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▓ CAPÍTULO DEZESSETE ▓




Desperto lentamente, sentindo o quentinho dos braços de Dom me aquecendo por baixo do lençol que dividimos, protegendo o meu corpo do ar condicionado. Suas pernas estão emaranhadas nas minhas, e não me atrevo a mover um músculo sequer para garantir ficarmos assim por mais tempo.

Abro meus olhos cheios de preguiça, tentando me acostumar com a fraca claridade que tenta invadir as cortinas. Então, minha visão se foca nele, que está deitado à minha frente, como um belo adormecido. Sinto que meu ser se completa ao espiar o rosto que coloriu tantas vezes os meus pensamentos, emoldurado pelos fios de seu cabelo ruivo caindo sobre sua testa. Seus olhos estão escondidos de mim, isso me deixa livre para rondar com os meus cada mínimo detalhe do seu rosto, e eu passaria horas a fio dessa forma.

Guardo cada traço com meu semblante iluminado pela sensação de felicidade que estar em seus braços me traz. A experiência é a mesma que já vivemos quando éramos jovens. Por um momento, me permito pensar que somos um do outro, que essa seria a nossa rotina num mundo ideal, dormir e acordar juntos.

De repente, noto o aroma de uísque vindo do seu hálito. Um sorriso suave escapa dos meus lábios enquanto solto um bafo curto na palma da minha mão, sentindo que o meu ainda cheira a gin. A mistura dos aromas que exalamos se unem no ar entre nós.

Fecho os olhos para me concentrar totalmente nos sons que o seu sono produz, com suas narinas inspirando e expirando uma pequena pancada de ar quente. Parece até que a vida está suspensa em um estado de graça, apenas esperando que nós acordássemos para começar o dia. Há um sentimento de paz que nos envolve, como se estivéssemos em um sonho que eu nunca gostaria de acordar.

Quando me aconchego mais em seu corpo aproveitando para ficar bem perto dele, acidentalmente, acabo esbarrando em sua ereção matinal. Ao sentir o volume guardado dentro da sua calça, de imediato penso que talvez seja melhor que passe a se chamar de Bem Dontado, ao invés de Dominic.

Segura de que ele ainda dorme, enquanto sou invadida por uma euforia indecente, arrisco atestar a minha impressão. Tomo uma certa distância e o meu movimento faz com que seu corpo acabe virando para cima. Cautelosa, levanto o lençol para checar a real dimensão. A iluminação embaixo do tecido branco não é das melhores, mesmo assim sou capaz de ter uma boa ideia quando sua mão arruma o volume na provável intenção de deixá-lo em uma posição mais cômoda.

Engulo em seco espantada com a fartura, por assim dizer, que estou testemunhando. Afasto o lençol de cima de mim, segurando apenas um pedaço para abanar o meu rosto. Eu me surpreendo com os diversos questionamentos que ocupam a minha mente, provocados pela natureza tentadora do monumento erguido entre as pernas de Dom.

Saio da cama evitando acordá-lo, indo ao banheiro jogar uma água no rosto para voltar a ser uma mulher serena. Escovo meus dentes alternando a minha agitação entre olhares espantados e sorrisos incrédulos diante do espelho. O frenesi da minha espantosa descoberta, me levava a uma curiosidade despudorada.

Ao voltar, o barulho da porta que dá acesso ao closet faz Dom despertar no momento em que a fecho. Quando o vejo se espreguiçando sobre a cama, consigo ter a certeza que esse quarto extravagante, foi planejado para alguém majestoso como ele dormir. A exuberante cabeceira dourada que vai até o teto, parece o seu trono.

Enquanto estica todo o seu corpo, eu me pergunto se a sua espada enorme ainda está erguida. Por baixo do lençol e da calça moletom, não consigo ter a mínima noção. Novamente, me perco em ideias incontroláveis sobre as minhas impressões da sua parte mais íntima. Acabo atestando que eu sou uma criatura degenerada por pensar tantas vezes sobre o seu dom.

— Bom dia! — diz dengoso ao parar os olhos em mim com um sorriso largo. Sua voz soa rouca e áspera, ainda envolta no véu da noite de descanso.

— Bom dia! — Suspiro puxando todo o ar do pulmão, com uma provável expressão de dor de barriga, me encostando na parede atrás de mim.

— Preciso ir ao banheiro. Teria uma escova de dentes por aí? — pergunta arrastando cada palavra em um tom sonolento, como se fosse difícil para a língua se mexer e lutasse para se libertar das amarras do sono.

— Você vai encontrar na primeira gaveta do armário do banheiro. São novas, é só escolher a que preferir.

— Ótimo! — diz mais disposto. Ele levanta animado da cama, enquanto no mesmo instante ergo o meu olhar para o teto. — Dormiu bem? — Dom pergunta ao parar na minha frente. Eu solto um longo suspiro e confirmo. Por fim, recebo um beijo no rosto antes dele sumir no closet a caminho do banheiro.

