Capítulo 14
Anastácia Narrando
Enquanto minha mãe dava tapinhas nas minhas costas e Lana me olhava preocupada, eu estava mesmo era querendo que minha mãe falasse que o que ela acabou de falar... fosse mentira.
Anastácia : Por favor me diz que é mentira - Digo ainda me recuperando já que havia se engasgado tomando o sorvete.
Paula : Filha se acalme e não, não é mentira. Não se preocupe que ele não fará nada demais só marcará presença - Disse tentando me tranquilizar - Se você quiser, pode chamar o Gabriel para ir com você.
Anastácia : Mãe ainda não acredito que convidou um traficante para esse jantar... mas está tudo bem. Com certeza chamarei o Gabriel para ir comigo, Lana também pode ir? - Pergunto olhando para a garota que ainda tomava seu sorvete e desvio o olhar dela para minha mãe que confirma com um aceno de cabeça.
Lana : Já terminei meu sorvete, obrigada Ana - Ela disse com um sorriso largo no rosto.
Anastácia : De nada meu bem - Termino também de tomar meu sorvete e em seguida peço a conta, pago os dois sorvetes e saio da sorveteria com Lana e minha mãe que ainda nos acompanhava.
Paula : Bom filha... eu já vou indo, gostei de passar a metade da manhã com você e com Lana - Ela disse sorrindo e em seguida beijou a testa de Lana que retribuiu o carinho com um abraço, minha mãe se afastou dela e me olhou como se pedisse permissão para me abraçar. Assenti e então ela me abraçou, retribui o seu abraço e senti o cheiro doce de seu perfume - Tchau e se cuidem.
Anastácia : Tchau - Nos despedimos e minha mãe foi embora, eu e Lana ainda ficamos caminhando pelas calçadas e conversando.
Lana : Sua mãe é muito legal.
Anastácia : Sim ela é, é tão legal que convidou gente até que eu não queria que ela convidasse para esse jantar - Digo irônica e a garota rir.
Lana : Está se referindo ao tal Jackson? Quero dizer... JK? - Perguntou e revirei os olhos só de ouvir o nome do rídiculo.
Anastácia : Ele mesmo.
Lana : Você... ainda gosta dele? - Perguntou me fazendo rir de canto.
Anastácia : Ultimamente eu não estou gostando nem de mim, imagina dele - Digo e ela rir.
Lana : Você queria mesmo se casar com ele quando crescesse? Quer dizer você agora já cresceu né.
Anastácia : Queria, era um desejo de quando eu era criança... se casar... - Pauso me lembrando de que realmente eu sonhava em me casar e em vestir um vestido de noiva - Mas agora tudo mudou - Digo em um tom de voz sério e Lana percebe que eu havia ficado séria, então, ela não me fez mais perguntas.
Algumas horas depois...
16:26AM
Estava no hotel me arrumando para se encontrar com Pedro, deixei a Lana em casa com Gabriel e ela estava louca para ir ao parque e eu? Irei fazer de tudo para levá-la. Até mesmo me desculpei com ela por ter sido um pouco rude com a mesma, ela não tem culpa do que aconteceu comigo e também não sabe de nada.
Terminei de arrumar os meus cabelos, fiz uma maquiagem básica, passei hidratante corporal e perfume. Peguei meu celular e chamei um Uber para me levar para o endereço de Pedro, sai do hotel e fiquei esperando pelo Uber. Demorou cinco minutos e o mesmo chegou, agradeci mentalmente por não ter demorado muito e caminhei na direção do carro, entrei no mesmo e o motorista deu partida.
Longos minutos se passaram até que cheguei no endereço que eu desejava chegar, paguei o motorista e sai de dentro carro, assim que fechei a porta e olhei para frente avistei Pedro encostado na porta de sua mansão.
Ele logo caminhou na minha direção e eu cruzei os braços, ele estava usando uma calça social azul escuro e uma camisa manga longa branca com botões.
Anastácia : Já estava me esperando? - Pergunto olhando para ele, o mesmo se aproxima de mim e me da um selinho. Ele não perde tempo.
Pedro : Na verdade eu sai de casa quase agora - Ele disse e em seguida pareceu me analisar - Você está linda.
Anastácia : Obrigado, você também não está nada mal.
Pedro : Obrigado - Sorriu e eu retribui seu sorriso com um sorriso fechado - Você estará presente no jantar que sua mãe planejou para amanhã?
Minha mãe realmente convidou o bairro inteiro, até ele está sabendo sobre esse jantar.
Anastácia : Sim, eu estarei, infelizmente. Ela também te convidou?
Pedro : Sim, ela me convidou - Riu - Acho que quase todos que moram nesse bairro foram convidados - Ele disse me fazendo revirar os olhos.
Anastácia : Minha mãe... sei não, ela fará esse jantar porque tem algo a dizer e quer que todos que irão estar nesse jantar, saibam. Conheço muito bem como minha mãe é.
Pedro : O que acha que ela tem a dizer?
Anastácia : Eu não faço ideia - Dou de ombros.
Pedro : Sabe me dizer se terá algum estilo de música para dançar? - Perguntou e eu neguei com a cabeça.
