Prólogo
Assim que James e Lily entraram desesperados em seu escritório Dumbledore soube o que acontecera. Eles lhe diriam que Voldemort atacara. O homem mais velho teve de conter um sorriso, tudo funcionara exatamente como ele planejara.
James e Lily estavam ambos com os olhos inchados, provavelmente estavam chorando a pouco tempo, Lily segurava o pequeno Alexy e James o pequeno Harry. Ambos os bebês estavam totalmente adormecidos.
— Dumbledore... Voldemort atacou... ele matou a mãe de James... — Lily disse com soluços entrecortados — e tentou matar os meninos...
— Não se preocupem, está tudo bem, apenas me dê eles, ok? Preciso examiná-los para saber quem é o Escolhido. — Dumbledore disse bondosamente.
Lily entregou Alexy e James lhe entregou Harry.
Os gêmeos eram praticamente idênticos, ambos tinham a mesma pele pálida e os mesmos cabelos pretos, haviam apenas duas diferenças que Dumbledore podia perceber, a primeira era que os cabelos pretos de Alexy eram selvagens, enquanto os de Harry eram mas calmos, um tanto ondulados, e a outra era a cicatriz que Dumbledore percebeu na bochecha de Alexy. A cicatriz tinha um formato de circulo com um pondo no meio, quase como uma área de impacto.
— É Alexy. — Ele anunciou ao ver a cicatriz — Alexy é o menino que sobreviveu.
— Isso... é bom... — James disse — mas realmente não estamos no clima, não tem nada de errado com eles, não é?
Dumbledore apenas assentiu para o casal e lhes devolveu as crianças. Euphemia era uma bruxa muito amada por todos, sua perda iria sempre pesar no coração deles, mas fora por um bem maior, sim, isso fora necessário para se livrar de Voldemort.
O casal deixou o escritório, provavelmente indo para a casa dos amigos para dar a notícia. Dumbledore se sentou apreciando uma gota de limão.
Nenhum deles percebeu a cicatriz em forma de raio que Harry carregava na testa e que praticamente vibrava de magia.
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Fazia cerca de um mês e meio que aquilo acontecera, Euphemia fora enterrada em um funeral apenas para os próximos, sem qualquer participação da mídia, mas não por falta de tentativa da mesma.
Os jornais tinham ido a loucura, todos querendo saber tudo sobre o menino que sobreviveu, o que resultou em muitos problemas para a família, mas depois de umas duas semanas eles apenas colocaram uma ala protetora envolta da casa e aceitaram a mídia.
Porém Sirius e Remus pareciam bastantes descontentes com tudo aquilo, e isso desencadeara a discussão acalorada que agora tinham com os amigos na cozinha.
— Ele também é seu filho! Qual é o seu problema? — Sirius gritou para James.
— Eu sei disso, Sirius! — James lhe rosnou.
— Então por que mal olha para ele? — O Black questionou irritado.
— Não fale do que não sabe. — James disse simplesmente.
— Me poupe James, desde que enterramos tia Euphemia vocês só tem olhos para Alexy, as vezes parece até que esqueceram que tem outro filho. — Sirius acusou o homem.
— Não diga uma coisa dessas! — Lily gritou horrorizada — Nós jamais esqueceríamos de Harry, mas Alexy precisa de mais atenção.
— Não, Lily, não precisa. — Sirius disse magoado com a atitude dos amigos em relação a Harry — E vocês sabem muito bem disso.
Ele falou isso, se virou, foi andando até a porta da cozinha e saiu do cômodo, alguns minutos depois ouviram a porta da frente bater com força.
— O que deu nele? — Lily perguntou alto para Remus — Ele está exagerando!
Remus apenas suspirou e saiu da casa dos amigos sem lhes dirigir mais uma palavra, Sirius estava certo, eles praticamente nem olhavam para Harry, duvidava que soubessem sequer a cor dos olhos do filho mais novo.
Ele via como os Potter tratavam os gêmeos de formas diferentes.
