Anastácia Narrando

Quando pergunto a minha mãe se falei alto demais, percebo que todos na loja estavam me olhando. E não demorou muito para a cara de largatixa da luciana apressar os passos na minha direção e a mesma, não estava com uma cara nada boa.

Luciana : Quem você pensa que é para gritar desse jeito na MINHA loja - Ela disse se aproximando de mim e dando enfâse na palavra "minha".

Anastácia : Sou Anastácia Lessa querida, achei que já soubesse o meu nome - Rir com deboche e a mesma me encarou - Primeiro luciana, essa loja não é sua, essa loja é do seu filho e você trabalha para ele - Digo encarando ela que fecha os olhos, estava irritada e eu também estava começando a ficar.

Nunca discuti com ela porque nunca tive coragem, na verdade eu não discutia com ninguém. Mas agora, é diferente.

Paula : Ana por favor - Sinto a mão de minha mãe pegando no meu braço - Não arrume mais confusão filha, já basta o que você está dizendo... todo mundo está ouvindo filha. Você nunca foi de discutir com ninguém.

Olho para as pessoas que estavam paradas e apenas observando eu e luciana, desvio o olhar dessas pessoas para a minha mãe que ainda mantinha sua mão no meu braço.

Anastácia : Esta sou eu agora mãe, a mulher que guardava palavras para sí mesma... agora já não guarda mais.

Luciana : Olha aqui anastácia vai embora, vai embora daqui antes que eu mande os seguranças te levarem para fora dessa loja a força.

Anastácia : Está bem - Volto meu olhar para luciana que estava furiosa - Eu vou mas, fique sabendo, que se despedir a minha mãe só porqur eu falei umas coisinhas não muito interessantes... você vai se arrepender - Aviso e ela rir irônica.

Luciana : Está me ameaçando?

Anastácia : Oh não, eu só estou te avisando - Digo encarando a mesma e logo olho para todas as pessoas que nos observavam - Gracias platéia, tchau mãe - Me afasto de luciana e beijo a bochecha de minha mãe, em seguida saio da loja com um sorriso nos lábios.

Paula Narrando

Assim que minha filha saiu da loja, os murmurinhos começaram e algumas pessoas não estavam nem murmurando e sim, falando alto.

Xxxx : Essa anastácia é afrontosa em, nunca vi alguém afrontar a luciana desse jeito - Disse uma das mulheres do lado esquerdo.

Xxx : Eu gostei dela, quero que ela venha mais vezes aqui só para ter treta - Disse outra mulher só que a voz dela, vinha do lado direito.

Xxxx : Eu não gostei dela, ela parece que é muito metida.

Luciana : Querem deixar de fofoca? - A loira perguntou irritada já com os murmuros e eu prendi o riso - Vamos voltar ao trabalho e... aos clientes que presenciaram tudo isso, minhas sinceras desculpas.

Iria voltar ao trabalho como a chefe havia mandado porém, luciana me chama e eu me aproximo dela. A mesma me olhava com raiva e eu já imaginava até o que ela iria me dizer.

Luciana : Se você pensa que vai continuar trabalhando aqui está muito enganada paula, ah você está muito enganada.

Anastácia Narrando

Agora eu caminhava pelo bairro e olhava alguns adolescentes em cima dos seus skates do outro lado da calçada, quando desvio o olhar daqueles adolescentes meu corpo se choca com o de um homem alto. Dei alguns passos para trás e olhei para o homem dos olhos esverdeados.

Anastácia : Me desculpe - Peço desculpas para ele, isso é que dar se distrair.

Xxx : Não, não foi nada. Você está bem? - Perguntou e eu arqueei uma sobrancelha.

Anastácia : Eu é que te pergunto.

Xxx : Eu estou bem senhorita, só um pouco atrasado para o trabalho.

Anastácia : Entendo... passar bem - Saio da frente dele para que ele possa continuar caminhando, tudo que eu menos quero esse ano é fazer amizades. Não posso me aproximar de ninguém, eu voltei para realizar minha vingança e quando eu conseguir... irei embora novamente.

Iria continuar caminhando quando sou impedida pelo homem que toca no meu ombro.

Xxx : Posso saber o seu nome?

Anastácia : Por que quer saber o meu nome? - Pergunto e ele afasta sua mão do meu ombro.

Xxx : Ah qual é? Me diga o seu nome.

Anastácia : Anastácia - Digo e ele parece analisar o meu rosto, está bem acabei de revelar meu nome para um estranho.

Xxx : Que nome lindo, eu me chamo Pedro.

Anastácia : Legal... foi bom te conhecer pedro mas, agora eu preciso ir - Ele assente.

Pedro : Está bem, vou deixá-la ir.

Anastácia : Eu agradeço - Dou um sorriso fraco e volto a caminhar, sinto meu celular vibrando no bolso da minha calça e então o pego. Sem olhar quem me ligava apenas atendo a ligação.

Ligação On 📲

Anastácia : Se roubarem o meu celular já vou avisando, que eu quero outro.

Xxxx : Anastácia - Riu e eu reconheci quem era só por causa da risada - Liguei para te perguntar, quando vai querer aquele dinheiro?

Anastácia : Boa tarde Luiza, depois de amanhã... você pode passar alguns dias aqui no Rio de Janeiro minha velha amiga, o que acha?

Luiza : Eu gostaria muito ana mas não vai dá, você sabe que trabalho demais. Irei mandar o Eric ir para o RJ para te entregar esse dinheiro, segundo ele, ele também tem família nesse mesmo bairro em que seus pais moram e vai aproveitar para visitá-los.

