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Cap 46 - A Verdade

Anastácia Narrando

13:05AM

Quando cheguei em casa de manhã, Roberta já estava acordada e tomando café. Me juntei a ela na mesa e comecei a contar as novidades do dia como por exemplo, sobre o Gabriel e o Luan.

Ela ficou tão surpresa que quase se engasgou com o pedaço de pão que estava na sua boca, ela ficou surpresa e começou a comemorar ao mesmo tempo, dizendo que os dois provavelmente iriam namorar no futuro. Eu disse a ela que eles estavam só ficando mas a maluca já criou teorias de que "começa assim, depois você vai ver".

Fizemos alguns afazeres de casa e eu fiz o almoço, quando estavamos almoçando eu informei a ela sobre o Pedro ter me telefonado de manhã. Não contei sobre Paola mas contei que iria contar a verdade para o Pedro hoje a tarde e Roberta pareceu contente com isso, disse que ele merecia saber.

Estou vestida em um vestido tubinho preto com decote V e meu Peep Toe de salto médio. Borrifei um pouco de perfume sobre mim e optei por deixar meus cabelos soltos, guardei meu celular dentro da pequena bolsa de tiracolo na cor marrom e sai do quarto.

Roberta estava na sala calçando suas chinelas de cor azul, ela me disse que iria andar um pouco pelo bairro pois precisava tomar um pouco de ar.

Anastácia : Você vai sair agora? - Pergunto olhando para ela que vestia um vestido na cor bege e era acima dos seus joelhos.

Roberta : Vou, você vai sair agora também? - Perguntou me olhando e eu cruzei os braços.

Anastácia : Vou. Roberta sei que você já é bem crescidinha mas tome cuidado com esse bairro ou melhor, com as pessoas que você pode dar de cara nesse bairro - Aviso e ela dar um sorriso fechado.

Roberta : Relaxa Ana, o que de ruim poderia acontecer? - Perguntou e eu dei de ombros - Eu não vou demorar muito, só irei passear mesmo. Por que acha que irei levar as chaves e você não? - Riu e eu também.

Anastácia : Não pretendo demorar também, já vou indo - Caminho na direção da porta e ela toca no meu ombro.

Roberta : Antes de ir me responde uma pergunta, de quem você gosta mais? Do Pedro ou do JK? - Perguntou dando um sorriso malicioso e eu revirei os olhos.

Anastácia : Meu Deus Rô! De nenhum dos dois - Rir fazendo um sinal de negação com a cabeça e sai de casa. Decidir ir caminhando já que a cafeteria não era tão longe assim da casa que eu e Roberta estamos morando.

Demorei alguns longos minutos caminhando porém conseguir chegar na cafeteria, avistei Pedro que já estava sentado em uma mesa próxima a entrada da cafeteria, assim que ele me viu se aproximando acenou para mim.

Anastácia : Me atrasei um pouco não é mesmo? - Pergunto já me sentando em uma cadeira que era de frente para ele e o mesmo assente.

Pedro : Só um pouco - Sorriu e eu também retribui seu sorriso - Boa tarde Anastácia.

Anastácia : Boa tarde Pedro, antes que eu comece a te contar o que eu tenho para te dizer... quero saber como você está? - Pergunto apoiando minhas mãos na mesa.

Pedro : Estou bem, e você?

Anastácia : Ótima - Respondo a sua pergunta e um garçom se aproxima de nós dois perguntando se gostaríamos de pedir alguma coisa, Pedro pediu por um café macchiato e uma água sem gás, e eu eu pedi uma água com gás.

Quando o garçom anotou nosso pedido e se afastou, percebi que Pedro estava me olhando e eu rir de canto. Ele queria me perguntar alguma coisa mas não sabia se era uma boa ideia, as vezes me surpreendo comigo mesma, consigo advinhar o que as pessoas querem.

Anastácia : Pode perguntar Pedro - Digo e vejo ele coçar a nuca.

Pedro : Como vai a Roberta?

Anastácia : Te interessa saber como ela está? - Pergunto e vejo suas bochechas ficarem vermelhas, curioso. Nunca o vi com vergonha - Estou brincando - Rir e percebo que ele solta um suspiro - Ela está bem, resolveu sair hoje para passear pelo bairro.

Pedro : Que bom e o bebê?