Alexy falara sua primeira frase completa a cerca de uma semana e recebera uma festa, mas Harry, que conseguira isso uma semana antes, tinha ganhado apenas um parabéns. Ambos os gêmeos haviam começado a andar juntos, mas quando foram dar a notícia James e Lily falaram: "Alexy começou a andar" e só comentaram de Harry quando alguém os questionou sobre o garoto.
Se Alexy tinha um pesadelo, bastava chorar para dormir com os pais, já quando era Harry eles apenas diziam que tinha sido só um sonho e o mandavam de volta para a cama.
Remus não entendia como os amigos eram capazes de tal coisa, em sua visão as crianças eram preciosas e deveriam ser amadas, não negligenciadas, não deixadas de lado, ele mesmo jamais deixaria Adhara de lado por causa de Jhonthan.
Ele saiu da casa e encontrou Sirius apoiado no muro o esperando.
Remus se aproximou do homem, que ergueu a cabeça e saiu para a rua junto com ele.
— Até que horas que as crianças vão dormir mesmo? — Remus perguntou, surpreendentemente Sirius era bem melhor do que ele para lembrar a rotina de sono e fome das crianças, mas até que fazia sentido.
— Mais uma hora antes que Jhonathan acorde e mais uma hora e meia antes que Adhara acorde. — Sirius respondeu.
— Quer aproveitar esse tempo para caminhar um pouco e acalmar os nervos?
Sirius apenas assentiu e entrelaçou a mão com a de Remus.
— Eu só não entendo, — Ele disse com as lágrimas no canto dos olhos — por que eles estão fazendo isso? Eles nunca foram de aumentar alguém apenas por fama e nem de ignorar alguém pela falta dela.
— Por mais que eu goste deles como se fossem de minha própria família, tenho que discordar, Sirius. — O lupino falou — Pelo menos Lily sempre foi. James realmente nunca foi de exaltar ninguém pela fama, se fosse teria se aproximado de outras pessoas, não de nós, um Black renegado, um lobisomem mestiço e um puro-sangue pobre, mas ele o fez. Já Lily sempre foi diferente, ela se aproximou de Snape porque era vantajoso, porque queria conhecer o mundo mágico antes de ir pra Hogwarts e ele era a única opção, tanto que ela usou a primeira oportunidade que apareceu para descartá-lo quando ele perdeu o uso.
— É verdade. — Sirius disse com um suspiro — Muita gente a chamou daquilo por muito menos e ela os perdoou. Lily nunca perdeu a chance de se aproximar daqueles que eram bem relacionados, Alice e Marlene sendo somente alguns exemplos. Nunca cheguei a entender o que James viu nela, em um dia ela era apenas uma garota que ele achava divertido irritar, no outro ele não conseguia passar um segundo sem olhar pra ela.
Remus balançou a cabeça concordando. Até Peter, que geralmente não era bom em entender o sentimento das pessoas, percebera aquela paixão repentina.
— Infelizmente não a muito que possamos fazer. — Remus comentou — Tente apenas se acalmar, sabe que esse estresse todo não faz bem a vocês.
Sirius apenas apertou a mão de Remus um pouco mais forte e o puxou para perto.
— Vamos voltar para casa, — Ele disse — Temos coisas para resolver antes de as crianças acordarem.
Eles então foram até um lugar isolado em que não fossem ser vistos e aparataram de volta para casa.
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Era Natal e os Potter estavam dando uma festa em casa, estavam lá vários amigos da família e membros da Ordem da Fênix, entre eles Alvo Dumbledore.
Todos estavam na sala, que estava enfeitada no espírito natalino, havia uma grande árvore de Natal enfeitada no meio da sala, o chão em baixo e ao redor dela repleto de presentes a serem trocados mais tarde.
As crianças pequenas corriam pela sala esbarrando frequentemente nos adultos, Percy Weasley, porém, estava ajudando os irmãos mais velhos a fazerem uma sobremesa a mais.
De todos os Black, Weasley e Potter, havia apenas uma criança que estava sozinha. O pequeno garoto de um ano e meio estava sentado em frente a lareira, apenas observando as chamas e aproveitando o calor.
