Capítulo 4
Anastácia Narrando
Assim que cheguei na sorveteria pedi um sorvete de morango, demorou um pouco para o garçom trazer e enquanto o meu sorvete não vinha, eu observava as pessoas ao meu redor. Estava quase dormindo sentada naquela cadeira quando o garçom apareceu do meu lado e colocou o copo médio de sorvete na minha mesa, agradeci com um meneio de cabeça e peguei a colher de plástico que o garçom também havia colocado em cima do sorvete.
Peguei um pouco de sorvete com a colher de plástico e levei a mesma até minha boca, bom, doeu até meus dentes de tão gelado que está. Avistei pietro e paola caminhando na direção da sorveteria, da mesma sorveteria que eu estou no momento... nem um sorvete eu posso tomar em paz.
Gabriel : Sabia que iria te encontrar aqui - Me assusto ao escutar a voz do gabriel e olho para trás percebendo que ele havia aparecido atrás de mim, logo o mesmo se sentou em uma das cadeiras da mesa e me olhou.
Anastácia : Que susto gabriel - Digo e ele rir - Eu não tenho paz, nem um sorvete eu posso tomar em paz.
Gabriel : Poxa ana, só porque eu cheguei?
Anastácia : Não, não me refiro a você - Ele me olha confuso e eu lanço um olhar para onde pietro e paola estavam, eles estavam se sentando em uma mesa que graças a Deus é um pouco longe da mesa que eu estou agora com gabriel. Desvio o olhar dos dois pombinhos e percebo que gabriel estava olhando para eles, ele rir de canto e volta a me olhar.
Gabriel : Ah agora esta explicado... pelo visto você já falou com eles - Disse me fazendo revirar os olhos.
Anastácia : Infelizmente - Volto a saborear o sorvete.
Gabriel : E?
Anastácia : E foi horrível, sério gabriel não dá para acreditar que eles fizeram aquilo comigo, eu nunca fiz nenhum mal para os dois, na verdade para ninguém... eu amava os dois.
Amava.
Gabriel : Imagino como deve ter sido horrível você ver os dois novamente. Ana, gostaria de saber que vingança é essa que você está planejando?
Anastácia : Na verdade meu querido amigo, a minha vingança já está planejada, muito bem planejada - Termino de tomar o meu sorvete e encaro pietro e paola que tomavam sorvete e riam de alguma coisa - Eles não fazem ideia do que irei fazer eles passarem, principalmente pietro.
Gabriel : Você está me dando medo - Ele disse e eu olhei para o mesmo dando um sorriso fechado.
Anastácia : Não precisa ter medo de mim gabriel, eu não sou nenhuma bruxa - Ele rir e eu também - Como você sabia que eu estava aqui?
Gabriel : Anastácia você amava esse lugar e ainda ama, tinha certeza de que se eu quisesse te encontrar iria te encontrar aqui nessa sorveteria. Você sempre vinha aqui comigo e principalmente com a clara.
Anastácia : Ah a clara... saudades daquela prostituta - Digo me lembrando da maluca da minha amiga, ela foi minha amiga de infância.
Gabriel : Ela volta essa semana para a cidade.
Anastácia : Ela não imagina o porque eu fui embora, não é? Ela nem imagina que eu fui traída.
Gabriel : Na verdade... ela imagina sim, ela sabe. Eu contei para ela por telefone tudo o que aconteceu com você mas, não contei que você estava planejando vingança - Ele disse me fazendo rir de canto.
Anastácia : Ai de você se tivesse contado para ela que eu estava planejando se vingar. Engraçado é que clara na infância sempre me alertou sobre paola ser falsa, ter duas caras e eu... nunca acreditava nela, eu mandava ela parar de falar mal da minha irmã - Penso um pouco sobre isso, como fui idiota de não ter acreditado em clara.
Gabriel : Não pensa mais nisso. Você vai ficar só aqui tomando sorvete?