A demora de Dom fazendo sua higiene matinal, faz com que eu me pergunte se ele estaria se aliviando já que acordou tão disposto. Na ponta dos pés, atravesso o closet, onde minhas roupas preenchem os espaços dos armários tomando todas as paredes, e encosto o meu ouvido na porta do banheiro. Por trás dela o silêncio é total, não dá para ter ideia do que estaria acontecendo. Após alguns instantes, ouço a ducha ser ligada, tento olhar pela fechadura, mas não encontro uma brecha qualquer que seja.

Volto para o quarto. Em frente ao espelho, que fica do lado da cama, tento imaginar até onde o meu canal vaginal iria. Com as mãos espalmadas abaixo do umbigo, me pergunto se Dom caberia dentro de mim. Não sou especialista no assunto, talvez até haja maiores, mas certamente o dele é bem acima da média em todas as medidas. Tento lembrar das conversas na hora do almoço com as meninas de Lourdes, só que eu nunca prestava atenção nesses assuntos e não tenho nada que me dê clareza.

— Está com dor na barriga?

— Ai! — grito ao ser surpreendida apalpando o meu ventre, deixando-o confuso. — Nossa... tomei um baita susto — esclareço sorrindo um pouco desconcertada.

— Desculpa. — Ele se aproxima e me abraça.

— Ah, não foi nada, está tudo bem — garanto, sacudindo a cabeça em negativa.

— Você parece tensa. Está tudo bem mesmo? — pergunta, notando minha péssima atuação.

— Claro — respondo tentando passar um pouco mais de confiança.

— Não dá para acreditar em você — Dom murmura provocante, ainda com a voz mais rouca do que o normal, levando sua mão até a minha nuca para massagear o músculo local.

Meus olhos fecham automaticamente e meu corpo se rende, como se estivesse nas mãos de um hipnotizador. A tensão do que me consumia a pouco pelo constrangimento de ter sido flagrada em um devaneio, escorria pelos meus ombros no calor do seu toque me envolvendo. Uma chama antiga se acende dentro de mim e se espalha parecendo que a ponta dos seus dedos eram capazes de se conectar com cada fibra do meu ser.

— Desse jeito vou mentir sempre, estou sendo bem recompensada por isso — digo com a voz preguiçosa.

— Acha mesmo que precisa mentir para as minhas mãos ficarem em cima de você? — ele me indaga com um risinho no canto da boca.

— Não? Que pena. Seria legal pensar que sou capaz de enganar o dono do morro. — Ouço Dom soltar uma pequena gargalhada.

A pressão dos seus dedos é perfeita, um verdadeiro remédio para sumir com o meu nervosismo. Ele traz a outra mão para os meus ombros e a massagem se expande. Seu toque é tão perfeito que parece desbloquear não apenas os meus músculos, mas também aumentar o meu desejo, despertando a expectativa de que não pare. Só de pensar que vai acontecer, quase tenho um treco de tanta vontade.

Ao afastar os meus cabelos, toca com os lábios o meu pescoço próximo da minha orelha, em mais um dos seus beijos sutis que parecem transformar meu corpo numa brasa. Fico inebriada a cada avanço que faz percorrendo lentamente o meu maxilar, me dando a impressão que vou me desmanchar em uma espécie de sopa da luxúria de tanta ânsia.

Isso...

Sua mão prende a minha nuca. Seus olhos me estudam, checando se poderia ir mais adiante. Enquanto me encara, eu imploro em meus pensamentos que me beije de verdade. Sua boca se arrasta pelo meu queixo até a minha. Seus lábios acariciam os meus. Meu corpo suplica que pare de me torturar. Meus ouvidos captam a minha respiração arfante. A língua de Dom finalmente explora o meu gosto para acabar com a minha deliciosa agonia.

Isso...

Eu quero mais.

Sou puxada pela cintura, agarrada pelo pescoço com sua mão tomando conta da minha nuca para me prender em sua boca, onde os meus lábios são recebidos como chuva no sertão, sugando toda a umidade que cai na terra seca. Dom me absorve como se fosse possível nossas almas se unirem além dos nossos corpos.

Que beijo!

Sou erguida em seus braços e envolvo a sua cintura com as minhas pernas. Sem a menor dificuldade sou levada por ele até a parede, onde me prende. Ao segurar a lateral do meu rosto, Dom faz o resto do mundo sumir. Nossas bocas não se soltam nem por um minuto, tornando o beijo com que tanto sonhei no melhor da minha vida.

Cheios de flexibilidade, exploramos nossas bocas, saboreando as texturas macias, lisas e levemente molhadas. Nossos quadris se apertam, aumentando o ardor entre as minhas pernas, tanto quanto a necessidade de chegar ao clímax só de sentir a sua avantajada saliência roçando em mim.

Isso, meu amor...

Suas mãos apertam os meus quadris, depois sobem pelo meu corpo, amassando cada parte que toca. Dom é lindo, saboroso e quente, além de ter um fôlego que eu não consigo acompanhar. Acabo soltando a sua boca para tomar um pouco de ar, mas ele não para um minuto de se mover, deixando sua marca por onde passa.