Alvo Dumbledore percebeu aquela criança afastada e quieta e ficou curioso do por que ele não estava brincando com os Black, assim como o irmão.
— Olá, Harry. — O diretor disse ao garoto, que desviou os olhos do fogo e olhou para ele.
Harry não disse uma palavra, apenas o encarou com aqueles grandes olhos verdes que fizerem Dumbledore estremecer, não eram verde esmeralda como os de Lily, eram da exata cor da maldição da morte.
— Por que não está brincando com os outros? — Dumbledore perguntou tentando controlar a voz para não tremer, aquela criança era assustadora.
Harry apenas olhou para onde Jhonathan e Alexy brincavam e disse com uma voz vazia:
— Ele já tem Alexy... por que iria querer a mim também?
Dumbledore piscou surpreso, essa não era a resposta que esperava, principalmente vinda de uma criança tão nova.
Harry apenas voltou a encarar o fogo na lareira, como se tivesse desligado.
Dumbledore apenas se afastou da criança, por algum motivo ela lhe dava uma sensação estranha e assustadora.
Ele conversou com os outros, mas manteve um olhar na criança o tempo inteiro, era assustador como Harry conseguia ficar parado como uma estátua, sem reagir a nada a sua volta, ele não virou a cabeça para ver o que ocorreu nem mesmo quando Carlinhos caiu do lado dele e quase acabou com a cabeça no fogo. Ele apenas continuou olhando para fogo, mal piscando.
O resto da noite se passou e chegou a hora de dar os presentes.
Todos se reuniram no centro da sala, sentados no sofá ou no chão. Lily pegou o primeiro presente.
— Para Alexy Potter, de Dédalo Diggle. — Ela anunciou e entregou o presente para a criança.
Assim se seguiu por mais um tempo, grande parte dos presentes era de Alexy, seja de admiradores, amigos ou familiares. Harry ganhou apenas dois presentes, um de sua família e outro dos Lupin-Black.
Ao final da festa Dumbledore havia tomado uma decisão, ele chamou os Potter e pediu para que fossem até seus escritório no dia seguinte e levassem as crianças.
— Por quê, Alvo? Aconteceu algo? — Lily perguntou.
— Ainda não... — Dumbledore respondeu antes de deixar a casa.
Assim que o diretor saiu da casa, Lily pegou Alexy para levá-lo para a cama.
James olhou para o filho mais novo, que ainda estava no mesmo lugar de quando a festa de Natal começara, apesar de o fogo da lareira já estar quase se apagando.
Ele se aproximou do filho e sentou no chão ao seu lado.
— Hey, Prongslet. — Ele disse a Harry com um sorriso e o puxou para seu colo — Se divertindo?
Harry inclinou a cabeça para trás para encarar o pai com aqueles grandes olhos e sorriu.
— Sim! — Foi a resposta obtida.
James suspirou exasperado, ele não entendia esse jeito que Harry tinha de se divertir, as vezes parecia que ele vivia em outra dimensão.
— Venha, vamos dormir. — Ele disse se levantando e segurando Harry no colo.
Ele estava subindo as escadas quando Lily apareceu, Alexy não estava com ela, então provavelmente já estava dormindo. Ela olhou para James e Harry e sua expressão ficou raivosa.
— O que está fazendo? — Ela perguntou irritada — Ponha ele no chão! Se o carregar por aí ele vai ficar mimado!
James não entendeu, ela carregava Alexy de um lado para o outro, por que estava tão irritada com ele carregando Harry? Mas... talvez ela estivesse certa... talvez ele não devesse carregar Harry por aí.
Ele pôs a criança no chão. Harry apenas olhou para o pai confuso, de repente ele parecia... vazio.
— Vá para seu quarto. — Lily falou — Preciso conversar com seu pai.
Harry apenas foi até o quarto, deixando Lily e James sozinhos. Lily estava com os olhos verdes praticamente faiscando na direção de James, que apenas suspirou, não querendo entrar em uma discussão.
— Vamos ter essa conversa na cozinha. — Lily disse andando.
