As Sombras do Beco Diagonal
Harry arregalou os olhos para aquela quantidade do que parecia ouro maciço, prata e bronze. Aquilo era simplesmente insano.
Grampo pareceu achar graça da expressão do garoto.
— Como você é novo no mundo mágico, provavelmente não sabe quanto cada moeda vale. — O duende explicou — Os de bronze são os nuques, eles são os de menor valor, 29 deles valem um de prata, que é chamado sicle, os sicles são os de valor intermediário e é preciso de 17 deles para formar um galeão, que é a de ouro e a que tem maior valor, um galeão vale cerca de 25 libras, um sicle vale 1,50 libras e um nuque vale 0,05 libras.
Harry assentiu, mostrando que havia entendido, e retirou o casaco, como não tinha nada para carregar o dinheiro ele amarrou o casaco de forma que virasse uma espécie de bolsa e pôs o que pôde lá dentro, não sabia quanto custava os materiais e pretendia comprar algumas coisas extras, como uma mochila e roupas.
Grampo apenas observou o garoto, ele era certamente um mistério. Era extremamente astuto e inteligente, mas parecia ter uma baixa escolaridade e suas roupas revelavam uma péssima condição financeira. Além disso os braços estavam cobertos por cicatrizes e haviam algumas no rosto. E havia ainda, é claro, o fato de ele ser um Potter. Grampo tinha certeza que os Potter tinham apenas dois filhos, Alexy e Fuyu Potter. Era como se o garoto tivesse simplesmente surgido do nada.
Quando pegou todo o dinheiro que poderia carregar naquela bolsa improvisada, Harry a segurou com as duas mãos e falou para Grampo que já podiam voltar.
— Muito obrigado pela ajuda, Grampo. — Harry disse quando voltaram ao hall. O duende apenas assentiu em resposta.
Harry saiu do banco, se permitindo dar uma melhor olhada pela rua, antes de tudo precisava de uma mochila e, segundo a lista de materiais, um malão. Nenhuma das lojas próximas vendia algo assim, então ele apenas continuou andando pelo Beco Diagonal, procurando alguma loja que vendesse aquilo.
Não demorou muito para achar a loja. Acima da vitrine estava escrito Malões, mochilas e baús para todas as ocasiões. Na vitrine haviam mochilas de cores vibrante e malões, de básicos até incrustados de diamantes.
Harry entrou na loja, ela era bastante iluminada e organizada. Estava quase vazia, então não demorou muito para um dos vendedores se aproximar de Harry enquanto ele olhava as mochilas.
— Procurando algo em específico? — O homem perguntou para ele.
— Uma mochila e um malão, mas nada muito específico, realmente. — Harry respondeu.
— Bem, eu posso te ajudar a escolher os que melhor se encaixem as suas necessidades. — O vendedor respondeu, guiando Harry pela loja lhe mostrando uma mochila preta aparentemente simples — Essa mochila possui um feitiço indetectável de extensão, um autolimpante e um feitiço de privacidade.
Harry olhou para o homem confuso. Ele pareceu entender e lhe deu um sorriso.
— Minhas desculpas, nascido ou criado trouxa, certo? — O vendedor falou — Bem, o feitiço indetectável de extensão faz com que o espaço disponível dentro da mochila seja maior do que realmente, parece. Veja.
Para exemplificar o homem pegou uma cadeira ali perto que não deveria caber dentro da mochila, mas deslizou para dentro como se fosse do tamanho certo.
— Não fica difícil para encontrar as coisas? — Harry questionou.
— Não, nossos malões, mochilas e baús vêm com um feitiço que você apenas precisa dizer o nome do que precisa. Funciona como um feitiço convocatório. — O vendedor informou.
— Incrível. — O moreno falou.
— Bem, o feitiço autolimpante já é explicativo pelo nome. — O homem disse — Alguns outros modelos de mochila tem feitiços mais complicados, como anti roubo, disfarce, peso-leve ou de encolhimento.
— Uma mochila com com feitiço indetectável de extensão, autolimpante, de privacidade e anti furto... — Harry falou — ficaria quanto?
