Harry estava sentado em um banco de praça, esperando Martêm para poder entregar as informações a ele.

Não demorou muito e o homem chegou, se sentando ao seu lado.

— Trouxe as informações? — Ele perguntou.

Harry pegou os papéis e entregou a Martêm, que os desdobrou e olhou. Após alguns minutos já tinha lido tudo.

— Além das informações aí, — Harry falou — eu descobri que ele sempre segue o mesmo caminho para casa após o trabalho, é por isso que tem esse mapa com um percurso riscado. A mulher dele está grávida de quase um mês e ele vai visitar a mãe em Manchester na próxima semana. Ele e as crianças são alérgicos a amendoim e seu melhor amigo se chama Quim Tadeus, tem 34 anos e trabalha junto com ele. Tem uma irmã mais velha que mora com a mãe e não lê o jornal. É bastante distraído e relaxado, além de não dar muita bola para animais.

— É bastante coisa para dois dias de pesquisa. — Martêm observou impressionado.

Harry apenas deu de ombros, tinha sido bastante fácil, até.

Martêm pegou um rolo de notas do bolso e o entregou para Harry, que retirou o elástico e as observou com cuidado para ter certeza de que não eram falsas e que tinha a quantia combinada.

Ele pôs tudo no bolso e disse:

— Foi um prazer fazer negócios com você.

Após isso ele se levantou e começou seu caminho para o centro de Londres, era hora de localizar o Caldeirão Furado.

Ele passou por algumas lojas, durante cerca de uma hora só encontrou lojas normais, até que percebeu a entrada de um loja que todos passavam direto sem sequer dirigir o olhar. Ele entrou com cuidado e procurou alguma indicação do nome do lugar. Na parte de baixo do balcão estava pintado com letras tremidas: O Caldeirão Furado.

Harry vestiu uma máscara de criança inocente e se aproximou do homem do balcão.

— Com licença. — Ele falou com um tom confuso — Você pode abrir a passagem para o Beco Diagonal, por favor?

O homem sorriu para ele e respondeu:

— Claro, venha comigo. 

Ele seguiu o homem até as partes dos fundos da loja, ao perceber que onde estavam não tinha saída ele ficou tenso e se preparou para correr caso algo acontecesse.

O homem pareceu perceber isso e disse:

— Calma, não precisa ter medo, aqui, olhe. — Quando ele terminou tocou em alguns tijolos com um tipo de graveto, que Harry supôs ser uma varinha. Assim que ele terminou os tijolos da parede se afastaram, abrindo um tipo de passagem para uma rua bastante movimentada.

— Muito abrigado. — Harry agradeceu e adentrou na rua movimentada.

Havia muitas lojas, mas Harry as ignorou, não adiantava se não tivesse dinheiro ou estivesse cheia demais para roubar. Ele se lembrava que na carta a vice-diretora disse que ele tinha um cofre no banco, então primeiro ele precisava achar esse lugar.

Não demorou muito para encontrar o lugar. Harry reconhecia um banco a quilômetros de distância e aquele certamente não poupava.

As paredes de marfim que se erguiam imponentes praticamente ostentavam riqueza. Harry ficou tenso quando se dirigiu as escadas, geralmente não conseguia entrar em nenhum banco, mesmo quando realmente tinha dinheiro para trocar.

Mas aparentemente aquele seria bem diferente. Ao lado das portas de entrada haviam pequenas criaturas de forma humanoide, eram pouco menores que Harry, tinham orelhas pontudas, olhos fundos e a pele parecia ser um tanto semelhante a aparência de couro molhado e secado ao sol. Eram duas e ambas tinham instrumentos estranhos parecidos com lanças, o modo como estavam ao lado das portas as fazia parecerem guardas.

Nenhum dos dois guardas se mexeu quando Harry passou por eles, dentro do banco era um salão com diversos balcões, atrás de cada um havia uma daquelas criaturas, todas pareciam bastante ocupadas, então Harry se dirigiu a que era mais semelhante a um caixa e que não estava ocupada e disse:

— Olá, senhor. — Ele disse com a voz formal, sabia que deveria respeitar aqueles que tinham todo o poder sobre o seu dinheiro — Eu fui informado que possuo um cofre nesse banco.

