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Capítulo Seis


O riacho é movido por magia, essa que faz com que as pessoas não consigam achá-lo. É importante que você entenda a jogada da Floresta.

Tento entender o que Nozes estava dizendo, mas magia? Movido por uma magia antiga? Eu era inteligente o bastante para saber que magia não existia. E um esquilo falante vem me dizer que o riacho que nos oferece água é movido por uma magia antiga?

Bufo e olho para Chace, mas o mesmo ainda parecia estar perdido.

--Magia não existe.--Falo de forma óbvia para Nozes, esse que parece soltar um "ai ai", debochado.

Uma humana qualquer cai de paraquedas na minha floresta e vem me dizer que magia não existe, onde já se viu.

Reviro meus olhos diante daquilo, vendo Chace sair de sua zona de silêncio total para soltar um baixo risinho. Suspiro, pelo menos ele ainda estava escutando o que falávamos.

--Mas como assim ele é movido por magia?

Simples. Quando nós queremos achar o riacho, ele desaparece, e quando não queremos achar o riacho, ele aparece. O motivo pelo qual vocês estão ouvindo às vezes alto, às vezes baixo e algumas vezes param de escutá-lo, é porque vocês por curtos segundos esquecem dele, fazendo com que ele apareça, mas logo suma quando vocês se lembram.

Me sinto imensamente confusa por um segundo.

--Okay, mas como nós conseguimos ver a parte dele que passa pela Vila, sendo que ele só aparece quando esquecemos dele?

Nozes suspira.

Você precisa saber que a Floresta não quer que quem entre nela, saia. Então ela tem suas jogadas para quem estar dentro dela, não para quem estar fora, e a Vila dos Perdidos é fora dela. A maioria das pessoas que se perdem na Floresta, é porque cometeram o erro de seguir o riacho para dentro, acabando por perderem suas atenções por segundos, e apenas nesses segundos, o riacho já desaparece, os prendendo. Ele não desaparece na Vila, somente a parte que estar na Floresta, que é maior.

Engulo em seco, estava assustada. Aquela floresta era maligna, não era à toa que pessoas simplesmente desapareciam na Vila... A floresta simplesmente os prendia.

--Mas essas pessoas, elas não desmaiavam nem nada, poderiam voltar pela direção que vieram.

Nozes suspira novamente, parecendo triste.

Ela faz eles ficarem confusos, de uma forma que eles esquecem de tudo. Vocês, para vocês isso não foi necessário, ela simplesmente deu um jeito de os puxarem para um lugar aonde não poderiam achar a saída.

--Estou a um passo de chamar essa floresta de Floresta Maligna.--Tento descontrair, porém nenhum deles rir.

Olho novamente para Chace, vendo que agora ele olhava para o céu, fitando o azul, as folhas das árvores, os galhos, os pássaros, como se estivesse na Vila, sentado no telhado da escola, como ele geralmente fazia quando queria estudar em paz.

--Chace...

Vejo Nozes parar, não me dando tempo de continuar o que estava dizendo para Chace.

--Por que você parou?

Ele parecia assustado, as folhas se moviam rapidamente ao nosso redor.

Bem, ela sabe que eu estou com vocês, o que significa que eu não posso ficar muito tempo. Ela deve saber que eu estou tentando ajudar.

Ele se vira para nós.

--Como assim você não pode ficar muito tempo?--Pergunto assustada. Não queria perder a ajuda do esquilo, esse que tinha acabado de começar a nos ajudar.

Eu irei falar para vocês o que precisam saber, mas não estarei mais com vocês depois de dizer. Vocês não fazem ideia do que ela pode fazer comigo.

Olho para Chace, esse que agora estava atento do vento ao nosso redor, não mais em seu mundo.

--Espera, tem que ter um jeito de você continuar com a gente.--Chace diz assustado.

Nozes nega com a cabeça.

Não tem, ela agora estar vigiando meus passos, não posso escapar... Apenas escutem cada palavra que sair de minha boca...

Pulo para trás, quase que caindo no chão ao ver uma cobra aparecer do nada e engolir Nozes, logo deslizando satisfeita em direção às pedras.

