei no espelho. Caralho, eu sou lindo demais.
Anastácia : JACKSON - Escutei a ruivinha gritando o meu nome e ela parecia irritada - Você ouviu o que eu falei?
Revirei os olhos e peguei meu celular, por que mulher é tão estressada?
Tirei do viva-voz e aproximei o celular da minha orelha direita.
JK : Eu estou aqui Anastácia, não no outro lado do mundo.
Anastácia : Você demorou para falar alguma coisa, olha se estiver com alguém ai não precisa ficar escondendo é só dizer está bem? Eu não me importo.
JK : Se não se importa por que parece tão irritada? - Pergunto provocando ela e saio do quarto - Eu estava ocupado me admirando no espelho e não prestei atenção no que você disse.
Anastácia : Quero conversar com você amanhã, aqui na minha casa e isso não é um pedido.
E ela não pergunta se eu tenho compromisso para amanhã, mandona.
JK : Talvez eu apareça por aí mandona.
Anastácia : Eu acho bom você aparecer e eu não sou mandona.
JK : Imagina, só é exigente demais - Digo e escuto ela rir baixinho.
Anastácia : Eu posso ser exigente, mas não sou mais exigente que você.
Ela encerrou a chamada sem deixar eu falar mais nada. Depois eu que sou o desgraçado.
Ligação Off 📲
Anastácia Narrando
Desliguei na cara do JK e aposto que ele deve ter ficado com raiva, mas o que posso fazer? Eu só lembrei hoje de que tinha que ligar para ele e pedir para que ele me passasse o número desse tal de Sombra, quando eu entrar em contato com esse Sombra irei perguntar o nome verdadeiro dele.
Nesse momento estou na sala e sozinha assistindo o filme O Pacto, não é tão ruim, até agora eu estou gostando. Roberta não quis assistir e preferiu ficar no quarto e eu entendo ela, ontem não foi um dos melhores dias dela.
Derrepente escutei um barulho alto, poderia ter confundido com uma bomba mas não estamos no mês de junho e acredito que isso não tenha sido uma bomba... pareceu que foi um tiro.
Pausei o filme e me levantei do sofá, isso foi tiro.
Roberta : Isso não foi uma bomba - Ela disse adentrando a sala e parecia preocupada, eu não estava diferente dela.
Anastácia : Não mesmo - Me aproximo dela e ela solta um suspiro - Fique calma, não vamos pensar o pior - Digo apoiando minha mão no seu ombro e ela assente.
Não demorou para que escutássemos batidas desesperadas na porta da nossa casa. Ah não, por que justo aqui?
Roberta : Não abre essa porta - Ela disse e eu olhei para ela, percebi que suas mãos estavam trêmulas e a abracei.
Anastácia : Calma, não fique nervosa pelo amor de Deus. Pense no Charlie - Digo e as batidas continuavam - Faz o seguinte Rô, volta para o quarto e tranca a porta.
Roberta : Não - Ela se afastou do meu abraço e me olhou incrédula - E se for o atirador? E se ele só está tentando entrar aqui para se esconder? E se assim que você abri aquela porta ele querer te matar?
Ela tinha razão e eu não deveria abrir a porta, mas algo me dizia que eu deveria abrir.
Anastácia : Roberta fique calma, e se for a pessoa que levou o tiro? - Pergunto e ela faz um sinal de negação com a cabeça - Vá para o quarto e tranque a porta, por favor. Se for mesmo o atirador... ele vai se ver comigo.
Roberta : Está louca? Olha eu já perdi a única pessoa que amei de verdade, não quero que você seja a próxima - Percebi que ela estava muito nervosa e apertei sua mão direita enquanto olhava nos seus olhos.
Anastácia : Você não vai me perder agora, confie em mim e vá para o quarto - Digo vendo a mesma fechar os olhos, ela balança a cabeça em sinal de confirmação e se afasta de mim.
Escuto a porta do quarto ser fechada e respiro fundo. A pessoa que estava batendo na porta da frente parecia que estava desesperada, se bater mais um pouco vai derrubar a porta da minha casa.
Apressei os passos na direção da cozinha e peguei um cutelo na gaveta do armário, se eu morrer hoje o atirador morre também. Voltei para a sala e respirei fundo antes de abri a porta, quando abri a mesma e estava preparada para atacar... dei de cara com o Pedro que parecia fraco e pálido, sua mão direita estava ensanguentada e apoiada no seu ombro esquerdo.
Pedro : M-me ajude - Ele sussurrou não muito baixo e em seguida desmaiou no chão.
Meu Deus! Coloquei o cutelo em cima da estante e me aproximei de Pedro que havia desmaido na porta da minha casa, me abaixei e reuni minhas forças para levantar a cabeça dele e colocar em cima das minhas pernas.
