Samhain
Durante a semana seguinte, a escola inteira percebeu o comportamento diferente e mais reservado da Sonserina, Harry se surpreendeu ao ver que eles também haviam começado a obedecê-lo não só por medo, mas também por admiração.
Ele não botara nenhuma regra sobre sangue, porém pegara dois Sonserinos brigando com um Corvinal preconceituoso e dizendo: "sangue não importa, tudo que importa é a magia e o poder."
Não só isso, mas ele percebera também alguns livros de cultura bruxa que eles tinham em casa sendo passados para diversos nascidos trouxas discretamente. Os professores também notaram que os Sonserinos pareciam diferentes, entretanto não encontraram nada que explicasse essa mudança e, mesmo que perguntassem, todos dariam a mesma resposta: Apenas tivemos nossos olhos abertos para algo novo.
Harry estava satisfeito com a repercussão que seu discurso tivera.
Quando chegou a noite de Halloween, Harry viu que muitos Sonserinos se agitaram e os monitores vieram falar com ele.
— O que houve? — Harry perguntou quando eles se aproximaram — Todos parecem bastante agitados, mesmo para a noite de Halloween.
— Bem, — Começou Charles — o quanto sabe sobre o Samhain?
— Tenho um conhecimento suficiente para fazê-lo, mas ainda existem alguns buracos, por quê? — Harry respondeu.
— Bem, então você sabe que o ritual deve ser começado hoje, à meia noite, certo? — Marta questionou, Harry assentiu — Geralmente nós comemoramos em segredo, por isso eles estão tão agitados, todos estão preparando suas oferendas.
— Me parece um bom programa de casa, mas temos que ser sigilosos, afinal o Samhain é ilegal. — Harry comentou — Todos estão cientes do que estaremos fazendo?
— Sim, todos da casa. — Charles assentiu.
Harry, então, concordou e foi pensar no que fazer para seu Samhain... ele sabia que, se feito do jeito certo, o ritual lhe permitia se comunicar com aqueles que já se foram, o que lhe enchia de animação e o fazia sentir uma pequena criança novamente.
Ele foi até o malão e pegou algo que guardava a muito, mesmo sem nunca usar. Um colar de couro feito a mão, a única coisa que jamais vendia, não importava o quão desesperado estivesse.
Ele pôs o colar de couro em seu pescoço, sorrindo docemente, o último presente que Mary lhe dera.
Quando desceu, viu que já estavam descendo para o jantar de Halloween. Ao chegar lá, viu que apenas a Sonserina comemorava o Samhain, todas as outras mesas eram deveras barulhentas, enquanto a casa das cobras permanecia em silêncio, aquela era a primeira parte do ritual, a ceia silenciosa.
A exceção era um pequeno Lufano sentado na mesa da Sonserina, também em completo silêncio. Harry compreendeu, o ruivo fora informado do que fariam e também desejava participar.
Durante o jantar, nenhuma palavra foi proferida na mesa verde e prata. Até que o professor Quirrel entrou no salão desesperado gritando sobre um trasgo que estava nas masmorras.
— Monitores, levem os alunos de volta para seus salões comunais. — Dumbledore falou alto para todos.
Os Sonserinos se entreolharam, ainda sem dizer uma palavra. O salão comunal deles era nas masmorras, justamente onde o trasgo estava.
Mesmo assim os monitores se levantaram e sinalizaram que os alunos os seguissem, Harry cutucou Rony e apontou para Draco, indicando que ele deveria ir com ele. O ruivo não questionou, apenas fez o que lhe fora "dito".
Harry, entretanto, não foi para a sala comunal com o resto de seu ano e sim atrás de uma garota que ouvira estar chorando no banheiro por conta de uma carta da família. Era uma Sonserina e Harry não pretendia deixá-la para trás.
Após alguns andares, encontrou um banheiro do qual um grito abafado veio. Ele se precipitou para dentro e viu uma garota de cabelo com corte chanel e uniforme da Sonserina encolhida contra a parede, de frente para o trasgo.