— Finalmente um beijo de adulto, não é? — arfo, com ele se embrenhando em meu pescoço, e sinto o seu sorriso se expandir sobre minha pele.

Trilhando outra vez a linha do meu maxilar, Dom agora passeia a língua de um jeito selvagem até encontrar a minha boca novamente. O calor entre nós é intenso, me fazendo ter a impressão de estarmos prestes a entrar em combustão. Quando volto para o chão, ele solta as alças do meu macacão, e o tecido fluido cai em minha cintura sem dificuldade. Depois, arranca a minha blusa tão rápido que parece ter me despido num passe de mágica.

Nosso ritmo possui uma urgência enlouquecida. Agora meu sutiã que é arrancado. Dom amassa o meu corpo contra o dele, nos deixando muito colados e sinto que estamos prestes a nos fundir de uma forma que jamais poderíamos ser separados. O dia lá fora, a luz suave do sol atravessando as cortinas, os estalos dos nossos beijos, tudo parece em perfeito fluxo, em perfeita harmonia.

Apressada, puxo a sua camiseta para cima, deslizando as minhas mãos ágeis ao nos soltarmos por um momento. Desacelero subitamente, não resisto em ficar contemplativa ao vê-lo semidespido novamente. Dessa vez, eu me sinto convidada a tocá-lo e exploro com meus dedos os gomos do seu abdômen. Eles são perfeitamente simétricos, como se fossem feitos para se encaixar em uma escala de proporções divinas. Cada músculo é uma linha definida, uma curva suave que se estende do peito até o umbigo. Sua pele é macia, e eu admiro a maneira como ela se movimenta com a sua respiração.

Eu quero passar minha língua por todo o seu corpo. Ele me dá água na boca.

Quando os meus olhos encontram os seus, um frio na barriga me consome, sinto como se estivesse olhando para a própria definição de beleza. Ele se ajoelha à minha frente e desce o meu macacão preso na minha cintura, demorando o olhar em meu corpo, como fiz a pouco no seu. Sua língua passeia pelos seus lábios, me fazendo ter certeza que ela também quer passear por mim.

Minha calcinha fica mais úmida.

Em todos os seus movimentos admiro os músculos definidos que adornam o seu corpo. Quando meus pés saem da roupa, eu a chuto para o lado, assim tenho rapidamente a atenção dele voltando para mim. Não quero que perca tempo com mais nada.

Suas mãos percorrem do meu tornozelo até a parte interna da minha coxa, gerando uma eletricidade ao me explorar como um desbravador, e meus joelhos viram uma massa mole sem sustentação. À medida que se aproxima do centro das minhas pernas, só quero que avance mais e mais. Dom me tortura com seus toques lentos. Espalmo as mãos na parede querendo agarrar o concreto entre meus dedos, me contorcendo, inquieta.

O rosto dele se ergue, seus lindos olhos azuis enxergam o quanto estou ansiosa. Depois, ele fita a minha intimidade, subindo novamente o olhar para assistir de camarote a deliciosa aflição que me causa enquanto me toca em pequenas doses por cima da calcinha. Seu polegar roça no tecido rendado, provocando um formigamento por baixo dele.

A pequena renda branca é afastada para o lado e desfruto de um toque direto. Suas carícias tênues são curtas, mas continuas. Começo a sentir o local pulsar, Dom estava intencionalmente regendo o meu tesão, acumulando-o de tal forma que começa a doer. Como se soubesse disso, ele se aprofunda um pouco, mas ainda sem me penetrar e meu sangue ferve.

Não penso em mais nada.

Eu me perco, como se a minha autonomia estivesse suspensa. Meu corpo se contorce. Minha respiração falha. Dom me sorri indecentemente e, isso me estimula ainda mais. Ele brinca com meu prazer, castigando com doçura a minha urgência em ter um orgasmo.

Finalmente decide levantar do chão e descer a sua calça. Minha respiração fica mais pesada e meus olhos fogem para o teto. Nu, ele roça a sua rigidez por cima da calcinha substituindo o toque do seu dedo, que usava para me estimular. A dúvida se sua ereção se acomodará confortavelmente dentro de mim surge outra vez.

Espero que sim. Eu quero muito.

Suas mãos puxam o meu rosto para si, parecendo exigir uma troca de olhares nossa. Sou observada, enquanto sua pélvis me espreme contra a parede, arfo a cada investida, com meus olhos buscando um ponto focal que não fosse Dom. Recebo alguns beijos no rosto, enquanto mantenho a certeza que estou bem disposta a sentir ele me abrindo por dentro.

— Está desconfortável com alguma coisa? — Sua voz sussurra perto do meu ouvido.

— Não. Por que pensou isso? — Fico preocupada.

— Você não olha para mim. Estava olhando e de repente parece que está aqui, sem estar — Dom fala com cuidado.

