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Capítulo Quinze


A idosa, que eu descobri se chamar de Clarisse, olhava para a chuva forte de forma atenta e feroz. Eu esperava de forma paciente ela fazer a sua magia. Queria ver se era tão eficiente para torná-la jovem, quanto para parar a chuva.

A tempestade ainda era forte, mandando chuva em direção à mulher, essa que não se importava de ser molhar. Ela estava entrando na tempestade, estava andando em passos calmos para dentro daquele torrão de água.

Um passo, dois passos...

Ela estava me deixando preocupada, não apenas preocupada, ela estava me fazendo ficar extremamente assustada. Desesperada!

--Ela sabe o que está fazendo, não sabe?--Pergunto para Bastiel.

Sim, ela sabe.

Respiro fundo, tentando me manter em pé.

Ela agora estava totalmente de baixo da água, eu mal era capaz de vê-la. Aquilo era aterrorizante, ela se afogaria? Eu não queria testemunhar tal coisa.

Viro meu rosto, olhando para qualquer direção. Apenas não queria testemunhar a morte da avó de Bastiel, da mulher idosa, nem tão idosa assim, que havíamos acabado de conhecer.

Achava que iria escutar gritos de angústia, mas o que eu escuto é o completo contrário. Nada de gritos de angústia, eram vivas completamente felizes pela parte das Coisas. 

Rápido, não conseguirei segurar o tempo assim por mais de duas horas.

Me viro, arregalando os olhos ao ver que o tempo havia mudado, que agora o sol se encontrava alto no céu e não havia sinal, além da terra molhada, das folhas e do cantar dos pássaros que saiam de seus esconderijos, que mostrassem o fato de ter acabado de cair um torrão de água.

--Como isso aconteceu?

Ninguém me responde.

Olho para Chace, esse que estava com a boca aberta enquanto a mulher nada encharcada, também nenhum pouco molhada. Ela estava de pé no barro, porém seus cascos estavam perfeitamente limpos.

Mulher... Finalmente havia notado que eu estava pensando em uma Coisa como mulher, bem... Isso não parecia algo errado de se pensar, já que eu não pensava nela como uma pessoa metade animal e sim como alguma pessoa da Vila.

Rápido! Estão olhando o quê? Me sigam se quiserem ir até a Vila. 

Olho para Chace, sentindo seus dedos se entrelaçarem aos meus antes de começarmos a andar em direção à mulher, assim como todas as Coisas da Caverna.

Tínhamos a chance de sairmos daí, tínhamos a chance de saímos da floresta sem precisarmos achar o riacho, graças às Coisas. Eu ainda poderia achar um jeito de sair da Vila, eu ainda poderia ser algo maior, eu poderia crescer, eu poderia sobreviver!

Olho para Chace, sorrindo sem jeito ao ver seu rosto voltado para mim.

--Vamos sobreviver, Meredith...

--Sim, o que significa que poderemos traçar os nossos planos para sairmos da Vila, juntos.

Eu me perguntava como que o fato de termos caído de paraquedas naquela floresta maligna, havia feito eu começar a sentir algo diferente por Chace Franklin. Aquele ódio havia se transformado em amor, o que tornava aquilo tudo tão estranho, já que nossos pais haviam sempre dito que tudo aquilo não passava de um amor reprimido, o problema é que eu nunca havia dado bola, achando algo tão bobo... Agora estava aí, de mãos dadas com Chace enquanto andava em direção à Vila, sendo guiada por uma idosa jovem que era capaz de fazer magia.

--Eu estive pensando...

Levanto uma sobrancelha para Chace.

--Esteve pensando no quê?

--O que você me diria se eu te pedisse em namorado?

Arregalo os olhos, corando nos pés à cabeça.

--Você quer me pedir em namoro?

Aquela possibilidade soava tão mágica agora, mas seria tão idiota a um tempo atrás.

Chace parecia que iria explodir graças às suas bochechas vermelhas, o que me causava risos internos, talvez nem tão internos assim.

