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Capítulo Três


--Meredith!

--Meredith!!

Eu sentia uma dor de cabeça horrível, o sol cegante queimava meu rosto e eu estava com dor, muita dor. Era possível escutar os pássaros cantando, eu sentia folhas em minhas costas e tinha um... Tinha um riacho por perto, era possível ouvir sua água correndo, porém esse som vai desaparecendo conforme eu escutava os outros sons, esses que eu não entendia.

--Meredith!!!

Aquela era a voz de Chace, eu tinha certeza que era a voz de Chace, mas eu era incapaz de me mexer ou abrir a boca. O que estava acontecendo comigo, onde eu estava?

Eu me lembrava de os cavalos pularem assustados com a lebre branca que passara na frente da carroça. Eles haviam começado a correr rapidamente, nem pareciam dois cavalos velhos que deveriam estar aposentados. Eu não havia conseguido me segurar na carroça e após a roda passar por cima de uma pedra, eu já estava rolando morro abaixo.

--Meredith!

A voz de Chace parecia mais distante, eu tinha que gritar e chamar sua atenção, mas eu não conseguia, me sentia uma perfeita inútil. Eu odiava me sentir uma inútil.

Meu corpo estava parado, eu não sentia meus membros, não sentia nada. Quase nada, eu ainda podia sentir um formigamento em meus pés e o meu tornozelo que parecia torcido. A dor chegava a ser pior que a de cabeça.

Tento me concentrar em meus dedos. Se eu conseguisse mexê-los, quem sabe pudesse começar a mexer meus braços e depois quem sabe abrisse os olhos, daí a boca e em seguida as pernas. Era questão de vontade, e eu tinha uma extrema vontade de conseguir chamar a atenção de Chace.

Coloco toda a minha atenção no ato, notando que aos poucos eu conseguia os movimentar, porém meus olhos ainda não queriam abrir e nem a minha boca. Consigo mexer meu braço e começo a tatear o chão.

--Meredith!

O som de sua voz estava distante, eu tinha que fazer algo.

Minha mão consegue tocar em uma pedra e em um golpe de sorte, a jogo em um pássaro que canta em alto som enquanto sai voando entre os galhos e folhas das árvores... Bem, pelo menos eu pensava que ele havia feito isso.

--Meredith, eu a achei!

Os passos de Chace ecoam em minha direção. Sinto ele se ajoelhar ao meu lado e levantar a minha cabeça. Consigo abrir a boca um pouco, porém nada sai da mesma.

--Meredith, meu Deus, sua cabeça está sangrando.

Era só o que me faltava não conseguir abrir os olhos, falar e me mexer por ter batido a cabeça.

Eu sentia uma extrema vontade de chorar, mas nem isso para sair de meus olhos. Sinto Chace colocar minha cabeça em sua cocha e de repente uma dor extrema atinge todo o meu crânio, fazendo eu conseguir soltar um som sofrido de minha boca.

--Ufa, você pelo menos consegue sentir.

Sinto as mãos de Chace massageando meu rosto, aquilo era tão acalmador, porém era estranho saber que ele massageava meu rosto.

--Se concentre nas suas pernas, olhos, boca. Você precisa se mexer.

Seria perfeitamente constrangedor ter as mãos de Chace em meu rosto se não fosse naquela situação, pois agora eu não era capaz nem de controlar meus pensamentos e dor de cabeça terrível que eu sentia.

O cantar dos pássaros parecia  ficar mais rápido e alto a cada segundo. Sentia uma naúsea terrível e a massagem que Chace fazia em meu rosto era a única coisa que me acalmava.

--Se concentre, você precisa se mexer...

Eu queria perguntar onde nós estávamos, eu queria poder olhar ao redor do local, eu queria me levantar e sair daí, eu preferia até ter que aturar a Festa da Colheita, pois era cem vezes melhor do que ficar caída no meio de um lugar aonde folhas secas pinicavam minhas costas, sem eu saber aonde era.

Me concentro em meus olhos, eu tinha que abri-los, eu tinha que conseguir ver.

--Isso, você está mexendo os olhos, continue Me!

Chace parecia tão preocupado, tão diferente do que sempre foi. O mais interessante é que ele dificilmente me chamava de Me e quando chamava era para ser sarcástico, mas naquele momento ele soava tão preocupado e carinhoso.