— Isso depende do exterior da mochila, cor única fica 10 galeões, estampada 12 e 3 sicles e mais elaboradas ficam 15. — O vendedor informou.
— Vou querer uma preta. — Harry disse, o homem assentiu e fez uma anotação em um bloquinho de notas — Agora, os malões...
— Oh, sim. — Ele exclamou — Os malões tem bem mais opções que as mochilas, a começar pelos compartimentos.
O vendedor abriu um malão que estava mais próximo, revelando o interior. Era divido em três partes.
— O mais simples é esse, com três divisões, o mais complexo é o de seis divisões. — O vendedor contou — Cada compartimento tem uma função, um é um compartimento normal com um feitiço de extensão. Os outros são personalizáveis, você pode escolher entre uma biblioteca, um laboratório de poções, um pequeno apartamento com quarto, cozinha e banheiro, ou então um pequeno depósito/despensa, o último é uma masmorra. Os feitiços que podem ser postos são o feitiço indetectável de extensão, o autolimpante, o anti roubo, o de privacidade, o de encolhimento, o de peso-leve e o de camuflagem.
Harry pensou por um momento, precisava escolher algo que se encaixasse as suas necessidades.
— Esse feitiço de encolhimento... quanto ele encolhe? — O garoto perguntou.
— Ele encolhe até caber no bolso. — O homem respondeu — Veja. Encolher.
Assim que ele disse aquilo o malão se encolheu até estar do tamanho da palma da mão de Harry.
Aquele certamente era um feitiço útil, mas não realmente necessário, afinal a mochila poderia abrigar o malão facilmente. Uma biblioteca seria bom, pois ajudaria ele tanto com os negócios quanto a estudar sobre o mundo-mágico. O laboratório de poções também ajudaria nos estudos e ele certamente podia usar aquele pequeno apartamento, mas ele não realmente precisava do resto, então seria apenas desperdício de dinheiro se pegasse eles. Quanto aos feitiços, peso-leve seria útil, assim como o o indetectável de extensão, autolimpante, anti roubo e privacidade.
— Um malão de aparência simples e cor preta, de quatro compartimentos, biblioteca, laboratório de poções, apartamento e compartimento básico, com feitiços de peso-leve, indetectável de extensão, autolimpante, anti roubo e privacidade, daria quanto? — Ele questionou.
O homem levou algum tempo para fazer as contas, mas respondeu:
— Daria 18 galeões e 7 sicles.
— Vou querer esse. — Harry disse.
O vendedor estava surpreso; Pelo estado do garoto, ele realmente não achava que ele fosse comprar algo tão caro, mas deu de ombros.
— Um segundo, vou buscar o malão e a mochila.
Assim que o homem saiu e Harry ficou sozinho ele pôde sentir os olhares sobre si. Afinal, ele era um garoto em um estado deplorável, que não tomava banho a algum tempo e tudo que tinha era um casaco amarrado para parecer uma bolsa, definitivamente suspeito.
Alguns minutos depois o vendedor voltou com um malão preto simples e uma mochila preta.
— Juntos vai dar 28 galeões e 7 sicles. — Ele informou ao garoto.
Harry assentiu e abriu um pouco o casaco, pegando 28 das moedas douradas e 7 das prateadas. Ele entregou o dinheiro para o vendedor, colocou o malão dentro da mochila, assim como a bolsa/casaco e pôs a mochila nas costas. Assim que saiu da loja pegou a lista de materiais, iria comprar os livros.
A livraria se chamava Floreios e Borrões. Estava mais cheia do que a loja anterior e era grande. Vários corredores com prateleiras cheias de livros ocupavam toda a área da loja, exceto pelo balcão onde se pagava pelos livros.
Harry pegou novamente a lista e procurou os livros que eram mencionados nela. Após pegá-los ele passou pelas fileiras de livros procurando qualquer coisa que fosse ajudá-lo. Infelizmente não encontrou nenhum sobre o cultura bruxa, mas pegou vários de feitiços, poções, história, criaturas mágicas e alguns outros.