--Sim, mas você aceitaria?

Abro um sorriso largo. Eu estava literalmente igualzinha às garotas da Vila, mas o que eu pensava nisso? Era algo ruim? Eu não fazia ideia. Mas olhando para Chace, não parecia nada ruim a imagem de nós dois juntos... Eu só esperava que não fossemos um casal típico da Vila, afinal, eu queria algo muito maior, algo fora daquelas paredes invisíveis... Eu queria ser livre.

--Eu aceitaria, claro que eu aceitaria... Mas eu nunca iria querer algo típico da Vila, você bem sabe disso...

--Eu também não quero ter que passar o resto da minha vida cheio de filhos correndo de um lado para o outro, tendo que trabalhar dia e noite colhendo coisas na fazenda... Eu quero algo maior, sei que você também quer, nós sempre quisermos, não é?

Sorrio, apertando sua mão mais forte contra a minha.

--Desde pequenos, quem sabe desde que nascemos... Você querendo Direito antes mesmo de ter lido sobre Direito naquele livro que achou na biblioteca.

Vejo ele suspirar, mordendo o lábio inferior.

--Bem, na realidade eu não sei se Direito seria a faculdade certa para mim, porque parece tão fora do que eu realmente acho certo...

--E o que você acha certo?

Ele olha para o terno todo destruído em seu corpo e em seguida olha para mim, um sorriso doce em sua face.

--Sabe todas as roupas "estranhas" que você já me viu vestindo?--Meneio a cabeça.-- Fui eu que fiz...

Abro a boca em um O, colocando um sorriso enorme em minha face. Chace queria ser estilista ou alfaiate, ele queria fazer roupas para as pessoas. Apenas agora que a minha fixa havia caído. Aqueles ternos estranhos, aqueles chapéus chamativos, aquelas camisetas com estampas que eu nunca havia visto em nenhuma das lojas da Vila... Eu amava moda, eu amava as roupas loucas de Chace, mesmo que eu revirasse os olhos quando eu o via vestindo... Chace era fantástico no que fazia.

--Chace, por que você nunca me contou?

--Porque a um tempo atrás nós não nos entediámos.

Reviro os olhos em brincadeira, chegando mais perto de seu corpo, somente para sentir aquela quentura que eu havia tido as graças de sentir duas vezes naquela floresta, na noite que havíamos caído aí e na noite de Lua Cheia.

--Você é maravilhoso Chace Arthur Franklin...

--Digo o mesmo Meredith Annabeth Riley.

Aquilo aconteceu rápido demais, rápido demais para eu acreditar que era verdade, mas de repente eu já não estava ao lado de Chace, nem com as Coisas por perto, eles simplesmente haviam sumido, quase que em um passe de mágica.

Giro nos acanharem, olhando ao redor da floresta, vendo a mesma terra molhada, escutando o mesmo cantar dos pássaros... O que havia acontecido? Aonde estava Chace? Aonde estava Bastiel? Aonde estava Clarisse?

Meredith Riley...

Caio de joelhos, sentindo a minha respiração começar a falhar, o meu peito subindo e descendo enquanto meu cérebro avaliava a voz que eu havia acabado de escutar e dor que havia se feito por meu corpo. 

Se lembra de mim?

Não! Eu queria gritar NÃO! Gritar a altos pulmões que eu não me lembrava, que eu não me lembrava de ninguém com uma voz tão terrível! Mas tinha alto, algo naquele tom que me fazia lembrar, me fazia lembrar de algo, algo fraco, porém presente em minha memória, mas o quê? 

--QUEM É VOCÊ?!--Grito para as árvores, observando os pássaros voarem assustados, me fazendo ri fraquinho ao me lembrar que nenhum pássaro voou com os gritos de Chace a umas horas atrás... Soava tão estranho ver eles voando ao som da minha voz.

Argh! A dor fica mais forte. 

Quem eu sou? Pensei que já houvesse percebido que eu sou a Floresta.