Ele apenas o olhou levemente antes de perguntar:

— Você tem a chave, senhor...?

— Infelizmente não, senhor. — Harry respondeu — Apenas fiquei sabendo sobre isso ontem a tarde, haveria alguma outra forma de ter acesso ao cofre?

— Sim, o senhor pode fazer o teste de herança. — A criatura respondeu — Vou chamar alguém, espere um pouco.

— Muito obrigado, senhor. — Harry disse se curvando levemente. Ao fazer isso percebeu que a criatura levantou uma sobrancelha, aparentemente surpresa. Harry temeu ter feito algo errado, mas ele tinha um sorriso de canto que fez o garoto relaxar, a criatura havia apreciado o gesto.

Alguns minutos depois outra dessas criaturas chegou, ele olhou Harry de cima abaixo, claramente desaprovando as roupas e o estado do garoto.

— Me siga. — Ele disse para Harry antes de sair andando com o garoto em seu encalço.

Eles passaram por uma porta dupla, saindo do hall, lá havia várias portas de madeira escura e as paredes eram brancas como pérolas. Harry foi guiado pela criatura por alguns corredores antes de abrir uma porta e adentrar em uma sala ricamente decorada com duas poltronas viradas uma para a outra e uma mesa de madeira entre elas.

— Um teste de herança, então? — A criatura perguntou se sentando em uma das poltronas e indicando que Harry se sentasse na outra. Harry assentiu confirmando, não tinha certeza do que era isso, mas se ia ajudar a conseguir acesso a esse tal cofre, ele estaria disposto a tentar.

Enquanto isso o outro ocupante da sala pegou um rolo de pergaminho amarelo e uma faca de bolso, Harry ficou tenso ao ver a faca ser posta na mesa, mas não disse nada.

— Você sabe o que é um teste de herança? Parece bastante confuso. — A criatura perguntou com uma sobrancelha arqueada.

— Infelizmente não, senhor. — Harry respondeu — Descobri sobre o mundo... mágico apenas ontem e confesso ainda ser bastante ignorante sobre o mesmo.

— Muito bem, — A criatura respondeu — o teste de herança vai mostrar coisas como seu nome, família, poderes, etc. Para fazê-lo você só precisa deixar três gotas de sangue cair no pergaminho.

Harry assentiu e o outro empurrou a faca em sua direção. O garoto pegou a faca, fez um pequeno corte e estendeu a mão por cima do pergaminho, deixando que as gotas caíssem.

Assim que a terceira gota caiu, o pergaminho começou a se encher de palavras e até mesmos alguns desenhos. Harry olhou para a criatura a sua frente que indicou que ele pegasse o pergaminho. O moreno pegou-o e leu com uma certa dificuldade, Harry realmente precisava treinar sua leitura e escrita se fosse mesmo para aquela escola.

Harry James ----- Potter

Filiação:

James Fleamont Potter (--- de sangue)

------- ----- (--- -- ------)

Lily Evans Potter (--------)

Sirius Órion Black (padrinho/pai por adoção de sangue)

Remus Jhonn Lupin Black (padrinho/pai por adoção de sangue)

------ ------ (--------/--- --- ------ -- ------)

------ -------- (--------/--- --- ------ -- ------)

Composição:

Humano (--%)

---------- (--%)

Títulos:

Herdeiro Gryffindor

Herdeiro Potter

Herdeiro Slytherin

Herdeiro ------

Herdeiro Ravenclaw

Herdeiro Peverell

Herdeiro ----- (--- ------- -- ----)

Herdeiro ------ (--- ------- -- ----)

18 acentos de voto no Wizengamot

Herança Financeira:

Cofre Gryffindor (por parte dos Potter)

100.333.762 galeões, 200.000.000 sicles, 200.033.444 nuques, 100 tapeçarias, 330 pedras preciosas no geral, livros sobre transfiguração humana avançada, livros sobre Hogwarts, o diário dos fundadores, 10 itens mágico, 437 poções, 2 varinhas, 2 elfos domésticos, 60 propriedades espalhadas pelo mundo, uma propriedade compartilhada dos fundadores, roupas elegantes e roupas práticas antigas, 2 familiares e 2 dragões.