Anastácia : Não faço ideia também, você é dançarino? - Pergunto e o mesmo rir - Minha mãe gosta de vários tipos de músicas mas, meu pai não.
Pedro : Não sou dançarino mas gosto de dançar, é bom - Ele disse e eu concordei com ele - Enfim, vamos parar de falar disso e vamos falar sobre o que realmente lhe interessa para falar a verdade - Disse me fazendo agradecer mentalmente, achei que eu teria que lembrar a ele o motivo de eu querer me encontrar com ele - Prefere ir para algum lugar?
Anastácia : Uma praça? É tranquilo para conversarmos.
Pedro : O que estiver bom para você, estará bom para mim também.
Anastácia : Ok então. Vamos para uma praça que não é tão longe daqui, podemos ir caminhando - Digo e logo começamos a caminhar pelas ruas, o caminho foi silencioso e Pedro não parava de me olhar e seus olhares estavam me deixando um pouco desconfortável.
Finalmente chegamos na praça que estava movimentada, me sentei em um dos bancos brancos e Pedro se sentou ao meu lado.
Anastácia : Conte-me tudo e não me esconda nada - Digo e o mesmo ainda continuava me olhando, ele levou sua mão direita para o meu rosto e acariciou.
Pedro é um homem bonito, carinhoso e gentil mas... não faz meu tipo e eu também não quero me apaixonar por ninguém, isso não está nos meus planos.
Pedro : Você é tão linda Anastácia - Ele disse e aos poucos foi se aproximando mais de mim.
Ele fechou os olhos e eu também iria fechar meus olhos e deixar que ele me beijasse porém, senti que estavamos sendo observados e então olhei rapidamente em volta de nós para ver quem nos observava até que meus olhos se encontraram com os olhos azuis que tanto me irritavam.
Anastácia : Ai caramba - Digo próxima ao rosto de Pedro que logo abre os olhos, eu teria que inventar alguma coisa agora. Comecei a olhar para o chão e coloquei minha mão na minha orelha esquerda tirando rapidamente o brinco de pressão, que sorte estar usando brinco de pressão agora porque se não fosse ele eu não sei o que falaria para o Pedro que nem percebeu que estavamos sendo observados.
Pedro : O que houve? - Perguntou desentendido.
Anastácia : Meu brinco... deve ter caído em algum lugar por aqui - Digo ainda tocando na minha orelha esquerda e olhando para o chão - Meu Deus! Eu ganhei esse brinco da minha tia, não posso perdê-lo - Me levanto do banco e me abaixo um pouco para olhar debaixo do mesmo, eu estava de vestido então não poderia me abaixar tanto. Que errado, eu estou fingindo procurar meu brinco sendo que ele está na minha mão.
Pedro : Calma, deixa eu te ajudar - Ele se levantou do banco e também começou a procurar.
Olho em volta e não vejo mais o desgraçado que estava nos observando, maldito. Me levantei e me afastei um pouco do banco que estava sentada com Pedro, me abaixei mais uma vez jogando rapidamente o brinco no chão, em seguida o peguei e me levantei.
Anastácia : Pedro, eu achei - Alterei a voz para que ele me escutasse, o mesmo parou de procurar perto de outro banco e me olhou, em seguida veio até mim - Eu achei, ainda bem porque não sei o que faria se perdesse esse brinco - Digo o colocando de volta na minha orelha esquerda - Agora pode responder a minha pergunta anterior - Caminhamos na direção do banco em que estavamos sentados e novamente nos sentamos, cruzei as pernas e olhei para Pedro.
Pedro : Então... ontem a noite eu segui Paola com meu carro e, depois de algumas horas de trânsito, ela desceu de um táxi e caminhou na direção de uma rua sinistra. Eu estacionei meu carro um pouco longe daquela rua para poder ver aonde exatamente sua irmã estava indo, eu a seguir discretamente e percebi que ela estava indo para um morro, todos dizem que os morros daqui são perigosos - Ele disse coçando a nuca - Então eu manti distância e finjir que estava mexendo no meu celular, também me encostei no poste mas na verdade eu estava vendo se sua irmã iria entrar mesmo naquele morro. Pelo que pude observar ela foi barrada, os homens que estavam na entrada não a deixavam entrar então, ela saiu pisando firme no chão e resmungando, depois disso observei a mesma que ficou na esquina e foi quando um táxi se aproximou e ela entrou dentro do carro, com certeza ela foi embora bastante frustrada por não ter conseguido entrar no morro e eu? Sai o mais rápido possível daquela rua e voltei para o meu carro, ainda a segui para ver se ela iria para a mansão mesmo.
Anastácia : E ela foi?
Pedro : Sim.
Anastácia : Hum - Penso um pouco sobre o que ele havia me contado - E esse morro, onde fica?
Pedro : É um pouco afastado desse bairro, você conhece tudo por aqui não é? - Perguntou e eu assenti, eu cresci nessa cidade - Nessa rua esquisita, tem um supermercado na esquina, o nome do supermercado é dona Margaret, conhece?