— Sério? — pergunto surpresa.

— Como se estivesse lembrando da lista de supermercado ou algo do tipo — explica, lúcido do que está falando, embora não me acuse.

— Caramba. Não! Deve ser impressão sua — eu me apresso em esclarecer.

— Não, é?... — ele duvida.

— Mas estou dizendo que está tudo bem — garanto, com um sorriso um pouco nervoso.

— E eu estou vendo que não está... Desculpa, é que não consigo assim — conclui, me deixando incrédula.

— Dom! — exclamo em protesto.

— Você é uma garota confusa, Dalena. Seu corpo está aqui, quente e respondendo a mim, só que uma parte sua se distancia — avalia de uma forma carinhosa, mas ainda assim me ofende.

— Você que está me confundindo. Por que insiste nisso? — Fico chateada.

Dom enfia os pés na calça, depois sobe até a cintura. Enquanto ainda estou sem reação, procurando entender o que está acontecendo, ele pega a sua camisa no chão, coloca a minha cabeça na gola e os meus braços nas mangas, me vestindo com ela. Fico alheia, sem acreditar que não acontecerá nada entre nós. Ele interrompeu sem pensar duas vezes, meu corpo se sente completamente frustrado.

Que merda!

— O que rolando aqui? — indago, realmente confusa.

— Você que precisa me dizer.

— Só por que não te olhei?

— Não está sendo honesta comigo ou com você, mas não vou fingir que não estou vendo. Para mim, nosso lance vai além de sexo. Tudo bem se não rolar nada entre nós, mas se acontecer, preciso ter certeza que estamos juntos. Não fique ofendida... Só vamos conversar numa boa — sugere, vendo que estou a um passo de sair do tom.

— À merda que não fico ofendida! Estou com tanto tesão que sinto doer. Que viagem é essa? Você é maluco, Dom? Que coisa de doido — reclamo, no entanto, não recebo resposta.

Humpf!

Extremamente aborrecida, quero sumir o mais rápido possível desse quarto. Quando me movo em direção a porta, sou impedida por ele de sair, parecendo tão confuso quanto eu. Dom sacode levemente a cabeça dando a impressão de ter repensado, recuo feito uma gata arisca ao esperar para ver o que pretende. No entanto, cedo quando agarra minha nuca, tomando a minha boca para si.

Novamente o meu corpo se acende.

Ele morde meu queixo. Fico toda arrepiada.

Minhas mãos exploram o seu dorso, enquanto sou levada para a cama. Dom deita sobre mim pesando o seu quadril entre as minhas pernas, movendo-se como se estivesse dançando uma música lenta e provocante. Seus dedos agarraram os meus seios por cima do tecido da camiseta.

Novamente sou um brinquedo em suas mãos.

Sigo o seu ritmo combinando a intensidade das nossas respirações. Eu policio os meus olhos que não escapam nem por nenhum instante dos seus, ele me sorri percebendo que me concentro em mantê-lo aqui. Não quero que uma impressão errada nos interrompa novamente.

A sua camiseta, que estou usando, é tirada numa rapidez sobrenatural, e fico como deveria estar até agora, nua. Meus seios são pequenos, com bicos fartos. Dom parece mais apaixonado por eles do que por mim com a forma que se perde nas carícias que faz.

Sua respiração fica mais profunda.

— Você é muito quente... — murmura ao sorrir faceiro.

— Então consegue imaginar como estou por dentro? — provoco com uma voz dengosa. As pupilas de Dom se dilataram.

— O suficiente para saber o quanto quero te comer. — Suas palavras causam um tremor em mim.

Meu quadril rebola, o dele sobe e desce. Estou encharcada, projetando minha pélvis mais para cima, afastando os meus joelhos o máximo que consigo. Quero esperar ele me completar, mas sinto o quanto estou perto. Ele também percebe e também parece estar por um fio, pois sua rigidez lateja sobre mim.

Dom grunhe.

Evitando que a nossa primeira vez acabasse tão rápido, seu quadril alivia a pressão aos poucos e percebo o quanto o meu corpo estava rígido. Nós dois rimos um pouco ao constatarmos que nossos sexos estão em brasa. Noto quando pressiona o topo do seu um pouco, para conseguir continuar.

Respira...

Voltando para mim, apoia-se em seus antebraços e atiça os meus seios com sua língua brincando por minhas auréolas, espalhando prazer pelo meu corpo inteiro. O nosso desejo volta a crescer rapidamente, um calor viciante vai dos meus pés até o topo da minha cabeça. Ele está tão imerso, que esquece de checar se demonstro o mesmo desconforto que diz ter visto antes. Completamente rendido aos bicos avantajados, suga um, se deliciando, ao mesmo tempo que rosqueia o outro com a ponta dos dedos, fazendo uma pressão mais firme. A mistura da leve dor enquanto chupa, me inflama mais.

Ele não descansa.

Meus mamilos estão rijos.

Que delícia!

