Natal com o irmão
Apesar de ter se animado pela vitória da Sonserina, Rony pareceu ficar bastante distraído e quieto, como estava desde o Samhain. Mas, depois de um tempo, ele finalmente voltou ao normal.
Harry, entretanto, estava com problemas.
Quanto mais dezembro se aproximava, mais ansioso o Potter ficava, principalmente por conta de uma conversa com o irmão que tivera na última semana de novembro.
— Eles querem te levar para casa para passar o Natal. — Alexy lhe contou — Algo sobre "forçar laços afetivos".
— Como se eu fosse aceitar. — Harry respondeu revirando os olhos.
— Não soou muito como se eles fossem te dar uma escolha. — Alexy falou — Parecia que eles planejam te levar para lá querendo ou não. Mas... você quer passar a data com a família com quem cresceu, não é?
Harry não respondeu de imediato, ele não tinha uma família com quem havia crescido, mas Edgy sempre estava por lá durante esse período do fim de dezembro até pouco depois do começo de janeiro, não o deixaria sozinho.
— Eu vou passar o Natal onde sempre passei, quer eles gostem ou não. — Foi o que o menor disse. Se irmão apenas assentiu, não querendo pressioná-lo, por mais que gostasse da ideia de passarem o Natal juntos.
Rony e Draco também voltariam para casa no Natal, enquanto Theo havia optado por ficar na escola, segundo ele, a família estaria viajando para um país que ele não tinha interesse de visitar. Pansy também não voltaria para casa, mas ela não quis dar detalhes do motivo.
Na segunda semana de dezembro, o professor de feitiços, Flitwick, parou de dar-lhes exercícios e deixou que jogassem alguns jogos, alegando que sabia que seria deveras difícil se concentrar com o feriado tão perto.
Muitas pessoas aproveitaram o tempo livre para questionar Pansy como ela havia entrado para o grupo do rei. Ela apenas sorriu, se lembrando do dia seguinte ao Samhain. Harry, que ouvia a conversa, também se viu pensando no que ocorrera.
Naquele dia, a garota que Harry salvara do Trasgo veio falar com ele. O Potter estava na biblioteca quando ela sentou-se ao seu lado e disse:
— Eu nunca lhe agradeci propriamente por ter me salvado do Trasgo, então, obrigada.
— Não foi nada srta...
— Parkinson, sou Pansy Parkinson.
— Srta. Parkinson. — Harry continuou — Sonserinos protegem os seus, não?
— Mesmo assim, estou em dívida com você, espero um dia poder lhe recompensar. — Ela falou.
— Tenho certeza que encontraremos uma forma. — Harry disse com um sorriso.
Eles ficaram em silêncio e o moreno voltou a ler, enquanto ela pegou pergaminho, pena e tinta para fazer algum dever que estivesse devendo. Logo Theo, Draco e Rony se juntaram a eles e uma coisa ficou subentendida, Pansy era parte do grupo a partir do momento que Harry não a pediu para se retirar da mesa.
Quando chegou o dia de pegarem o trem para sair de Hogwarts durante as férias, Nacht se mostrou relutante em deixar o dormitório da Sonserina e se recusou a entrar no malão, ficando no ombro de Harry todo o caminho até o trem.
No trem, ele viu que Rony deu um olhar para os irmãos, que estavam juntos e com uns amigos em outra cabine, antes de entrar na mesma cabine na qual conhecera Harry.
Eles ficaram conversando um tempo, até que Rony caiu no sono. Pelas bolsas escuras em baixo de seus olhos, o Potter apostava que ele não havia dormido muito. Ele olhou para o único outro presente no local e disse:
— Quando chegarmos vou precisar de sua ajuda.
— O que aconteceu? — Draco questionou.
— Preciso que diga ao seu pai para falar com minha família, distraí-los. — Harry contou — Eles estão tentando me levar pro Natal com eles e isso definitivamente não pode ocorrer.