Eu não sabia se chorava, tentava correr, mesmo sabendo que não conseguiria por estar mancando, ou se desmaiava. Tudo era sobrenatural demais para ser verdade.

O vento havia parado...

--Aquela cobra...

Eu sentia a minha respiração falhando, estava a um passo de cair, porém Chace me puxa para seu peito, me abraçando.

--Calma, vai ficar tudo bem, esquece isso, faz de conta que isso não aconteceu...--Eu podia saber pela sua voz, que ele estava tão assustado quanto eu, quem sabe até pior.

--O que a gente faz agora?--Pergunto com a voz embargada devido às lagrimas que agora desciam pelas minhas bochechas.

Chace respira fundo e olha ao redor, parando com seus olhos no sol, esse que agora se escondia atrás dos galhos das árvores. Parecia tarde, muito tarde.

--Está tarde, precisamos de comida, quem sabe se procurarmos, podemos esquecer do riacho e ele aparecerá.--Chace diz.

Respiro fundo, quem sabe não fosse necessário ter o esquilo para nos dizer o que fazer, nós só precisávamos esquecer do riacho, assim ele iria aparecer uma hora ou outra... Na realidade, era idiota pensar assim, nós nunca acharíamos o riacho.

--Okay, mas tudo que ele disse, aquele vento estranho, aquela cobra... A floresta é maluca, Chace, maluca. Ela nos quer mortos, coisa que ela pode muito bem fazer, nos matar!

Eu sentia o meu coração rápido demais. Estava com muito medo, apavorada, a floresta era viva, estava explicado os sumiços que viviam ocorrendo. Ela poderia nos matar a qualquer segundo, mandar um animal, como um urso, ou mandar uma cobra nos picar, nós simplesmente estávamos presos lá, nunca que iriamos conseguir achar o riacho. Eu não poderia esquecê-lo, queria muito achá-lo para me dar ao luxo de esquecê-lo.

--Meredith, nós precisamos pensar positivo. Essa é a única chance de sobrevivermos. Se pensarmos negativo, daí sim que as coisas não irão funcionar.

Ouço a minha barriga roncar, como ele poderia achar que tínhamos chance, se nós não sabíamos nem caçar?

--Chace...--Sinto os seus olhos em meu cabelo.--Você sabe ao menos caçar? Porque eu não sei.

Ouço um suspiro sair de sua boca.

--Bem, acho que nós podemos aprender, não deve ser tão difícil...

Eu sabia, com apenas naquelas palavras que haviam saído da boca de Chace, que nós não teríamos tanta sorte em caçar. O "não deve ser tão difícil" de qualquer pessoa, era capaz de causar um belo de um problema, um problema às vezes extremamente sério para ser resolvido, mas eu precisava ter confiança, tanto em mim, quanto em Chace, que agora me desprendia do abraço e olhava para o chão, quem sabe pensando em fazer uma lança, bem... Se ele não estivesse pensando em fazer uma lança, eu estava pensando em fazer uma.

--A gente poderia tentar pegar uma lebre.--Chace diz, fazendo com que automaticamente eu pensasse na lebre branca que passara na frente da carroça. Eu não sei se conseguiria comer uma lebre sem pensar naquela. Será que a floresta havia mandado ela correr na frente da carroça? Era algo que eu tinha que levar em conta.

--Okay, tudo menos esquilos...

Eu até que poderia comer uma lebre, mas não conseguia comer esquilo algum depois de ver Nozes sendo comigo por uma cobra. Eu não teria coragem de comer um de seus parentes esquilos de maneira alguma.

--Certo, eu também não estou com vontade de comer esquilos.

Chace exibia um olhar atento enquanto procurava um galho, quem sabe com uma característica em especial, já que não parecia querer pegar os galhos que estavam em sua frente, esses que eram muitos.

Começo a também procurar um galho, de preferência um pontudo. Também queria uma pedra afiada, assim poderia raspar a ponta para o galho ficar muito mais pontudo, assim conseguindo pegar o animal que eu Chace procuraríamos para comer.

Vejo Chace pegar um galho, esse que tinha uns 50 centímetros.

--Esse daqui serve, vou fazer uma lança.