Novamente meu quadril rebola embaixo dele.

Dom me olha com suas íris azuis inebriadas e sorri da minha falta de controle. Ele se afasta e minha coluna se transforma em um arco quando sinto-o descer até abaixo do meu umbigo para me provocar por cima da calcinha, ao mesmo tempo que sua mão ainda envolve o meu seio extremamente sensível. Ao afastar a fina renda, contorna com a ponta do polegar a fenda que divide minha intimidade ao meio.

Ergo o meu tronco me apoiando nos cotovelos, quero garantir que ele não hesite em prosseguir ou sou capaz de surtar se interromper mais uma vez o magnífico trabalho que está fazendo. Meus gemidos começam a brotar quando seu dedo aprofunda o toque.

Estou oficialmente alucinada.

Muito. Alucinada.

Ele se move carinhosamente.

Minhas pernas começam a se fechar para prender sua mão, enquanto meus quadris dançam no seu ritmo suave.

— Deixe as pernas abertas... — exige num sussurro, e obedeço. — Isso... Não tenha pressa.

Eu fico ainda mais louca ao seguir suas instruções. Imaginar o quanto ele quer prolongar o meu prazer me deixa mais molhada e excitada. Em uma escala crescente, os meus gemidos não param.

Dom imediatamente me beija, abafando os sons que eu emito sem interromper os movimentos dentro de mim. Sua boca praticamente come a minha, e não sei se vou ter o controle que ele está esperando. Ao voltar para o meu mamilo, meus gemidos preenchem caprichadamente o quarto.

— Dalena... — O tom de sua voz me chamando é puro encanto.

— Oi? — pergunto com a voz arfante.

— Por que parece que engoliu um gato?

— O quê? falando isso do meu gemido? — questiono, confusa.

— admite de um jeito constrangido.

— Você não gosta? — fico preocupada.

— Não fica chateada, é que parece que está fingindo e fico preocupado. Continuo achando que não está confortável com alguma coisa.

— Caramba, Dom! — Ao notar que ele está realmente incomodado, afasto sua mão da minha vagina. — Não parece que estou gostando? Sinto que abrindo um rio dentro de mim, olha o seu dedo.

— Não é isso. Só que é estranho. — Ele me olha esperando que eu diga o problema. — Se está gostando tanto, não precisa fingir, não é?

— Mas eu não estou fingindo, é só o meu jeito de gemer — digo sem jeito e vejo que Dom fica sem saber o que falar e sai de cima de mim. — Não está bom para você?

— Claro que está, só que quando vejo que tem algo errado não consigo. Já disse, quero você inteira. — Sua mão me puxa e afaga o seu rosto no meu.

— As meninas de Lourdes gemem assim. Os homens gostam, por que você não gosta? — Dom sorri virando o rosto, acabo me sentindo inocente. Imediatamente a minha face arde de vergonha. — O que foi agora? O que é engraçado?

— Gemer não é uma música que você ouve e reproduz as mesmas notas. Eu não quero que faça isso como as outras mulheres, quero que faça isso como você. Está bem? — Ele me beija. Concordo um pouco preocupada por medo de não conseguir o que me pede, embora a proposta me cause estranhamento. — Fica aqui — diz antes de levantar da cama.

Dom vai ao banheiro e volta com o meu óleo corporal. Ao sentar na cama, desliza seus dedos do elástico da minha calcinha até os meus pés, arrastando o pequeno pedaço de renda pelas minhas pernas. Depois de tirá-la, dobra com cuidado e deixa na ponta da cama.

— Uma massagem? — Dou um risinho, vendo-o pegar o óleo.

Shhhhhh... — ele me pede silêncio, mas confesso que estou inquieta por não saber o que pretende.

Parecendo compenetrado, ele se ajoelha sobre os meus pés, quase como se estivesse em uma solenidade. Coloca uma boa quantia do óleo perfumado com notas de calêndula na sua palma, aquece-as, friccionando uma na outra e espalha-o, deslizando as mãos pelos meus dedos e solas.

— Como está sendo me ver nua pela segunda vez? — arrisco a pergunta.

— É como voltar para casa. — O meu rosto se ilumina. Ele me sorri, mas logo volta a ficar numa expressão relaxada, concentrado no meu corpo.

— Como seria essa casa? Caindo aos pedaços, mal acabada, uma casa bacana? — fico curiosa. Arranco mais um sorriso de Dom.

— Uma casa perfeita, a mais linda. Agora é sério, fique quieta — finge me dar uma bronca. Atendo buscando controlar a minha ansiedade, mas feliz com a sua resposta. — Assinto.

— Mas ainda vamos?... — a dúvida me surge, pois não é o que parece.

— Não pense em nós agora, quero que pense em você. Só solte os seus gemidos quando surgirem naturalmente.

À medida que ele vai subindo, aplicando uma pressão suave pelas minhas pernas, uma sensação indescritível de relaxamento se espalha pelo meu corpo. É como se cada músculo e osso estivesse sendo acariciados e acalentados com um carinho que ultrapassa as fronteiras da carne.