Anastácia : Não mesmo - Me levanto da cadeira - Tenho que fazer algumas coisas ainda hoje como por exemplo, visitar o meu "querido" pai - Digo e faço aspas com o dedo indicador e o dedo do meio ao pronunciar a palavra "querido".
Gabriel : Meu Deus - Ele riu e também se levantou de sua cadeira - Cuidado então para não matar ele do coração.
Anastácia : Só ele para morrer ao me ver, é mais fácil ele ficar com a cara feia dele.
Gabriel : Você não tem jeito - Rir de mim e eu dou de ombros - Eu vou voltar para casa ana, eu só sai de casa porque precisei ir ao mercado porém ele estava fechado, ainda fiquei passeando pelo bairro e também estava a sua procura... estava temendo que você tivesse entrado na Shoes Pachecos - Riu mais uma vez - Mas ainda bem que você não foi lá e estava aqui na sorveteria. Agora eu vou embora antes que a lana coloque fogo na casa, se cuida ana.
Anastácia : Você também se cuida - Ele me abraça e em seguida se afasta - Tchau.
Gabriel vai embora e eu resolvo ir no banheiro daquele local, apressei os passos adentrando o corredor da sorveteria e quando me aproximo da porta do banheiro feminino, sinto alguém pegar no meu braço. Quando me viro para ver quem havia pegado no meu braço, era pietro.
Anastácia : Que merda você quer comigo?
Pietro : Se eu dissesse a merda que eu queria com você... aiai faz nem eu dizer anastácia.
Anastácia : É melhor você nem dizer mesmo porque eu, não quero saber e por favor solte o meu braço - Digo e ele solta o meu braço e coça a nuca.
Pietro : Ainda quero conversar com você.
Anastácia : Conversar um cacete - Digo e logo dois homens passam por perto de mim e pietro e ficam praticamente me comendo com os olhos, assobiam para mim e eu reviro os olhos, percebo pietro ficar com muita raiva do que estava vendo - Vão se lascar vocês dois - Altero a voz para que os dois babacas escutassem e dou o dedo do meio para eles assim que olham na minha direção novamente, entro dentro do banheiro feminino e fecho a porta.
Pietro Narrando
Assim que anastácia entrou dentro do banheiro, sentir meu celular vibrando no bolso da minha calça. Pego o mesmo e vejo quem estava me ligando, era a minha mãe.
Ligação On 📲
Pietro : Algum problema na loja?
Luciana : Além da mãe da paola chegar atrasada, não.
Pietro : Então, por que me ligou?
Luciana : Porque está rolando uns boatos no bairro dizendo que a anastácia, filha dos Lessa voltou do quinto dos infernos para cá, até a própria mãe dela disse que ela está de volta - Minha mãe falava irritada na ligação e eu rir disso, ela e anastácia nunca se deram bem.
Pietro : Não são boatos e sim verdades, ela está mesmo de volta e eu quase, quase atropelava ela porque eu estava dirigindo muito rápido e também, com muita pressa para chegar na empresa.
Luciana : E por que não atropelou ela filho? Essa mulher te abandonou no altar, ela merecia ser atropelada.
Pietro : Mãe já chega tá? Tenha um bom dia, daqui a pouco estou indo para ir... tchau - Encerro a chamada.
Ligação Off 📲
Anastácia saiu do banheiro e eu a olhei.
Anastácia : Perdeu alguma coisa? - Perguntou me encarando e eu não respondi nada, ela deu alguns passos a frente e eu não conseguir me segurar e a agarrei pela cintura, seu rosto agora estava bem próximo ao meu.
Anastácia Narrando
Por um instante eu quis beijá-lo, sim, eu queria beijá-lo, sentir os seus lábios nos meus novamente... mas é impossível esquecer o que ele fez comigo. Logo levanto um pouco a minha perna direita e dou uma joelhada nas suas partes íntimas, o mesmo geme de dor e se afasta de mim.
