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Capítulo Treze


Abro meus olhos lentamente e tento me espreguiçar naquele espaço nanico, porém falho miseravelmente ao acertar um dos olhos de Chace, que os abre com um susto.

--Bom dia... Desculpa por ter lhe dado um soco.--Digo envergonhada. 

Chace revira os olhos e tenta se sentar, porém, como a vida não é um mar de rosas, ele bate a cabeça com força no tronco, acabando por deixar que uns pedaços de madeira caíssem em nós.

--Aiii! Eu me esqueci...

Dessa vez eu reviro os olhos, rindo. Então, com cuidado, tento olhar para fora do buraco, vendo que, de alguma maneira, havíamos dormido até ser dia. O sol parecia alto, pelo visto havíamos conseguido dormir bastante, mas que horas eram? Eu não me sentia descansada, mas parecia que havíamos dormido por muito mais tempo do que o aconselhável.

--Podemos sair?--Pergunto para Chace e ele dá de ombros com as mãos no lugar onde havia batido. 

--É dia, não tem mais Lobisomens famintos querendo a nossa carne, mas as Coisas ainda estão aí fora, e eu duvido que depois de ontem, os pássaros queiram nos levar até a Vila.

Não tinha como negar. Eu nem sabia se Will conseguiria me achar depois do que aconteceu, ele provavelmente nem iria querer nos procurar, estava se colocando em perigo por nossa causa, seria melhor se ele continuasse a sua própria vida e deixasse eu e Chace nós virarmos.

Suspiro, saindo com dificuldade para fora do tronco e respiro fundo ao sentir o ar fresco preenchendo meus pulmões. Eu ainda estava fedendo, isso era fato, mas não estava mais sentindo um cheiro tão forte quanto o que eu sentia dentro do tronco.

Ajudo Chace a sair, vendo ele fazer o mesmo que eu com o ar fresco do lado de fora.

--Nós estamos fedendo demais.

--Nossa, eu nem reparei.--Ironizo, rindo baixinho ao ver seus sendo revirados em brincadeira.

--Tanto faz, tem ideia de algum lugar para nos limparmos?

Olho ao redor, sem sinal de riacho, sem sinal de nenhum lugar com água... Se ao menos as Fadas estivessem por perto... Elas teriam água para nos lavar, mas por agora iríamos ficar fedendo por um bom tempo.

--Ainda não conseguimos esquecer o riacho, o que significa que não tem água para nós nos limparmos.

Chace bufa, somente para levar um susto por culpa de uma minhoca que descia por sua testa. Ele a pega na mão e joga para longe.

--Ainda bem que não demos de cara com nenhum escorpião, tem ideia do azar que teríamos tido?

Estremeço com a ideia de dar de cara com um sscorpião, se um de nós tivesse sido picado, iria morrer em poucos segundos ou minutos. Eu não gostava de pensar em coisas assim. 

--No final das contas, até que somos sortudos.--Suspiro. --O que nós faremos agora?

Chace leva a mão direita até a nuca, coçando a pele cheia de lama seca.

--Você já deve ter reparado que a Floresta nos odeia...

--Nem havia notado.

Chace ri baixinho.

--Posso continuar? Sem interrupções, por favor.

Reviro os olhos, sinalizando para ele continuar a falar, mesmo que não estivesse certa de que ele teria alguma ideia aconselhável. Qualquer ideia maluca e essa seria a nossa morte. 

--A gente está vencendo no jogo dela, coisa que ela não parece gostar nenhum pouco. Quem sabe nós devêssemos jogar certo o joguinho dela... Se é que me entende.

--Como assim?--Pergunto sem entender nada, Chace não estava sendo muito legível.

--Eu estou querendo dizer, que nós deveríamos irritar ela.

--Chace, nós já estamos irritando ela.--Digo o óbvio.

--Não assim, Me. Nós deveríamos tentar nos tornar "amigos" das Coisas.--Observo ele fazer aspas com os dedos e então olho para seu rosto de forma completamente perplexa. Chace não deveria estar em perfeita consciência. Nunca que Chace Franklin iria propor algo tão sem sentido e impossível quanto o que havia proposto.

--Chace, eu acho que você enlouqueceu, okay?

O garoto revira os olhos.