Seus dedos dançam sobre a pele, alternando movimentos firmes e circulares. De um jeito saboroso, sinto algumas áreas formigando, enquanto outras parecem se abrir e se expandir. Aos poucos, estou mais relaxada, sem pensar tanto no que vai acontecer.

Ele se move então para a região abdominal, onde o seu toque é mais suave, como se me acolhesse, com as palmas repousando sobre a minha barriga. Uma onda de calor e conforto se espalham pelo meu corpo. Eu fico me perguntando se esse é o momento certo de gemer, pois um tímido prazer percorre o meu corpo. No entanto, à medida que suas mãos amorosas passeiam sobre mim, os gemidos não vem, em seu lugar surge somente uma estranha vontade de chorar.

A massagem de Dom parece se encontrar com a minha essência, eu começo a me sentir mais conectada com minhas emoções, com uma sensação de abertura e vulnerabilidade. Suas mãos escorregam do meu colo para a minha nuca sucessivas vezes. Começo a sentir as emoções se intensificando, com uma sensação de calor e plenitude no peito.

Um choro suave escorre de mim. Percebo que estou liberando tensões antigas e traumas escondidos nos lugares mais profundos da minha alma. Meu massagista permanece presente e atento, permitindo que eu libere as emoções sem julgamento ou pressão.

Cada toque é um convite para mergulhar mais fundo, entregando-me a um estado de transe embriagador que parece me conectar com dores, até então, ignoradas. A massagem avança, fico emocionada com a imagem de Dom cuidando do meu corpo. Enxergo um homem de uma forma que nunca conheci, um homem que me respeita. Pouco a pouco, ele me faz descobrir um universo esquecido que eu havia mantido trancado em uma pequena caixa, por medo de que todo esse espaço fosse contaminado e perigoso, como uma rua deserta na madrugada.

Seus dedos avançam incansáveis sobre a minha pele, acordando todas as células do meu corpo. Ele resgata os meus sentidos dormentes, me levando a uma espécie de regressão do meu próprio eu sexual, ao mesmo tempo que uma bioeletricidade percorre minha estrutura.

Dom agora me proporciona toques mais íntimos. Por onde suas mãos passam, sinto expandir completamente o meu corpo, mostrando que cada parte parte de mim é capaz de me levar ao prazer tanto quanto o meu sexo. Na verdade, vejo que a minha pele e as mãos dele estão num ato completamente sexual, embora a essência seja terapêutica.

Tomada por uma sensação gostosa, meus pelos ralos ficam ouriçados no que sou consumida por uma lenta explosão orgástica. Minha respiração falha e o meu corpo se agita em contraste com os movimentos das mãos de Dom, que parecem seguir um mantra por cada pedacinho de mim.

É intenso.

É lento.

É incrível.

Suas mãos passeiam pelas minhas coxas ainda espalhando o óleo com suavidade e firmeza, me marcando com a sua presença venerada pelos meus sentidos. Dom permanece com seus toques por tempo suficiente para esquentar ainda mais a minha pele, dando mais volume ao meu impressionante orgasmo.

Seus dedos alcançam a minha intimidade, os polegares massageiam a superfície mantendo o mesmo ritmo. Por alguns instantes, ele sustenta o meu prazer sem interromper o curso das suas mãos no meu monte de Vênus. Não existe urgência, tudo é realizado aos poucos tornando a experiência surreal.

Com um doce sofrimento, sinto a massagem se concentrar na zona abaixo da fenda do meu sexo. Minha respiração se transforma em gemidos reais, só então o polegar melado de Dom encontra o meu clitóris, o presenteando com movimentos longos que vêm de baixo para cima.

Não consigo pensar em nada.

Eu só sinto...

Meu abdômen libera espasmos. Confusa com as reações do meu corpo, eu olho para ele em busca de respostas, e seu semblante se ilumina com uma expressão que se traduz em carinho e respeito, de um jeito que reflete mais a forma que a minha intimidade é tratada.

Meu rosto esquenta como todo o resto, novamente volto a chorar. Dom não suspende ou limita a sua concentração, parece entender que isso faz parte do processo que provoca em mim. Muito excitada, devoro os meus próprios gemidos e meus dedos amassam o lençol quando algo muito maior cresce dentro de mim.

Ardor.

Desejo.

Liberdade.

Explosão.

Assim...

Assim...

A abertura do meu sexo se contraí, e Dom parece ter recebido como um convite, pois encosta suavemente a ponta do seu dedo, sem deixar de dar atenção ao meu clitóris. Minhas costas arqueiam-se instintivamente. As paredes da minha caixa estão se dissolvendo e me abrindo esse espaço para um horizonte infinito de possibilidades.