O Malfoy assentiu, ninguém ia forçar Harry a ir para onde não desejava. Eles continuaram conversando por um tempo, até que Rony acordou e se juntou na conversa. O moreno percebeu como o ruivo parecia um tanto nervoso e perguntou:
— O que houve?
— Não é nada. — Rony respondeu, surpreso pela pergunta — Apenas um pouco inseguro com a volta para casa...
— Não se preocupe, se eles fizerem algo me mande uma carta e eu vou pessoalmente na sua casa brigar com eles. — Harry falou com um sorriso, mas o tom dele deixava claro que não era uma brincadeira.
Aquilo pareceu animar Rony, que abriu um grande sorriso. Draco olhou para o Weasley, no começo não entendera o motivo de Harry o manter por perto, porém, depois de passar tanto tempo com ele, percebera o motivo. Rony era... ridiculamente bom. O tipo de pessoa que ninguém com um coração consegue desgostar, desde que passe algum tempo com ela.
O ruivo era alguém em quem Harry sabia que podia confiar, que não o julgaria por ser ele mesmo. Tanto que as atitudes que Draco percebia serem menos calculadas de Harry, eram com o Weasley. Não importava o quão inconfortável Rony estivesse com o tópico da conversa, ele não iria te julgar pelas opiniões que expressasse, desde que fossem justificadas.
Finalmente, quando o sol começava a se por, o trem desacelerou e entrou na plataforma 9 3/4. Apesar de não tão lotada quanto quando eles estavam indo para Hogwarts, ainda haviam muitas pessoas ali. Enquanto o trem ia parando, Harry viu Lily perto da saída, provavelmente não queria dar-lhe a chance de escapar.
Logo que o trem parou de vez, Harry enfiou o malão na mochila e soltou Nacht e Edwiges para se movimentar mais rápido e esperou na porta de saída. Draco sairia antes para conseguir que o pai distraí-se Lily de alguma forma. Então Harry tentaria sair sem que o pai percebesse.
Poucos minutos depois, Lucius Malfoy chegou perto da mulher ruiva e falou algo com ela, isso pareceu incomodá-la e certamente a distraiu. Harry se precipitou na plataforma, tentando chegar do outro lado o mais rápido e discretamente possível. Porém, quando estava na metade do caminho, sentiu uma mão em seu ombro.
Ele se virou e viu James Potter lá, porém, diferente do que esperava, ele apenas o olhou gentilmente e deu um sorriso triste.
— Tenha um bom Natal, querido. — Foi a única coisa que ele disse antes de se afastar.
Então James não queria forçá-lo. Aparentemente, devia estar tentando melhorar. Harry deu um sorriso de canto e se precipitou para fora da estação. Assim que saiu, ele agradeceu por ter comprado alguns casacos mais quentes que seu antigo.
Se houvera uma época que Harry sempre odiara, era o inverno. Muita gente adorava ele e as diferentes atividades que era possível fazer com a neve e com o frio. Mas, para Harry e a maioria das pessoas sem casa, significava apenas um longo período de frio e fome. No inverno menos pessoas saíam a pé, então era mais difícil de conseguir dinheiro para comida e poucos deles tinham mais de um casaco, quanto mais um bom casaco.
Claro, depois de um tempo, acaba que o frio não te atinge mais tão forte, mas ainda é horrível, se não fosse por Edgy, Harry com certeza teria ficado em Hogwarts.
O garoto pôs o capuz por cima da cabeça e começou a caminhar. Não demorou muito para encontrar um conhecido, ele o olhou de cima abaixo e falou:
— Veja quem voltou!
— Estive com negócios em outro lugar. — Harry falou dando de ombros — Não devo ficar muito por aqui também, cerca de um mês.
— Devem ser negócios realmente bons para você se afastar. É a primeira vez em anos que você some por mais de um mês.
Harry deu de ombros novamente e continuou seu caminho, Edgy deveria estar em algum lugar próximo. Conforme ia escurecendo, a neve começava a cair, deixando o clima ainda mais frio. Harry puxou o casaco o mais alto possível, se arrependendo de não ter pego um cachecol do malão antes de guardá-lo.