Claro, uma voz calma e maternal, como se ela não estivesse querendo me matar, junto ao meu novo namorado.

--O QUE VOCÊ QUER DE NÓS?!

Observo os pássaros voarem novamente, me fazendo revirar os olhos. A minha voz não era mais assustadora que a de Chace.

Tento me colocar de pé, gemendo de dor ao não conseguir... Ela estava me mantendo de joelhos. Ela não queria que eu levantasse, me queria como uma boa submissa, ajoelhava sobre as folhas mortas de suas árvores e o barro criado pela chuva causada por ela mesma.

Querida, você acha mesmo que eu sou a vilã?

Bufo, olhando para o alto, o céu voltava a ficar nublado.

--SIM. --Respondo seca.

Escuto um risinho de escárnio vindo dela, me fazendo trincar os dentes irritada.

--AONDE ESTÃO TODOS?!

Calma querida, eles estão bem, o que está acontecendo aqui não é visto pelas Coisas, e muito menos pelo seu namoradinho.

--Como assim?

Aonde eles estavam? Como que eles haviam desaparecido? Eu precisava deles, não havia forma de eu sair da Vila sem eles!

O que eu estou querendo dizer, é que a nossa conversa está acontecendo somente na sua mente pequena de humano, eles nem notaram o seu sumiço, simplesmente porque você não sumiu.

Ofego assustada, eu não sabia como ela havia feito tal coisa, eu não fazia a mínima ideia, o que só tornava aquilo mais assustador. Estávamos conversando somente em minha cabeça, aquilo não tornava ela mais fraca diante de meus pensamentos e olhos, e sim muito mais forte... Assustadoramente mais forte.

--E por que você quis conversar comigo?

Um silêncio assustador toma conta de tudo, sendo somente preenchido pelo cantar irritante dos pássaros. Ela realmente amava esse cantar, Will não havia feito questão de mentir para mim.

Will, como eu sentia falta dele, do doce pássaro que estava comigo no dia anterior, mas que agora pareciam anos que eu não o via. Será que ele estava bem? Eu não queria imaginar o pássaro inteligente morto.

Will? Você está preocupada com aquele pássaro inútil?

Olho assustada para cima. Como ela sabia que eu estava pensando em Will? Isso só podia significar que ela havia lido os meus pensamentos. Se ela era capaz de entrar em minha mente, óbvio que também leria o que eu pensava.

Sim querida, eu li a sua mente.

Bufo, tentando novamente me levantar, porém falho miseravelmente. Estava cansada de tamanha idiotice.

--Will está bem?

Eu não queria obter alguma resposta de verdade, porque eu temia que algo tivesse acontecido com Will. Eu temia amargamente que ela tivesse matado aquele pássaro doce e gentil.

Se está tudo bem com Will? Digamos que ele já esteve melhor.

Engulo em seco, imaginando tudo que ela poderia ter feito com Will, o doce pássaro que não faria mal a uma mosca sequer.

--Ele não fez nada de ruim. O poupe de qualquer mal, por favor...

Não obtenho resposta, apenas mais um riso cínico, o que me faz trincar os dentes.

Tenha paciência Meredith, digo para mim mesma, tendo certeza que que eu não iria cumprir.

Você é muito fraca, não vejo forma de você sair daqui. Acha que a resposta é seguir as Coisas até a Vila, na realidade, não é, Me. Você só está levando-as em direção a Morte.

--Como assim?

Eu sabia que muito provavelmente a Vila não iria aceitá-los de primeira, mas não via aquilo como se estivesse os levanto até a Morte. Com o tempo iriam aceitar, com o tempo não veriam eles como criaturas assustadoras e sim como simples cidadãos.

O motivo pelo qual eu os mantenho presos aqui, sem saírem, é porque eles não poderiam de forma alguma sobreviver entre os humanos. Nunca os aceitariam, eles são criaturas assustadoras, que podem muito bem estar mentindo para você e seu namoradinho.

