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Capítulo Oito


Aquele som estava alto, aquele maldito som estava alto.

Ela parece morta.

Não, ela está viva, não está sentindo a respiração dela?

Me sinto confusa, tinha duas vozes femininas, porém estranhamente fofas. Pareciam forçadas, mas de alguma maneira eu sabia que elas eram normais.

Abro meus olhos com um pouco de dificuldade, ofegando ao ver duas... O que eram aqueles seres? Eu não fazia ideia. Eram minúsculas, uns 15 centímetros. Tinham asas que se batiam freneticamente, como de Beija-Flores. Eram lindas, usavam vestidos feito de folhas, os cabelos eram perfeitamente arrumados, uma era ruiva e a outra loira. A loira tinha um coque e a ruiva tinha os cabelos cacheados e perfeitos caindo pelos ombros.

Olha, ela acordou!

Foco o meu olhar na ruiva, sentindo que eu estava em um tipo de transe. Ela havia falado, ela era viva?

--O..O qu..que sã..são vo..vocês?

Me sento com dificuldade, fitando os dois seres de forma nervosa enquanto elas me olhavam fascinadas. Eu não estava entendendo nada.

Olá, meu nome é Tracy.

Fito a loira novamente.

--Ma..Mas o que s...são vocês?--Repito a pergunta.

Vejo Tracy olhar para a ruiva, como se pedisse permissão para dizer o que eram.

Nós somos fadas!

Me sinto confusa diante daquele substantivo. Eu nunca havia ouvido falar em fadas, ninguém nunca havia contado histórias sobre fadas na Vila, e aquelas criaturas pareciam muito com o que apareceria em uma história contada por meu pai, ou claro, Senhor Franklin, mas eu não tinha Chace aí comigo.

--Nossa, vocês são lindas...

Vejo elas me olharem com sorrisos sinceros, pareciam criaturas extremamente educadas.

Obrigada, você também é linda. Claro, ficaria mais linda se estivesse com uma roupa menos rasgada e limpa.

Fito a ruiva, essa que parecia tímida pela forma que virou o rosto após eu olhar em sua direção.

--Como é o seu nome?

Vejo ela olhar para Tracy antes de responder:

Meu nome é Hanna.

Sorrio, eu havia tido uma amiga chamada Hanna quando tinha oito anos, ela era muito tímida, mas eu amava ela demais. Infelizmente, aos 10 anos, ela faleceu. Ninguém nunca soube o motivo certo, mas diziam que ela tinha uma doença. Uma verdade cruel na Vila, era que ninguém ficava sabendo se alguém tinha uma doença até essa pessoa morrer.

--Eu achei seu nome lindo, Hanna.

Viro meu rosto e olho o local, eu não estava mais onde eu havia caído. Era um lugar totalmente diferente, com grandes pedras, relva, as folhas das árvores escondiam o céu, essas folhas que não eram parecidas com as que eu havia visto desde o dia anterior quando acordei... Espera, não era mais o mesmo dia que Chace havia sumido, era outro. O dia estava bonito, parecia ser de manhã cedo. Os pássaros cantavam, eu podia sentir a manhã em sua perfeita harmonia.

--Aonde eu estou?

Vejo as duas se olharem, como se pensassem que deveriam ou não falar.

Bem. Foco meu olhar em Tracy. Esse lugar não tem um nome certo, mas nós trazemos aqui quando uma pessoa se machuca. Acontece uma vez ou outra, mas é difícil de nós duas conseguimos trazer as pessoas antes da floresta matar.

Pisco várias vezes, pensando se eu deveria agradecer as duas por terem me salvado, ou se deveria me desesperar com o pensamento de Chace morto. Bem... Chace não poderia estar morto, poderia? Ele era esperto, daria um jeito, assim como havia dado quando a ursa tentou comer um de nós... Infelizmente eu insistia em pensar negativo.

Me levanto em um salto, ficando tonta e quase caio e bato a minha cabeça na enorme pedra cheia de relva que elas haviam me colocado, assustando as duas fadas, essas que me olham com os olhinhos confusos.

O que está fazendo?

Olho para Hanna, essa que desvia o olhar.

--Tenho que achar o meu amigo.

As duas se olham, como se soubessem de quem eu estava falando, porém não tinham como ter certeza.

Está falando de um rapaz alto, cabelos pretos que vão até os ombros, olhos viciantes...

Não deixo Tracy terminar, era óbvio que ela estava falando de Chace.

--Esse mesmo! Você sabe onde ele está?

Vejo ela olhar novamente em direção à irmã, aquilo já estava me deixando irritada, não precisam de permissão uma da outra para falarem, ou precisavam?