Cofre Griffindor secundário (por parte dos Potter)

50.056.237 galeões, 40.087.999 sicles, 199.063.876 nuques, 87 tapeçarias, 300 pedras preciosas em geral, biblioteca particular, 5 itens mágicos, 377 poções, 1 varinha, 1 elfo doméstico, 34 propriedades espalhadas pelo mundo, guarda roupa completo, 1 familiar e 1 dragão.

Cofre Slytherin (por parte dos Potter)

100.400.887 galeões, 200.000.659 sicles, 300.000.000 nuques, 252 tapeçarias, 360 pedras preciosas em geral, livros sobre arte das trevas, livros sobre perseltongue, livros sobre familiares, 1 item mágico, 200 poções, 2 varinhas, 4 elfos domésticos, 48 propriedades espalhadas pelo mundo, uma propriedade compartilhada dos fundadores, roupas bruxas formais, práticas, para festas de gala, 3 familiares e 2 dragões.

Cofre Slytherin secundário (por parte dos -----)

50.937.400 galeões, 132.900.395 sicles, 250.098.197 nuques, 300 tapeçarias, 400 pedras preciosas em geral, livros sobre artes das trevas, chave de biblioteca particular no norte da França, 15 itens mágicos, 192 poções, 1 varinha, 2 elfos domésticos, 20 propriedades espalhadas pela Ásia, guarda roupa formal bruxo, 1 familiar e 2 dragões.

Cofre Ravenclaw (por parte dos -----)

200.000.769 galeões, 200.000.987 sicles, 400.000.000 nuques, 500 tapeçarias, 200 pedras preciosas em geral, livros sobre arte bruxa, livros sobre magia e sua origem, livros sobre magia sem varinha, livros sobre compulsões avançadas e como se desfazer delas, livros sobre fantasia com moral, livros sobre outras espécies, 3 itens mágicos, 543 poções, 2 varinhas, 2 elfos domésticos, 50 propriedades espalhadas pelo mundo, uma propriedade compartilhada dos fundadores, roupas de gala antigas, roupas elegantes, roupas práticas, 1 familiar e 2 dragões.

Cofre Ravenclaw de Herdeiro (por parte dos -----)

20.000.000 de galeões, 70.090.876 sicles, 500.000.000 nuques, 90 tapeçarias, 110 pedras preciosas em geral, 2 bibliotecas particulares no Japão, 1 item mágico, 115 poções, 1 elfo doméstico, 10 propriedades pelo mundo e 5 guarda roupas completos formais femininos e 5 guarda roupas completos formais masculinos, 2 familiares, 1 varinha e 1 dragão.

Cofre Potter (por parte dos Potter)

65.700.000 galeões, 89.800.000 sicles, 99.700.000 nuques, 176 tapeçarias, 200 pedras preciosas em geral, livros sobre genealogia bruxa, livros sobre poções avançadas, 2 itens mágicos, 43 poções, 2 elfos domésticos, 20 propriedades pelo mundo e roupa de gala estilo formal e informal, 1 familiar, 2 varinhas e 1 dragão.

Cofre Potter secundário (por parte dos Potter)

50.676.992 galeões, 81.287.999 sicles, 98.659.253 nuques, 532 tapeçarias, 100 pedras preciosas em geral, livros sobre mágia de luz, livros sobre ainimagia, 1 item mágico, 39 poções, 2 elfos domésticos, 15 propriedades pelo mundo e guarda roupa bruxo e trouxa informal, 1 familiar, 1 varinha e 1 dragão.

