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Capítulo Dezesseis


Eu não sabia, não fazia a mínima ideia de como a Floresta havia feito eu saber o caminho para onde ela queria que eu fosse; mas, enquanto eu corria, mais certeza eu tinha que, a cada passo, mais perto eu estava do meu destino cruel.

Nenhum animal aparecia diante de meus olhos, me deixando livre para encontrar o local sem nada para se meter em meu caminho. Eu não escutava nenhum som, nem o do riacho, esse que eu escutava tanto desde o dia que eu caí de paraquedas aí, que havia aprendido até a ignorar... E bem, eu não havia o esquecido por nenhum maldito momento.

O céu parecia congelado novamente, não ficava mais cinza e nem azul, era a junção das duas cores, uma junção não muito bonita para mim, mesmo que diante dos olhos de qualquer pessoa, fosse a visão mais magnífica do mundo... Eu me perguntava se esse céu era visto na Vila, provavelmente sim. 

Pensava em Chace, no que ele estaria fazendo agora. Provavelmente corria atrás de mim, ou era mantido parado pelas Coisas sensatas e que sabiam o que havia acabado de acontecer... Bem, eu duvidava que alguém além da feiticeira, tivesse alguma ideia.

Pensava em Will, do quão idiota havia soado eu ter aceitado que ele me ajudasse... Will poderia estar bem, poderia estar vivendo como um pássaro comum, cantando e cantando, sendo amado pela Floresta... Mas agora, de acordo com a tão gentil Mãe Natureza, ele já esteve melhor.

Meus pés estavam cansados. As árvores pareciam desaparecer ao meu redor, deixando o caminho mais livre para eu seguir... Estava perto, mais alguns passos e eu chegaria, mas sentia que iria desabar no chão antes que eu fosse capaz de pisar na clareira que aparecia logo em minha frente.

Desabo no chão, respirando com dificuldade, tentando recurar a força que eu havia perdido pela corrida, mas não obtenho muito sucesso. 

Sinto uma arfada de vento bater contra meu corpo, tremendo diante de tal tratamento.

Mais alguns passos, só uns três, ou quatro. Vamos, Meredith, não seja fraca.

A clareira estava lá, deplorável, com uma grama seca tomando conta de tudo, até parar na entrada das árvores, onde não havia luz para fazê-la crescer... Não parecia que havia caído um pingo sequer de água aí.

Me forço a levantar, sentindo minhas pernas cederem novamente, me derrubando com tudo no chão molhado... O meu vestido já não era simplesmente florido.

Você é fraca, não verei graça em matá-la. 

Bufo, me forçando novamente a levantar, dessa vez sem deixar que as minhas pernas cedessem, ficando ereta no chão, andando em passos lentos e calculados até a clareira... Será que eu era forçada a andar até o centro?

Paro ao entrar, não havia sol, mas o lugar estava quente como o inferno... Bem, parecia que eu estava cumprindo o que disse para Chace.

Quando nós amamos alguém, nós vamos até o inferno por ela.

A Floresta parecia o próprio.

Para o centro, Meredith, assim não tem graça.

Eu sentia uma vontade real de chorar pela dor em minhas pernas. Nem o tornozelo torcido havia me causado tanta dor, porém permaneço forte, trilhando o meu caminho até o centro... Se fosse para morrer, eu morreria como uma guerreira, não como alguém fraca e covarde.

Consigo chegar ao local, respirando como se recém tivesse terminado a minha maratona. Eu havia dado poucos passos, mas haviam sido o suficiente para tirar toda a energia que havia recuperado deitada no chão lamacento.

É tão adorável ver você cansada desse jeito, me faz lembrar que você logo será morta, como deve ser. A boa notícia é que não importa o quanto a procurem, as Coisas e seu namorado não irão achá-la.

Bufo, recuperando a minha postura diante dela... Era tão estranho saber que eu estava em pé no que me mataria.

--Vamos lá.--Falo ainda com um pouco de dificuldade.--Estou aqui, me mate, depois deixe com que Chace saia e as Coisas sejam livres de suas mentiras.

Escuto aquele risinho cínico, esse marcado em minha mente até a minha morte, que ocorreria em questão de segundos.

Querida, eu não irei matá-la agora.

Levanto uma sobrancelha. Como assim ela não iria me matar agora?

--Como assim?

Eu consegui fazer chover quando seu namoradinho gritou em direção ao céu. Eu não tenho só poder em tudo que eu toco, não tenho só poder até onde meus terrenos acabam. Meus amigos me ajudam quando eu peço. Eu pedi para chover antes, eu também pedi para ser Lua Cheia de novo hoje de noite, o que significa que será divertido ver os Lobisomens a devorarem.

Arregalo os olhos, tendo certeza que meu coração parou por alguns segundos. Como ela poderia ser tão terrível? Como poderia desejar ver um ser humano sendo devorado?... A ideia de morrer sendo devorada por Lobisomens não me agradava nenhum pouco.

--Por quê?

Silêncio, ela não parecia disposta a responder o meu por quê. Me perguntava se ela avaliava o que diria para mim, ou se apenas me ignorava.

Porque eu passei muito tempo em silêncio, sofrendo as consequências do que vocês humanos acham certo... Vocês me destroem conforme o tempo passa, vocês acabam com os cursos dos meus rios, vocês matam os meus animais, vocês cortam as minhas árvores... Vocês não prestam, é por isso que eu me sinto tão bem ao ver um de vocês morrendo... Eu me sinto tão alegre quanto vocês ao verem a madeira de minhas árvores se transformarem em algo que vocês acham necessário.