Ele introduz parte do seu dedo, que parecia esperar o momento certo, provocando uma sucessão de "ais" com gemidos que pareciam sair das minhas entranhas, ocupando todo o quarto, e quem sabe até o mundo, eu não me importava. Completamente concentrada nas manobras que meu clitóris recebe, como também o meu ponto G, sou levada a um lugar inteiramente novo, que existe somente nas minhas profundezas, mas que eu desconhecia.

Lágrima.

Tremor.

Ardor.

Desejo.

Não para...

O ápice do meu orgasmo se apresenta, enquanto meu corpo convulsiona. Paixão, conexão, entrega, tesão, tudo se conecta. Explodo de puro prazer. Assisto a minha vagina expelir alguns jatos parecendo uma fonte, ejaculando com força total pela primeira vez. Meus gemidos se mesclam a sorrisos, contagiando Dom. O squirting é como uma fábula, ouvi o termo pela primeira vez na casa de Lourdes, todas queriam ter essa experiência, embora ninguém soubesse contar como era a sensação.

Ainda arfante, eu me sinto confortável por ele parecer ter achado prazeroso assistir esse momento. Em outra situação, acredito que me sentiria envergonhada por estar toda molhada e ter molhado as suas mãos. A única sensação acima de qualquer coisa é que o meu corpo encontrou segurança para ser livre.

Completamente relaxada, fico num estado de fusão com o colchão depois de vivenciar um prazer tão intenso. Ele beija o meu monte de Vênus como se seus lábios fossem um bálsamo para acalmar os espasmos em minha intimidade. Confesso que acaba por renovar o ardor que me envolveu nos últimos minutos, porém não sou incentivada a isso, pois Dom deita ao meu lado, me dando a oportunidade de respirar normalmente outra vez.

Vejo-o acompanhar atentamente o jeito como espero meu corpo desligar toda energia que experimentei. Eu me aconchego em seu peito, enquanto as dúvidas começam a percorrer minha cabeça de uma forma mais lenta do que o normal. O ritmo do mundo certamente está mais devagar para mim.

— O que você fez comigo? Quer dizer... isso é uma técnica, algo do tipo? — pergunto embasbacada, voltando da viagem que fiz em meu corpo.

— Só relaxa um pouco... — Dom desconversa, afagando o meu braço. A sua voz está tão tranquila, que até parece ter sido ele que recebeu a massagem.

— Por que não quer falar?

— Porque você vai ficar com besteira. — Recebo um beijo no rosto. — Que tal a gente tomar banho, trocar a roupa de cama...

— Agora vou ficar pensando nisso, então fala logo — peço, fingindo que tenho maturidade para entender.

— Não pira, por favor...

— Só fala.

— Eu aprendi que o corpo pode ter segredos, como se fossem travas, sabe? — começa, cauteloso. — É que algumas experiências criam bloqueios que muitas vezes a pessoa nem percebe — explica, ainda tentando soar neutro. — Quando alguém não consegue se soltar completamente na hora do sexo, pode fazer um tratamento assim com um profissional.

— Sério? Tem gente que trabalha fazendo...

— A massagem tântrica... — complementa, diante da minha dificuldade de nomear de forma correta. — Essa é uma ótima técnica para trabalhar os chakras — esclarece, me fazendo pensar em um milhão de coisas. — Eu deixei o meu tesão fluir na hora, mas um terapeuta não faz isso.

— Está bem, vamos tomar banho. — Levanto, tentando focar apenas na experiência que tive, não queria alimentar a pulguinha atrás da minha orelha.

— Fácil assim? Sem interrogatório? — pergunta com estranhamento ao levantar também e me segue até o banheiro.

— Eu entendi a explicação, já até tinha ouvido falar, mas não sabia que era assim. Imaginava uma espécie de swing embaixo de uma tenda ao ar livre, com as pessoas se pegando em cima de um tapete — digo, controlando a minha boca para não falar mais nada.

— É isso mesmo, eu fui em vários. — Meus olhos se arregalam. — Brincadeira, nunca vi algo do tipo. Só o bom e velho swing mesmo.

— Dom! — repreendo a sinceridade, estou evitando pensar nele e as milhões de mulheres com quem saiu.

— Nunca foi em um? — Dessa vez ele quem se surpreende. Talvez por saber que eu era garota de programa, imaginava que a minha experiência fosse maior.

— Não. Otávio meio que me deixava escondida do resto do mundo, como um brinquedo que só ele podia tirar da caixa para se divertir. Sempre que me levava para sair, éramos só nós dois. Acredito que se surgisse um convite para algo assim, iria com uma das namoradas que teve — lembro. — Agora me fala, onde você aprendeu a massagem? — perguntei de uma vez. Pensar no senador me levou a entender que não quero ficar no escuro com Dom.

— Eu saía com uma professora. Exatamente, a gente só saía, e não, não era minha namorada — brinca, me apertando nos seus braços, vendo minha dúvida. — Fizemos muitas vezes, até que cansamos. Fiquei muito bom nisso, mas não, não saio fazendo gratuitamente. Respondi tudo? — Percebo que ele gosta de ver que estou com um certo ciúmes.