Anastácia : Bem também - Digo e ficamos alguns minutos em silêncio até que eu pigarreio e entrelaço minha mão uma na outra - Não quero que fique esse clima tenso entre nós dois então, vamos ao que interessa. Antes de tudo Pedro, quero que saiba que eu nunca achei que fossemos nos tornar amigos...

Pedro : Poderiamos ir além da amizade.

Anastácia : Sim poderiamos, mas eu não quero magoar você.

Eu já te usei demais, eu mereço levar até uma bofetada na cara por causa disso.

Pedro : Está tudo bem Anastácia, eu compreendo.

Anastácia : Sério você vai encontrar alguém que irá se apaixonar por você e vice-versa, desejo que seja feliz - Toco na sua mão e ele dar um sorriso fechado - Pedro, você pode me odiar depois do que irei te contar agora.

Pedro : Por que eu te odiaria? - Perguntou e eu respirei fundo olhando nos seus olhos.

Anastácia : Pietro já te contou que eu já fui noiva dele? - Vejo ele arregalar os olhos e eu afasto minha mão da sua - Iriamos nos casar, eu era apaixonada por ele... - Respirei fundo mais uma vez pois aquele assunto me deixava com uma raiva tão grande, uma tristeza que nem eu mesma sei explicar.

Comecei a contar tudo para o Pedro do início ao fim, ele fazia várias caras e bocas e se atentava a tudo que eu dizia. Contei que me aproximei dele só para que eu pudesse ter mais vantagem com a vingança que planejo há dois anos, seu olhar indignado me fez se sentir pior do que eu já estava. Eu o iludi, eu o usei, as únicas partes que não contei para o Pedro foi que eu menti muito para que ele se afastasse de vez do Pietro, isso deveria se manter em segredo mesmo.

Quando terminei de contar tudo, ele ficou calado durante alguns segundos até que o garçom chegou e entregou nossos pedidos. Agradecemos com um aceno de cabeça e o garçom se retirou, olhei para o Pedro que parecia pensativo e encarava a toalha branca da mesa.

Anastácia : Pode desistir de tudo se quiser, eu errei em ter me aproximado de você e me envolvido com você por causa disso. Eu não mereço seu perdão eu sei, mas decidi te contar a verdade porque eu reconheço que estou indo longe demais com isso tudo... não queria que você descobrisse tudo depois porque seria pior, é melhor para você saber da verdade agora - Digo e ele finalmente volta a me olhar - Não esperava que nos tornassemos amigos, de verdade. Eu não esperava me tornar amiga de ninguém porque eu não pretendia fazer amizade com ninguém, mas não foi o que aconteceu... enfim, eu sinto muito Pedro.

Soltei um suspiro pesado e foi como se eu tivesse tirado um grande peso das minhas costas, bebi um pouco da água com gás que estava no copo de vidro.

Pedro : Confesso que estou surpreso, com raiva e até mesmo magoado - Ele disse depois de alguns minutos em silêncio, continuei olhando para ele que bebericou um pouco do seu café - Pietro nunca me falou sobre você ter sido noiva dele, pelo visto ele sempre me escondeu muitas coisas e nunca foi meu amigo de verdade, sem falar que ele ainda deve falar mau de mim pelas costas e é só por isso que irei continuar desviando dinheiro daquela empresa.

Ergui as sobrancelhas surpresa pois pensei que ele iria parar, também não irei reclamar.

Pedro : Estou magoado mas não tanto por você ter me usado - Ele passou as mãos nos seu cabelos e eu o olhei confusa - Estou magoado por você estar com esse sentimento de vingança, tem certeza que quer continuar com isso? Não percebe que tudo isso que você planeja pode ser ruim para você no futuro?

Encarei ele e neguei com a cabeça.

Anastácia : Quero continuar com isso e não irei desistir, eu já comecei Pedro agora tenho que ir até o fim - Digo e fecho os olhos tentando controlar a minha raiva.

Pedro : Você tem muita raiva dos dois, isso é notável - Ele disse e quando abri os olhos ele estava me analisando - Você só voltou para se vingar... eu nunca imaginei que você era do tipo vingativa - Dei um sorriso fechado e ele fez um sinal de negação com a cabeça - Seu rostinho engana muita gente.

Anastácia : Está tão surpreso assim? Pedro eu quero que você entenda que eu só quero fazer eles pagarem, eu não duvido que estava sendo traída a muito tempo eu só... estava cega demais para poder enxergar o que estava bem na minha frente - Bufo e coloco uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

Pedro : A empresa irá falir se eu continuar desviando dinheiro - Ele disse um pouco baixo porém eu conseguir escutar.

Anastácia : Vai e é bom você ir se programando para arrumar outro emprego, você e os outros funcionários que trabalham para os Pachecos - Cruzo os braços e vejo ele assenti com um aceno de cabeça - Minha ex sogra será a primeira a perceber que a empresa está afundando, ela é esperta demais e vai querer criar seu próprio negócio.

Pedro : Luciana? Como tem tanta certeza que ela vai querer criar outro negócio? Eu sei que a conta bancária dela é diferente da de Pietro, mas ela tem dinheiro, ela pode muito bem investir na empresa para a empresa poder... voltar ao normal - Ele deu de ombros e eu rir.

Anastácia : Garanto a você que ela não vai investir, ela não é burra igual o Pietro. Ela vai desconfiar que tem dinheiro sendo desviado e pode até conversar com o filho dela sobre isso mas... eles não vão descobrir quem está fazendo isso - Olho para ele que assente - Está sendo cuidadoso não é?

Pedro : Demais - Ele bebe um pouco do seu café e eu encaro o relógio no seu pulso - Pietro vai sofrer com isso, ele é muito apegado ao dinheiro, ao luxo.

Anastácia : Uma pena - Dou um sorriso fechado e bebo um pouco da minha água com gás - Irá guardar o meu segredo? - Pergunto para ele e o mesmo desvia o olhar do seu café e olha para mim.

Pedro : Se você irá guardar o meu segredo - Ele piscou para mim e eu rir, que ele desvie dinheiro a vontade - Não vejo problema em guardar o seu também.

Anastácia : Que bom que estamos no entendendo - Sorrir para ele e ele retribuiu o sorriso - Sinto muito por ter te usado.

Pedro : Está tudo bem, tudo foi por causa do Pietro então eu culpo ele.

Roberta Narrando

As ruas do bairro eram lindas, não eram nada comparadas as ruas do morro. Posso ter passado por muita coisa no morro mas foi lá que eu cresci, as vezes sinto saudades de lá e penso em ir visitar algum dia.

Entrei em uma rua que não estava tão movimentada, eu não iria tão adiante assim, eu ainda sei o caminho de casa só não quero me arriscar e se afastar muito. Continuei caminhando e olhando para algumas casas que estavam com portas e janelas fechadas, essa rua é estranha.

Acho que é melhor eu voltar, já deu de caminhar por hoje. Foi quando eu iria me virar para dar a volta que um homem apareceu na minha frente e eu congelei no lugar, era o melhor amigo do... meu pai e ele parecia bastante irritado, me encarava com raiva e algo me dizia que as intenções dele comigo não eram boas.

Xxxx : Sozinha? - Perguntou e eu engoli seco, já estava pensando em sair correndo - Se você correr e até mesmo gritar, irá morrer agora mesmo - Ele disse apontando para algo na sua cintura e que eu preferi não olhar pois já sabia que ele estava armado.

Roberta : O que você quer? - Pergunto tomando coragem e encarando ele também, o mesmo agarra meu braço com força e me arrasta para um beco que eu nem tinha visto que tinha naquela rua.
Quando entramos no beco ele me empurrou bruscamente na parede de tijolos, sentir minhas costas doerem e me esforcei para não soltar um gemido de dor.

Coloquei minhas mãos na minha barriga e não consegui segurar as lágrimas.

Xxxx : Vamos ter uma conversinha Roberta. Sabe se lá se esse é o seu nome verdadeiro mesmo - Ele disse me fazendo o olhar confusa.

Roberta : Eu estou grávida... por favor, não faça nada comigo se não eu irei gritar - Sinto as lágrimas descendo pelo meu rosto e o homem a minha frente sorrir.

Xxxx : Se gritar já sabe, eu estava te seguindo discretamente esse tempo todo. Só estava esperando o momento para te encurralar como estou fazendo agora - Ele se aproximou de mim e apertou com força os meus braços - Vim vingar a morte do meu melhor amigo, Marco não merecia morrer mas ele morreu e foi POR SUA CULPA, GRAÇAS A VOCÊ ELE ESTÁ MORTO - Ele alterou a voz enquanto apertava mais ainda os meus braços.

Roberta : Você não sabe o que ele fazia comigo - Digo tentando controlar o meu choro e o miserável começa a rir.

