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Capítulo Dezoito


Nada.

Um silencio mortal.

Se eu abrisse meus olhos, era bem capaz de eu receber o bote, então eu não os abriria. Eu não queria que meu último suspiro fosse gritando pelo susto de uma criatura, ou mais criaturas, sanguinárias pulando em cima de mim.

Começo a escutar passos pesados ao meu redor. Não pareciam vir somente de uma das criaturas, mas sim de duas ou três que andavam ao redor do meu corpo pequeno e indefeso. Eu sabia que mais apareceriam, e eu sabia que com isso começariam a brigar pela minha carne, me fazendo gritar pela dor de estar sendo rasgada.

Estremeço, sentindo antecipadamente a futura agonia mortal.

Cheirosa...

Tento controlar a minha respiração.

Apetitosa...

Eu não sabia como deveria me sentir diante de tais adjetivos referentes a mim.

Eu já senti esse cheiro antes... Delicioso...

Grulho, era aquele mesmo Lobisomem que havia corrido atrás de mim e Chace na última Lua Cheia, aquele que andara em cima do tronco caindo aos pedaços, quase derrubando a madeira podre e caindo em cima de nós dois... Felizmente, isso não havia passado de uma possibilidade.

Ela está tão quieta, não tem muita graça em a matar dessa maneira...

Sinto seu olfato em meu rosto, um cheiro podre em contato com minhas narinas, que se fecham em um claro protesto contra aquele cheiro terrível.

Ela contorceu o rosto!

Quase gemo devido a dor de ouvido que aquela alta voz vinda no meu lado esquerdo, havia me causado. Era uma voz alegre. Seja quem fosse o Lobisomem, parecia ser alguém muito novo... Um garotinho, talvez.

Credo, qual a necessidade de gritar?!

Uma mulher, havia uma mulher entre os Lobisomens que aí se encontravam. Fêmea... Será que eu deveria chamá-los por machos e fêmeas ou por homem e mulher? Eu realmente não fazia a mínima ideia. 

 Pela voz a mulher, ou fêmea, não aparentava ser muito nova, porém também não aparentava ser muito velha.

Deixa-o, nós o transformamos na última Lua Cheia, não seja má com o garoto.

O transformaram? Por que não o devoraram? Espera, então ele deveria ser um garoto que vivia na Vila, mas eu não me lembrava de já ter escutado a sua voz.

Por que não o devorou se teve a chance?!

Ela parecia raivosa agora, a sua voz atingindo notas altas, mesmo sem estar cantando.

Você acha que eu sou o quê? Um assassino de crianças? Eu não poderia, esse garoto só tem 10 anos!

10 anos, mesma idade da Rosa. Deveria fazer parte da turma de escola dela. Deveria fazer parte de uma das famílias que não eram próximas à minha, por isso que não me lembrava de sua voz.

Uma lágrima escore por minha bochecha, aquele garoto não teria nenhum tipo de futuro, mas ninguém na Vila teria algum de verdade, então não havia motivo para eu me sentir mal por ele ter caído na Floresta.

Espera... Não era apenas eu e Chace que estávamos aí, mesmo que antes eu pensasse nisso. Mas erámos uma ameaça gigante diante da Floresta, ao contrário dos outros que tinham o azar de caírem nela. Deveria haver inúmeras crianças e adultos sendo devoradas ou transformadas por Lobisomens naquele maldito momento.

É, esse garoto não parece ter muita carne, não teria válido à pena o matar.

Diante da voz da mulher, eu me perguntava o que o garoto sentia enquanto testemunhava o diálogo sobre a sua sobrevivência.

Sinto um focinho tocar meu rosto, fazendo todo o meu corpo tremer. E eu sabia que isso não havia passado despercebido para os três Lobisomens.

Por que não me devoravam logo?

Por que ainda estamos aguardando? Eu estou com fome!

Quase rio da pergunta do garoto, mas consigo me conter no último segundo, tendo certeza que não seria sensato rir diante da situação.

Porque não tem graça matar assim... Ela nem reage, os olhos dela até agora não abriram!

Se ele soubesse que meus olhos não abririam mais enquanto estivesse viva, não esperaria que eu abrisse antes de me devorarem.

De repente passos e rosnados são escudados um pouco afastados de mim, sendo seguidos de um choramingo, provavelmente do garoto, que eu sentia estar sentado ao meu lado agora.

Um rosnado soa logo do outro lado de meu corpo , me fazendo tremer novamente... Me sentia tão vulnerável, tão fraca diante das criaturas sanguinárias ao meu redor.

O que estão fazendo aqui?!

A voz dele havia saído alta, alta demais para os meus ouvidos. Lágrimas assustadas desciam por minhas bochechas. Me perguntava se no escuro era possível vê-las, mas eu sabia que não faria diferença, estava quase soluçando, saberiam que eu estava chorando antes de me matarem.

Eu morreria como uma covarde.

Que eu saiba, Thomas, nós somos livres para andarmos por onde quisermos nesta floresta.

Thomas, o nome do Lobisomem que quase havia matado a mim e Chace na última Lua Cheia se chamava Thomas.

Thomas... Existiam mais que um Thomas na Vila, as pessoas não eram muito criativas com nomes, então não podia dizer se eu já havia conhecido o Lobisomem que suspostamente me mataria.

Essa carne é nossa, saiam daqui!

Agora ele aparentava estar imensamente bravo, o que significava que brigariam pela minha carne e eu seria rasgada, muito possivelmente partida ao meio.

Era demais imaginar a dor, a cena de meu corpo ser partido como se eu fosse um boneco de pano, fácil de ser rasgado... Meu sangue jorraria para os rostos das ferras, seria uma explosão de vermelho.

Escuto um rosnado baixo, porém próximo de mim, no meu lado esquerdo. Outro vem do meu lado direito, deixando claro que as duas ferras estavam uma de cada lado do meu corpo.

O show começaria.

Por que a gente não divide?

Quase abro meus olhos ao ouvir a pergunta do garoto. Os rosnados tinham até cessado. Estava achando angustiante a demora para eu morrer, achava que o sol iria nascer e eu ainda estaria viva, deitada no chão seco.

Garoto. A voz da fêmea sai entre dentes. Você poderia fazer o favor de ficar bem quietinho no seu canto?

Quase que bufo. Aquela Lobisomem aparentava ser insuportável, ele era só um garotinho, poderia pegar mais leve com o coitado, ele não sabia muito sobre as leis dos Lobisomens... Se é que existem essas leis.

Foi mal, eu apenas quis...

CALADO!

Se fosse algo sensato, eu já teria me levantado e abraçado o garotinho, mas eu pelo menos era inteligente o suficiente para saber que era completamente idiota, já que ele também estava louco para me devorar.

Dividir? Acha que eu iria dividir esse pedaço nanico de carne com vocês?

Eu teria me sentindo ofendida se não soubesse que era verdade. Eu era muito pequena, um metro e cinquenta e seis de puro ódio, como a minha mãe costumava dizer.

Por isso mesmo que é melhor que só nós três fiquemos, você não iria conseguir encher as bocas de todos os seus seguidores com apenas esse pedacinho de carne.

Minha boca se contorce em uma careta, com Thomas havia parecido ligeiramente mais ofensivo.

Você não merece comer essa humana, se não tem coragem de matar um simples garoto, como terá coragem de matar uma fêmea?

Silêncio, nenhuma resposta pela parte de Thomas.

Será que ele seria capaz de entregar o meu corpo para o outro Lobisomem? Será que ele deixaria que eu fosse entregue tão facilmente?

Por que você quer justamente essa humana, quando existem tantos outros presos aqui?

Solto o ar que eu nem sabia que estava sendo segurado. Eu não sabia como que  estava torcendo por Thomas, sendo que eu seria devorada por qualquer um deles, ou por todos.

Chegava a ser idiota, eu estava procurando uma distração e ganhando ela de graça, simplesmente por que eles não se decidiam e brigavam por algo completamente idiota.

Porque eu quero essa, não importa se há outros.

Me contenho a abrir os olhos e revirá-los. Como se eu fosse mais apetitosa que os outros... Isso deveria ser coisa da Floresta, ela deveria ter pedido por aquilo, ela queria me ver rasgando ao meio. Deveria até estar rindo da cena que testemunhava.

Como eu odiava a ideia de estar sendo assistida.

É idiota você querer justamente a minha, pequena e magra, que não daria nem uma bocada para toda a sua alcateia.

Me contenho a concordar, indiferente o número de Lobisomens que o suposto inimigo de Thomas tinha, eu não era muito nem para dois e meio (Suponho que o garoto não fosse tão esfomeado para ser um inteiro).

Que tal vocês lutarem pela carne?