Cofre Peverell (por parte dos Potter e dos ------)

400.200.000 galeões, 300.000.00 sicles, 300.000.543 nuques, 510 tapeçarias, 444 pedras preciosas em geral, livros sobre criação de itens mágicos, 600 poções, 3 elfos domésticos, 63 propriedades espalhadas pelo mundo, roupas de gala antigas, 3 familiares, 3 varinhas e 3 dragões.

Cofre ----- (--- ----- --- -----)

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Cofre ------ (--- ----- --- ------)

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Cofre ----- (--- ----- --- ------)

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Habilidades Mágicas/Não Mágicas:

Parseltongue (Bloqueado por ---- -----, bloqueio falho)

Memória Eidética (Bloqueado por ---- ----------)

Magia sem varinha (Bloqueado por ---- ----------)

Magia sem palavras (Bloqueado por ---- ----------, parcialmente liberado)

Metamorfomagia (Bloqueado por ---- -----)

Clarividência (Bloqueado por ---- -----)

Magia elementar (Bloqueado por ---- ----------)

Núcleo Mágico: ------ (89% bloqueado por ---- -----)

Ligação de alma:

----- ------ ------ (Ligação bloqueada por ---- ----)

--- ------- ------ (Ligação bloqueada por ---- -----)

Compulsões/Poções:

Complexo de culpa (por ---- -----, falho)

Lealdade para Lily Potter (por ---- -----, falho)

Lealdade para Alvo Dumbledore (por ---- ----------, falho)

Desconfiança para Severus Snape (por ---- -----, falho)

Desconfiança para Draco Malfoy (por ---- -----, falho)

Desconfiança para Sonserina (por ---- -----, falho)

Glamour de sangue (por ---- -----, falho)

Lealdade para Grifinória (por ---- -----, falho)

Aversão à Magia Negra (por ---- ----------, falho)

Lerdeza (por ---- ----------, falho)

Desrespeito para autoridades (por ---- ----------, falho)

Harry terminou de ler aquilo com um olhar chocado e recolocou o pergaminho na mesa, isso era simplesmente insano. Pelo que ele podia entender alguém estivera tentando manipular até mesmo seus pensamentos, mas por quê? E aquelas partes borradas... estavam em todos os lugares importantes. O que queria dizer?

— Essas partes borradas... — ele começou — o que significam?

— Infelizmente o senhor terá que esperar um pouco para receber respostas, senhor Potter. — A criatura o respondeu — Os cofres de sua família estão sendo supervisionado diretamente pelo duende-chefe.

Duende? Então era isso que eles eram?

—Apenas me siga, senhor Potter, vou levá-lo até ele. — O duende disse.

Harry se levantou e seguiu ele para fora da sala. Eles andaram por mais alguns corredores antes de pararem em frente a uma porta dupla maior e mais trabalhada do que as outras. O duende bateu na porta e entrou, alguns segundos depois ele saiu e disse:

— O chefe Ragnarok está o esperando, senhor Potter. 

— Antes de entrar, poderia me dizer seu nome? — Harry perguntou.

— Por que quer saber? — O duende perguntou de volta.

— Como posso agradecer a alguém sem saber o nome? — O garoto respondeu. O duende parecia surpreso, mas disse seu nome:

— Meu nome é Grampo.

— Então, senhor Grampo, muito obrigado pela sua ajuda. Lhe desejo sorte em seus negócios. — Harry disse com uma pequena reverência. O duende havia levantado tanto as sobrancelhas de surpresa que Harry temia que ele as perdesse. Aparentemente não era comum mostrar tal respeitos por eles.

— Espero que você também tenha sorte em seus negócios, senhor Potter. — Grampo falou antes de sair.

Harry entrou na sala devagar e fechou a porta atrás de si, sentado em uma poltrona no centro da sala estava um duende que Harry supôs ser o chefe Ragnarok.

— Senhor Potter. — Ragnarok o cumprimentou — Por favor, sente-se.