Nós vimos ele sendo levado por... Por...

--Sendo levado por quem?!

Tracy parecia com medo de falar, seus olhos giravam, sua cabeça fazia o mesmo, só que em menos tempo. Eu não sabia o motivo dela está naquele jeito, embora tivesse a breve ideia de que era por causa da floresta.

Bem, nós não podemos explicar direito, a Floresta pode ficar irritada com a gente.

Eu queria mesmo, de verdade, sair de toda aquela loucura. A Floresta quer nos matar, okay, ela terá que passar pela minha ira para conseguir matar a mim e a Chace. A minha paciência já estava zerada, fome, sede, calor, vestes rasgadas, etc. Estava no meu limite.

--QUE SE DANE A FLORESTA!--Meu grito faz um eco correr pelas árvores, fazendo as duas fadas se encolherem e se abraçarem.--Eu preciso que vocês falem para onde, o que levou e quais os planos dos animais que o levaram.

Me abaixo na frente das duas, essas que tremiam e olhavam ao redor, como se temessem que algo aparecesse e as matasse sem dó.

Tracy respira fundo e se põe na frente, olhando para mim com os olhos assustados.

Ele não foi levado por animais.

Fico extremamente confusa. Como assim Chace não havia sido levado por animais? Até agora, eu só havia visto animais falantes naquele local. 

--Espera, como assim ele não foi levado por animais? Eu pensei que...

Eles não são animais, mas não significa que são humanos.

Pisco em sua direção sem entender, do que ela estava falando? O que havia levado Chace? Eu simplesmente não estava sendo capaz de entender.

--Eles têm nome?

Ela olha em direção à Hanna, que balança a cabeça em sinal negativo.

Eles não têm nome, ninguém sabe como chamá-los, mas eles são meio animais e meio humanos. São criaturas assustadoras que se comunicam pela fala humana, como eu e Hanna. Nós duas chamamos eles de as Coisas.

As Coisas, meio humanos/animais, haviam sequestrado Chace. Poderiam comê-lo, quem sabe poderiam matá-lo e jogar o corpo longe, embora eu não achasse que eles fossem desperdiçar comida fresca.

Respiro fundo, contando até 10 mentalmente. Não poderia entrar em pânico. Era idiota entrar em pânico em um momento como aquele. Eu tinha que ter foco, foco para pegar Chace de volta mesmo achando que ele já estivesse morto.

--Okay, tem chance de ele ainda estar vivo?

Não que eu quisesse a resposta. Na realidade, eu temia a resposta, mas eu precisava da mesma, não poderia correr o risco de procurar ele e depois ele estar morto.

As duas se olham. Eu estava prestes a gritar com elas, mandando elas pararem de se olharem daquele jeito, esse mesmo jeito que só me assustava.

Chance tem, mas nós não sabemos ao certo. Nós não gostamos de nos meter com as Coisas, preferimos ficar longe, sem correr risco.

Suspiro, eu queria poder ser que nem aquelas fadas naquele momento, porém eu era incapaz de ser como elas tendo Chace em perigo. Eu não tinha consolo, não queria achar a Vila dos Perdidos sozinha... Eu precisava de Chace comigo, eu não conseguiria viver sem aquele grande idiota.

--Okay, em que direção eles o levaram. Eu preciso ir até lá agora, eu preciso salvar Chace.

Vejo elas me fitarem de forma preocupada.

Como..., fito Tracy. Como você espera salvar seu namorado, se você está tão fraca?

Penso em corrigir ela dizendo que Chace não era o meu namorado, mas não faço isso, afinal, ela estava em parte certa com a pergunta. Eu estava fraca, não conseguiria salvar Chace estando daquele jeito.

--Seria bom se vocês pudessem me ajudar com isso.

Vejo sorrisos sinceros brotarem no rosto das duas.

Okay, nos sigam. Iremos dar o que beber, comer, ajeitá-la um pouco. Depois você poderá salvar seu namorado.

Estranhamente, quando elas falavam "seu namorado", aquilo não me incomodava tanto quanto antes.


Nunca me senti tão feliz por ver uma maçã em minha frente, um morango, uma framboesa. Todas aquelas frutas derretiam em minha boca, essa que comia tudo rapidamente antes que eu pudesse ficar mal por estar comendo enquanto Chace estava preso, ou morto.

Eu me encontrava dentro de uma caverna embaixo da terra, com um buraco pequeno, porém grande o suficiente para eu passar e entrar aí dentro. Era aconchegante, essa que qualquer animal poderia cair dentro sem querer, mas parecia que poucos animais apareciam naquela parte da floresta. Eu não havia visto nenhuma lebre, coelho, esquilo, etc. O lugar era completamente silencioso.

