Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

ꕥ Capítulo VIII ꕥ

Tʜᴇ Vɪʟʟᴀɪɴ Oғ Pʀɪɴᴄᴇ

Cᴀᴘɪᴛᴜʟᴏ VIII

"Você precisa fazer barulho se quiser ser ouvida "

— Enola(Filme)

Antes de tudo, mandei que revistassem e amarrassem bem os homens de manto negro. Não queria correr o risco de perdê-los, ainda tinha que fazer algumas perguntas aos infortunados. Olhei para o céu, o sol começava a descer. Então fui ver como estava o ferimento que Sir. Cliver tentava manter pressionado. Agachei-me ao seu lado e puxei seu braço para deixar-me analisar o ferimento.

— Lady Vllamir não deve ver esse tipo de coisa. Volte para a carruagem e prossiga para casa, tenho certeza que está assustada — com a voz fraca e rouca, ele parecia tremer e o sangue não parava de escorrer.

Franzi o cenho, esse cara é cego? Não viu que eu fiz o líder assassino voar e ainda arremessei uma espada perfeitamente?

— Cale-se! — ordenei irritada. — Abra essa boca mais uma vez e eu vou fazer questão de enfiar uma pedra na sua ferida.

Engolindo em seco, Sir. Cliver apertou os lábios. Sorri ao ver sua reação de medo, mas logo me voltei para o corte em sua cintura. Retirei sua mão de cima e desabotoei seu uniforme, revelando um abdômen definido e um ferimento na lateral. Analisei o exterior do corte. Era fundo e largo, se não tiver atingido nenhum órgão vital ele irá se recuperar bem. Mas se atingiu, dependendo de qual órgão, Sir. Cliver não tinha muito tempo a perder.

Certo, eu tinha que verificar o interior. E apesar de estar em uma época sem equipamento apropriado, eu poderia fazer alguma coisa com o que tenho à disposição.

Pense, Eliza!

— Analise! — gritei pela minha Dama, que estava parada em frente a carruagem.

— Sim, senhorita?

— Traga-me água e um pano limpo — pedi, ela assentiu com a cabeça e correu para dentro da carruagem, abrindo um compartimento secreto. Voltei para os soldados que se encontravam ao meu redor, acompanhando meus passos. — Vocês tem álcool?

Eles me olharam confusos, mas um deles retirou do bolso um cantil de prata. Rapidamente o mandei abrir o cantil e o cheiro da bebida alcoólica invadiu minhas narinas. Ele despejou o conteúdo nas minhas mãos, a fim de esterilizar cada cantinho dos dedos e unhas. Já feito, voltei-me para o Sir. Cliver e seu ferimento.

— Aqui senhorita — Analise chegou carregando um pano branco e uma garrafa de vidro que continha água.

Olhei para outro soldado.

— Você, pegue alguma coisa para ele morder — ordenei, Sir. Cliver iria precisar e muito. O soldado retirou o próprio cinto, o dobrou e o aproximou da boca do paciente no chão. Sir. Cliver me olhou por um momento antes de abrir a boca e morder fortemente o cinto de couro. Olhei para os olhos do cavaleiro real que tremia de medo e sangrava na minha frente. — Qual o seu primeiro nome?

— Josh — respondeu de forma engraçada.

— Certo, Josh Cliver, estou prestes a enfiar minha mão dentro de você a fim de analisar se algum órgão foi danificado, isso provavelmente vai doer muito. Mas me dará uma resposta sobre o que fazer — expliquei ao jovem o que estava prestes a acontecer. — Mas apesar de tudo, você ainda tem a opção de negar isso. Quer negar?

Josh balançou a cabeça, negando e afirmando que aceitaria o que eu iria fazer.

Dei um sorriso de lado.

— Confia em mim?

Olhou-me nos olhos e assentiu lentamente.