Pietro : Ai... tá... maluca? Por que fez... isso? - Ele dizia pausadamente, com certeza sentindo muita dor.
Anastácia : Me agarra pela cintura de novo que você vai receber algo bem pior do que só uma joelhada nas suas partes intímas - Digo e logo saio daquela sorveteria mas antes, pago pelo meu sorvete.
Avisto três táxis estacionados e um pouco distantes da sorveteria, caminho até um deles e pergunto se o motorista pode me levar a um endereço, ainda bem que ele falou que estava disponível. Abri a porta do banco de trás e entrei, o motorista deu partida e eu encostei minhas costas no banco de couro do carro.
Demorou alguns minutos até que, finalmente chegamos no endereço em que pedi para o motorista me trazer, o endereço em que eu já morei. A mansão não mudou nada a não ser a pintura na frente que antes era branca e agora, está no tom de azul escuro. Pago o motorista e saio do carro, respiro fundo e caminho na direção da porta da mansão, toco a campanhia e aguardo... me lembro de quando sai dessa mansão, correndo feito uma louca e chorando muito... parei de pensar nisso quando percebi que a porta havia sido aberta. Quando olho para a porta, ao lado dela estava meu querido pai, ele parecia surpreso em me ver ali.
Anastácia : Surpreso em me ver? - Pergunto e o mesmo ainda me olhava como se eu fosse um fantasma.
Aurélio : Até demais. Entre - Ele da espaço para que eu entrasse na mansão, entro e ele fecha a porta.
Eu daria um abraço no meu pai mas ele, não me abraçaria, ele me odeia e eu não faço ideia do motivo.
Anastácia : Nada mudou por aqui - Digo olhando a sala de estar e também as escadas.
Aurélio : Nada mudou desde o dia em que você fugiu daqui, aliás, o que veio fazer aqui? - Perguntou rígido e eu o encarei.
Anastácia : Eu vim te ver, ver como você estava.
Aurélio : Eu estava ótimo... até você chegar agora para tirar a minha paz.
Anastácia : Ai não me diga isso, me parte o coração - Digo colocando a mão no peito e fingindo uma dor, em seguida rio irônica e ele me olha mais uma vez surpreso. Se fosse a anastácia de dois anos atrás já estaria cabisbaixa e triste.
Aurélio : Você é mesmo minha filha?
Anastácia : Você amaria se eu não fosse.
Aurélio : Isso é verdade, mas, você nunca agiu assim como acabou de agir agora.
Anastácia : Bom, as pessoas mudam - Ele me encara e eu também encaro o mesmo - Enfim, só passei aqui para te ver mesmo e agora vou lá naquela loja rídicula onde vende sapatos.
Vou porque quero ver como minha mãe está sendo tratada naquele lugar, ainda mais é a luciana que manda em tudo. Dei as costas para o meu pai e caminhei na direção da porta, girei a maçaneta e senti sua mão pegando no meu braço esquerdo.
Aurélio : Espere anastácia - Olho para ele e afasto minha mão da maçaneta da porta - Não vai me explicar o que aconteceu para você ter fugido? Eu e sua mãe ficamos muito tristes, mas, a minha tristeza foi temporária porque eu me dei conta de que você nunca foi grata pelo que teve nessa mansão. Não tinha motivos para ficar chorando por uma ingrata como você.
Anastácia : Como? Eu? Ingrata? - Rir dele e o mesmo afastou sua mão de mim e me encarou com muita raiva - Você acha mesmo que eu nunca fui grata pelo que tive? Ai por favor né, se eu não era grata pelo que eu tinha então a paola era mais ingrata ainda.
Aurélio : Não fala assim da sua irmã - Alterou um pouco a voz e eu semicerrei os olhos.
Anastácia : Incrível como a defende tanto. Olha eu não vou te explicar nada, se quiser explicações pergunte a minha mãe porque agora, eu estou indo embora - Abro a porta e apresso os passos saindo daquela mansão, ele não mudou nada.