--Meredith, as Coisas são como a arma mais poderosa da Floresta, se nós conseguirmos fazer elas nós escutarem, fazer com que elas se sintam usadas pela Floresta, fazer com que elas reflitam sobre a vida delas e etc, elas podem ficar irritadas e aceitar nos tirar daqui.

Okay, era uma ideia suicida, poderíamos morrer por causa disso, mas daria um resultado ótimo se conseguíssemos. Claro, se as Coisas soubessem como sair da Vila, já que era provável que não soubessem.

--Será que eles sabem como sair daqui?

Chace suspira, dando de ombros.

--Bem, teremos que descobrir.

Sim, Chace Arthur Franklin estava querendo a nossa morte.


Não, eu não estava com medo, eu estava apavorada. Por sorte não era apenas eu, Chace estava igualmente assustado, porém tentava não demonstrar. Nós andávamos devagar pela floresta, tratando de prestar completa atenção em qualquer coisinha, por medo dos animas e de bater de frente com algum que não quisesse nos escutar. Seria imensamente bom se trombássemos com uma das Coisas vegetarianas, não sabia se todas comiam carne. E se todas comessem carne, a natureza estaria brincando com a nossa cara. 

--Seu tornozelo parou de doer?

Olho para Chace com uma sobrancelha erguida, não entendendo sua pergunta por uns curtos segundos.

--Você tinha torcido o tornozelo, ele está curado?

--Ah!--Finalmente me lembro.--Sim, eu tinha até me esquecido! E, nossa, ele literalmente parou de doer.

Olho para meu tornozelo. Eu nem havia reparado do fato dele não doer mais. Quem sabe ter perdido Chace de vista, ter sido pega e presa com ele em uma cela particular, tivesse colaborado com a cura do meu tornozelo. Pelo menos eu tinha algo a agradecer.

Saio de meus devaneios e passo a continuar andando com Chace, tendo completa certeza de que estávamos perdidos. Na noite passada havíamos corrido demais, acabando por pararmos em uma parte totalmente desconhecida da floresta.

Era em momentos como esses que aparecia um animal falante para nos ajudar, estranhamente estava demorando demais para um sequer aparecer e dizer o caminho até as Coisas. Quem sabe eu estivesse enganada.

Eu sentia falta de Will. Seria bom se ele estivesse por perto, mesmo eu não querendo que ele continuasse se arriscando; mas, de qualquer forma, ele saberia dizer se estávamos andando na direção certa. O problema era que algo em mim dizia que estávamos indo em uma direção totalmente errada. A minha memória era boa, por onde andávamos não havia nada que  me lembrava do caminho que eu havia seguido até encontrar a caverna das Coisas.

Piso em algo molhado e escorregadio, sentindo um fedor terrível chegar até as minhas narinas. Olho para baixo, segurando um grito em minha garganta ao ver a minha sapatilha em cima de um cadáver de algum animal morto. Não sabia identificar o animal, também não estava com muita vontade.

Salto para trás, levando uma de minhas mãos até o meu nariz. Aquilo era nojento demais.  E era uma floresta, óbvio que iriámos acabar batendo contra uma carniça alguma hora ou outra.

Vejo Chace andar até o animal, uma mão no nariz enquanto o analisa. Ele olha para mim, sua expressão pensativa.

--Não acho que seja um animal completo, parece ser uma das Coisas, mas já está em um estado avançado de decomposição, então não posso ter certeza.

Aquilo só tornava a situação pior. Eu havia pisado em uma das Coisas, eu havia pisado em uma carniça meio humana. Minha sapatilha, tornozelo e um pouco da minha perna, estavam sujas da carniça de uma das Coisas.

Eu entraria em pânico se fosse algo sensato, mas não era.

--Okay, eu não acredito que eu pisei nisso, eu preciso de um banho.

Vejo Chace revirar os olhos, pulando a carniça para chegar até mim.

--Eu agradeço imensamente por não ter pisado em cima.

Ele estende a mão. Reviro os olhos antes de pegá-la e pular por cima da carniça com ele.

--Como será que ele morreu?

Chace dá de ombros.

--Não sei, causa natural? Quem sabe tenha sido a Floresta, aí depende, existem milhões de motivos para essa Coisa ter sido morta ou simplesmente falecido de uma causa natural.

Concordo com a cabeça. Quem sabe tivesse sido morte natural, ao menos eu queria que fosse; O problema era que minha intuição dizia que não havia sido. 