Não perdi tempo ao tocar em sua pele e lentamente inserir meus dedos em seu corte. Josh gritou e se contorceu com a onda de dor que lhe invadiu.

— Segurem ele! — gritei aos demais soldados, que aproximaram e seguraram cada membro do cavaleiro real. O corte se estendia muito na carne e o sangue não parava de jorrar. Tentei com o maior cuidado não agredir seu corpo com minhas unhas ou poderia causar algo pior. Mexi os dedos indicador e médio, verificando até onde a lâmina da espada pegou. Josh deu outro grito e se contorceu preso por várias mãos. Como o corte foi na cintura abaixo das costelas, haveria possibilidade da espada ter atingido os intestinos de Josh. Se isso tiver ocorrido, o paciente corre sérios perigos.

Fechei os olhos e deixei o meu tato fazer o trabalho. Apesar de ser uma enfermeira, eu nunca havia enfiado a mão em um paciente assim. Na verdade, isso é um trabalho para o médico, mas como os médicos desse mundo não são habilidosos, cabe a mim realizar o procedimento.

Respirei fundo e sorri aliviada ao concluir que não houve nenhum ferimento interno. Abri os olhos e retirei a mão do corte, era um ferimento profundo e feio. Mas a espada não tinha causado mais problemas do que isso.

Olhei para o rosto suado de Josh.

— Não há ferimentos internos — declarei e vários suspiros de alívio foram dados ao redor. — Agora vamos tentar estancar o sangue e... se eu pudesse suturar logo...

— ... senhorita — a voz de Analise se fez presente, ergui a cabeça para encará-la.

— Sim?

— Há um kit de costura na carruagem — contou, no mesmo momento ergui as sobrancelhas em questionamento. — É que, se acontecer algum incidente com seu vestido... só um momento, irei buscar. — rapidamente, Analise, entregou as coisas para um soldado e correu para a carruagem. A morena voltou carregando em mãos uma caixinha de madeira.

— Pegue a agulha maior que achar e uma linha bem resistente, e despeje álcool nelas.

Seguindo as minhas ordens, Analise pegou a maior agulha que encontrou e um tubo de linha preta. Passou a mesma pela agulha e esterilizou na bebida alcoólica que uns dos soldados tinha. Assim que fez tudo isso, entregou-me a agulha. Enfermeiras como eu não tinham autorizações para suturar, mas eu sempre praticava em casa com instrumentos apropriados. Aqui era diferente, não tinha uma barreira ética que me impedisse de salvá-lo.

— Isso vai doer também — avisei a Josh. — Continuem o segurando!

Os soldados assentiram e o prenderam no chão.

Lentamente, minhas mãos começaram o processo de sutura. Não podia me apressar, era a primeira vez que trabalhava suturas em organismo vivo. A carne humana era um pouco grossa para atravessar com uma agulha simples. E apesar de estar nervosa, não deixei transparecer em meu rosto. Isso causaria mais medo ao paciente e aos demais. Como essa sutura não era definitiva, não tentei fazer algo bonito. Mas assim algo que durasse até voltarmos ao Palácio Real. Ao término, examinei a linha um pouco grosseira que estendia na cintura de Josh. Ela iria aguentar perfeitamente se não houver atrito. Limpei a região com a água e fiz uma atadura com o pano, cobrindo o ferimento a fim de evitar quaisquer infecções possíveis.

Ordenei aos soldados que colocassem o Sr. Josh confortavelmente dentro da carruagem. Lavei as mãos e higienizei novamente como a bebida alcoólica, ao todo usei dois cantis com bebidas fortes. E assim que a emergência médica passou, voltei meus olhos para os dois homens amarrados embaixo da árvore mais próxima. Ainda faltava um assunto para resolver antes de voltarmos ao Palácio Real e meu humor ainda não havia melhorado.