— Chefe Ragnarok. — Harry cumprimentou enquanto se sentava na poltrona a frente da do duende — Aparentemente o senhor está supervisionando minhas contas, certo?

— Correto. — Ragnarok  respondeu.

Harry entregou ao duende o teste de herança e falou:

— Tem algumas partes borradas, por quê? 

— Como você ainda é menor de idade, seu guardião mágico pode escolher algumas coisas que ele não quer que você saiba até a maioridade. — Ragnarok disse.

— Guardião mágico? — Harry perguntou.

— Sim, aquele que tem sua guarda legalmente, no seu caso Lily e James Potter, seus pais. — O duende o informou.

Hatty arregalou os olhos, seus pais estavam vivos? Ele passara a vida toda com duas possibilidades, uma era que seus pais tinham morrido, a outra era que abandonaram ele. Harry sempre repetiu a si mesmo que eles tinham morrido, que eles não iriam simplesmente largá-lo em um beco qualquer. Daí, de repente, eles não só estão vivos, como também querem controlar o que ele pode ou não saber?

O moreno cerrou os punhos, irritado. Ele respirou fundo antes de questionar:

— E quanto aos cofres?

— Bem, os cofres com algo borrado você não pode acessar, já que sequer teria como você saber qual é. — Ragnarok disse — Além disso você é menor de idade, então só poderia acessar o cofre de herdeiro, que tem parte do dinheiro, mas sem os artefatos, livros, essas coisas.

— Como eu ganho acesso ao cofre de herdeiro, então? — Harry tornou a perguntar.

— Basta colocar o anel de herdeiro no dedo e ver se ele te aceita, como você tem irmãos não tem como saber quem será o herdeiro, já que isso é a magia familiar que decide. — Ragnarok respondeu e Harry teve que se segurar para não mostrar tanta surpresa quanto estava sentindo, ele tinha irmãos?

— E... — Harry tentou falar, mas parou para respirar fundo — e se o anel não me aceitar como herdeiro?

— Daí você, como um Potter, ainda vai poder acessar o cofre, mas uma carta terá de ser enviada aos Potter cada vez que fizer isso. — Ragnarok o informou.

Harry assentiu e o duende fez um gesto com a mão que fez uma pequena caixa aparecer, dentro dela havia a mesma quantidade de anéis que de títulos não borrados.

— Todos que te aceitarem irão se fundir em um único anel. — Ragnarok contou.

Harry pegou o primeiro anel, ele era dourado e vermelho, no suporte estava escrito Herdeiro Gryffindor. Ele colocou o anel no dedo e ele brilhou por um leve momento antes de repousar no mesmo como um anel comum.

— Isso significa que o anel me aceitou?— Harry perguntou. Ragnarok assentiu e indicou que ele continuasse.

O próximo anel era verde e prata e no suporte estava escrito Herdeiro Slytherin. Quando Harry o pôs, ele se fundiu com o primeiro e o anel resultante era prata e dourado. O próximo era o de Ravenclaw, esse era cinza e azul, o azul se tornando metálico ao se fundir com o lado cinza do anel anterior. O próximo era o dos Potter e era preto e roxo, o preto deu ao dourado um tom mais opaco. O último era o Peverell, tinha a cor branca e um símbolo estranho, um triângulo com um risco vertical e um círculo dentro, quando ele se fundiu aos outros apenas o símbolo permaneceu.

— Incrível, faz tempo que não vejo uma combinação de tantos anéis. — Ragnarok disse ao garoto, pelos resultados desses, os outros também devem te aceitar quando você finalmente descobrir quais são.

Harry concordou com a cabeça, mas ainda tinha algo em mente.

— Na parte de habilidades... — Ele começou, apontando para aquela parte do pergaminho — Tem esses... bloqueios. Tem como tirar eles?

O duende observou um pouco aquela parte do pergaminho e disse:

— Ter tem, mas não será de graça.

— É claro que não. — Harry disse com um sorriso — Quanto?

— 150 galeões. — Ragnarok disse.