Concordo com a cabeça, pegando também um galho que eu havia achado, esse que tinha mais ou menos 45 centímetros, ou seja, era menor que o de Chace, mas eu não me importava, não era o tamanho e sim a ponta, essa que eu faria logo.

--Okay, eu também vou fazer uma, só preciso de uma pedra afiada...

Acho uma bem na minha frente e pego, logo andando em direção a Chace, que também estava com uma pedra na mão, já tentando raspar a ponta, porém não conseguindo por estar de pé.

--Vamos achar um lugar bom para nós sentarmos, daí fazemos as lanças...

Penso que a minha barriga havia roncado de novo, porém aquilo havia soado alto demais para ser um ronco.

Olho para Chace, esse que aparentava confusão.

--Sua barriga roncou?

Chace balança a cabeça em negação, logo olhando para mim.

--E a sua?

Balanço a cabeça também em negação, escutando de novo aquele som assustador. Aquilo soava alto demais para ser de um ser inofensivo.

--Que animal produz esse som?--Chace pergunta perfeitamente assustado.

Eu estava tentada a não responder a palavra urso, porém eu tinha certeza que já havia escutado aquele mesmo som quando pequena, e quando me dei conta, havia um urso perto do gado da minha família, e não era um animal pequeno, era enorme, assustador e tinha cicatrizes pelo rosto quase sem pelos. Temia me virar e ver um ser mais assustador que aquele.

--Chace...--Digo baixinho.--Não faça movimentos bruscos, eu tenho uma ideia de qual animal está logo atrás de nós.

O som sai alto. O animal estava muito perto, perto de uma maneira que eu temia virar comida.

--Okay, você pode me dizer que animal é esse?--Chace pergunta baixo.

Eu e Chace havíamos crescido sem televisão, consequentemente sem professores e livros bons. Aprender sobre animais e os sons que eles produziam não era algo que os professores haviam pensando em nós ensinar, e nossos pais, bem... Esses não pareciam se importar, então não era de admirar que tínhamos conhecimento sobrer poucos animais, como lebres, esquilos, gado, cavalos, pássaros etc. Já que esses animais eram comuns de temos ou aparecerem uma vez ou outra na Vila.

Respiro fundo e olho para Chace.

--Urso, eu vi uma vez perto do gado, não é pequeno, é enorme...

Vejo a cor do rosto de Chace desaparecer, me fazendo ficar preocupada. Como que conseguiríamos sair vivos? Estávamos entre viver ou morrer a mais de um dia, a floresta estava jogando com a nossa cara!

Olho para o galho em minha mão. Será que o urso se assustaria com aquilo? Eu não fazia ideia, nunca havia tentado.

Vejo Chace arregalar os olhos ao meu lado, logo entendendo o porquê daquilo. Havia algo atrás de nós, não algo, o urso estava atrás de nós.

Vocês me parecem deliciosos!

Eu sentia que poderia desmaiar, mas um animal falante?!

Olho para Chace, como se procurasse algo para me segurar caso eu desmaiasse, vendo que quem sabe, ele precisasse mais do que eu, então não poderia me dar ao luxo de cair dura no chão tendo Chace ao meu lado.

Sinto o urso andando para a minha frente, então fecho os olhos, temendo olhar nos olhos do animal enorme que poderia ser. Então ouço Chace soltar um gritinho quase mudo, provavelmente não havia conseguido fechar os olhos a tempo.

Vocês têm cheiro de carne de vaca...

Noto que a voz parecia feminina, então era uma ursa. Eu esperava que ela tivesse um pouco de amor e não nos comesse, bem... Ela poderia safar um de nós e comer o outro, algo que eu não queria de maneira alguma.

Ei, eu estou falando com vocês, por que não me respondem?

Abro os olhos devagar, vendo uma linda ursa parda, que tinha os olhos de um castanho chocolate, nenhuma cicatriz no corpo e parecia ser bem nova, o que era fácil de notar, já que era bem menor do que o urso que eu havia visto perto do gado da família.

--O qu..que você esp..espera que digamos?--Chace pergunta. Estava tremendo ao meu lado, tateando o ar ao seu lado direito como se procurasse a minha mão, porém eu não podia ter certeza.