Aproximei-me dos dois assassinos detidos que me olhavam por trás da máscara negra. Com os braços e as pernas atadas, eles estavam impossibilitados de fugir. E suas bocas encontravam-se amordaçadas por pedaços de pano e corda, impedindo-os de dizer alguma coisa. Minha cabeça já doía por causa do encontro com o príncipe herdeiro e uma raiva crescia absurdamente dentro de mim. Eu havia acabado de me livrar da possibilidade de ser morta por Lowel, e agora, me aparece isso!

Apertei os punhos, isso tem haver com a mudança no roteiro do livro?

Então, como Lowel não estar mais destinado a me matar, pode existir outra pessoa com esse objetivo? Eu ainda corro perigo? Mas que merda! O que eu tenho que fazer para viver sem ser morta? Esfreguei os olhos, o que posso fazer agora era descobrir quem os mandou aqui.

— Retire a mordaça do líder — com a voz séria, ordenei ao soldado que se encontrava ao lado. — Ah, e a máscara também. Quero ver a cara do homem idiota que pensou que poderia atacar-nos.

O soldado aproximou-se do líder e em um puxão, arrancou-lhe a máscara quebrada e a mordaça. O rosto do líder assassino era comum. Olhos escuros, cabelos castanhos e pele pálida. Nada de incomum encontrava-se em seu rosto, era um rosto que poderia passar despercebido em qualquer lugar.

— Quem os mandou aqui? — fiz, então, a pergunta crucial. O líder encarou-me fixamente e apertou os lábios com força, mostrando claramente que não iria cooperar com meu interrogatório. Soltei um suspiro pesado e ergui a mão para o soldado ao meu lado. — Dê-me uma adaga.

— Quê?

— Uma adaga. Agora, dê-me! — lançando um olhar irritado ao soldado, ele rapidamente retirou sua adaga da bainha e me entregou. Olhei a adaga do tamanho da palma da minha mão, era simples, porém bem afiada. Aproximei dos seres sentados no chão e sorri agachando-me em frente ao líder assassino. Um sorriso terrivelmente psicótico, certamente ele sentiu minha aura sanguinária ao olhar meus olhos. Não estou afim de ser boazinha com quem tentou me matar. — Tem certeza que não irá falar por pura e boa vontade?

Ele continuou em silêncio, mas assim que seus olhos piscaram eu levei a ponta da adaga em direção a perna de seu companheiro. Cravando-a bem forte até não houver mais lâmina. O homem, que antes havia sido acertado com a espada, gritou alto e contorceu-se em agonia. O sangue começou a jorrar pelas laterais do corte e pingar na grama verde, marcando-a. O líder assassino debateu-se tentando soltar-se para ajudar o companheiro, ver seus olhos cheios de ódio me fez sentir uma satisfação muito grande.

— Quem? — voltei a perguntar e, gentilmente, lentamente girei a adaga na perna do assassino. Enquanto torturava o homem, meus olhos não saíram do rosto do líder. Examinava cada detalhe de sua expressão raivosa, me divertindo cada vez mais. Em um puxão, retirei a adaga da perna do assassino e a apontei para outro ponto. — Ora, não foi nesse local que Sr. Cliver foi atingido? — brinquei passando a ponta da adaga na região onde Josh havia sido atingido. Encarei o líder com um sorriso cínico. — Será que vai doer tanto quanto doeu nele?

— Você não ousaria — o líder rosnou ferozmente.

— Ah, ousaria sim — gargalhei com aquilo, que frase engraçada. Por que justamente "eu" não ousaria? — Vocês ousaram nos atacar, nada mais justo, não?

Ele trincou os dentes, rosnando como um cachorro enquanto me observava aprofundar ainda mais a adaga na carne de seu companheiro. No mesmo lugar que Josh Cliver, porém, eu não poderia garantir a profundidade.

— Não sei o nome do contratante! — gritou com raiva, no mesmo momento paro minha mão e começo a retirar a lâmina do seu companheiro. — Ele usou o mordomo para nos contatar, me disse que era apenas uma garota voltando para casa. Não disse nada sobre você ser um Vllamir ou de ter um cavaleiro real lhe escoltando.