Suspiro e então aperto mais forte a mão de Chace antes de continuar andando. A sensação de ter sua mão entrelaçada à minha era magnifica. Eu sentia que estava no céu, mesmo que estivéssemos no inferno com ele.

Já havia se tornado algo comum escutar animais conversando, até com um casal de raposas que estavam brigando, nós já haviámos trombado. Havia sido até que divertido escutar a briga delas, mas eu fiquei triste ao ouvir um dos filhotes chorando.

Já havíamos trombado com uma coruja reclamando por não estar conseguindo dormir. Ela poderia ter feito qualquer coisa, mas o que ela fez foi pular em cima de nós, picando as nossas cabeças e puxando os nossos cabelos. Havia sido engraçado, para a coruja, não para nós.

Parecia que estávamos andando em círculos, eu sentia que já havíamos passado pelo mesmo arbusto umas seis vezes. Sabia que Chace também havia notado, a Floresta deveria estar zoando com a nossa cara, muito provavelmente estava nos confundindo de propósito.

Chace para de andar e leva as mãos à cintura enquanto tentava normalizar a sua respiração. Parecia com sede, sua aparência mostrava cansaço extremo. Eu sabia que eu não me encontrava em uma situação melhor.

--A Floresta está brincando conosco.

Reviro meus olhos, como se eu não tivesse percebido!

--Eu acho que eu percebi isso antes de você.

Chace ri, olhando para o céu com os lábios trincados o que me faz levantar uma sobrancelha.

--O QUE VOCÊ QUER DE NÓS?!

Levo minhas mãos aos ouvidos, fazendo uma careta com o grito nada gentil de Chace. Aquilo havia dado eco, um eco irritante, tal que deveria ter acordado todos os animais selvagens da Floresta, o que significa que eles iriam tentar nós comer, provavelmente. Será que aquela ursa estava por perto?

--Chace, pelo amor de Deus, avisa quando for gritar!

Vejo ele revirar os olhos, apontando para as minhas mãos antes de olhar para o céu novamente, gritando a plenos pulmões:

--ME RESPONDA!!!

Aperto minhas mãos contra os meus ouvidos, desejando que Chace parasse de gritar. Ele não estava sendo muito sensato.

--Chace,--Começo tentando soar calma.--Pare de gritar, por favor. Você está acabando com a minha paciência.--Infelizmente a última parte havia soado fria demais.

Chace bufa, andando até mim em passos calmos e, aparentemente, calculados.

--Meredith, estamos presos em um lugar terrível, tal que parece não ter fim. A minha fé está abalada e eu tenho certeza que a sua também. Gritar às vezes faz bem, mesmo que a Floresta não nos dê resposta.

Concordo. Era verdade que gritar às vezes fazia bem. Quando eu era pequena eu ia para o meio da criação de gado e gritava, papai me xingava, mas era por medo de que um dos bois corresse para cima de mim. Depois de gritar, eu geralmente me sentia melhor... Gritar libera as energias ruins.

--Okay, então grite à vontade, resposta não obteremos de qualquer maneira.

Chace dá de ombros, voltando sua atenção para o céu, porém, diferente do que eu pensei que ele faria, Chace não grita, apenas arregala os olhos.

--O que foi?--Medo sobe por minhas cordas vocais. 

Vejo a floresta de repente ficar escura, me fazendo arquear uma sobrancelha. Então olho para o céu, vendo que as nuvens, que antes eu não era capaz de ver, se encontravam em cima de nós dois, transformando todo o céu em cinza.

--O que está acontecendo?--Chace pergunta assustado, dando um salto quando um raio corta o céu.

--Eu acho que você não irritou somente a Floresta, acho que você irritou o céu!

Sinto um pingo de chuva em minha testa, que é seguido por outro em meu ombro e outro na minha bochecha. Eu e Chace iríamos ficar na chuva. Muito divertido, ficaríamos doentes, ou morreríamos. Existiam muitas opções de morte terrível.

--Ótimo... O que faremos?

Olho irritada para Chace, esse que olha para o lado de forma assustada, com seus olhos arregalados, me fazendo revirar os meus com raiva. Sinto os pingos ficarem mais grossos e fortes, mas ainda não me fazendo ter a impressão de que o mundo estava caindo.