Por sorte, ele só precisou andar alguns minutos antes de chegar na rua em que sempre encontrava Edgy. Assim que chegou, viu o mais velho lá, apoiado na parede, segurando um embrulho em papelão.
— TK! — O garoto gritou — Que bom que veio! Acabei de chegar, rápido, eu consegui comprar umas bebidas quentes, tome antes que esfrie.
Harry não esperou um segundo mais, assim que Edgy tirou as bebidas do embrulho e entregou uma a Harry, ele a tomou como se fosse morrer sem a mesma. O café quente desceu por sua garganta e aqueceu seu corpo inteiro. Edgy também bebeu igualmente rápido.
— Obrigado, Edgy. — Harry agradeceu — Vem, vamos achar um lugar para passar a noite, daí conversamos.
O outro assentiu e eles foram andando, no final acabaram ficando no mesmo galpão abandonado que o Potter usara no verão. Lá dentro ainda era frio, mas pelo menos era sem neve e sem vento.
Harry se sentou no chão ao lado da porta de entrada, com Edgy ao seu lado.
— E então, o que fez nesses últimos meses? — Ele perguntou.
— Não muito. — O maior respondeu — Foram meses bem chatos, na realidade, apesar de eu ter conhecido algumas pessoas novas. E você? O que fez durante esses meses?
— Bem... — O Potter disse, pensando em como responder aquilo — Eu entrei em novos negócios, em outra região, na verdade, vim aqui para te encontrar mesmo. Lá eu consegui alguns novos contatos.
Edgy ergueu uma sobrancelha e questionou:
— Você? Tendo aliados?
— Eu posso tê-los se quiser. — Harry rosnou irritado e o outro levantou as mãos em rendição, certamente não queria deixar o mais novo irritado — De qualquer forma, acho que é isso que tenho pra contar, além do fato que eu descobri o que aconteceu com minha família, claro.
Aquilo fez os olhos de Edgy se arregalarem e ele exclamou:
— O quê?
— É, eles me abandonaram mesmo, afinal, estão vivos. Além disso são tão hipócritas que queriam que eu passasse o Natal com eles, dá para acreditar? — Harry contou — Vieram cheios daquele papinho "tivemos nossos motivos", sinceramente, as poucas conversas que fui forçado a ter com eles foram mais do que eu desejaria por uma vida inteira!
Edgy riu, aquela risada estranha que apenas ele tinha e da qual o moreno sentia tanta falta quando tinham que passar aqueles meses separados. Edgy era como um irmão mais velho, um que deixava um buraco de saudades quando não estava que ninguém conseguia preencher. Ele trazia uma felicidade em Harry que não se manifestava em mais momento algum.
Durante algum tempo, eles apenas ficaram conversando, em determinado momento eles começaram a se abraçar, para manter o calor corporal e, antes que percebessem, estavam dormindo.
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Harry gostava da segurança de Hogwarts, mas a liberdade que tinha lá fora era algo que ele jamais esqueceria. Não ficava com Edgy o dia todo, mas se encontravam bastante. Harry voltou a uma rotina parecida a que tinha antes de Hogwarts e não havia percebido como sentia falta de poder andar por ali nas sombras e fazer o que fazia de melhor sem se preocupar com o resto da escola.
Claro, nem tudo foi perfeito, uma prova disso foi quando encontrou Draco e seu pai enquanto estava com Edgy.
Como normalmente, o mais velho estava sendo imprudente e acabou sumindo da vista de Harry enquanto estavam em uma parte movimentada da cidade e que nunca haviam ido antes, então não conheciam o caminho para os locais que poderiam se encontrar. O Potter teve que procurar por quase uma hora até finalmente achar o outro.
— Não suma assim, seu idiota! — Harry exclamou assim que achou Edgy, que apenas riu do moreno e falou:
— Vamos, não seja tão chato.
Harry no momento estava lutando contra a vontade de dar um soco no mais velho, porém uma voz atrás de si o fez esquecer disso:
— Papai, por que temos que vir para uma rua trouxa?