Pisquei os olhos lentamente, ele reconheceu minha linhagem pelos meus olhos únicos em todo o mundo deste livro.

Tenho que fazer algo sobre isso.

— Como era esse mordomo?

— Alto e velho. Falava de forma irritante e se achava superior a todos — quando o líder começou a descrever a aparência do mordomo, a imagem de uma certa pessoa se passou em minha mente. — Nos pagou em peças de ouro e especificou para não deixá-la com vida.

Uhum... ergo-me jogando a adaga nos pés do soldado e cruzando os braços. A forma que ele descreveu o mordomo, me lembrava claramente o maldito do Claud Hunt. Claud não tinha motivos para me matar ou tinha? Sorrir relembrando de como havia marcado sua cara e de como tinha tirado sua autoridade na frente do Conde. Sim, ele tinha motivos. Mas não foi ele o contratante, então, quem poderia ser? Quem, além de Claud, queria se livrar de mim?

— O mordomo disse alguma coisa sobre o contratante?

— Apenas que era uma mulher extremamente rica e que pagaria qualquer coisa para te ver morta.

Meus lábios curvaram-se em um sorriso, estava tudo claro. Já sei quem era a dupla de pessoas que conspiravam contra mim.

Olhei novamente para o líder.

— Quer continuar vivendo?

Ao entrar na Ala Hospitalar dos cavaleiros no Palácio Real, senti ter entrado em um hospital da época da segunda guerra mundial. Era exatamente como vi em fotos e em documentários, algo realmente estranho e incrível ao mesmo tempo. As camas com aros de ferro e lençóis brancos eram postos um perto do outro, com armários e mesinhas como divisórias. As paredes tinham um tom claro de verde, além do branco impregnado em cada canto. Haviam várias janelas com cortinas brancas para iluminar o ambiente e deixar arejado. Josh Cliver foi carregado por dois soldados e deixado na segunda cama da direta, onde logo uma enfermeira foi atendê-lo. Quando a mulher vestida que nem Florence Nightingale saiu correndo, chamando o médico responsável por este lugar.

Um homem velho, baixinho e barrigudo veio correndo junto a enfermeira. Ele vestia um jaleco com seu nome bordado no peito esquerdo, Dr. Joseph. O médico aproximou-se do paciente e o analisou o ferimento.

— Quem diabos fez isso?! — bravejou fazendo uma careta e deixando seu bigode e sua cara estranho. Sir. Cliver ainda estava com a camisa aberta e com o ferimento à mostra. Me mantive ao lado do cavaleiro ferido, mas parece que minha humilde presença não foi notada pelo homem de jaleco. — O que acontecestes?

Josh focou seus olhos em mim por um momento e logo olhou para o médico.

— Foi uma emboscada — simplesmente respondeu.

O Dr. Joseph colocou as mãos em Josh e cutucou o ferimento suturado. Apenas observei o homem, que se dizia médico, mexer no paciente sem esterilizar as mãos. Será que ele sabe o que é uma infecção? Tento prender um suspiro de decepção, sinto falta dos médicos com quem eu trabalhava. Eles pelo menos sabiam que não podiam cutucar um ferimento assim.

— Que trabalho mal feito — resmungou. — Pela Deusa do Sol, quem costurou você, meu jovem? Vou ter que abri-lo para verificar se seu interior...

— Não é necessário — o interrompi abruptamente. Foi então que o médico ergueu seus olhos até os meus, olhando-me pela primeira vez. — Já verifiquei se não houve nenhum corte interno. O que você precisa fazer agora é dar-lhe um anti-inflamatório para ingerir e outro para colocar sobre a ferida, para cicatrizar devidamente o corte.

O médico encarou-me com o cenho franzido, como se não acreditasse no que eu dizia.