Consigo abri os olhos, em minha frente o céu estava ficando escuro, os pássaros cantavam enquanto voavam para longe, as folhas se mexiam e era possível ouvir os grilos começarem a tocar seus violinos. Ando com meus olhos um pouco para trás, fitando-os em Chace, que sorria pequeno.

--Consegue falar?

Abro a boca e forço a minha voz:

--Aonde...

Me sinto incapaz de terminar a pergunta, mas felizmente Chace havia sido capaz de me entender.

--Nós caímos da carroça. De alguma maneira aqueles cavalos velhos conseguiram correr quando viram a lebre, assim nós pulamos para fora quando a roda passou em cima de uma pedra e acabamos ambos em lugares diferentes. Não me pergunte como, eu não sei como acabamos tão afastados da estrada, eu simplesmente não consegui encontrar a saída daqui.

Consigo concordar com a cabeça. Meus movimentos felizmente estavam voltando, o que significava que logo eu poderia andar e sair daí junto com Chace, esse que agora segurava meus braços e os mexia, o que me provocava uma leve dor, mas eu sabia que era pela volta dos movimentos, então não havia motivos para eu reclamar.

--Está anoitecendo, nós precisamos sair daqui logo, não acho que você queira ser devorada por um animal.

Eu solto um barulho estranho com a garganta, tentando entender como que havia passado tanto tempo. Chace e eu deveríamos ter desmaiado. Aquilo não era possível, nossos pais deveriam estar totalmente preocupados... Mamãe deveria está enlouquecendo.

Consigo soltar o meu braço direito da mão de Chace, que me olha com uma sobrancelha erguida.

--Acha que consegue mexer as pernas?

Balanço a cabeça e começo a forçá-las, sentindo uma dor enorme em minha direita ao dobrar o joelho. Felizmente elas não estavam quebradas, mas era claro que meu pé estava torcido.

--Ai.--Gemo de dor.

--É, pelo menos tudo está voltando ao normal. Se você não conseguisse ser mexer, as coisas seriam perfeitamente sérias. Não existem médicos bons na Vila, você morreria aqui antes de alguém chegar.

Concordo com a cabeça enquanto me sento, sentindo as mãos de Chace segurarem minhas costas. Forço minhas pernas para cima, sentindo no meu pé direito uma dor horrível e gemo pela sensação incômoda, achando que eu não conseguiria levantar.

--Calma, eu te ajudo.

Chace se levanta e me força para cima, jogando meu braço direito ao redor de seu pescoço e colocando seu braço esquerdo ao redor de minha cintura. Eu teria corado se eu não estivesse sentindo tanta dor, que agora além de meu pé, passava por todo o meu corpo devido o esforço.

--Pa.. Para onde?

--Vamos para um lugar seguro, não podemos passar a noite em um lugar tão aberto. Eu já ouvi barulho de cobras e vi algumas rastejando. Você sabe que a floresta é conhecida por ser perigosa e pelos desaparecimentos de pessoas, não sabe? O que significa que elas morrem aqui.

Concordo com a cabeça. Eu de fato não queria morrer naquela floresta. Eu tinha muitos planos para a vida e morrer agora não era uma opção, nem para mim e nem para Chace.

Ele começa a andar comigo, os passos sendo dados de forma lenta devido o meu peso. Felizmente, Chace era muito mais forte que eu e mais alto, então aguantava meu peso.

A floresta já começava a ficar toda escura, a orquestra dos grilos ficava cada vez mais alta, isso deveria me deixar nervosa, mas parecia que minha mente estava voando para direções diferentes, me fazendo pensar em tudo, menos do que eu deveria estar pensando. Os grilos sempre tiveram esse efeito em mim.

--Se acharmos uma caverna, um lugar qualquer, daí ficaremos bem, só espero que não tenha ursos, você sabe que as histórias que contaram podem acabar sendo verdadeiras, não sabe?

Chace era perfeitamente bom quando o assunto era me causar medo, fazia isso desde que eu me conheço por gente.

--Chace, pare de me causar medo, okay?

Ele coloca um sorrisinho culpado no rosto, ainda me puxando pela floresta, que a cada minuto estava mais escura.

--Temos que fazer uma fogueira, achar rápido um local, mas não tem...

Consigo apontar para uma pequena caverna ao longe, essa que parecia a toca de um animal. Vejo Chace sorri fraco e me puxar rapidamente para o local, me colocando no chão da pequena caverna, que mal cabia duas pessoas, mas que era o suficiente bom para nós ficarmos por uma noite, que eu torcia que passasse de forma rápida.