Eu não entendia onde elas haviam conseguido aquelas frutas. Elas teriam que ir até a Vila, já que aí na floresta não parecia haver plantações, o que significava que elas deveriam saber como chegar lá sem ajuda do riacho. Eu precisava me lembrar de achá-las novamente após salvar Chace. E mais, aquela água tinha que ter sido pega no riacho.

Tracy e Hanna me fitavam comendo, provavelmente não gostando dos meus maus modos, mas eu não poderia me dar ao luxo de comer direito estando naquela situação de fome.

A água tinha um gosto tão doce. Quanto mais eu tomava, mais eu queria.

Você estava com fome mesmo.

Olho para Hanna, essa que desvia o olhar rapidamente.

--Bem, sim...

Eu não havia passado uma semana sem comer, ou mais de um dia e meio sem tomar água, mas era inevitável não estar com toda aquela fome e sede. Tudo naquele lugar havia se dado ao luxo de me assustar. Tinha motivo para eu estar comendo tanto e daquele jeito. Eu só esperava que elas tivessem mais comida para elas.

--Eu agradeço imensamente por tudo, mas agora,--Me levanto.--Eu preciso que me digam em que direção As Coisas levaram Chace.

As duas se olham novamente, fazendo eu revirar os olhos. Elas eram criaturas ótimas, mas também sabiam como ferrar com a paciência de alguém.

Foram para o leste, é a única coisa que sabemos.

Balanço a cabeça.  A única coisa que tinha como rota era ir em direção ao leste, então o único jeito era seguir o sol e ter sorte para Chace ainda estar vivo quando eu chegasse. Eu agradecia plenamente por ainda não ter entrado em pânico. 

--Okay, eu vou em direção ao leste, me desejem sorte.

Os olhares delas indicam pena, como se não fossem nunca mais me ver. Uma garota de 17 anos, fraca, pequena, com um vestido que havia sido remendado por uma delas, rosto ainda cansado, mesmo depois de ter ficado desacordada por horas a fio, pernas finas e curtas e braços mais curtos ainda.

Te desejamos sorte.

Sorrio para Hanna antes de subir com dificuldade para fora da caverna, vendo que pelo sol, já estava perto de Meio Dia.

Vejo Tracy e Hanna aparecerem ao meu lado, ambas suspiram.

Tome extremo cuidado, aquelas criaturas não sentirão pena de você. Mas tem certeza que quer ir em direção a eles? Tem pouca chance de seu namorado ainda estar vivo.

Suspiro, olhando para Tracy com a expressão mais sincera que eu poderia colocar em minha face.

--Chace não é meu namorado, nós apenas crescemos juntos, com todos pensando que nós deveríamos nos casar. Ele não gosta de mim, eu não gosto dele.--De alguma maneira, aquilo me doeu.--Eu apenas preciso salvar ele. Eu não conseguiria achar a saída sem ele, eu não conseguiria viver na Vila sem as piadas sem graça dele.

Respiro fundo, eu havia quase começado a chorar, o que era algo estranho para mim.

Nós gostaríamos de ajudá-la a sair da Vila, ou ajudá-los, mas as coisas não funcionam para nós como funcionam com os humanos que aparecem aqui. Se nós queremos água ou a direção para buscar comida, é só chamar o riacho que ele aparece. Mas se vocês quiserem, ele não aparece, é coisa da Floresta. Com você aqui, a gente pode até tentar chamar, mas ele não iria aparecer em nossa frente. Já tentamos uma vez e falhamos.

Concordo com a cabeça, era adeus ao meu plano de pedir ajuda quando eu achasse Chace. Elas não poderiam me ajudar mais do que já haviam ajudado. Eu ainda estava fazendo elas correrem risco, assim como havia feito com Nozes. Não queria que elas morressem de uma forma horrível. Elas eram minúsculas, era fácil de matar criaturas minúsculas mesmo se elas tivessem asas.

--Okay, eu agradeço imensamente a vocês. Pela comida, água, por terem remendado meu vestido, por terem corrido esse risco por mim. Espero vê-las novamente em um momento nem tão caótico.

Elas sorriem em minha direção de forma doce antes de entrarem dentro da caverna, me deixando sozinha sob a luz do dia. Felizmente, eu sabia que não iria chover, a não ser se acontecesse algo errado. Mas por enquanto não parecia que aconteceria algo ruim.

Respiro fundo e olho para o leste. Chace estava me esperando, eu precisava e iria salvar Chace, mesmo que isso custasse a minha vida. 

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