Harry se virou mais rápido do que achava possível ao ouvir aquele tom de desprezo que ele tão bem conhecia e ver Malfoy e seu pai andando na direção de onde ele estava. O Potter estava pensando em como arranjar uma desculpa para fugirem sem que Edgy ficasse suspeito quando ele pôs a mão em seu ombro e falou:
— Família rica vindo.
O moreno ficou aliviado, os Malfoy tinham até mesmo um jeito de andar que mostrava que eram ricos, então não seria estranho Harry tentar evitá-los. Mas não foi a tempo suficiente para que passasse despercebido por Draco, que arregalou os olhos e o encarou por um tempo. Ele estava prestes a chamar Harry quando o pai disse algo e ele se distraiu.
Infelizmente aquela ação não passou despercebida por Edgy, que sussurrou:
— Por que o garoto loiro te encarou? Ele parecia prestes a falar com você.
— Vamos apenas dizer que essa é uma família que eu trombei quando estava em outra cidade. — Harry respondeu, também em um sussurro.
Aquela resposta pareceu confundir ainda mais o mais velho, entretanto ele não mencionou isso. Apesar de ter ficado bem mais fechado e as vezes murmurando coisas desconexas. Aquilo deixou o Potter preocupado, será que Edgy já havia encontrado os Malfoy ou alguma outra família bruxa antes? Isso era perigoso, pois haviam muitos bruxos extremamente preconceituosos com os que não eram mágicos e poderiam atacar Edgy.
Quando o dia do Natal estava chegando, Harry sabia que não seria bom se as corujas chegassem e o maior as visse, então falou com Edwiges para ela ficar de olho e dar um jeito das corujas deixarem no sótão do balcão, que era meio empoeirado, mas seguro para deixar o malão aberto para as corujas colocarem seus pacotes ou cartões lá.
Na manhã de Natal, Harry acordou antes de Edgy e se perguntou se os outros estavam fazendo o ritual de Yule, ele gostaria de participar, mas não podia deixar Edgy sozinho durante aquela época do ano, que era tão especial.
— Acorda, criatura. — O moreno chamou, sabendo que pedir calmamente não ia adiantar. Quando o outro não acordou, ele deu um tapa na cabeça dele e falou mais alto — Acorda, inferno!
Isso finalmente pareceu acordar o outro, ele olhou para fora do galpão, as nuvens não deixavam saber que horas eram e o clima parecia mais frio do que nunca. Aquele provavelmente era o dia mais frio do ano, mesmo assim Edgy não parecia com tanto frio. Harry, por outro lado, estava quase quebrando a lei que proibia mágica em frente de trouxas para fazer um feitiço de aquecimento.
— Bom dia, geladinho. — O mais velho disse dano um peteleco na testa do Potter — Você realmente detesta o frio, não é?
Harry apenas assentiu, ficando o máximo que podia coberto pelo suéter. Ouviu um suspiro de Edgy, que tirou um de seus dois casacos e o entregou para o menor. O Potter o olhou preocupado, mas toda resposta que obteve do olhar foi:
— Eu não sinto tanto frio quanto você, vista.
Harry vestiu o casaco e abraçou Edgy, dizendo:
— Obrigado.
Eles passaram o dia conseguindo todo o dinheiro que pudessem juntar, para então comprarem um pouco de carvão e alguns fósforos. Aquelas eram as únicas noites em que nada acontecia, ninguém fazia nada, pois o frio não deixava. A maioria usava todo o dinheiro que tinha sobrando para conseguir comprar carvão e fazer uma fogueira onde estivessem se escondendo do frio. Esse foi o caso dos dois garotos.
Eles se encolheram dentro do galpão e pegaram algumas madeiras velhas e esquecidas que haviam espalhadas lá, para então colocá-las junto com o pouco carvão que haviam conseguido e acenderam uma fogueira.
O calor do fogo era a melhor coisa do Natal. Apesar do dia frio e da dificuldade para conseguir comida, eles sempre davam um jeito de se aquecer. Harry apoiou a cabeça no ombro daquele que lhe era como um irmão e fechou os olhos, apreciando o momento.