O trasgo tinha quatro metros de altura e Harry quase parou para admirar como o trasgo tinha uma fisionomia tão diferente e parecida coma humana, mas lembrou a si mesmo que não era hora de pesquisa e olhou para a garota.
Ele usou a magia para levitar alguns dos destroços e jogá-los em direção ao trasgo, enquanto a criatura se distraia com aquilo, ele se precipitou para perto da menina. Assim que estava perto dela, apontou para ambos e depois para porta, indicando que deveriam correr.
Ela assentiu e os dois correram, infelizmente o trasgo conseguiu se livrar dos destroços e percebeu sua tentativa de fuga. Ele balançou o grande bastão de madeira que carregava em sua direção e Harry correu para a direita, puxando a garota com ele.
O Potter então lançou sua magia para fazer a criatura tropeçar e correu o mais rápido que pôde.
Assim que estavam na frente da entrada da sala comunal, os dois pararam, Harry olhou para a garota, que tinha um olhar agradecido.
Logo que entraram, viram que estavam retirando as poltronas e mesas para o ritual e foram ajudar. Levou vários minutos, mas logo tudo estava pronto e Marta olhou para Harry, indicando que ele, como o líder da casa, deveria tomar o primeiro passo.
Harry apagou toda a luz do local e se aproximou das "janelas", por ser subterrânea, a sala comunal tinha falsas janelas. Ele colocou uma vela no meio do parapeito de cada uma e indicou que esperassem.
O jantar de Halloween acontecia mais tarde, então não tiveram que esperar muito pela meia noite. Assim que a hora chegou, Harry acendeu as velas nas janelas uma por uma, trazendo alguma iluminação para a sala. Tudo parecia especialmente diferente com uma iluminação tão fraca e a magia do Samhain os rodeando.
Em seguida os monitores do sexto, Cream e Fester, colocaram um caldeirão em cima do altar improvisado que havia, pondo duas velas, uma laranja e uma preta, dos lados do mesmo. Harry se aproximou em silêncio e se ajoelhou em frente ao caledeirão. Cream e Fester retornaram aos seus lugares, mas Harry permaneceu ajoelhado em frente ao caldeirão e as velas.
Angel, a monitora do quinto ano, se aproximou com duas frutas, uma romã e uma maçã. A primeira ela pôs ao lado da vela preta e a segunda ao lado da laranja. Assim que ela voltou ao círculo em volta do que acontecia, onde todos estavam sentados sobre os joelhos, Harry pegou um giz.
Com aquele giz, Harry traçou um círculo mágico com diversas runas em volta, o círculo brilhou em azul por um momento, antes de assumir uma cor vermelho sangue. Harry então começou a recitar o que havia lido no livro, a primeira fala desde de a ceia silenciosa:
— Neste dia sagrado, quando o véu que separa os mundos se encontra mais fino, somos visitados por nossos ancestrais. Que a Deusa Anciã e o Senhor das Sombras possam abençoar todos os amados que vierem partilhar deste Rito de Sabbat.
Harry então acendeu a vela preta e a laranja e continuou:
— Sagrados Ancestrais, venham a mim. Nesta noite eu canto a magia e realizo este ritual em homenagem àqueles que partiram ao País de Verão. Que este Rito seja agradável aos olhos daqueles que já se foram. Abençoados sejam todos eles.
O Potter levantou o caldeirão acima da cabeça e continuou a entoar, certificando-se de não errar nenhuma palavra ou hesitar por um momento que fosse:
— Este é o ventre da Mãe, o Caldeirão dos fins e recomeços.
Harry devolveu o caldeirão e se levantou, recolhendo de cada um ali um pedaço de papel com diversas coisas escritas. Sem olhar para eles, os juntou ao seu próprio papel com as coisas que desejava afastar, então voltou para seu lugar inicial na frente do caldeirão e acendeu os papéis um a um na vela preta, os deixando queimar dentro do caldeirão.