— Quer que eu acredite que você fez o processo de avaliação nesse paciente? — abrindo um sorriso presunçoso, Dr. Joseph apontou para mim. — Uma jovenzinha sem treinamento ou qualquer conhecimento médico? Perdão, quantos anos a senhorita tem?

O lado direito do meu rosto teve um tique de fúria.

Puxei o ar com raiva e juntei cada pedacinho do meu autocontrole e sanidade para me manter calma e plena.

— Ora, peço perdão senhor médico. Não sabia que para salvar alguém eu teria que ser reconhecida por você — sorri, cínica. — Da próxima vez, irei apenas sentar e apreciar o meu cavaleiro sangrar e morrer lentamente. E depois colocarei a culpa em você, certo? Melhor assim?

O sorriso do médico morreu rapidamente e ela olhou-me com uma certa indignação.

— Irá fazer o que eu mandei ou vai esperar que o Sir. Cliver adquiria uma infecção? — cruzei os braços em uma postura arrogante.

— Não vou receber ordens de uma mulher — me olhando de cima a baixo, o médico fez uma careta de desgosto. Era certo que ele reconhecera minha aparência, mas mesmo assim, agia com uma superioridade machista e irritante. — Retire-se do meu hospital e não volte a dar palpite em algo que não sabe.

Os cacos do meu autocontrole começaram a cair no chão da minha mente e a sanidade começou a evaporar.

— Já que você não irá se mover, eu vou — resolvi não prolongar aquela discussão, ou acabarei tentando espancar aquele médico. Foquei meus olhos na enfermeira que se mantinha atrás do Dr. Joseph. — Eu sou Vanda Vllamir, filha do Conde Vllamir e uma das Flores do Príncipe Herdeiro e ordeno que me mostre onde armazenam os medicamentos.

A enfermeira, de aparência médica, arregalou os olhos e curvou-se.

— O que pensa que está fazendo?! — o homem de jaleco bravejou e colocou-se entre nós duas. — Este é o meu local de trabalho, não tens o direito de fazer o que desejar!

Revirei os olhos e comecei a dar a volta no médico, a fim de seguir a enfermeira até os medicamentos. Porém a mão rechonchuda do médico agarrou meu braço com força, me impedindo de prosseguir.

— Solte-me.

— Apenas quando se retirar.

Como eu queria estar em posse de um bisturi para enfia-lo delicadamente no olho desse homem idiota.

— O que está acontecendo? — a voz de Lowel soou alto, assustando-me por alguns segundos. Virei o rosto lentamente para olhá-lo na entrada da Ala Hospitalar. Ele ainda se vestia a mesma roupa formal, porém com um detalhe, trajava na cintura uma espada com a bainha branca e o cabo negro. Seus olhos gélidos focaram-se em mim, exatamente onde o médico segurava com força. — Dr. Joseph, o que está fazendo com uma de minhas flores?

Em choque, o homem de jaleco solta o meu braço e curva-se perante ao príncipe herdeiro.

— Vossa alteza, apenas estou pedindo para esta senhorita se retirar deste local — um pouco afoito, o médico não olhava nos olhos do príncipe. — Ela deliberadamente começou a dizer como eu devia prosseguir no tratamento do meu paciente.

Ri, cínica com a audácia desse médico.

— Não até terminar o tratamento do meu paciente! — indaguei alto, lancei um olhar cheio de ódio para o homenzinho barrigudo. — Eu cuidei dele desde o incidente, não preciso de você para estragar todo o trabalho que tive. Retire-se você daqui, já que não tem habilidades e nem inteligência para ver o excelente tratamento que fiz no meio do nada.

— Ora sua...

— Chega, vocês dois — Lowel interrompeu o Dr. Joseph. O príncipe herdeiro caminhou até onde Sir. Cliver estava deitado e observando quietamente a briga que ocorria.