Xxxx : É claro que eu sabia, eu sei de tudo que ele fazia com você porque ele me contava tudo - Ele afastou suas mãos que antes apertavam meus braços, passou as mãos nos seus cabelos e eu pude por um momento, soltar um suspiro aliviada por ele não estar mais apertando os meus braços - Eu sempre achei engraçado quando ele me dizia que te estuprava.

Roberta : Você é outro monstro - Encarei ele com raiva - Como pode achar graça nisso? Um pai que estuprava a própria filha? Você é um demônio, como Marco também era.

Xxxx : Acorda caralho - Ele alterou a voz mais uma vez e voltou a apertar os meu braços, tentava me afastar dele mas era impossível. Ele tinha mais força que eu - Marco nunca foi seu pai, tu foi jogada lá no morro dentro de uma cesta sua imbecil.

Eu fui o quê?

Roberta : Mentira - Encarei ele e o mesmo sorriu mais uma vez - Eu não fui jogada no morro e ainda mais dentro de uma cesta, eu me lembro muito bem da minha mãe, ela que cuidou de mim e me criou até o último suspiro da vida dela.

Xxxx : Ela nunca foi sua mãe sua idiota. Engraçado... lembro como se fosse ontem, eu e o Marco saindo do bar um pouco bêbados, o dia já iria raiar e quando chegamos na porta da casa dele, advinha? Tinha um cesto e um choro de bebê vindo dele e quando nos aproximamos, tinha um bebê chorando e enrolado em um pano cinza, uma fita, laço verde não me lembro exatamente o que era mas estava enrolado no pano cinza também, o bebê derrepente parou de chorar assim que viu eu e Marco o observando, aqueles olhinhos tão azuis... - O homem ficou me olhando e eu ainda estava confusa com aquela história toda - ERA VOCÊ.

Mentira, eu me recuso a acreditar nisso tudo que ele está dizendo. Eu não fui... abandonada, eu não acredito nisso.

Xxxx : Eu e o Marco pensamos em te jogar em um rio que não era muito longe dali, a correnteza iria te levar para outro lugar ou... você poderia ter virado comida de crocodilo. Mas não tivemos tempo de fazer nada disso, a mulher do Marco abriu a porta e viu você dentro daquele cesto, ela não tirava os olhos de você e foi como se você tivesse a hipnotizado.

Roberta : Eu não - Iria continuar falando mas ele me interrompe.

Xxxx : Ela te criou garota e te amou muito, ela preferiu você do que o próprio marido. Isso gerou raiva e ódio em Marco, ele mudou muito quando você apareceu na vida dele e da esposa dele... quando a mulher dele morreu, ele te culpou pela morte dela estou certo? Ele passou a realizar todos os desejos e vontades que ele queria fazer com você... meu companheiro de drinks, meu amigo, por sua culpa ele não está mais entre nós. E estou aqui para vingar a morte dele - Suas duas mãos foram para o meu pescoço, toquei nas suas mãos e fechei os olhos.

Roberta : Eu não acredito em nada do que você acabou de dizer, mas por favor... não faça nada comigo - Levo uma de minhas mãos para a minha barriga e acaricio.

Xxxx : Não acredita? Então vai no morro, na rua em que você morou e pergunta para as pessoas se Jessi a falecida esposa de Marco poderia ter filhos? É claro que não. Agora eu vou terminar o serviço que o Marco infelizmente não pode terminar... ele pretendia te matar e é o que irei fazer agora, mas antes - Ele parou de falar e começou a me agarrar, beijando o meu pescoço e eu tentei empurrar ele. Não, eu não vou passar por isso de novo.

Tudo estava tão confuso na minha mente, minha vida foi uma mentira? O homem que me estuprou durante tantos anos nunca foi meu pai, a mulher que me amou e me criou nunca foi minha mãe de verdade? Não foi ela que me teve? Eu já não entendia mais nada e já começava a sentir as lágrimas úmidas descendo pelas minhas bochechas. Não queria morrer hoje e nem ser violentada de novo, queria poder ter meu bebê, queria... ser feliz.

Derrepente o homem que estava me agarrando se afastou de mim e eu pude me desencostar da parede, minhas costas doíam muito. Olhei para a minha frente e o homem agora estava no chão e em cima dele uma mulher que estava com os cabelos presos em um rabo de cavalo, ela distribuía vários socos no rosto dele e ele tentava reagir mas não conseguia. Ela estava dando vários golpes desconhecidos por mim, mas acho que já vi em alguns filmes de luta.