A ursa ganha uma expressão pensativa, antes de soltar um risinho baixo, esse que soa problemático diante da futura morte que eu e Chace teríamos.

Sei lá, poderiam falar seus nomes, idades, quem sabe eu deixe um de vocês viverem...

Sinto Chace tremer ao meu lado, fazendo com que eu também trema diante daquilo. Aquela ursa deveria estar zoando com a nossa cara, brincando com a refeição antes de comê-la.

Bufo irritada, declarando a minha morte antes de Chace se pronunciar:

--Acredite.--Ele tosse falsamente.--Você não vai querer comer a nossa carne, estamos com uma doença mortal, por isso que nos jogaram na floresta.--Ele tosse novamente, uma sequência de tossidas quase que reais. 

Eu sorrio ao entender o que ele estava fazendo, também entrando na jogada.

--Se você comer...--Tusso.--Ficará seriamente doente, quem sabe pior do que já estamos.

A ursa parecia estar pensando entre a vontade de comer a carne deliciosa de suas vítimas ou deixá-las ir, devido ao fato de estarem doentes.

Nossa, e qual o nome dessa doença?

Aquilo havia me pego de surpresa, felizmente Chace sabia o que estava fazendo.

--O nome é Doença da Perna Bamba.

Eu queria rir de nervoso. Aquilo havia soado tão nada a ver, que eu temia que a ursa não acreditasse, porém o que ela fez em seguida me surpreendeu. Ela andou alguns passos para trás, olhando para nós com pavor.

E o que essa doença faz?

Chace tosse mais uma vez antes de falar com a voz mais cansada que uma pessoa poderia ter:

--Ela faz com que a pele comece a se descascar, as pernas param de aguentar o corpo depois de um tempo. O primeiro estágio é a tosse seca, tanto que ainda estamos nele. O segundo estágio é sangue saindo das narinas. O terceiro é a pele descascando. E o quarto e último, são as pernas bambas. Depois desse, é questão de pouco tempo até a sua morte eminente.

Eu queria abraçar Chace por ter pensando naquilo tão rápido. A ursa parecia assustada, temendo nos comer, tanto que agora estava muito mais do que afastada de nós.

Não posso comer vocês, prefiro comer esquilo.

Ela se vira e começa a andar para longe, deixando tanto eu quanto Chace, aliviados.

--Quando foi que você pensou nisso?

Me viro perplexa para ele, vendo ele segurando um risinho.

--Eu diria que o meu pânico salvou o dia, mas seria mentira. Foi uma história de terror que meu pai contou quando eu tinha uns 8 anos. minha família estava no quintal, sentados ao redor de uma fogueira, quando meu pai começou a contar histórias de terror, uma era sobre um caçador que enganou um urso falante contando que estava com uma doença, a Doença da Perna Bamba.

Aquilo soava tão irônico.

Eu rio baixinho, Doença da Perna Bamba soava tão idiota.

--Chace, eu já estava declarando a minha morte, você é fantástico!

Chace me olha de forma estranha antes de suspirar.

--Você sabe que eu não deixaria você morrer, e se fosse para ela comer um de nós, seria eu, não sabe?

Olho para Chace perplexa. Não era possível que ele pensasse que eu fosse deixar ele morrer no meu lugar. Era meio óbvio que seria eu e não ele.

--Chace, fala sério, eu não deixaria você morrer. Você está cheio de planos, seria jogar fora tudo que você lutou até hoje...

Ele me olha com um olhar mortal.

--Olha, de qualquer maneira, o que passasse pela ursa acabaria morrendo de qualquer jeito. Mas que fique bem claro, que não sou só eu que tenho planos, Meredith, você também tem, seria besteira eu deixar você morrer.

--Pois saiba, que também seria besteira eu deixar você morrer.--Retruco.

Um silêncio mortal cai sobres nós, me deixando seriamente angustiada. Felizmente, Chace também havia ficado, o que alegava que nós dois estávamos errados com aquela discussão boba.

Chace me olha com os olhos culpados, ao mesmo tempo que eu também olho. Ambos suspiramos.

--Desculpa.--Nossa voz sai em uníssono.  

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