— Por hora é o suficiente — brinco também, abrindo o box. Não quero parecer tão insegura. — Não vem tomar banho? — pergunto ao ligar a ducha, já que Dom só me olha de fora.

— Tem certeza que me quer aí? Posso esperar.

— Claro. Pode vir. Acho que não tenho o que esconder de você — digo descontraída, abrindo os meus braços, evidenciando o fato de estar nua, e fazendo ele sorrir.

Dom começa a tirar a calça, me estudando. Eu não sei o que ele espera de mim, dá para ver que é bem experiente, Otávio também é, mas nunca se queixou de nada. Ele coloca a calça num gancho, depois baixa um pouco a cintura da cueca boxer, sendo impossível não notar o quanto está excitado. Engulo em seco ao me virar, pego o sabonete e passo pela minha pele.

A porta do box é aberta, percebo de viés ele se aproximando. Quando Dom me abraça e sinto sua calça encostando na minha bunda. Viro o meu corpo e vejo que está vestido, minhas sobrancelhas se juntam sem entender o motivo dele não estar nu para tomar banho.

— Por que está de roupa?

— Parece que você não fica confortável quando estou prestes a ficar sem nada, e como não queria perder o seu convite, foi a solução que encontrei.

— Eu não fico desconfortável.

— Fica sim.

— Ai, Dom... eu não gosto de olhar diretamente, porque... — tento procurar as palavras.

— Fica desconfortável.

— É, fico — admito.

— Quando você ficar confortável, fico nu para você com o maior prazer — diz, ajeitando o meu cabelo e me beija.

Dom tem razão, eu gosto que esteja vestido o suficiente. Com certeza, não olho abaixo da cintura da mesma forma que olho acima. Eu nunca havia notado que era algo tão óbvio. Preciso urgentemente resolver isso, porque é um problema para ele e estou ainda mais ansiosa para o sentir completamente. Esse jeito inusitado de começar a nossa intimidade, me faz enxergar que estamos construindo algo sólido. É como se ele sempre soubesse passar segurança para mim.

O seu corpo está muito quente e não parece ser somente pela água aquecida que cai sobre nós da enorme ducha no teto. Ele me aperta forte em seus braços, amassando os meus seios em seu peito, roubando o meu fôlego por completo num beijo apaixonado.

— Tem certeza que não quer ficar nu? — pergunto quando solta a minha boca, provocando uma risada nele.

— Tenho. — Seu nariz encosta no meu, dando um beijo de esquimó. Depois colamos os nossos rostos.

Trocamos mais beijos, abraços... Tenho a minha pele ensaboada e os meus cabelos lavados por suas mão mágicas, até que o meu banho é finalizado. Enquanto me seco, Dom termina de se limpar. Saio do banheiro o deixando à vontade.

Prevejo mais um dia frenético na câmara, escolho cuidadosamente um conjunto de roupas de linho cinza combinado com um blazer alongado, uma blusa de cetim branca e um par de sapatos de salto alto em couro claro, com saltos quadrados. Confiro o resultado no espelho e sinto-me envolta em uma aura de confiança. A voz de Otávio, repleta de ameaças, ressoa em minha mente, me lembrando que preciso ser cautelosa com a minha disposição, pois ele deixou claro que não medirá esforços para me atormentar.

— Vai trabalhar hoje? — Dom pergunta saindo do banheiro.

— Não vou me esconder de Otávio pelo resto da vida.

— Deveria fazer uma queixa das ameaças que sofreu.

— E colocar o meu discurso de que estamos juntos nessa a perder?

— Se fizer uma denúncia pública, ele irá recuar para não sujar o nome — avalia, tentando me convencer.

— Eu também sou uma figura pública, ele não vai me machucar e sair como se nada tivesse acontecido — pondero, diante da sua visível insatisfação.

— Mas pode mandar alguém fazer isso.

— Todas as suspeitas vão cair sobre ele. Nossa relação está completamente exposta e pretendo manter assim.

— Dalena, eu não teria tanta confiança. Pessoas públicas também morrem o tempo todo e nada acontece. Você é um peixe pequeno.

— Eu sei Dom, mas vale a pena lutar pelo que eu acredito.

— Já te prometi que construo.

— Não é a mesma coisa.

— Está fazendo o caminho mais difícil.

— Café da manhã? — encerro o assunto de uma vez, e ele entende a mensagem de que eu não quero mais discutir sobre isso.

— Vou vestir uma roupa e volto — avisa.

— Vai assim, de toalha?

— Vou pelas escadas rapidinho, ninguém vai aparecer. Volto já. — Dom me dá um beijo. — Está linda.

— Obrigada. — Fico boba com o elogio inesperado.

Ele sai, deixando alegria em mim. Tê-lo por perto é melhor do que tudo o que já imaginei. Os anos se passaram, nossas fisionomias estão mais maduras, mas a nossa sintonia é a mesma de quando nos conhecemos. Dom nunca saiu do meu coração e agora está entrando de vez na minha vida.

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