Anastácia : Pedro? Acorda, acorda cara - Toco no rosto dele e meu jesus, o ombro esquerdo dele está sangrando muito - Ai meu Deus! ROBERTA - Grito o nome dela e não demora para que a mesma apareça na sala de estar e veja a cena do Pedro desmaiado e perdendo muito sangue.
Ela parecia assustada e preocupada.
Roberta : Meu Deus!
Anastácia : Liga para uma ambulância rápido, informe o nome da rua e tudo que eles precisarem saber - Digo e vejo ela assenti ainda preocupada e voltar lá para dentro.
Olhei para o Pedro e toquei no seu ombro esquerdo... então o tiro foi para você. Por que atirariam no Pedro? Ele nunca fez mal a uma mosca.
Olho para a rua que estava vazia como sempre e de noite ela fica perigosa... espera um pouco, quando escutei o tiro não pareceu que foi longe dessa rua, o Pedro por aqui e a essa hora da noite... muito estranho.
Roberta : Eles estão vindo - Escutei a voz de Roberta que me afastou dos meus pensamentos, olhei para ela que parecia nervosa - Ele foi a pessoa que levou o tiro... por que fariam isso com ele? Ele vai morrer? Meu Deus!
Anastácia : Roberta se senta e tenta se acalmar e não olha muito para cá, lembre-se que você está grávida. Tomara que essa ambulância chegue logo... - Digo e percebo que Roberta se senta no sofá e coloca as mãos no rosto - Ele vai ficar bem, ele é um homem forte e vai conseguir sair dessa. Vamos pensar positivo.
Avistei o carro da ambulância parando um pouco próximo a minha casa, eles vinheram rápido, pelo menos isso.
Sairam alguns homens de dentro da ambulância e dois seguravam uma maca. Eles vinheram na minha direção e não demoraram para colocar a maca no chão, em seguida pegaram o corpo de Pedro e também colocaram em cima da maca.
Levaram ele para dentro do carro da ambulância e eu corri até um dos homens que conversava com outro homem na calçada.
Anastácia : Eu posso ir? - Pergunto e os dois homens me olham.
Xxx : Você é parente dele?
Anastácia : Uma amiga - Eles se entreolham e um deles olha para mim e em seguida assente. Ainda bem.
Iria avisar a Roberta porém ela já estava no lado fora de casa e caminhando agora na minha direção.
Roberta : A gente pode ir? - Ela perguntou alterando a voz e eu arqueei uma sobrancelha.
Anastácia : A gente? - Pergunto quando ela se aproxima de mim andando devagar.
Xxx : Podem senhoritas, agora é melhor nos apressarmos.
No Hospital...
Eu e Roberta estávamos sentadas em um dos sofás azuis da sala de espera no hospital. Assim que chegamos o Pedro foi levado às pressas pelo corredor e nós estamos esperando por notícias até agora e já faz mais de vinte minutos que estamos esperando.
Roberta ainda ficou nervosa de novo e eu tive que acalmá-la. Liguei para a minha mãe para que ela desse um jeito de entrar em contato com Julie e avisar para ela o que aconteceu com o Pedro.
Roberta deitou sua cabeça no meu ombro e eu passei a mão nos seus cabelos. Avistei uma pessoa entrar na sala de espera e demorou um pouco para que eu a reconhecesse, era Julie e ela apressou os passos na direção da recepcionista... observei a jovem e ela parecia irritada enquanto falava com a recepcionista, mas eu sabia que ela só estava preocupada com o primo dela.
Roberta : Ela vai matar aquela recepcionista - Escutei a voz da morena e prendi o riso, ela afastou a cabeça do meu ombro e eu respirei fundo.
Anastácia : E eu terei que impedir - Digo me levantando do sofá e caminho na direção em que Julie estava. Ela realmente só faltava "voar" no pescoço da pobre recepcionista.
Julie : DIZ LOGO A MERDA DO QUARTO EM QUE O MEU PRIMO ESTÁ - Ela alterou a voz e eu me aproximei dela e da recepção.
Anastácia : Boa tarde, perdoe a senhorita Almanzar. Como pode ver ela está muito nervosa e preocupada, o que aconteceu com o primo dela foi repentino demais e ainda estamos tentando processar tudo que aconteceu - Digo calmamente e a recepcionista assente um pouco assustada.
Coloco meu braço em volta dos ombros de Julie e ela coloca as mãos no rosto.
Anastácia : Se acalme Julie, fazer barraco não vai adiantar de nada... infelizmente temos que ter paciência e aguardar as notícias - Sussurro baixo para que somente ela escutasse, ela tira as mãos do rosto e balança a cabeça em sinal de confirmação.
Caminhamos até onde Roberta estava sentada e Julie se senta ao lado dela, Roberta a abraçou de lado e eu cruzei os braços olhando em volta. Estão demorando tanto que estou ficando preocupada.