— Minhas desculpas, vossa alteza, urgt... — Josh tentou erguer-se para curvar-se, mas não conseguiu devido a dor.

— Permaneça deitado — o príncipe analisou o ferimento que Josh havia adquirido. — Relate o ocorrido.

Assentindo com a cabeça, Sir. Cliver começou a relatar com detalhe o que tinha acontecido na tarde de hoje. Ele contou-lhe cada coisinha que eu fiz para ajudá-lo e também o que havia ocorrido com os assassinos. Ao término de seu relatório minucioso, até o médico olhava pasmo para mim. Lowel mantinha a expressão fechada, mas ainda podia-se ver a incredulidade em seus olhos.

Ninguém nunca imaginaria que uma garota poderia tratar um ferimento grave e ainda por cima, torturar alguém.

— Creio que Lady Vllamir tem a obrigação de terminar o que começou — encarando-me, o príncipe deu um sorriso de lado. — Forneça o que ela precisar para o tratamento de Sir. Cliver.

— Sim, vossa alteza — o Dr. Joseph curvou-se novamente, aceitando aquela ordem.

Tisk, queria ter resolvido isso sem a intromissão de Lowel.

— Por aqui, senhorita — a enfermeira sorriu e começou a me guiar até a farmácia.

Não demorou muito até que conseguisse concluir o tratamento de Josh Cliver. Apesar deste mundo não ter muitos recursos para o ramo médico, consegui me virar com o que tinha. Fiquei feliz por ter estudado as diversas formas de tratamento na faculdade. Após fazer todo o procedimento sobre os olhos do príncipe herdeiro e do médico, terminei com uma irritação maior ainda. Ao término, dei algumas dicas ao paciente sobre como se deve cuidar de seu próprio ferimento até que cicatrize e me despedi.

Não olhei para ninguém antes de me virar e marchar até a saída da Ala Hospitalar. Ao sair do prédio, deparei-me com o entardecer. O sol se punha e se escondia no horizonte, dando lugar para a lua brilhar no céu. Neste momento não era dia e nem noite, era algo surreal de se ver. O céu parecia uma pintura delicada, em que cada pincelada fosse tão delicada que arrancaria o fôlego. Percebi que nunca havia visto o entardecer nesse mundo, sempre que ocorria, eu me encontrava fazendo alguma coisa.

Soltei um suspiro deslumbrada e inebriada pelo céu majestoso.

— Lindo, não? — novamente, a voz de Lowel me pega desprevenida. Parando ao meu lado, o príncipe encarou a pintura no céu. — Enviarei uma carta ao Conde Vllamir, informando-o que teve que passar a noite aqui.

Franzi o cenho, queria voltar o mais rápido possível para casa. Mas por causa da tentativa de assassinato e do ferimento de Sir. Cliver, vou ser obrigada a passar a noite no Palácio Real. O lugar que eu estava tentando evitar ficar o mínimo possível, tudo por causa daqueles dois degenerados.

— O que planeja fazer com a informação que extraiu dos assassinos? — perguntando nada sutilmente, os olhos gélidos de Lowel se focaram em mim de forma curiosa.

— Com todo o respeito, vossa alteza, isso não é da sua conta — virando o corpo para encará-lo, mantive a expressão séria.

— Uns dos meus cavaleiros machucou-se protegendo-a daqueles homens. Não deve pelo menos uma explicação? — ele mentia-se com uma calma irritante.

— Ele não fez mais do que sua obrigação como Cavaleiro Real. — rebati nem um pouco comovida. — E já paguei o meu débito ao salvá-lo, não acha?

Ele sorriu, outro sorriso maldoso moldou seus lábios.

Realmente, há algo de errado com o príncipe herdeiro.  

〖 Contém 3745 palavras 〗

Olá, meus vilõezinhos, como estão? Gostaram do novo banner?

Capítulo betado 05/11/2021 por Isnandss

do Fuck Designs, obrigada ^..^

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro