A Seleção
Rony e Harry se reuniram no grupo de alunos ao redor daquele homem enorme.
— Alunos do primeiro ano! — Ele repetiu — Alunos do primeiro ano! Aqui!
Quando finalmente pareceu que todos os alunos do primeiro ano estavam ali, o homem falou para que eles o seguissem. Os alunos seguiram por uma espécie de trilha de terra larga por alguns minutos, até chegarem na beira de um lago, onde uma frota de barquinhos de quatro lugares estava parada. Os barquinhos de madeira balançavam levemente sobre as ondas e Harry pode ver alguns alunos que pareciam receosos de entrar nos mesmos
— Muito bem, todos para os barcos. — O homem falou — Apenas quatro por barco. Vamos, não precisam ter medo.
Harry se dirigiu com Rony a um dos barquinhos ainda vazios. Alguns segundos depois um garoto pequeno de cabelos castanhos ondulados, olhos escuros e uma pele morena se aproximou, ele indicou um dos dois lugares livres do barquinho, como que perguntando se podia sentar-se. Harry deu de ombros, não via problema nenhum e Rony também não parecia ter um problema.
O recém-chegado parecia prestes a falar algo quando outro garoto chegou e perguntou:
— Posso me sentar?
O garoto que havia chegado era alto, com cabelos loiros platinados lisos, pele pálida, olhos cinzas como nuvens de tempestade, rosto aristocrático e lábios finos e rosados. Ele olhou para cada um do barco, seus olhos parando por um momento no garoto de cabelos marrom, obviamente o reconhecendo.
Harry olhou para Rony e o outro, nenhum deles parecia ter algo contra aquilo e esse garoto, assim como o castanho, não parecia ser como a garota de mais cedo. Então respondeu:
— Como quiser.
Assim que o garoto se sentou ele estendeu a mão e falou:
— Sou Draco Malfoy, Herdeiro Malfoy.
Harry apertou a mão dele, se lembrando do pouco que tinha achado sobre a cultura dos bruxos, respondeu, utilizando apenas seu título principal:
— Harry Potter, Herdeiro Potter.
O Malfoy e o de cabelos castanhos arquearam uma sobrancelha cada, mas não comentaram. Entrementes Rony estendeu a mão para eles.
— Ronald Weasley, 6° Herdeiro Weasley. — O ruivo falou. Draco apertou a mão dele, assim como o de cabelos castanhos, que disse:
— Theodore Nott, Herdeiro Nott.
Harry também apertou a mão do Nott. Assim que as apresentações acabaram, o garoto Malfoy perguntou:
— Me perdoe a intromissão, mas os Potter não tem apenas dois herdeiros? Alexy e Fuyu?
— Eu não cresci com minha família, Herdeiro Malfoy. — O Potter contou — Eles não costumam falar muito de mim.
Malfoy assentiu com a cabeça antes de pedir:
— Por favor, me chame apenas de Draco, — E se virou para Nott — e tenho certeza que Theo não se importaria que vocês o chamassem assim.
Theodore apenas concordou com a cabeça.
— Nesse caso me chamem de Harry.
— E podem me chamar apenas de Rony.
Theodore e Rony logo começaram a conversar, ambos pareciam estar tentando conter a animação, mantendo uma conversa neutra e calma, apesar de Harry perceber os dedos de Rony batucando em sua perna e seu pé batendo de leve contra o chão do barco.
Naquele momento os barcos finalmente deixaram a margem e começaram a deslizar pelo lago. Harry ficou olhando para a água escura que refletia o céu. Era uma noite nublada, então quase não se viam estrelas.
Logo Rony e Theo pararam de conversar e o único barulho era o do barquinho deslizando pela água. Olhando em para os outros alunos, Harry viu que a maioria olhava em volta curiosos.
— Vocês terão a primeira vista de Hogwarts a qualquer momento. — O homem gigante anunciou e Harry se virou para o lado que o barquinho se dirigia.
Quando os barquinho fizeram uma curva, revelando a escola, o Potter teve que usar toda a sua força de vontade para não deixar que o queixo caísse e arregalar os olhos, mantendo a expressão neutra.
A escola era um castelo de pedra enorme, sua estrutura era extremamente parecida com a dos castelos da Idade Média. Provavelmente era o maior lugar que Harry já vira em toda a sua vida, o garoto não tinha a mínima ideia de como iria se orientar lá dentro.
— Se abaixem! — O homem avisou quando eles chegaram perto da margem.
Harry se abaixou e deu graças a Deus por isso, alguns que não prestaram atenção receberam uma bela pancada no rosto.
Os barquinhos finalmente chegaram a outra margem e os alunos começaram a desembarcar. O homem passou por cada barco, para ter certeza de que ninguém havia deixado nada nos barcos. Após isso, se aproximou de um grande portão e deu duas batidas sonoras.
A porta se abriu vagarosamente, dava para uma escada, na qual uma mulher de cabelos amarrados em um coque firme e feição rígida esperava-os.
— Essa é a professora Mcgonagall. — O grande homem anunciou.
— Muito abrigada, Hagrid. — A mulher disse — Eu cuido disso agora.
O homem, aparentemente chamado Hagrid, assentiu com a cabeça e se afastou do grupo. Finalmente a professora Mcgonagall se dirigiu aos alunos.
— Me sigam.
Ela os guiou pela escada e eles passaram por um saguão enorme, que podia facilmente abrigar duas casas de dois andares empilhadas e mais de uma casa alinhada. Naquele lugar haviam diversas escadas, saídas para diferentes corredores e uma grande porta dupla, da qual vinha um alto barulho de conversa, provavelmente o resto da escola já estava lá.
A professora os levou até uma sala no corredor mais próximo, quando todos estavam lá, ela falou:
— Bem vindos a Hogwarts. O banquete de abertura do ano letivo vai começar daqui a pouco, mas antes de se sentarem às mesas, vocês serão selecionados por casas. A Seleção é uma cerimônia muito importante porque, enquanto estiverem aqui, sua casa será uma espécie de família em Hogwarts. Vocês assistirão a aulas com o restante dos alunos de sua casa, dormirão no dormitório da casa e passarão o tempo livre na sala comunal.
Harry teve de reter um suspiro, mantendo um olhar de aluno curioso.
— As quatro casas chamam-se Grifinória, Lufa Lufa, Corvinal e Sonserina. — A professora continuou — Cada casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxas e bruxos extraordinários. Enquanto estiverem em Hogwarts os seus acertos renderão pontos para sua casa, enquanto os erros a farão perder. No fim do ano, a casa com maior número de pontos receberá a taça da casa, uma grande honra. Espero que cada um de vocês seja motivo de orgulho para a casa à qual venha a pertencer.
Harry quase arqueou a sobrancelha. Para uma escola de magia que era, aparentemente, uma das melhores do mundo, as semelhanças com o funcionamento da rua trouxa era incrível. Talvez ele pudesse usar sua experiência nesse sistema.
— A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos na presença de toda a escola. Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem enquanto esperam. — A mulher terminou, passando os olhos pelos alunos, parando um pouco mais em alguns.
Quando os olhos dela passaram pela cicatriz que Harry tinha na bochecha da mesma forma que passaram pela capa mal afivelada de um menino próximo a ele, Harry apenas devolveu o olhar que ela lhe mandava.
A mulher saiu da sala e os alunos começaram a conversar, Harry olhou em volta e pode identificar dois tipos de pessoas, os que estavam calmos e os que estavam nervosos. O segundo grupo parecia ser a maior parte dos alunos.
Ele se apoiou na parede, observando os alunos em volta, Rony começou a torcer os dedos nervosamente e a tremer a perna. Draco e Theo conversavam calmamente ali perto. Harry conseguiu, inclusive, achar a garota rude de mais cedo, ela parecia estar falando algo em voz alta para quem quisesse ouvir, um garoto que parecia inseguro aparentava estar absorvendo cada palavra de seja lá o que ela falava.
De repente, várias figuras transparentes atravessaram as paredes e, algumas, o teto, pareciam ocupadas em uma conversa e demoraram algum tempo para notá-los.
Quando isso finalmente acontece, as figuras se animaram. Aparentemente eram fantasma e já tinham estudado em Hogwarts quando vivos. Aquilo era realmente interessante, afinal era possível ver, por suas roupas, que eram de épocas antigas, uma conversa sobre quando estavam vivos deveria ser especialmente interessante.
Finalmente a professora voltou, ela segurava um banquinho e um chapéu tão surrado que Harry se perguntou a quanto tempo aquele chapéu existia.
A professora indicou que fizessem uma fila única e os guiou para aquele salão barulhento que Harry percebera mais cedo. Como pensara, o resto da escola estava lá. A professora foi até a frente da mesa onde outros professores estavam, colocou o banquinho lá e o chapéu em cima do banquinho.
Harry definitivamente não estava preparado para o que estava prestes a acontecer, o chapéu se mexeu e, por meio de um dos rasgos maiores, que lembrava uma boca, começou a cantar:
Ah, vocês podem me achar pouco atraente,
mas não me julguem pela aparência
Engulo a mim mesmo se puderem encontrar
Um chapéu mais inteligente do que o papai aqui.
Podem guardar seus chapéus-coco bem pretos,
suas cartolas altas de cetim brilhoso
porque eu sou o Chapéu Seletor de Hogwarts
E dou de dez a zero em qualquer outro chapéu.
Não há nada escondido em sua cabeça
que o Chapéu Seletor não consiga ver,
por isso é só me porem na cabeça que vou dizer
em que casa de Hogwarts deverão ficar.
Quem sabe sua morada é a Grifinória,
casa onde habitam os corações indômitos.
Ousadia e sangue frio e nobreza
destacam os alunos da Grifinória dos demais;
Quem sabe é na Lufa-Lufa que você vai morar,
onde seus moradores são justos e leais
pacientes, sinceros, sem medo da dor;
ou será a velha e sábia Corvinal,
A casa dos que tem a mente sempre alerta,
onde os homens de grande espírito e saber
sempre encontrarão companheiros seus iguais;
ou quem sabe a Sonserina será a sua casa
E ali fará seus verdadeiros amigos,
homens de astúcia que usam quaisquer meios
para atingir os fins que antes colimaram.
Vamos, me experimentem! Não deverão temer!
Nem se atrapalhar! Estarão em boas mãos!
(Mesmo que os chapéus não tenham pés nem mãos)
porque sou o único, sou um Chapéu Pensador!
Harry e vários outros primeiros anos levaram alguns segundos após o final da música para sair do choque de o chapéu ter cantado.
— Quando eu chamar seus nomes, venham até aqui e sentem-se no banquinho. — Professora Mcgonagall anunciou.
Harry, de repente, piscou algumas vezes, com a imagem que tinha surgido em sua mente, era como uma lembrança, mas... nunca havia acontecido.
— Está tudo bem? — Rony lhe sussurrou.
— Sim, não se preocupe. — Harry sorriu de volta.
Era, provavelmente, sua primeira previsão e, sinceramente, ele gostava do que via. Não era muito do futuro, apenas alguns minutos, logo perto do fim da Seleção, mas já mostrava uma vasta divisão de possibilidades.
— Granger, Hermione!
A garota rude se dirigiu até o banquinho, por eliminação, Harry percebeu que ela provavelmente iria para a Grifinória. Não era astuciosa e nem cuidadosa para ir para a Sonserina e com certeza não agia como uma Lufana. Além disso parecia ter bastante coragem e, a breve conversa que tivera com ela, mostrou que acreditava em honra.
Não deu outra, três minutos depois, o chapéu gritou:
— GRIFINÓRIA!
A garota se dirigiu a mesa e a professora continuou a chamar os alunos. O próximo que Harry prestou atenção foi quando ela chamou Neville Longbottom. Pelo que sabia a família era próxima dos Potter, apesar de terem se afastado nos últimos anos. Até onde o moreno descobrira, a família vinha de uma linhagem com a capacidade de usar magia da Natureza, apesar de não a utilizarem a cerca de duas ou três gerações.