Avistei um médico saindo do elevador e segurando alguns papéis nas mãos, ele era alto e... bonito. Ele logo me olhou e caminhou na minha direção, quando se aproximou, olhou para Roberta e para Julie que ainda estavam abraçadas.
Xxxx : Vocês são parentes de Pedro Almanzar?
Julie : Eu sou - Ela disse se afastando do abraço de Roberta e olhando para o médico ao meu lado - Como ele está?
Era notável a preocupação de Julie com o primo, até mesmo eu e Roberta estamos preocupadas.
Xxxx : Não se preocupe, Pedro Almanzar é um homem forte. Conseguimos conter o sangramento no ombro esquerdo dele e também foi preciso fazer uma cirurgia no local para remover a bala. Hoje ele ficará em observação mas amanhã de manhã, ele poderá ter alta - Ele disse fazendo com que nós três agora soltássemos suspiros aliviadas.
Anastácia : E podemos vê-lo? - Pergunto e ele me olha.
Xxxx : Apenas uma de cada vez.
Julie : Se importam se eu for primeiro? - Olhei para a prima do Pedro que já havia se levantado do sofá.
Anastácia : Claro que não Julie, você é prima dele e você é a única da família dele que está aqui, pode ir - Digo e ela me da um sorriso fechado, o médico manda ela acompanhar ele mas antes de ir o mesmo me olha rapidamente de cima a baixo e se retira.
Me sentei ao lado de Roberta que ficou me olhando.
Anastácia : O que foi?
Roberta : Se o JK estivesse aqui aquele médico estaria frito - Ela disse me fazendo rir de canto - Acha que Julie vai passar a madrugada no hospital?
Anastácia : Provavelmente. Eu acho que os dois se resolveram, se estivessem com raiva um do outro ela não estaria aqui... ou poderia estar.
Roberta : Quem sabe.
Demoraram alguns minutos quando derrepente, Julie apareceu na nossa frente com um grande sorriso no rosto.
Que vontade de tomar café.
Julie : Ele está bem, se recuperando aos poucos mas está bem, graças a Deus.
Anastácia : Ótimo, agora leva a Roberta para ver ele - Digo e quando iria me levantar do sofá, minha amiga pega no meu braço.
Roberta : Achei que você iria depois que Julie voltasse.
Anastácia : Vou depois de você, agora eu estou com vontade de tomar um copinho de café bem quente - Ela solta o meu braço e se levanta do sofá também.
Julie : Café? Eu quero também, me espera? - Ela perguntou e parecia mais animada, isso é bom - Vou só levar a Roberta até a porta do quarto em que Pedro está e volto.
Anastácia : Ok eu espero.
Julie : Vamos Roberta?
Roberta : Sim, vamos - Ela acompanha Julie e eu volto a me sentar no sofá.
Roberta Narrando
Segui a Julie pelos corredores do hospital até que, ela parou na frente da porta de um dos quartos do corredor e me olhou.
Julie : É esse.
Roberta : Não vou demorar, só quero saber se ele está bem.
Julie : Certo e eu vou voltar para a sala de espera que sua amiga deve esta me esperando - Ela riu e eu também - Ah antes de me ir, quero te contar que eu e Pedro conversamos muito e eu contei tudo a ele. Aquelas coisas que eu fiz e sabe como ele reagiu?
Roberta : Você contou? Meu Deus! Como ele reagiu? - Perguntei um pouco baixo me aproximando dela e ela se afastou, olhei confusa para ela e a mesma coçou a nuca.
Julie : Desculpa, precisei fazer isso porque se não eu não resisto - Ela disse me fazendo entender depois de alguns minutos o porquê ela se afastoh um pouco de mim.
Por que eu sou tão lerda?
Julie : Vou resumir para você, ele reagiu... bem e até me mandou contar em detalhes o que eu fazia com aqueles homens nojentos porém, eu fiz uma promessa ao Pedro, esse não é o meu trabalho então tudo que terei que fazer agora é ligar para a polícia e eles que resolvem. Mas se a polícia demorar demais eu vou ter que agir e por quê? Porque sim - Ela sorriu e eu também.
Roberta : Realmente é o certo a se fazer.
Julie : Sim... meu Deus a sua amiga deve ter desistido de me esperar.
Roberta : É melhor apressar os passos, ela perde a paciência fácil - Aviso e ela arregala os olhos e sai praticamente correndo do corredor.
Olhei para a porta branca a minha frente e resolvi girar a maçaneta da porta, abri a mesma e avistei o Pedro deitado em uma maca com um curativo no ombro esquerdo, ele estava olhando para a janela do quarto e parecia pensativo. Entrei dentro do quarto e fechei a porta atrás de mim fazendo com que Pedro me olhasse.