Aquilo era pura vingança... Não diria que ela estava errada, nós seres humanos podíamos mesmo ser piores do que os animais mais selvagens daquele lugar, mas se  tinha algo que ela estava muito errada, era pensar que só porque alguns a destroem, que todos eram a favor disso.

--Você tem motivos, isso eu não posso negar. Na Vila nós usamos a sua madeira para fazer inúmeras coisas, mesmo que dificilmente você deixe a gente cortar uma árvore dentro dos seus domínios sem de repente desaparecer com a pessoa...--Penso bem antes de continuar, esperando-a falar algo, porém não escuto nada além dos sons dos animais.—Mas você já parou para pensar que existem humanos que não aprovam quem faz isso com você?

Fico em silêncio, esperando algo acontecer comigo, mas nada acontece, me fazendo olhar para os lados, meus pensamentos confusos tomando conta de minha mente.

Sabe por que  seu lar se chama Vila dos Perdidos?

Me assusto com a sua voz tomando posse de tudo, criando um eco ao bater contra as árvores, me fazendo cair para trás, na grama seca enquanto eu fitava o céu que ficava totalmente negro conforme o tempo passava. 

Não vai me responder?

Respiro fundo, meu coração martelando as minhas costelas.

--N..Não sei...--Trinco meus olhos ao ter gaguejado, aquilo soava tão patético.

Eu tomo conta de tudo, eu passo ao redor da sua Vilinha, eu sou dona de vocês, eu não deixo ninguém sair daquele lugar. Por que você acha que eu fiz com que caíssem de bandeja aqui dentro? Por que você acha que eu não matei vocês logo ao caírem?

Meu cérebro estava embrulhado, não conseguia pensar direito, o que ela estava querendo dizer?

--Explique-se.--Digo secamente.

Ela solta mais um risinho cínico, me fazendo respirar fundo enquanto eu levantava lentamente do chão, minhas pernas doendo, meus ombros encolhidos pelo medo... Eu era humana, humanos sentem medo, isso não é motivo de vergonha.

Vocês são como um experimento para mim, como vocês fazem com os meus animais pequenos. A maioria é doméstica, claro, mas eu tomo conta deles aqui, não os matando lentamente com experimentos terríveis.  Claro que você não sabe sobre esses experimentos, o que é bom. 

Vocês são um jogo para mim, algo que eu brinco quando eu bem entender. Fazem parte da minha vingança, não há saída... Agora eu não matei vocês logo porque eu queria brincar, mas vocês são mais bons do que eu pensei, já deveriam ter sido mortos a tempo.

Engulo em seco. Eu não fazia ideia do que era experimento com animais, mas eu também não fazia ideia que a minha vida não passava de um jogo para a diversão da Floresta. Meu coração martelava minhas costelas, a raiva tomando conta de meu corpo enquanto a ansiedade ainda se fazia presente.

--Nós somos um experimento?

A resposta demora novamente, deixando com que eu começasse a tremer a minha perna rapidamente, também mordendo o meu lábio inferior em um claro sinal de que eu explodiria de ansiedade a qualquer segundo.

Sim, vocês são um experimento.

Quão longe a vingança poderia chegar? Eu queria dizer que aquilo era doentio na parte dela, mas, por acaso, eu era melhor  que todo o Eco Sistema do planeta? Não, eu tinha certeza que eu faria o mesmo que ela.

--Você controla todas as áreas que são florestais no mundo todo, não é?

Eu sou A Floresta, realmente, querida, eu não controlo apenas o que passa ao redor da sua Vilinha. Existem muitas Coisas por aí, existiam muitas áreas florestais também, mas hoje em dia vocês já acabaram com quase tudo.

Engulo em seco. Não havia forma de vencer a mãe natureza, ela ainda era muito maior que nós... Havia aguentado todo o mal de nós humanos por muito tempo. Sim, eu não sabia muito sobre o desmatamento cometido pelo ser humano, afinal, nós não tínhamos acesso à Internet, televisão, qualquer meio eletrônico para saber direito, mas eu tinha uma constante ideia da raiva e medo do futuro próspero que ela sentia.

Eu havia ido até aí para morrer. Aguentaria até a noite para ser devorada por Lobisomens, mesmo que enquanto eu esperasse, as lágrimas descessem como cachoeiras pelo meu rosto.

Não vai dizer nada?

--O que você quer que eu diga?

Eu me sentia acorrentada, como se estivesse presa por correntes no inferno.

A Floresta não me responde, deixando claro que ela não havia gostado da minha atitude.

Sinto como se tivesse levado um peteleco, caindo para trás, ficando deitada de bruços no chão. Tento me levantar, porém sentia que havia uma cola me mantendo naquele chão seco e estranhamente quente demais.

Fique aí, falta algum tempo para a noite, por enquanto manterei os seus amiguinhos e seu namorado longe, já que eles parecem estarem certo de que irão achá-la... Engraçados, eles.

Gano de raiva, soluçando em seguida... A minha vida era uma mentira, um joguinho, algo criado por vingança, uma vingança que eu não achava ruim, porém também não achava boa.

Era possível permanecer neutra, sendo que eu estava prestes a ser morta pela própria mãe natureza?

Eu não tinha opinião sobre isso. 

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