Anastácia : Diga ao Eric que podemos nos encontrar no aeroporto mesmo, que bom que ele irá poder visitar a família dele.

Luiza : Sim... anastácia, posso te fazer uma pergunta?

Anastácia : A vontade.

Luiza : Eu sei que a dois anos atrás você estava muito triste com tudo que aconteceu com você e que você também quer vingança mas, o que pretende fazer com todo esse dinheiro?

Anastácia : Tudo no seu tempo minha querida amiga, a vingança tarda mais não falha.

Luiza : Não sei não... cuidado com o que você esta pretendendo fazer.

Anastácia : Quem deveria ter cuidado são as pessoas que me fizeram mal e agora vão se arrepender.

Luiza : Meu Deus anastácia por favor, vai com calma. Por favor não mate ninguém, pelo amor de Deus - Rir de suas palavras - Vou precisar desligar agora, tchau.

Anastácia : Tchau - Encerro a chamada.

Ligação Off 📲

Coloco o celular no bolso e continuo com a minha caminhada, agora eu iria para a casa do gabriel. Devem ter demorado alguns trinta minutos no máximo eu caminhando mas, ainda bem que conseguir chegar na porta da casa do gabriel.

Bato três vezes na porta e uma mulher passa correndo por mim, ela bateu no meu ombro e nem se quer olhou para trás para se desculpar.

Anastácia : Mal educada - Altero a voz para que ela possa me escutar, mesmo agora já estando um pouco longe. A porta foi aberta por gabriel que me olhou e negou com a cabeça.

Gabriel : Você agora virou encrenqueira anastácia? - Perguntou e eu balancei a cabeça em sinal de negação - Sinceramente está parecendo.

Anastácia : Cala essa boca - Entro dentro da casa dele e logo vejo uma pessoa atrás do mesmo, quando a reconheço não pude evitar de sorrir, era clara - PROSTITUTA.

Clara : RAPARIGA - Gritou e não demorou muito para me dar um abraço apertado.

Anastácia : Tá b-bom clara... eu... preciso respirar - Digo retribuindo seu abraço e também sentindo faltar de ar - E-eu vou... morrer.

Clara :  Vai nada, você aguenta coisa pior e nem reclama - Riu e finalmente, ela se afastou do abraço e me deixou respirar.

Anastácia : Vadia - Coloco a mão no peito voltando a respirar normalmente, gabriel e clara riam de mim - Como assim aguento coisa pior e não reclamo? Não entendi.

Clara : Faz nem eu dizer amiga, vai se fazer de desentendida agora? - Olhei confusa para ela ainda não entendendo.

Anastácia : Eu sinceramente não estou entendendo.

Clara : Como? Ah por favor né ana, você não pegou aquele negão? - Perguntou e eu a olhei mais confusa do que já estava antes.

Anastácia : Que? Negão? Eu não peguei ninguém, está ficando louca?

Clara : Louca já sou desde que nasci - Ela disse jogando os cabelos para o lado.

Gabriel : Tá legal quem não está entendendo nada sou eu, tem até negão no meio da conversa de vocês duas.

Clara : Porque... desculpa tocar nesse assunto ana - Me olhou e eu arqueei uma sobrancelha sem entender - Mais antes da ana se relacionar com o pietro, ela estava saindo com um tal de Robson um jogador negro e meu jesus, ele era lindo demais, pensa no homem musculoso e bem de vida.

Quem sabe se eu tivesse ficado com aquele robsor, poderiamos estar juntos até a data de hoje... mas eu escolhi o pietro ao em vez dele.

Anastácia : Robson foi bom para mim, não sei o que deve ter acontecido com ele mas tomara que ele esteja bem.

Clara : É... mas a questão é que você, minha querida amiga aguenta coisa pior - Disse dando um sorriso maliciosa.

Anastácia : Onde você quer chegar falando sobre isso? - Pergunto já entendendo onde ela queria chegar com aquele assunto, só queria saber se ela iria confirmar mesmo se era o que eu estava pensando.

Clara : Você e o robson já transaram?

Anastácia : Como é que é? - Olho para ela e depois para o biel que aguardavam uma resposta minha - Mais é claro que não.

Clara : Meu Deus, como assim claro que não? - Perguntou me olhando incrédula.

Eu me sentia desconfortável quando falava sobre esse assunto, sim, eu não gosto muito de falar sobre sexo.

Anastácia : Não quero falar sobre isso.

Clara : Está bem, me desculpe - Ela me abraçou de lado - Estava com saudades de você, foram mais de sete anos fastadas.

Anastácia : É clara... mas, agora estamos aqui e, como você já sabe o que aconteceu comigo, já sabe o que pietro e paola fizeram comigo... fique sabendo que eu planejo vingança.

Clara : Uau vingança? - Perguntou surpresa e se afastando de mim para me olhar - Contra pietro e paola? Sério?

Anastácia : Sim, por que não?

Gabriel : Eu avisei - Ele disse olhando para clara e depois para mim. Ele provavelmente avisou para ela o motivo de me estar de volta.

Clara : O que pretende fazer com eles?

Anastácia : Vou fazer com que eles se sintam muito mal e que se arrependam de terem me traído - Digo tão séria que recebi olhares preocupados de clara e gabriel.

Clara : Dúvida, você não vai matar ninguém não né?

Anastácia : Não sou assassina clara.

Clara : Ainda bem - Ela riu e parecia mais tranquila quando falei que não era assassina.

Se bem que... matar pietro e paola, não é má ideia.

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