--Precisamos achar um lugar seguro para ficarmos, porque isso daqui não será uma chuva calma.

O vento começa a soprar, balançando as árvores de uma maneira nada delicada, o que faz com que folhas comecem a voar ao nosso redor, algumas delas batendo contra o meu corpo. Me desespero e corro até Chace, sentindo a chuva começar a engrossar, me fazendo começar a ver as coisas com um pouco de dificuldade.

Um trovão alto canta, me dando a leve impressão de que aquilo estava sendo causado para nos derrubar.

Começo a tentar correr com Chace, tropeçando algumas vezes enquanto me sentia afogar com a água que entrava em minha boca e algumas vezes em minhas narinas.

Chace tropeçava também atrás de mim, me puxando junto algumas vezes. Eu estava entrando em pânico, estava encharcada, não via nada em minha frente. Por que havia deixado Chace gritar? Se tivesse mandado ele ficar quieto, não estaríamos em uma situação tão trágica.

Penso ver alguma coisa em minha frente. Parecia perto, quem sabe fosse uma caverna... Argh... Ao menos eu torcia para ser uma caverna.

Tento correr mais rápido com Chace,  e consigo, pois pulo dentro do local, onde eu caio no chão duro de terra, respirando com dificuldade. Havia acertado! Felizmente o local era uma caverna, e não havia goteira alguma.

Olho para Chace, esse também respirando com dificuldade ao meu lado.

--Eu nunca mais faço o que eu fiz.

Concordo com a cabeça. Chace quase que havia causado a nossa morte. Na próxima eu poderia dar um soco nele; claro, se isso fosse impedir ele de fazer alguma besteira.

--Obrigada, se for possível nunca mais cause um eco, eu não aturo.

Ora, ora, ora...

Arregalo os olhos, não! Tremo de pavor e a minha boca  fica em um perfeito O enquanto meu cérebro tenta formular o que eu havia acabado de escutar. Chace ao meu lado estava perplexo, olhando na direção do que eu não queria ver.

O que temos aqui? Os nossos dois fugitivos! Sejam bem-vindos de volta, meus amigos.

Bastiel usava uma voz maliciosa e debochada, o que faz eu trincar os dentes de raiva.

Okay, o nosso plano era encontrá-los e convencê-los a nos ajudar, porém agora eu não tinha certeza se seguiria o plano. Será que eles aceitariam? Eu achava que muito provavelmente não.

Bufo, pegando a única coragem que me restava. Me levanto, olhando para Bastiel com um olhar irritado.

--Temos uma proposta para fazer a vocês.

Não sei de onde que eu havia tirado coragem para falar aquilo, mas vejo Bastiel levantar uma sobrancelha (bois, touros, vacas tinham sobrancelha?). Ele sinaliza para eu continuar a falar. Ele deveria estar achando aquilo engraçado. 

Claro, apenas se apressem, eu tenho outras coisas para fazer, incluindo preparar vocês para o jantar. Também temos que fazer uma boa salada. Eu prefiro vegetais, sabe? Mas eu estou louco para experimentar um pedacinho de vocês, igual a todos os meus amigos aqui.

Reviro os olhos, nós seríamos comidos até pelas Coisas que eu acreditava que fossem vegetarianas.

--Okay, --Começo.--Espero que depois de nos escutarem, vocês decidam não nos comerem, até pelo motivo de nossa proposta ser muito boa para ser negada.

Olho para Chace, vendo-o em pé atrás de mim. Seus olhos inquietos fitavam Bastiel enquanto tínhamos os olhos de mais de vinte coisas olhando em nossa direção.

Eu achava engraçado o fato de entre eles, terem inúmeras criaturas meio animais domésticos e também selvagens. Haviam até meias Coisas que deveriam viver na savana, não em uma floresta. Eu achava isso perfeitamente estranho, mas eu nem tentava mais entender o porquê de tudo ser tão diferente naquele lugar.

--Okay, vamos lá,--Olho novamente para Chace.--Chace, já que foi você que falou sobre isso comigo, acho melhor você explicar.

Ando para traz dele, empurrando-o para mais perto das Coisas. Vocês podem me chamar de covarde, mas se vocês estivessem em uma situação dessas, com toda a certeza, você que está lendo, não iria querer ser o primeiro a se tornar comida de criaturas como aquelas.