— 100 galeões. — Harry retrucou, não tinha certeza de quanto galeões valiam, então era melhor tentar manter o preço o mais baixo o possível.

— 125.

— Feito.

Ragnarok sorriu, o garoto era divertido, poucos realmente iriam negociar com duendes, geralmente aceitariam o preço mesmo que fosse caro. Aquele garoto podia se vestir como alguém morto a um mês, mas tinha garra.

— Muito bem, — O duende disse — Acho melhor você retirar os bloqueios antes de acessar o cofre. Então vou chamar um curador duende.

Ele apertou um botão de uma máquina que ficava em cima de sua mesa e disse:

— Curador Martin, preciso que você venha até a minha sala.

Alguns minutos depois outro duende entrou na sala.

— Me chamou, Chefe Ragnarok? — O Curador Martin perguntou.

— Sim, o Herdeiro Potter precisa retirar alguns bloqueios mágicos que foram colocados nele. — Ragnarok respondeu.

— Muito bem, me siga. — Martin disse e saiu da sala.

— Muito obrigado por sua ajuda, Chefe Ragnarok. — Harry falou para o duende antes de sair.

— Não foi nada, Herdeiro Potter. — Ragnarok falou também.

Harry seguiu o outro duende por vários corredores, ele chegou a pensar que nunca chegariam a seja lá onde estavam indo. Finalmente eles chegaram em um corredor branco com portas de metal. Eles entraram na terceira. A sala dentro era branca, limpa e tinha apenas uma escrivaninha e uma cama de hospital.

O duende pegou uma espécie de avental e estendeu para Harry.

— Se dispa e ponha isso, depois deite na maca, com sorte você não ficará acordado durante o processo. — Ele instruiu o garoto sem dar espaço para questionamentos.

Harry fez o que lhe fora instruído. Assim que ele se deitou o duende começou a entoar um canto em uma língua que Harry não reconhecia. De repente ele estava no limiar da consciência e caiu em um sono profundo.

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Quando Harry acordou, ele estava no mesmo lugar de antes, o Curandeiro estava sentado na escrivaninha fazendo anotações em um caderno. Ele se sentou e olhou para o duende, ainda meio lento de sono.

— Já acordou? — O duende perguntou impressionado — Você realmente é resistente, achei que fosse dormir por mais umas duas horas.

— Nunca fui de dormir muito. — Harry disse dando de ombros.

O Curador apenas assentiu antes de falar:

— Bem, você deveria praticar usar sua magia durante esse mês, com os bloqueios ela não foi muito bem desenvolvida, é como um músculo que não se exercita.

Harry concordou com a cabeça, mostrando que havia entendido.

— Já pode se vestir. — O Curador Martin continuou — Vou te dar uma lista de livros que podem te ajudar a entender as novas habilidades, depois creio que vá até seus cofres, certo? 

Harry concordou enquanto se vestia.

— Então vou chamar alguém para levá-lo.

Alguns minutos depois o mesmo duende com quem Harry havia feito o teste de herança entrou na sala.

— Senhor Potter, por favor me siga. Vou levá-lo ao cofre de herdeiro dos Potter. — Grampo falou.

Harry seguiu o duende até o hall de entrada, desta vez entraram em outra porta que levou para uma espécie de caverna cujo caminho era um túnel com trilhos que ia para baixo e mergulhava na escuridão.

Grampo entrou em um carrinho que estava nos trilhos e sinalizou que Harry entrasse também. Assim que o carrinho começou a andar Harry soube que, sem um guia, seria impossível para qualquer um roubar aquele banco. Eram muitas curvas, caminhos longos e encruzilhadas. Harry tentou decorar, mas depois da décima curva ele já estava com dor de cabeça.

Finalmente eles pararam em frente a porta de um cofre. O duende desembarcou primeiro e Harry logo depois. Assim que estava de frente ao cofre o duende retirou uma chavinha de ouro do bolso e a inseriu no cofre.

A porta se abriu e os olhos de Harry se arregalaram. Aquilo eram montanhas de ouro!