Quando o fogo dos papéis se apagou, ele passou novamente para pegar as anotações de todos, desta vez das coisas que queriam atrair. Ele os acendeu na vela laranja e deixou que queimassem dentro do caldeirão. Charles veio a frente e depositou alguns ramos de alecrim, para em seguida começar a mexer o alecrim e as cinzas.
— Que o velho morra e que o novo possa entrar. — Harry entoou enquanto Charles mexia — Pelo poder da Vida e da Morte. Saúdo os espíritos dessa noite de Samhain.
Harry olhou para as chamas abaixo do caldeirão, que o esquentavam e, com uma adaga de prata, cortou a romã em duas e jogou algumas sementes no fogo. Depois disso fez um sinal para Charles retornar ao próprio lugar e que todos pegassem a primeira parte de sua oferenda, as maçãs. Harry pegou a maçã ao lado da vela laranja e a cortou ao meio, os outros cortaram suas próprias maçãs ao meio também. Todos comeram uma das partes da maçã e deixaram um pequeno pedaço, que foi jogado no fogo.
— Que o negativo se torne positivo. — Harry disse, começando a mexer no conteúdo do caldeirão e fazendo a mágica que rodeava todos ali presentes se tornasse cada vez mais forte — Que o mal se transforme em bem. Que a doença se torne saúde. E o ódio em amor.
Depois que ele disse, todos pegaram a segunda parte da oferenda, uma taça cheia de vinho tinto, e deram um gole, deixando a maior parte na taça, que pousaram a sua frente. Harry despejou um pouco do próprio dentro do caldeirão após beber o gole e repousou a taça ainda cheia em frente a si.
— Faço esta libação em homenagem à Deusa e ao Deus. Homenageio também a todos meus ancestrais. Que assim seja e que assim se faça! — Todos entoaram juntos. Harry tocou um pedaço de pão com a adaga que usara antes e eles continuaram — Eu te consagro em nome dos antigos, que você me traga saúde, sucesso, prosperidade e amor.
Harry comeu um pedaço do pão e o estendeu para quem estava mais próximo, eles passaram o pão por todos, cada um comendo um pequeno pedacinho.
Após isso, cada um pegou algo afiado de prata e fez um corte no dedo, derramando algumas gotas de sangue na cesta que haviam feito como presente aos que se foram.
Após isso, tudo escureceu e Harry abriu os olhos em uma sala com duas pessoas.
— Mary! Carlos! — Ele disse olhando para as figuras, que estavam iguais ao dia que morreram.
Mary se aproximou, com um olhar transbordando de saudade e Harry viu que ela usava o colar de couro que ele colocara em sua cesta. Ela colocou uma mão no rosto do Potter, uma lágrima solitária escapou de seus olhos cor de mel.
— Pequeno TK... — Ela falou um um sussurro — você cresceu tanto... eu ouvi dele, mas não achei que estivesse tão diferente.
Harry estava tão feliz que nem se perguntou quem era esse ele de quem a garota falava, apenas abraçou Mary o mais forte que pode, a fazendo rir. A mesma risada doce e suave que o moreno tanto se lembrava. Quando se soltou de Mary, ele olhou para Carlos.
Carlos continuava com o mesmo cabelo preto enrolado e a pele escura, os olhos escuros brilhavam como o Potter se lembrava, ele estendeu os braços, encorajando Harry a dar o primeiro passo.
Harry não precisou de outro sinal para abraçar aquele que era um irmão mais velho para si. O garoto riu e disse:
— É bom te ver, pirralho. Quem diria que você era um bruxo, hein? Nosso pequenininho vai aprender a fazer todo tipo de coisa.
— Vocês não me acham estranho? — Harry questionou.
— Claro que não, você não é o nosso primeiro bruxinho. — Carlos disse dando um peteleco na testa de Harry.