Coloco as minhas mãos nos ombros de Chace, o mantendo no lugar, sentindo-o começar a tremer enquanto tentava se segurar em pé. Não tinha como negar, nós que havíamos criado a doença da Perna Bamba, era ironia do destino Chace parecer estar com ela.

Então, não vai começar a falar?

Chace olha para mim, seu olhar deixando claro que eu o devia alguma. Apenas dou de ombros, fazendo ele voltar a atenção para as Coisas, essas que não estavam nenhum pouco felizes com a nossa demora.

Ele respira fundo, tentando acalmar as suas pernas.

--O que vocês estão fazendo trabalhando para a Floresta? O que vocês recebem ao fazer o que ela manda?

Eu me surpreendo com a facilidade que essas palavras haviam sido proferidas. Mesmo que Chace continuasse tremendo, ele agora se mantinha ereto, sabendo que precisava ser forte e acreditar que não iríamos morrer. Bem... Nem eu acreditava que iríamos sobreviver.

Bastiel e o resto das Coisas nos fitavam com interesse, fazendo eu agradecer pela voz de Chace ter saído tão certa no que dizia.

Olho para os seus olhos, sinalizando para ele continuar a falar, o que ele faz de maneira nervosa, porém ainda se mantendo firme.

--O que vocês recebem fazendo o que ela manda? Eu não acho que vocês recebam muitas coisas. Nós acabamos de cruzar com um cadáver de vocês, eu não sei do que ele ou ela morreu, mas não parece que a Floresta se importou.

Vejo eles se olharem, Bastiel parecia nervoso agora, como se Chace ter dito que encontramos um deles morto, fosse ter feito ele se lembrar de algo, algo extremamente importante.

Qual era a aparência dele ou dela?

Bastiel estava com lágrimas nos olhos, eu me perguntava se a Coisa morta era importante para ele. Bem, era meio óbvio, ele parecia irritado, totalmente irritado... Eu só esperava que ele não descontasse em nós.

--A gente não conseguiu ver, estava em um estado avançado de decomposição, só deu para ver que era um de vocês.--Digo.

Os seus olhos ficam vermelhos, seu rosto contorcido em uma careta feroz enquanto eu andava para trás com Chace, tentando ficar o mais longe possível de Bastiel, temendo que ele nos atacasse.

Ela disse que ele estava vivo, disse que iria trazer ele de volta para mim...

Ergo uma sobrancelha, fitando Bastiel de forma curiosa, esperando que ele falasse mais alguma coisa, porém ele agora tentava segurar as lágrimas enquanto fitava seus cascos, sem dirigir nenhuma palavra para as outras Coisas curiosas, que se encontravam logo atrás de si.

Olho para Chace, ele parecia tão curioso quanto eu.

Ela mentiu para mim... Ela MENTIIIUUUUU!!!

Sinto a caverna tremer, vendo uma pedra cair ao meu lado. Automaticamente abraço o braço de Chace, na tentativa de me sentir mais segura, porém eu não me sentia nenhum pouco segura.

--Perdão, mas quem era ele?

Bato com força no braço de Chace, querendo que ele ficasse de boca fechada. Estávamos prestes a sermos mortos e ele ainda inventava de deixar a ferra ficar ainda mais triste e irritado com a sua pergunta.

Bastiel prende o seu olhar em mim e Chace, me fazendo acreditar que ele iria correr até nós e nos matar com seus enormes chifres, porém, estranhamente, ele se joga no chão, fazendo toda a caverna tremer novamente.

Agora ele nos fitava sentado, enquanto tentava secar seus olhos com os cascos, mas ele estava mais os machucando, do que os secando.

Ele era meu filho, o meu lindo filho. A Floresta o mandou fazer um serviço secreto a quatro semanas atrás, porém ele não voltou.

Dia passada, dia entrava, eu estava entrando em pânico, quando um pássaro pousou ao meu lado, dizendo que a Floresta havia dito para ele me dizer que Richard estava bem, que ela iria trazê-lo para casa...

Seu rosto estava explodindo em fúria. Me perguntava se havia alguma chance de Chace e eu conseguirmos fugir. Bem, provavelmente seríamos pegos antes de cruzarmos a saída, e se conseguissemos passar, a chuva que nos matarias.