James apenas a seguiu até o cômodo. Já sabia o que estava por vir e não estava nem um pouco ansioso por isso.
Lily pegou uma chaleira, a encheu de água e colocou-a no fogão.
— Nós já conversamos sobre isso James. — Ela disse — Você não pode ficar exaltando Harry, ele não merece.
— É claro que merece! — James retrucou — Você faz o mesmo com Alexy, então não venha me dar sermão por amar meu filho! Sinceramente, as vezes parece que você nem reconhece o Harry como seu próprio filho!
— Alexy merece! — Lily exclamou tirando a chaleira do fogo — Harry, diferente de Alexy, nunca fez nada para merecer isso, ele apenas imita tudo que o irmão faz!
— Como pode dizer isso? — James gritou — Harry nunca imita o irmão! Você ao menos presta atenção nele?
— Não grite comigo! — Lily gritou de volta, fazendo James se encolher levemente com a voz da mulher, que estava carregada com magia — Está vendo? É apenas para isso que aquele garoto serve! Para causar discórdia em nossa família!
Lily finalmente se virou para encarar James, segurava duas xícaras de chá e lhe entregou uma.
— Tome, vai te ajudar a se acalmar. — Ela disse fria.
James apenas suspirou e pegou a xícara, tomando um pequeno gole.
— Agora, espero que você concorde comigo que Harry não merece essa atenção. — Lily comentou com o olhar firme.
James apenas suspirou abaixando a cabeça e passando a mão no cabelo, seus pensamentos estavam confusos, mas ele respondeu:
— S-sim... sim... você tem razão...
Lily sorriu para ele e saiu da cozinha, James a seguiu e ambos foram dormir.
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Dumbledore tamborilou os dedos sobre a mesa impacientemente, os Potter estavam demorando para chegar e ele estava com medo de que algo tivesse acontecido.
Finalmente a porta se abriu e os quatro entraram, Lily estava com Alexy no colo e James estava ao lado dela com Harry em seu encalço.
Lily estava com os longos cabelos ruivos soltos e usava um vestido branco simples com botas bege, já James estava vestindo uma camisa preta, calças cinzas e tênis pretos. Alexy parecia sonolento, o cabelo estava ainda mais bagunçado que o normal e ele usava um macacão roxo com uma camisa azul clara e um par de tênis pretos.
Já Harry usava uma pequena coroa de folhas, provavelmente feita a mão pelo pequeno garoto, assim como uma camisa de manga comprida rosa clara, um shorts azul escuro e botas pretas.
— Lily, James, bom dia. — O diretor cumprimentou calmamente — Por favos, se sentem.
— Bom dia, Alvo. — Ambos disseram juntos enquanto se sentavam.
— Temo que talvez seja melhor não deixar que as crianças ouçam o que tenho para falar. —Dumbledore falou.
Lily assentiu e lançou um feitiço nos garotos para impedi-los de ouvir.
— Muito bem, — Dumbledore começou — eu percebi durante a festa de Natal ontem a diferença de tratamento entre os gêmeos.
— Mas Alvo... — Lily começou.
— Me escute, — Dumbledore interrompeu — não lhes tiro a razão, Alexy é o menino que sobreviveu, ele precisa de mais atenção, proteção e treinamento do que Harry. Mas Harry vai acabar crescendo com inveja do irmão. O melhor seria impedir que isso aconteça.
— O que quer dizer, Alvo? — Lily perguntou.
— Você tem uma irmã, certo? — Ele perguntou, Lily apenas assentiu — Deixe-o com ela, explicaremos tudo quando ele crescer, quando ele tiver idade para entender a necessidade do irmão de atenção.
Algo brilhou nos olhos de Lily, como se ela tivesse recebido uma oportunidade que esperava a muito tempo. O brilho nos olhos de James, no entanto, pareceu se apagar e os seus olhos castanhos ficaram ainda mais opacos.
— Faz sentido. — Ela concordou.
— Fico feliz que entendam. — O diretor disse — Por favor, fale com sua irmã, se pudesse resolver isso o quanto antes.