— Ei! — Harry reclamou, mas sem estar realmente irritado, pela primeira vez em anos se sentindo de volta aos bons tempos.
Eles conversaram por algum tempo e Harry agradeceu a magia, por permitir que ele reencontrasse seus amigos por algum tempo. Quando o efeito do ritual que permitia que conversassem começou a se esvair, Mary retirou o colar de couro e o pôs em volta do pescoço do garoto.
— Considere isso um presente meu e de Carlos, vai te proteger quando você precisar. — Ela disse, com a mão em cima do colar, antes de desaparecer e Harry abrir os olhos.
Todos pareciam estar saindo de um transe profundo, alguns tinham lágrimas nos olhos. Ele olhou para Rony que se despediu sem olhá-lo nos olhos e saiu para a sala comunal de sua casa. Harry não falou nada, nem todos conseguiam encarar facilmente seus fantasmas.
Com um aceno de mão, a sala comunal voltou ao normal e o garoto se sentou em frente a lareira, sentindo sua magia, ela nunca fora tão fácil de se acessar, era uma sensação maravilhosa. A maioria das pessoas foi para os quartos, pois já passava da uma da manhã. Entretanto o Potter continuou ali, encarando o fogo.
Seus pensamentos estavam a mil e ele colocou a mão na testa, sentindo a sua cicatriz mais antiga, com a forma de um raio perfeitamente esculpido, ele não sabia o que significava ou como a conseguira, mas sempre parecia lhe dar uma sensação de calma.
Em algum momento Draco se sentou ao seu lado e apoiou a cabeça no ombro de Harry, o rosto do platinado estava coberto de lágrimas e ele falou:
— Eu vi minha mãe e meu avô... — Ele falou — Ela morreu faz dois anos e ele pouco depois de eu nascer, sempre é difícil quando eu volto, mas... de certa forma, isso me deixa mais forte... as vezes tudo que precisamos é saber que eles estão ali, felizes...
Harry assentiu, entendendo ao que o loiro se referia. Doía um pouco, mas ele se sentia quase em paz, sabendo que eles estavam bem e felizes. Ele continuou a olhar para o fogo, consciente que Draco estava ali do lado.
Alguns minutos depois, Draco caiu no sono, a cabeça ainda apoiada em seu ombro. Harry riu baixinho e usou um feitiço para levita-lo até o quarto. Quando abriu a porta do quarto do loiro, viu que era bem diferente do próprio.
Enquanto Harry preferira manter o quarto bem básico, tendo apenas alguns livros e pergaminhos em cima da escrivaninha e a gaiola de Edwiges em cima da mesa de cabeceira, Draco decorara o lugar com diversas fotos, em uma que ficava logo na mesa de cabeceira, estava Draco com cerca de sete anos no colo de uma mulher de cabelos loiros e olhos que Harry achava parecido com os de Sirius Black, devia ser a mãe do Malfoy.
A mulher na foto ria e puxava o pequeno garotinho para beijinhos na bochecha, enquanto o garoto ria e tentava escapar. Harry achava incrível como as fotos bruxas se mexiam, ele pôs Draco na cama e beijou sua mão antes de sair do quarto dele e ir para o próprio.
Assim que entrou, Nacht pulou em cima dele e o escalou até o topo da cabeça, onde se encolheu e passou a miar animada.
Harry apenas tirou ela da cabeça e a colocou na cama, se deitando ao seu lado, pouco depois Edwiges se juntou a eles e Harry, pela primeira vez em muito tempo não teve um pesadelo.
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Dumbledore estava irritado. Tivera muita dificuldade para aprovar a lei que impedia a comemoração do Samhain, por sua magia envolvendo sangue, mas tinha certeza que os alunos da Sonserina sempre ignoravam essa proibição e faziam em segredo. Dumbledore adoraria mandar todos para casa, infelizmente não tinha nenhuma prova de suas ações.