Bufo. Ela estava tentando me manipular, estava tentando fazer a minha cabeça para eu não levar as Coisas até a Vila. Queria que eu desacreditasse que eles falavam a verdade sobre nos ajudarem.

--Para, eu não irei cair em seu truque, você não conseguirá me manipular.

Ouço mais um riso cínico, me fazendo levar as mãos aos ouvidos, os fechando irritada, não queria ter que escutá-la, não queria ter que aguentar a sua risada cruel. Ela só me causava mais dor...

Tem certeza querida? Eu posso manipular a todos, eu posso simplesmente fazer com que as Coisas desacreditem nas palavras de você e de Chace.

Okay, isso era uma coisa que eu temia com todo o meu ser. Ela poderia muito bem entrar na cabeça de Bastiel e fazer o meio touro se voltar contra mim e Chace, e tudo que eu menos queria era que algo acontecesse com Chace Franklin.

Para alguém que a pouco o odiava, agora você se preocupa demais.

Reviro meus olhos.

--Apenas não toque nele.

Mais um riso. Já havia perdido as contas das vezes que meus dentes trincaram por culpa de tamanho som irritante.

Querida, você acabou de me dá uma ideia perfeita, então vamos fazer um trato.

Arregalo os olhos assustada, tudo que eu menos queria era dá ideias para ela, a dona da minha futura morte que eu estava aceitando ser inevitável.

--Fala.--Digo secamente.

Um silêncio perturbador se coloca entre nós duas por um curto tempo, mas isso fora antes de ela tomar a palavra:

Você não sabe agora, mas eu farei com que você saiba o caminho. Eu deixarei o seu namorado se safar da morte, deixarei até as Coisas entrarem na Vila, mesmo sabendo que elas não serão aceitas. Me encontre no local, não conte para Chace, não conte para nenhuma das Coisas, apenas corra o mais rápido possível até lá. Nada de parar para descansar, cada segundo é precioso, entendido?

Agora me encontrava assustada e sem chão, tentando entender as palavras assustadoras que ela havia acabado de me dizer... Ela estava basicamente que fazendo um acordo de morte comigo, um acordo onde Chace viveria, onde as Coisas não seriam mortas por ela, mas algo no fundo do meu ser dizia que a Vila cuidaria disso...

Bufo, tendo total certeza de que Chace faria o mesmo por mim, afinal, eu não poderia deixá-lo morrer, mesmo que eu tivesse que morrer por isso... Mas sejamos racionais, deveria existir uma forma de nenhum de nós morrer.

Queridinha, pare de tentar achar formas de sobreviver, você não irá sair viva dessa. Apenas faça o que eu mandei, caso contrário, Chace Franklin, Bastiel e todas as Coisas morrerão.

Lentamente, volto a escutar todas as Coisas conversando. A voz de Chace era perfeitamente escutada ao meu lado, feliz, doce, certa de que tudo ocorreria bem. Ainda sentia a minha mão em contato com a dele, me enviando ondas de quentura.

Engulo em seco.

--Me, você me escutou?

Olho para Chace, sentindo meus olhos ficarem aguados ao eu sentir que sabia para onde eu tinha que correr... Eu precisava salvar Chace, eu precisava salvar as Coisas.

--Você sabe, não sabe?--Pergunto com dor no coração.

Chace levanta uma sobrancelha, parecia avaliar as minhas palavras confusas.

--Sei o quê?

Engulo em seco novamente, olhando para os lados. Eu tinha que correr, eu precisava encontrar o local onde eu morreria para salvá-los.

--Que quando nós amamos alguém, nós vamos até o inferno por ela.

Puxo sua nuca, grudando meus lábios nos seus em um beijo quente e necessitado, provavelmente o último que eu daria naquela criatura irritantemente adorável.

Desgrudo nossos lábios, olhando no fundo de seus olhos.

--Me perdoe...

Dou-lhe as costas, começando a correr entre as árvores. As lágrimas descendo por minhas bochechas enquanto escutava ele gritar meu nome. 

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