Roberta : Não vou mentir... você me deu um baita susto - Digo e vejo o mesmo dar um sorriso fechado, caminhei até a maca e me aproximei dele - Como está se sentindo?
Pedro : Fraco - Ele disse me olhando e eu peguei na sua mão direita e comecei a acariciar as costas da mesma - Eu odeio hospitais e nunca imaginei que teria que passar a noite em um.
Roberta : Sinto muito por isso, mas logo logo amanhece e você estará na sua mansão novamente - Digo dando um sorriso fechado e ele continuou me olhando - O que foi? - Pergunto colocando uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.
Pedro : Você... passou por tanta coisa ruim e ainda consegue ser assim... feliz.
Roberta : Bem, eu tento... mas então, você se lembra de quem atirou em você?
Pedro : Eu não vi o rosto de quem atirou em mim. Mas era uma mulher, pela voz eu reconheci que era uma voz feminina... eu só resolvi caminhar e pensar um pouco e olha só o que acontece comigo, estou em um hospital agora - Ele fecha os olhos e eu rir de canto - E o meu erro foi caminhar na calçada olhando só para o chão, foi quando derrepente eu escutei uma voz feminina dizendo que iria pagar pela... minha falsidade - Ele abriu os olhos e parecia confuso.
Se ele ficou confuso, eu fiquei ainda mais confusa que ele.
Pedro : Ela apareceu derrepente, tive sorte de estar caminhando próximo a rua em que você e Anastácia moram. Eu nem tive tempo de pensar direito ou reagir na hora em que essa mulher puxou o gatilho, só consegui me mexer para o lado e a bala acabou pegando no meu ombro... creio que ela teve a intenção de me matar e aquela bala era para ter acertado o meu peito, mas não foi bem o que aconteceu e assim que ela atirou, saiu correndo e eu tentei correr na direção da rua que você e Anastácia moram e pelo visto consegui chegar lá, não é mesmo?
Roberta : Conseguiu, você se esforçou demais - Passei a mão nos cabelos dele e ele pareceu respirar fundo.
Pedro : Ou eu tive muita sorte ou a mulher não era uma boa atiradora.
Roberta : A gente pensava que era um atirador. Agora me diz, quem é o louco que escuta um tiro vindo da rua e vai abrir a porta para ver quem foi que disparou? Acho que ninguém, mas você também só faltou derrubar a porta da casa que moro com a Anastácia - Ele riu de canto e afastei minha mão da sua - Eu pensei que você iria morrer, seu ombro estava sangrando tanto.
Pedro : Então você se preocupou comigo?
Roberta : Mais é claro, imagina se você morresse, eu iria me torturar todos os dias porque eu não tive coragem e ainda não tenho de... - Parei de falar quando percebi que já estava falando demais. Droga.
Pedro : De? - Ele perguntou arqueando uma sobrancelha.
Roberta : Tá bom, vou dizer antes que a coragem vá embora de novo. Eu admito que... fiquei confusa com o que rolou naquele dia lá - Digo e ele me olha desentendido.
Pedro : Confusa com o que rolou naquele dia lá? - Ele perguntou ainda com a sobrancelha arqueada e eu revirei os olhos. Ele riu e me olhou - Eu sei do que você está falando Roberta, como eu poderia esquecer... o que rolou naquele dia lá - Ele riu e eu bufei.
Roberta : Você respeita o meu jeito de explicar uma situação - Digo e acabo rindo também.
Pedro : Tudo bem, não irei mais rir disso. Sabe, eu também admito que fiquei confuso e... admito também que gostaria de ganhar outro beijo seu - Ele disse tranquilamente e eu o olhei incrédula.
Ele só podia ter pirado, qualquer pessoa poderia abrir a porta do quarto e ver a cena... tá amarrado.
Roberta : Você só pode estar brincando. Olha, já acabou o meu horário de visitas e a próxima que irá entrar aqui será Anastácia então, que você se recupere o mais rápido possível e até mais - Iria me afastar da maca porém, Pedro pegou na minha mão.
Pedro : Vai sair assim sem se despedir direito? Eu aceito um beijo no rosto.
Revirei os olhos e com cuidado me curvei para frente, me aproximei dele e viramos os rostos para beijar um o rosto do outro, mas viramos o rosto para o mesmo lado e acabamos beijando foi a boca. Eu com certeza fiquei corada com isso, afastei meu rosto do dele e ele ainda estava de olhos fechados.
Pedro : Me desculpe por isso, eu não... - Interrompi as palavras dele calando ele com um selinho demorado, quando afastei meus lábios mais uma vez dos seus e abri os olhos, Pedro me olhou com um sorriso no rosto - Ou então não me desculpe - Rir e ele acariciou o meu rosto com a mão direita - Você é linda Roberta.
Roberta : Não sou não - Digo rindo e me afastando dele, em seguida me despeço.
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