Chace olha para mim, e em seguida olha para todas as Coisas, suas pernas já não estavam mais bambas... Pelo visto a Doença da Perna Bamba não passava de uma piada... Ainda.

--Ela mentiu para você, mentiu para manter você fazendo o trabalho sujo dela. Ela não se importa com os sentimentos de vocês, apenas com o que ela pode conseguir com o que vocês fazem para ela. Vocês gostam mesmo de ficar presos aqui? Vocês podem sair ao menos?

Bastiel se levanta, seus olhos nos fitando. Me perguntava se ele iria nos matar. Bem, se ele fosse fazer isso, eu esperava que fosse rápido e que eu não sentisse dor alguma.

O que vocês querem?

Olho para Chace, levantando uma sobrancelha, pedindo silenciosamente que ele me deixasse falar dessa vez.

Chace balança levemente a cabeça, sinalizando as Coisas com o queixo, seus olhos nervosos, como se dissessem:

Cuidado, meça as palavras.

Suspiro, me colocando em frente a Chace, torcendo meus dedos enquanto pensava nas palavras que eu iria proferir.

--Imagino que a Floresta seja bastante injusta com vocês, que ela force vocês a fazerem coisas que não queiram. --Vejo a maioria deles concordarem com as cabeças. --Imagino que ela já tenha feito inúmeras coisas injustas e vocês nunca revidaram por medo...

Okay, eu sabia que o que eu estava dizendo poderia gerar um alvoroço enorme, então fecho meus olhos, assustada ao dizer as últimas palavras, porém me surpreendo ao os abrir e ver que eles esperavam eu continuar.

"Nunca revidaram por medo..." Aquilo seria o suficiente para cortarem a minha cabeça ao meio e saborearem da minha carne... Mas eles não haviam feito isso, não hoje.

--Me contem coisas que ela já fez com vocês.

Vejo seus olhos me fitando de forma atenta. As minhas pernas agora estavam tão bambas quanto as de Chace a alguns minutos atrás. A chuva caia forte no lado de fora, tudo e todos pareciam ir a favor da nossa morte.

Vejo uma meia corsa se levantar do chão onde antes estava sentada. Era magra, aparentava ter por volta dos seus 12, 13 anos. Da cintura para cima ela era humana, enquanto embaixo dava para ver bem que era uma corsa. Eu já havia visto algumas aparecerem na Vila... Eram gentis! Já havia até tocado em uma, porém essa logo havia fugido do meu toque.

--Sim?

Ela olha para todos, provavelmente se perguntando se era certo falar comigo.

Ela não deixa a gente sair... Teve uma vez que eu tentei, porém ela me jogou no riacho e eu quase me afoguei... Minha mãe me salvou. Também não podemos comer vários animais aqui dentro, só os que ela permite, além de não ter muitos alimentos vegetarianos que ela deixa que a gente coma... E eu os prefiro.

Concordo, esperando que outra Coisa falasse. Vejo uma mulher de meia idade se levantar. Eu não era capaz de identificar se ela era meia ursa ou qualquer outro animal.

Sempre quando novos filhotes nascem, de qualquer um de nós, ela promete que irá protegê-los, mas ela deixou que um dos meus morresse... Não foi de causa natural...

Olho para todos, ouvindo eles conversarem entre si. As expressões de várias aflitas, enquanto nas de outros era de pura ira. Achava que havíamos conseguido um feito em tanto, não seria hoje que iríamos morrer.

Me paro ao lado de Chace, pegando na sua mão.

--Você pegou a minha mão...--Chace diz o óbvio.

--Bem, recompensa por seu plano ter funcionado.

--Ainda não temos cer...

Chace trava ao ver Bastiel em nossa frente, os olhos de touro ferozes, o que acaba nos causando a Doença da Perna Bamba novamente.

O que. Vocês. Querem?

Engulo em seco, soltando a mão de Chace.

--Nós queremos que vocês nos ajudem a ir contra a Floresta, assim quem sabe vocês consigam uma revolução, assim também conseguiremos sair daqui. 

Vejo ele bufar, adquirindo um olhar um pouco mais humano.

Ela é muito forte...

--Nós a faremos ficar fraca.--Falo com convicção.

Podem me chamar de louca, eu não irei ir contra o que vocês me chamarem, pois o meu único plano tem a ver com ir contra a Floresta. 

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