Aquila livraria parecia não ter fim, Harry nunca fora um fanático por leitura, mas, mesmo assim, já estava com uma pilha de livros três vezes maior do que deveria. Em certo momento uma das vendedoras se aproximou e disse:
— Você realmente gosta de ler, não? É a primeira vez que vejo alguém tão jovem com tantos livros.
— Bem, esse lugar realmente vende livros interessantes. — Harry respondeu — Mas não vejo nenhum aqui sobre cultura, por quê?
A vendedora riu um pouco.
— É claro que não. — Ela disse com um tom divertido — Esses livros são, em sua maioria, proibidos.
O garoto levantou uma das sobrancelhas, livros de cultura eram... proibidos? Parecia até a Idade Média dos não-bruxos ou as regras de alguns dos líderes das ruas. Harry reconhecia aquilo, o líder não gostava da cultura bruxa e queria exterminá-la, ou não queria ter trabalho em ensiná-la e exterminá-la vinha como consequência.
Ele suspirou, até a magia estava sujeita aos limites da arrogância humana.
Alguns minutos depois ele foi até o balcão para pagar pelos livros e os guardou na mochila. Ainda faltava comprar algumas várias coisas, não queria gastar muito tempo ali. Sua cabeça estava cheia, se havia proibição, havia um governo mágico, se havia um governo havia também os...
Harry percebeu, era tão óbvio, a melhor forma de descobrir tudo o que queria, o único lugar onde as regras não existiam, o único lugar em que o governo não mandava. Onde ele poderia achar qualquer coisa pelo preço certo.
Mas primeiro precisava terminar de comprar o material.
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Harry finalmente terminou de comprar tudo que precisava, exceto pelo uniforme e pela varinha, mas esses ele compraria outro dia, agora precisava explorar.
Ele colocou a mochila nas costas e começou a andar pelo Beco Diagonal do mesmo jeito que fazia nas ruas de fora, com o capuz do casaco sobre a cabeça e os olhos atentos, procurando qualquer entrada escondida que levasse a lojas de acesso difícil.
Demorou um pouco, mas ele achou, a entrada ficava entre duas lojas fechadas para reforma. Assim que entrou no lugar, Harry pôde sentir a diferença entre aquele lugar e o Beco Diagonal. De certa forma, era reconfortante, como voltar para casa. Aquele lugar Harry entendia como funcionava.
Ninguém se aproximou dele, não tinham por que fazê-lo, não era uma criança perdida de quem pudessem se aproveitar da ignorância.
As lojas eram bem mais vazias e menos preocupadas com a aparência, algumas sequer tinham vitrine, outras eram apenas ambulantes. Quase o mesmo que um mercado ilegal não-mágico. Tudo que Harry precisava fazer era aprender a se localizar, sentia que passaria muito tempo ali.
— O que um garoto tão pequeno faz aqui? — Um homem encapuzado se aproximou dele e pôs uma mão em seu ombro, mas Harry não levantou o cabeça, apenas respondeu:
— Por que alguém tão descuidado vem para cá? — Harry perguntou levantando um anel parecido com o seu de herdeiro, que o homem estava usando na mão que não o tocou.
O homem pareceu travar e pegou o anel de volta, antes de se virar para ir embora. Porém Harry não deixaria que ele fosse tão fácil, conhecia aquele tipo de pessoa. Não iria deixar que ele continuasse com aquele serviço.
O moreno concentrou sua magia como fazia quando alguém o irritava, apesar de antes não saber o que era aquilo. O homem caiu no chão tremendo, algumas pessoas próximas olharam a cena curiosas. Harry concentrou mais sua magia para pressionar o homem e dobrá-lo a sua vontade.
— Patético. — Ele disse olhando para o homem, seu tom gélido e sua expressão indiferente, mas com os olhos furiosos — Já vi pessoas, sem magia alguma, que eram mais resistentes.
O bruxo caído tremia cada vez mais forte. O Potter se aproximou e continuou:
— Agora, — Harry falou — me diga, o que queria comigo?