--Acho que não tem mais nenhum animal morando aqui.--O mesmo diz.

Concordo com a cabeça. Eu esperava mesmo que não tivesse nenhum animal morando aí.

Chace corre para um lugar mais adiante, me deixando por um curto tempo sozinha no local, porém volta rapidamente com suas mãos cheias de gravetos e palha seca.

--Vai tentar fazer fogo?

Vejo ele sentar em minha frente e acenar com a cabeça, pegando um pouco de palha seca e colocando em cima de uns gravetos no chão.

--Vamos ver se funciona mesmo. Aquelas histórias que contavam na escola precisam servir para alguma coisa.

Solto um risinho fraco com as lembranças que inundavam a minha mente. O ensino da Vila poderia ser péssimo, mas se tinha algo que ninguém podia negar, era que as histórias que contavam eram ótimas, e de acordo com eles, todas era verdadeiras, embora eu achasse que não eram. Os professores já haviam contado várias sobre a floresta e pessoas que ficaram presas nela, assim contaram sobre fazer o fogo com gravetos ou pedras. Eu esperava seriamente que Chace tivesse prestado atenção.

Ele começa a raspar dois gravetos um no outro. Eu noto que duas pedras se encontravam ao seu lado, quem sabe para o plano B, levando em conta que ele não parecia muito bom com os gravetos.

Levo minha atenção para o céu, vendo que as estrelas inundavam a escuridão e, felizmente, a lua também estava lá. Isso era bom, significava que se Chace não conseguisse fazer a fogueira, nós teríamos a luz da lua e das estrelas. O problema era que a fogueira não servia apenas para não nos deixar na escuridão, mas também para nos esquentar. A Vila tinha a tendência de ser muito gelada à noite. Eu costumava dormir com quatro cobertas e mesmo assim acordava de madrugada com frio.

--Vamos lá, acende!

Olho para Chace com um certo medo. A gente não poderia morrer como todos que haviam morrido na floresta, mas olhando em volta, não parecia que conseguiríamos achar a estrada novamente, mas também não era possível que tivéssemos caído tão longe, havíamos apenas rolado. Algo estava muito estranho.

Olho para Chace, ele estava totalmente atento no que estava fazendo.

--Você disse que não sabia como havíamos acabado tão longe um do outro.--Ele me olha, mas logo volta sua atenção para a tarefa, parecendo não se importar.

--E?

Suspiro e tento ajeitar minha perna, porém uma dor horrível toma conta de mim, me fazendo gemer em protesto.

--Mas como acabamos tão longe da estrada?--Falo com dificuldade.--A gente só rolou, literalmente, nós apenas rolamos, algo deve ter feito a gente acabar tão longe. E mais, como nenhum animal pegou a gente? Essa floresta é conhecida por seus ursos, lobos, cobras, raposas, algo deveria ter nos pegado. Nós ficamos por horas desacordados!

Chace tira sua atenção dos gravetes, esses que ainda se mantinham sem nenhuma faísca, apenas meio desgastados pelo atrito de serem raspados.

O garoto mantinha no rosto um olhar pensativo, esse que me fitava com atenção.

--Eu pensei nisso, acontece que isso me assusta e não faço a mínima ideia do que seja. Você sabe que esse lugar tem umas lendas estranhas e aterrorizantes, pode ter sido qualquer coisa.

Sinto meu corpo tremer, estava começando a ficar muito frio. Não havia mais nenhum vestígio de sol, a nossa única luz vinha das estrelas e da lua, mas não havia nada para nos esquentar, o que significava que iriamos congelar se Chace não conseguisse fazer o fogo.

Chace volta a mexer os gravetos, dessa vez mais rápido e aparentando com mais vontade. Algumas faíscas acabaram aparecendo na palha, porém essas não pegaram.

Bufo de forma ansiosa, notando que provavelmente aquela noite não passaria rápido e seria perfeitamente congelante, só esperava estar viva no dia seguinte, de preferência inteira.

--Isso!

Me viro assustada para Chace, vendo a sua expressão em total vitória enquanto olhava para o fogo que se formava ao seu lado.

--Chace, você...

--Consegui, eu sabia que as histórias um dia viriam a calhar!

Solto um baixo risinho, feliz por saber que felizmente nem ele e nem eu, iríamos morrer congelados naquela noite. 

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