Continuei caminhando e decidi ir aquela loja a pé, não era tão longe da mansão dos meus pais. Não sei quantos minutos eu demorei caminhando mas consegui chegar na Shoes Pachecos, entro na loja e o segurança que estava próximo a entrada me olha e fica boquiaberto.
Eu não o conhecia mas com certeza, para ele está me olhando e surpreso em me ver... deve me conhecer de vista, deve saber que eu "fugi" a dois anos atrás. Dou três passos para a frente e admiro a loja que estava mais linda do que já era antes, clientes sendo atendidas, só não estou encontrando a minha mãe ainda.
Olho para o meu lado esquerdo quando escuto um soluço, era uma mulher de cabelo longo e preto, ela era funcionária da loja já que estava usando a farda e pelo que percebi, ela estava chorando ao ouvir o que a loira a sua frente estava falando para ela. A loira estava de costas e eu demorei um pouco para reconhecer ela... ora ora, é a loira azeda.
A mulher de cabelo preto se afastou da loira e com as mãos no rosto, saiu da loja chorando, ela passou por mim tão rápido que eu não tive nem como para-lá. Encarei a loira que ainda estava de costas.
Anastácia : Você não mudou nada, Luciana - Digo um pouco alto para que ela me escutasse, a mesma se virou rapidamente e me olhou, na verdade ela arregalou os olhos ao me ver ali.
Luciana : Meu Deus! Então os boatos eram verdadeiros - Ela disse ainda surpresa em me ver e eu dei um sorriso fechado, caminhei na direção dela e a nesma deu um passo para trás.
Anastácia : Eu não mordo querida - Paro de caminhar e cruzo os braços.
Luciana : O que você quer aqui? Sua cobra? - Perguntou entredentes e eu rir de canto.
Anastácia : Nada demais cara de largatixa, só vim ver como está a minha mãe - Digo encarando ela que agora também me encarava, desvio o olhar dela para procurar mais uma vez minha mãe até que, eu a encontro perto de uma mulher que usava um vestido longo na cor verde, acho que era uma cliente - Ah já a encontrei.
Luciana : Foi um prazer te rever, cobra - Volto a olhar para a mulher a minha frente, ela sempre me chamou assim quando pietro não estava por perto. Dizia que eu não era a mulher certa para o filho dela e o que eu fazia? Só ficava calada, não falava nada.
Mas agora... o que eu tenho para dizer, eu digo face a face.
Anastácia : O prazer foi todo seu luciana, isso eu te garanto - Digo e logo caminho na direção onde minha mãe estava, me aproximo dela e a mesma me olha assustada - Olá mãe.
Paula : Anastácia do céu - Disse olhando para mim e depois para os lados - O que você veio fazer aqui?
Anastácia : Não é óbvio? Eu vim te tirar daqui - Era realmente o que eu queria fazer, por mim, minha mãe trabalharia em outro lugar e não aqui. Percebi que a cliente que minha mãe estava atendendo me olhava com cara feia - Cara feia para mim é fome meu bem, se não suporta olhar para mim a saída fica logo ali - Aponto com o dedo indicador para a saída.
Paula : Anastácia... - Minha mãe me repreende com o olhar e em seguida olha para a mulher ao seu lado - Perdão senhora.
Xxx : Foi uma perda de tempo vim nessa loja - A mulher bufou e se afastou de mim e de minha mãe, ela estava indo embora.
Anastácia : Eu estou te fazendo um favor querida. Saiba que você já perdeu seu tempo assim quando pensou em vim para essa loja - Altero a voz para que a mulher me escutasse, e ela pareceu ter escutado já que apressou os passos e saiu da loja. Percebi que ela não havia sido a única que havia me escutado e sim, todos que estavam na loja me escutaram - Acho que falei alto demais... a senhora acha que eu falei muito alto mãe?
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