Os punhos dela estavam com o sangue do infeliz que estava tentando me violentar para depois me matar, vi a mulher pegar algo no bolso da calça dela e era uma faca. Ela não demorou para enfiar a faca no peito dele e depois retirá-la, depois voltar a enfiar a faca novamente e em seguida retirá-la de novo, ela estava matando ele e a facadas. Eu estava horrorizada vendo aquela cena toda que não conseguir nem sair do lugar.

Quando a mulher pareceu terminar o serviço, se levantou de cima do homem que agora já estava morto. Ela me olhou e tinha algumas gotas de sangue no seu rosto e confesso que fiquei com medo, ela vai me matar também?

Xxx : Como se chama? - Ela perguntou e sua voz era um pouco rouca, ela estava vestida em uma calça jeans preta e uma blusa de manga preta também. Seus sapatos eram pretos... ok eu estou com medo.

Roberta : Eu não sei se deveria falar meu nome para uma estranha - Digo e ela sorrir, vejo a mesma caminhar na minha direção e em seguida retirar algo do bolso, parecia um pano. Ela limpou a faca e a colocou de volta no bolso, limpou as mãos e também o rosto.

Xxx : Sou Julie, acabei de salvar a sua vida se não percebeu.

Roberta : S-sim eu percebi sim, obrigada... Julie. Não sei o que teria acontecido comigo se não fosse você - Digo e ela parece me analisar.

Julie : Já é o terceiro homem que vejo tentando abusar de alguém nesse beco, só que esse eu não o deixei vivo - Ela disse voltando a olhar para o corpo do homem que era meu melhor amigo do Marco - Não posso demorar muito tempo aqui, tenho que encobrir isso se é que me entende.

Roberta : Obrigada mais uma vez, por ter me... salvado - Ela da um sorriso fechado.

Julie : Ainda não me disse seu nome.

Agora que estou um pouco mais calma porém ainda confusa, acho que ela merece saber meu nome.

Roberta : Me chamo Roberta.

Julie : Prazer em conhecê-la Roberta. Só para esclarecer, eu estava nesse beco a muito tempo e acabei escutando o que o verme ali falou - Ela disse e eu a olhei confusa - Eu fico na parte de cima escondida. Sabe eu passei a vigiar esse beco desde semana passada e também passei a dar uma lição nesses homens estupradores.

Roberta : Você mora por aqui?

Julie : Não, na verdade eu não sou do Rio de Janeiro. Só estou passando alguns dias na casa do meu primo porém eu fico entediada demais lá, então... resolvo caminhar e olha só o que acabei encontrando. Gosto de ficar vigiando de lá de cima, nada melhor do que socar a cara de alguns homens não é mesmo? Essa parede que você estava encostada... a casa está abandonada e semana passada um velho nojento tentou abusar de uma criança e é claro que eu não deixei - Ela disse cruzando os braços e eu olhei admirada para ela.

Roberta : Se todo lugar tivesse pessoas como você para poder livrar as mulheres e crianças desses abusos... você é como uma salvadora desse beco - Digo e ela rir de canto.

Julie : Quase isso. Bom Roberta, meu conselho é que não caminhe sozinha por ruas que você não conhece muito bem, é perigoso - Ela disse me fazendo lembrar das palavras de Anastácia que me mandou tomar cuidado antes de sair de casa.

Roberta : Disso eu já sei, obrigada mais uma vez... Julie - Digo me afastando dela para poder sair do beco.

Julie : Se cuide querida, cuide de você e do seu bebê. E Roberta - Ela me chama e eu paro de caminhar - Espero nos encontrarmos de novo, gostei de você.

Olhei para trás onde ela estava e dei um sorriso fechado.

Roberta : Também gostei de você.

Julie : Agora finja que nada aconteceu aqui ou que você nem se quer chegou a entrar nesse beco - Ela disse e eu assenti já apressando os passos para sair daquele beco e também daquela rua.

Meu coração nunca esteve tão acelerado, primeiro fui abordada, depois ameaçada, depois descobri que minha mãe nunca foi minha mãe biológica, quase sou violentada e morta, presenciei uma mulher assassinando um homem... vou tentar caminhar tranquilamente como se nada disso tivesse acontecido.

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