— G-gos-gosto de... de me... diver-divertir com crianças bonitinhas como... como você... — O homem respondeu com a voz falhando, a fragilidade mental dele era simplesmente patética. Harry já tinha curvado um garoto de oito anos com mais garra.
— Oh... — Harry disse com um sorriso assustador, os olhos verdes praticamente brilhando — esperava mais de quem vem até aqui... uma vontade tão fraca... tsc... nem vale meu tempo, mas acho que posso me divertir com você um pouco...
O sorriso de Harry se tornou mais largo, apesar de seus olhos não compartilharem aquela alegria, ele se aproximou mais do bruxo e sussurrou no ouvido do mesmo:
— Você é pior que alguém sem mágica, você é pior que a escória que se preserva na ignorância. Você. Não. É. Nada.
Assim que o garoto terminou de falar os olhas do homem desfocaram e Harry se afastou, com o anel do homem girando entre os dedos. A expressão no rosto do bruxo era tão vazia que nem ao menos parecia um ser humano. Harry sorriu e perguntou:
— O que você é?
— Eu... — Até mesmo a voz do homem não possuía qualquer traço de personalidade — eu não sou nada.
Quando ele terminou de falar, o bruxo se afastou até o canto da rua em que estavam e se sentou lá, ficando tão parado quanto uma estátua. Harry quase podia gargalhar, fazia tanto tempo que fizera algo assim que quase se esquecera da sensação. Era simplesmente... maravilhosa.
Muitas pessoas o encaravam, mesmo em um lugar como aquele, não era sempre que algo assim acontecia. Harry apenas olhou para eles com a expressão neutra, todos imediatamente disfarçaram e continuaram o que estavam fazendo antes de começar toda aquela confusão.
Harry continuou a andar pela rua, ainda olhando aquele anel que conseguira do homem, tinha um símbolo estranho, parecia com um pássaro. Era certamente um anel de Gringotes, mas o garoto não podia simplesmente devolver, deveria ter um jeito de ficar com aquilo pra ele sem expor o que fizera.
Decidindo que seria melhor pensar nisso outra hora, ele guardou o anel no bolso da calça e continuou a andar. Alguns minutos depois ele encontrou o que parecia uma espécie de livraria. A loja estava praticamente vazia e os livros não tinham uma ordem certa, pelo menos, não que o garoto conseguisse identificar.
Os livros daquele lugar eram diferente dos da Floreios e Borrões, não eram tão novos, alguns pareciam ter centenas de anos. Os títulos também se diferenciavam, um dos primeiros que Harry viu se chamava Magia Negra para iniciantes vol. I. Parecia interessante, então Harry pegou, assim como o volume II e III, quando os encontrou.
Porém o livro que mais lhe chamou atenção parecia estar ali a muito tempo, pois uma camada de poeira o cobria. Na capa marrom havia o desenho de uma árvore sem folhas, mas com uma espécie de trilha amarela brilhante no ar em volta dela. Não tinha título, então Harry pegou para perguntar sobre ele ao vendedor quando fosse pagar.
Após algum tempo, Harry finalmente encontrou um livro que parecia falar sobre a cultura bruxa, bem, sobre os feriados bruxos, mas era um começo.
Aquela biblioteca era definitivamente mais interessante que a da parte "honesta" do Beco Diagonal, talvez por não se importar com as leis, mas aquele lugar parecia ter de tudo. Coisas que Harry sabia que, mesmo se vistas por alguém não mágico, iriam enlouquecer a maioria das pessoas.
Quando ele foi ao balcão para pagar o vendedor arqueou a sobrancelha.
— Você não é um pouco novo para andar por aqui sozinho? — Ele perguntou.
— Você não é um pouco velho pra estar vivo? — Harry devolveu a pergunta, o homem apenas sorriu para o garoto — Esse livro aqui, ele não tem título, poderia me dizer sobre o que é?
Harry mostrou o livro com a árvore na capa que achara mais cedo.