Tento me lembrar se já tinha ido nesse supermercado ou passado de carro por perto, demorou mais alguns segundos até que me lembrei que já havia ido nesse supermercado fazer compras com minha mãe quando tinha 14 anos.
Anastácia : Conheço, realmente é um pouco afastado desse bairro... faz anos que não piso nesse supermercado.
Pedro : Pronto, a rua esquisita é dobrando a direita - Rir do modo que ele estava chamando a rua - Estou chamando a rua de esquisita porque não tinha ninguém nela a não ser aqueles homens que pareciam seguranças daquele morro, estavam até armados.
Anastácia : Olha foram boas informações, está se saindo bem - Parabenizo o mesmo que rir de canto - Continue assim, amanhã não porque terá o jantar na mansão dos meus pais mas, no outro dia você volta a vigiar Paola.
Pedro : Claro, como quiser - Assentiu e escutamos o barulho de um celular tocando, ele pareceu tirar o celular dele do bolso da calça e era o celular dele aue estava tocando - Merda - Xingou baixinho porém eu escutei - Com licença, vou atender se não essa pessoa não irá me deixar em paz - Disse rindo e se levantou do banco, atendeu a ligação aproximando o celular da orelha e se afastou, ele caminhou na direção de uma árvore e ficou conversando com alguém pela ligação.
Fico olhando algumas crianças brincando perto do pequeno parquinho, algumas brincavam de pega-pega, outras estavam se balançando no balanço.
Mais uma vez sinto que estava sendo observada, olho para o meu lado direito e não era o Pedro que estava me olhando, ele parecia estar bem ocupado com a ligação. Olho para o meu lado esquerdo e meu coração pareceu errar as batidas já que quem me observava estava agora bem próximo a mim e sorriu ao perceber que me assustei.
Anastácia : Caralho - Passo a mão nos meus cabelos e encaro ele - O que faz aqui? - Pergunto me recuperando do pequeno susto e o mesmo fica com a postura ereta.
Xxx : A praça é pública Anastácia - Ele disse olhando para mim com um sorriso fechado, logo desviou seu olhar de mim para Pedro que ainda estava próximo a uma árvore falando com alguém na ligação - O que você é desse cara?
Anastácia : Isso não te interessa Jackson - Desvio o olhar dele e volto a olhar para as crianças que brincavam mais a frente. Ele se senta ao meu lado e eu reviro os olhos, volto a olhar para o mesmo e ele agora me encarava, ele só vai sair daqui quando eu disser o que ele quer saber - Ele é meu amigo.
JK : Amigo - Ele pareceu pensar porém em seguida deu um sorriso debochado - Quando cheguei aqui não pareciam que eram amigos.
Anastácia : Mas nós somos, uma pena se você não acredita - Dou de ombros e ele rir de canto.
JK : Ruivinha por que não admite logo que está ficando com aquele homem? - Encarei ele por ele ter me chamado de "ruivinha" ele me chamava assim quando eramos amigos.
Anastácia : Não me chame de ruivinha, e se ousar chamar de novo você vai se arrepender - Digo com o tom de voz sério e o mesmo rir irônico.
JK : Está me ameaçando? Que feio ruivinha - Ele disse me provocando, respirei fundo para não surtar. Não surte Anastácia, se acalme...
Anastácia : Não teste minha paciência se não - Iria continuar falando quando ele me interrompe se aproximando mais ainda de mim.
JK : Se não o que? O que você vai fazer? - Perguntou bem próximo ao meu rosto e em nenhum momento nossos olhares perderam contato, nos encaravamos e não desviamos o olhar do outro por nada. Jackson desviou seu olhar de mim olhando por cima do meu ombro e deu um sorriso fechado - Nos vemos amanhã, ruivinha.
Se afastou de mim e se levantou do banco.
Anastácia : Imbecil - Digo para que ele escutasse, o mesmo me olha e mais uma vez rir de canto. A vontade que tenho de socar a cara dele é grando mas, mesmo não demonstrando eu estava muito nervosa pela aproximação que acabamos de ter agora... merda. Ele apressou seus passos saindo da praça, vi o mesmo desaparecer entre as pessoas que estavam caminhando pela praça e pude respirar aliviada.
Não da nem para acreditar que se tornou um traficante, o pai dele deve ter orgulho dele agora... ou teria, não sei se o mesmo ainda é vivo.
Pedro : Vai ficar por aqui mesmo Anastácia? Me desculpe sair assim mas, eu agora preciso ir para a mansão do Pietro, as coisas estão complicadas por lá.
Anastácia : Imagino e não, não irei ficar aqui, eu vou embora. irei chamar um táxi daqui a pouco - Digo e ele se aproxima de mim e leva seu dedo indicador para o meu queixo fazendo eu olhar para o mesmo, ele beija o canto de minha boca e eu sorrio com aquilo.
Pedro : Tenha uma boa tarde e até amanhã - Ele se afasta e vai embora, observo ele ir embora e me sinto culpada por estar iludindo ele... sinto muito por isso Pedro mas eu não me apaixono por ninguém, não mais.
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Espero que tenham gostado votem e comentem...
Foto do Jackson Costa abaixo...
Bjooooos 😍❤🖤
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