Edgy olhou para o mais novo, que parecia tão em paz, com somente o fogo como fonte de luz e sorriu, não havia nada no mundo pelo qual ele trocaria seu irmãozinho. Eles adormeceram bem ali, na frente da fogueira, passando uma noite aquecidos pela primeira vez desde que haviam se encontrado nesse inverno.
Antes do que Harry gostaria, janeiro chegou e, com isso, os últimos dias antes de voltar a Hogwarts e encarar um monte de perguntas dos Potter e do diretor sobre onde estivera.
— Você parece pensativo hoje, TK, o que houve? — Edgy perguntou, sentando-se ao seu lado no penúltimo dia antes de Harry ter que voltar para Hogwarts.
— Não é nada. — O Potter respondeu — E por que você me chama de TK? Vocês sempre me chamaram assim e eu acabei por adotar o apelido para negócios, mas você sabe meu nome real.
— Acho que é por conta de como você entrou para o grupo. — O mais velho respondeu — Bem, na época havia mais um membro, mais velho que todos nós, seu nome era Terêncio Karvin. Ele era apenas um ano mais velho que Mary, mas era como um pai para nós.
"De qualquer forma, Terêncio te encontrou em um beco. Você tinha cerca de um ano e estava em uma espécie de cestinha. Apesar de já ter idade para falar, você não disse uma palavra quando acordou, não sei se não havia aprendido ainda há falar ou se apenas não confiava na gente o suficiente, porém você se manteve quieto, consequentemente, não sabíamos seu nome. Não havia identificação, então não sabíamos como chamá-lo. Por isso Carlos teve a ideia de te apelidar de TK, já que Terêncio te achara, o apelido acabou pegando, mesmo quando você finalmente revelou seu nome."
— O que aconteceu com Terêncio? Não me lembro dele. — Harry questionou.
Edgy assumiu uma expressão sombria e encarou o chão, para em seguida responder:
— Tentou roubar a pessoa errada.
O tom dele era mórbido e o mais novo preferiu não comentar sobre o assunto, apenas encarando a neve a sua frente.
Antes do que ele gostaria, chegou o dia de voltar para King's Cross. Mas Edgy havia se despedido dele na noite anterior, voltando para aquele lugar misterioso. A plataforma novamente estava cheia e desta vez Harry não precisou passar por eles sorrateiramente, apenas caminhou normalmente.
Ele entrou no trem e foi para a cabine de sempre, esperando por Draco e Rony. O Malfoy foi o primeiro a chegar e, assim que entrou, ele perguntou inseguro:
— Harry... era você na rua alguns dias atrás?
O Potter apenas assentiu, havia alguma coisa diferente em Draco no momento, ele parecia inseguro demais para um simples encontro por acidente na rua.
— Então... por que você fugiu? — Foi a pergunta do loiro.
Então era isso que o estava incomodando? Ele achava que envergonhava Harry ou algo do tipo. O moreno o olhou nos olhos e respondeu:
— Eu estava com meu irmão adotivo, e ele é trouxa. Não achei que seria bom deixar que nos encontrássemos enquanto ele estivesse comigo. Afinal ele não sabe sobre magia ou sequer que eu estou indo para Hogwarts. Então seria estranho encontrar um amigo de uma escola que ele pensa que eu nunca fui, não só isso, mas vocês praticamente andam com uma placa na testa escrito "ricos". Achei melhor não arriscar.
— Faz sentido. — Draco admitiu.
Eles continuaram conversando por um tempo até que Rony entrou na cabine. Porém algo não estava certo. O ruivo usava um casaco e estava com o capuz de forma que os dois não vissem seu rosto, além de não dizer uma palavra antes de sentar-se ao lado de Harry.
— Rony, o que hou... — Harry começou, mas não terminou. Ele tinha retirado o capuz de Rony e o que viu o fez ferver de raiva.
O rosto do Weasley estava coberto de lágrimas e havia um hematoma no olho e outro na bochecha.
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