Sempre que passava o Halloween os estudantes da casa da cobra estavam muito mais poderosos magicamente e pareciam em paz, como se tivessem realizado o maldito ritual. Mas Dumbledore não podia deixar isso continuar acontecendo, principalmente agora que Harry havia entrado para aquela casa.
Ele se lembrava muito bem da profecia, já havia a decorado, e o homem não sabia como as coisas estavam indo tão mal e diferente do planejado. Harry não era como ele precisava e Alexy não era tão poderoso quanto ele esperava.
Alexy era muito bom, mas nunca o suficiente. Ele precisava logo aprovar aquela lei, isso devia dar a Alexy a força de vontade para lutar como o diretor queria. Por isso Dumbledore não parava ele e Jhonathan de fazerem pegadinhas, como explodir uma bomba de bosta no banheiro ou colorir as paredes de vermelho e dourado, afinal eles estavam seguindo o caminho planejado. Mas Harry... ele era um problema.
Harry fora para a única casa que não deveria ir, fizera amizade com pessoas que não deveria e já se tornara alguém influente, o que não era suposto para acontecer. Harry deveria ser alguém tímido, sem vontade de holofotes, por isso fora enviado aos Dursley.
Entretanto o garoto nunca chegou lá, seja lá onde o Potter cresceu, isso o fez errado. Dumbledore sequer podia ler sua mente, um feito que apenas Severus já havia conseguido.
Ele olhou para Fawks, a bela ave que o odiava, eles haviam sido ligados a força por um feitiço do homem, transformando a fênix em seu familiar, mesmo que ela não quisesse. Isso acarretara em uma ave constantemente irritada e que sempre ignorava seu mestre.
Um pouco como Grindewald, Alvo teve de admitir. O outro bruxo jamais aceitara o ligamento que Dumbledore lhes impusera, por isso fugira do plano deles, procurando uma forma de desfazer aquilo. Felizmente ele nunca encontrara, por isso havia perdido para Dumbledore em batalha.
O homem pegou uma das balas de limão do pote, sempre lhe acalmavam. Ele só precisava de um plano, não podia ser tão difícil.
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James se levantou, apesar de ser de madrugada, ele não conseguia dormir. Olhou para o rosto de Lily, ainda adormecida e se levantou da cama, indo para a cozinha. Chegando lá, viu Fuyu sentado com uma caneca de chocolate quente.
— O que houve, querido? — Ele perguntou, se sentando ao lado do filho.
— Eu estava pensando... por que... por que vocês mandaram Harry pra longe? — O albino questionou.
James suspirou, fazia-se a mesma pergunta a cada minuto dos últimos dez anos, mas, mesmo assim, não se encontrava capaz de fazer nada a respeito, como se seu corpo discordasse de sua mente. Ele pôs a mão na cabeça e suspirou novamente.
— Eu não sei... — Ele respondeu — eu não sei...
Ambos ficaram em silêncio por alguns minutos, antes de James dizer:
— O que acha de um lanchinho um pouco melhor que só chocolate quente, hein?
Fuyu assentiu e viu o pai fazer diversos movimentos com a varinha e, alguns minutos depois, ele lhe estendeu um sanduíche do sabor preferido de Fuyu, chocolate, queijo e geleia. Ele deu o lanche pro garoto e beijou a sua testa, antes de se levantar.
— Não vá demore muito pra voltar pra cama, ok? — Ele falou e Fuyu assentiu — E, quando quiser conversar sobre o que realmente estava pensando, estarei aqui, ok, filho?
Fuyu arregalou de leve os olhos, não achou que o pai tivesse percebido, mas abaixou os olhos e assentiu. Filho... ele realmente não gostava de ser referido assim, mas por quê? Era apenas uma letra final, por que ela parecia tão errada?
Não era de hoje que Fuyu percebia isso, sempre parecia errado quando alguém lhe chamava de algo específico do gênero masculino, mas também parecia errado quando o chamavam pelo gênero feminino (o que já acontecera diversas vezes). O que havia de errado com ele?
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