Tremo diante da voz da Floresta, da tão gloriosa Mãe Natureza. Ela estava aí, assistindo ao show como uma bela telespectadora. O problema dos telespectadores, era que eles amavam dá ideias.

Um choramingo soa em minha frente, deveria vir do garoto, do filhote que não pedira para se tornar Lobisomem. Tudo bem que nenhum deles havia pedido, mas o coitado era apenas um garoto, que não teve escolha entre uma vida terrível e a morte... Eu não tinha sombras de dúvidas que teria escolhido a morte.

Lu...Lutarem?

Presto atenção na forma que a pergunta havia sido proferida pelo Lobisomem da esquerda, justamente aquele que estava tentando roubar a minha carne de Thomas.

Sim, eu amaria assistir uma luta de vocês pela carne dessa humana.

Me perguntava se com luta ela quisesse dizer que seriam todos contra Thomas, o garoto e a mulher, ou se só seria Thomas com o líder da alcateia à esquerda.

Mas com luta, você quer dizer apenas eu e Taylor, ou todos eles contra nós três?

Thomas faz a pergunta que eu não havia feito, ainda me dizendo o nome daquela criatura irritante no meu lado esquerdo. Taylor, eu tinha um colega chamado Taylor no terceiro ano, mas claro que não tinha como ser esse mesmo Taylor. Aquele Taylor havia pego uma doença e falecido dois anos depois de a ter ganho.

Eu quis dizer todos, não apenas vocês dois.

Engulo em seco, pensando se eles iriam realmente lutar pela minha carne quando deveria ter várias pessoas perdidas pela floresta para eles devorarem... Bem, a floresta não deveria ter tanto problema com elas, já que estava me assistindo.

Não há necessidade de lutar pela carne dela...

Levanto uma sobrancelha, esperando que nenhum deles tivesse visto. Taylor estava agindo tão valente antes, porém agora parecia um perfeito covarde.

Meus olhos estavam exaustos de tanto ficar fechados, eu precisava abri-los, mas não tinha como achar uma brecha dos Lobisomens... Eu não queria ter que olhar para eles, eu não queria fazer isso de forma alguma!

MEREDITH!

Abro meus olhos devido o susto, contendo os gritos presos em minha garganta ao ver olhos vermelhos voltados para o meu rosto. Os fecho rapidamente, a respiração falhada devido o que havia visto. Eram criaturas enormes, parecidas com lobos normais, mas tinham algumas diferenças grandes, vistas logo de cara. Eles eram muito maiores que lobos, as pernas longas com garras afiadas, o pelo mais sedoso, os olhos incrivelmente vermelhos e os dentes afiados, esses que já deveriam ter rasgado inúmeras pessoas... Para piorar a minha situação de medo extremo, havia escutado alguém gritar o meu nome.

Quem gritou o nome dela?!

Taylor rosna.

MEREDITH!

Penso uma palavra que eu não deveria, grunhindo em seguida. Eu conhecia aquela voz, eu conhecia aquela maldita voz que gritava meu nome.

Chace! Aquele cretino estava me procurando. Será que ele não havia aprendido nada durante esses dias? Será que ele não havia aprendido que às vezes precisamos sacrificar algumas coisas para conseguirmos outras? Será que ele não sabia que eu era a oferenda? Eu mataria aquela criatura!

Pelo visto é humano, veio à procura dela.

Engulo em seco com a voz da mulher. Chace corria um risco sério de vida agora, tudo porque era a pessoa mais teimosa do universo.

MEREDITH!

Sendo assim, nós teremos mais comida.

Engulo mais uma vez em seco com a voz de Thomas.

Okay, eu morreria junto à Chace. Pelo menos não iria para o estômago de todos eles sozinha, mas eu havia ido até aí para poupar a vida dele e as vidas das Coisas, então seria jogar fora o principal motivo para eu ter aceitado ir até o inferno  pelo garoto que eu havia percebido amar tarde demais.

MEREDITH!!!

A voz estava muito mais próxima. Será que Chace ao menos sabia que era Lua Cheia? Ou estava arquitetando um plano junto às Coisas para me salvar? Bem, não teria como ser isso, já que eu supostamente já deveria ter sido devorada/morta a muito tempo. Ele provavelmente deveria ser burro o suficiente para agir por impulso... Eu esperava que estivesse enganada.

Nós vamos até ele, ou ele vem até nós?