Lily concordou com a cabeça. Era sua chance de se livrar daquele garoto de uma vez.
— Muito bem, vamos fazer isso, mas agora realmente precisamos ir. — Ela informou ao diretor.
Dumbledore apenas sinalizou que eles podiam ir, Lily se levantou com James e eles usaram a rede de flu para voltar para a casa.
Eles chegaram em casa e as crianças foram dormir um pouco, James foi até a cozinha onde uma elfa-doméstica estava fazendo o almoço e se sentou na mesa sem nenhuma energia, seus pensamentos estavam confusos.
Ele não queria deixar Harry com os parentes de Lily, seu peito doía cada vez que pensava nisso, mas... ele não encontrava forças para falar nada, para fazer nada, quase como se o seu corpo apenas... estivesse lá, sem ele no comando...
Ele balançou a cabeça exasperado, Lily estava certa... isso... isso era culpa de... de Harry...
James só tinha que achar um jeito de contar sua decisão para Sirius e Remus.
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Partan estava mal.
Desde que seu senhor desaparecera ele se sentia vazio, não tinha mais nenhum propósito.
É claro que ele sabia de quem era a culpa, dos Potter, Alexy Potter tinha derrubado o seu senhor, mas o que ele poderia fazer? Aquela família estava sempre protegida.
Partan rosnou irritado enquanto andava pelas ruas, esteve se mantendo no mundo dos trouxas pois sabia que era o último lugar em que o procurariam.
Enquanto caminhava ele viu os Potter em frente a uma casa, James Potter estavam com uma criança em uma pequena cesta, ele tremia apesar de sua expressão vazia, até que Lily Potter pareceu se cansar e arrancou a cesta dos braços do homem, para então botá-la na frente da porta da casa, segurar o braço do marido e desaparatar.
Partan arqueou a sobrancelha para a cena estranha que acabara de presenciar e resolveu investigar para ver se descobria algo.
Ele foi até a porta da casa e, ao olhar melhor para a cesta, ele engasgou.
Dentro da cesta estava o filho mais novo dos Potter, gêmeo de Alexy Potter. Por que eles haviam deixado ele ali, sem nenhuma proteção? Será que precisaram deixar a criança ali por conta de alguma emergência e não tinham tempo de esperar os donos da casa chegarem? Bem, não importava.
O comensal sabia que seria capturado, mas, se era pra acontecer isso, ele fazia questão de que ao menos um dos Potter sofresse, já que não tinha como se vingar diretamente de Alexy ou de Lily Potter, ele iria usar Harry Potter.
— Gesturum. — Ele sussurrou o feitiço que seu pai havia lhe ensinado e observou a cesta com a criança se dissolver no ar, sendo transportada para algum lugar longe dali.
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— Vocês... O QUÊ? — Sirius berrou para Lily e James.
— Nós deixamos Harry em outro lugar, é melhor que ele cresça longe da fama do irmão até ter idade para compreender. — Lily disse automaticamente, estava se cansando de Sirius e Remus, eles estavam fazendo tempestade em copo d'água.
— Como vocês puderam... como vocês... — Sirius tentou dizer entre os soluços — vocês são monstros, como puderam abandonar uma criança assim?
Remus puxou Sirius para um abraço e o Black a abraçou com força, se apoiando nele durante o choro. O lupino apenas lançou um olhar decepcionado para os Potter antes de puxar Sirius para fora da casa sem lhes dirigir a palavra.
— Como eles puderam, Moony... — Sirius disse quando chegaram em casa.
— Eu não sei... — Remus respondeu com a voz tão baixa quanto um sussurro.
Como Lily e James podiam rejeitar um filhote de tal maneira? Isso não fazia sentido na cabeça de Remus.
— Eu não consigo aceitar isso, enquanto nós estamos aqui, sofrendo pela perda de um bebê nem nascido eles... eles... — Sirius disse com a mão sobre o ventre que até a semana anterior abrigava o terceiro filho deles — como eles conseguem criar e cuidar de alguém por quase dois anos e simplesmente abandoná-lo?
Remus suspirou ele realmente não sabia a resposta para isso.
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