— Infelizmente, eu não sei, ninguém nunca conseguiu lê-lo, está aqui desde da época de meu avô. — O vendedor respondeu.
O moreno sorriu, gostava de um desafio, então comprou aquele livro e os outros que tinha pego.
Quando saiu, ele percebeu que estava ficando tarde. Talvez aquele bar de entrada para o Beco Diagonal alugasse quartos ou soubesse de algum lugar que alugava, ele não planejava ficar esse mês na rua, não agora que tinha dinheiro para alugar um quarto, se fosse simples ele sequer chamaria atenção de sua suposta família.
Ele também precisava pesquisar pesquisar sobre sua família, não queria encontrar com eles por acidente e não reconhecê-los até que fosse tarde demais.
Harry não foi em mais nenhuma loja, ficaria lá por um mês ainda, não tinha que ter pressa em fazer tudo.
O moreno voltou para o Beco Diagonal, o sol se punha e um vento gelado lambia as bochechas do garoto, que apenas puxou o casaco mais para cima.
Assim que chegou no Caldeirão Furado, Harry se dirigiu ao balcão e perguntou:
— Vocês alugam quartos?
Tom apenas assentiu e disse:
— Sim, 1 galeão a noite.
— Eu vou querer alugar um então, até 31 de agosto. — Harry disse entregando a quantidade correspondente de moedas para o homem.
Tom apenas sinalizou que Harry o seguisse e levou o garoto até um quarto no terceiro andar, ele lhe entregou a chave e voltou para o térreo. O quarto era até que bem grande, tinha uma cama de solteiro, uma escrivaninha e um banheiro.
O garoto aproveitou para tomar um banho, o que não tinha a chance de fazer a algum tempo, e organizar os livros que comprara na biblioteca do baú. Logo após isso ele foi dormir, geralmente ele dormia entre as 10 da manhã e 4 da tarde, mas não o fizera nesse dia, então era como estar acordado a um dia e meio sem nenhum descanso, já tinha passado mais tempo do que isso acordado, mas ainda assim preferia dormir se tivesse a chance.
O sonho daquela noite foi o mais estranho que ele se lembrava de ter.
Harry estava em pé no meio de um local escuro em que ele não conseguia ver nada, mas seu corpo parecia brilhar de forma que ele conseguia vê-lo, mas não podia movê-lo. De repente uma mão pousou em seu ombro. Ele não conseguia ver a mão ou seu dono, mas ele foi empurrado para frente e caiu em algo que brilhou em azul. Estava meio desfocado, mas perecia um círculo com alguns desenhos no centro.
De repente, o sonho mudou e ele estava de frente para um caldeirão cheio de um líquido perolado. Seu corpo se moveu sem que ele quisesse, pegou um pote e o encheu com aquele líquido.
Mas algo estava errado, apesar de ser o seu corpo, a mão que pegou o pote e o encheu não era sua. Era mais feminina e não tinha nenhuma cicatriz no braço. Mas antes que pudesse sequer conseguir entender aquilo, ele acordou.
A lua estava alta no céu e apenas umas poucas nuvens estavam por lá. Mas, apesar do pouco tempo que provavelmente havia dormido, Harry se sentia desperto como nunca. Ele se sentou na cama e lembrou do que o Curador duende dissera, que tinha de exercitar sua mágica. Então estendeu a mão para a janela e se concentrou.
Ele pode ver imediatamente a diferença de quando possuía os bloqueios mágicos, além de a janela ter se aberto mais rápido, ela também deslizou o trinco e se abriu silenciosamente, ao invés de simplesmente abrir com um tranco, como geralmente acontecia.
Harry não entendia por que os bruxos usavam varinhas se eram possível fazer mágica tão facilmente sem ela. Mas talvez a varinha deixasse os feitiços mais fortes? Teria de procurar.
A brisa gelada da noite entrou pela janela e bagunçou os cabelos do garoto, era fria, mas não desconfortável. Como não tinha sono, Harry pegou um dos livros que havia comprado sentou-se no parapeito janela e começou a ler.
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