Levanto uma sobrancelha diante da voz de Taylor. Agora parecia que eles estavam juntos no jogo da comida... De alguma maneira ouvir a voz de Chace havia feito eles se juntarem... Tinha que ser, agora Chace não passava de um momento curto de felicidade na minha vida.

Esperaremos ele vir até nós.

Contenho a vontade de dizer que eles eram extremamente idiotas ao ouvir Thomas responder Taylor. Até um momento atrás iriam brigar pela minha carne, agora se juntavam como se nunca tivessem sido inimigos... Aquilo soava tão boboca...

MEEERREDDIIHTTHH!

Faltava pouco para ele chegar na clareira, pouco para morrer, pouco para me ver deitada naquele chão totalmente cercada daquelas criaturas... Felizmente eu morreria consigo.

Ele está perto, mais um p...

Levanto uma sobrancelha ao não escutar mais a voz da mulher, como se algo silencioso a tivesse pegado, impedindo-a de continuar. Ninguém falava nada, nem Thomas, o garoto, Taylor e os outros Lobisomens... Era um silêncio total, um silêncio completamente assustador.

Engulo em seco, será que era um tipo de pegadinha?

Não, não poderia ser, eu não era mais capaz de escutar a voz de Chace.

Abro meus olhos, devagar pelo medo de acabar de cara com um Lobisomem, porém, ao abri-los por completo, não havia nada em minha frente, nenhum Lobisomem, ou pessoa... Um completo vazio.

Me sento lentamente, olhando ao redor como se estivesse sonhando. Bufo ao notar que deveria ser algo da Floresta, da tão maravilhosa mãe natureza.

--O QUE FOI?!--Grito em um claro tom decepcionado... Estava aí para morrer, ou para ficar entediada? Estava começando a pensar que era para ficar entediada.

Bufo ao não obter uma resposta, ficando de pé ao notar que não estava mais grudada ao chão. Me arrependo rapidamente ao sentir o vento gelado em contato com a minha pele... Estava congelante, havia até me esquecido o quanto as noites podiam ser congelantes na floresta durante o tempo deitada no chão. Acho que o medo que fora capaz de me fazer esquecer, mesmo que por um, nem tão curto, tempo.

--O QUE FOI?!--Grito novamente, esperando obter uma resposta, mas eu não era nem capaz de escutar o vento e esse batia contra a minha pele, me causando calafrios.

Eu poderia me desesperar com todo esse silêncio perturbador, eu poderia correr ao redor da clareira, implorando por alguém, mas eu sabia que era idiota, eu sabia que ninguém iria aparecer por eu gritar feito uma retardada mental... Mas era tão tentador, tão tentador gritar em desespero...

Tento controlar a minha respiração. Eu deveria ter morrido, muito provavelmente havia sido morta e nem notara. Agora estava à espera do lugar que eu seria mandada... Para onde será que eu iria? Eu esperava que o meu sacrifício me levava para um lugar bom.

Não, você não morreu.

Gano de raiva, pelo visto ainda não havia atingido a minha tão sonhada paz.

--Por que eu não morro logo?--Pergunto mais para mim mesma do que para a Floresta, mas infelizmente ela escuta, rindo algo às minhas custas.

Porque os Lobisomens são lerdos e o seu namoradinho não a obedeceu e agora está tentando salvá-la junto às Coisas.

As Coisas acabariam em um sufoco e Chace morto junto a mim... Eu tinha que parar de pensar no óbvio.

--Então por qual motivo você me trouxe até aqui, se você poderia me deixar ver a minha própria morte?

Porque eu simplesmente não quis. Quero que você viva a agonia de não ver o seu amado Chace Franklin sobreviver ou morrer.

Bufo.

--Então agora eu estou deitada de olhos fechados lá, enquanto Chace e as Coisas lutam contra os Lobisomens para me salvarem?

Mais ou menos. Agora fique quietinha que eu estou prestando atenção no que acontece na clareira. Eles ainda não entraram em campo, mas eu os estou vendo, logo seu namoradinho estará mortinho. 

Gano de raiva. Não havia muito o que fazer estando presa com ela em minha mente. Pelo menos não era mais mantida grudada ao chão, mas ainda era perfeitamente ruim não estar na clareira para ajudar Chace e as Coisas.

Era uma agonia... Eu não seria capaz de saber quem estaria vencendo... De qualquer maneira, ruim ou não, eu teria que aguardar. 

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