O garoto foi o mais demorado até o momento, quase cinco minutos para ser selecionado. Mas o chapéu finalmente anunciou:
— GRIFINÓRIA!
O garoto foi até a mesa, mas teve que voltar na metade do caminho, pois esquecera de devolver o chapéu para a professora, o que gerou risos na grande maioria dos alunos. Depois disso, Harry ficou algum tempo sem prestar muita atenção no que acontecia na Seleção.
— Lupin, Jhonathan! — A professora Minerva chamou e Harry voltou a prestar atenção.
O garoto estava exatamente como Harry se lembrava, os cabelos cor de areia e os olhos cinza como tempestades. Quando ele andou até o banquinho, Harry percebeu uma figura mais para o lado da mesa dos professores, Sirius Black-Lupin. Então ele trabalhava na escola? Isso poderia ser um problema.
O chapéu ficou apenas alguns momentos na cabeça do garoto antes de anunciar:
— GRIFINÓRIA!
A casa em questão bateu aplausos mais animados do que para o aluno anterior a ser selecionado para lá. Mas fazia sentido, Alexy Potter era o menino que sobreviveu e os Black-Lupin eram extremamente próximos da família.
O garoto se dirigiu até a mesa, se sentando perto de um lugar vazio, provavelmente para um amigo que tinha certeza de que cairia lá também.
Algum tempo depois a professora chamou:
— Malfoy, Draco! — A professora chamou.
O garoto loiro foi andando até o banquinho com uma graça impecável, provavelmente passara metade da vida em aulas de etiqueta. Assim que se sentou sobre o banquinho e o chapéu foi posto sobre sua cabeça, ele gritou:
— SONSERINA!
A casa bateu palmas e Draco se dirigiu até ela, pela forma como se comportou, parecia já estar acostumado com grande parte das pessoas da casa.
Algumas pessoas depois de Draco, Theo foi chamado ao banquinho, ele ficou um pouco mais que Draco, mas, no final, o chapéu falou:
— SONSERINA!
Theo se sentou ao lado de Draco e voltou a prestar atenção na Seleção.
Após algum tempo a professora finalmente chamou:
— Potter, Alexy!
Toda a conversa no Salão cessou. Todos os olhares foram para o garoto de cabelos negros, que parecia acostumado e apenas se sentou no banquinho.
O salão estava tão silencioso que Harry duvidava que a maioria estivesse sequer respirando. Após dois minutos tensos, o chapéu anunciou:
—GRIFINÓRIA!
O barulho que veio da mesa foi ensurdecedor, principalmente se comparado ao silêncio que o antecedeu. Com o canto do olho Harry pode ver Jhonathan tapando as orelhas, parecendo ligeiramente pálido.
— Ganhamos Potter! Ganhamos Potter! — Alguém na mesa da Grifinória gritou.
O garoto foi até a mesa da grifinória e se sentou ao lado de Jhonathan, fazendo um toca aqui com ele, mas com a expressão indicando preocupação pela ligeira palidez do amigo.
Harry respirou fundo, se preparando para o inevitável.
Uma vez que a Grifinória se acalmou minimamente, a professora continuou e chamou:
— Potter, Harry!
O silêncio foi imediato, Harry conseguia ouvir os próprios batimentos cardíacos quando subiu até o banquinho. Com o canto do olho ele viu Sirius arregalar os olhos, provavelmente o reconhecera da loja de Madame Malkin.
Quando ele estava na metade do caminho até banco os sussurros começaram: Potter? Mas Alexy e Fuyu não eram os únicos herdeiros? De onde ele surgiu? E muitos outros. Harry se sentou no banquinho e, a última coisa que viu antes do chapéu lhe cobrir os olhos, foi Alexy e Jhonathan o olhando com expectativa.
"Hum... uma mente bastante ativa, eu vejo." O chapéu falou e sua mente "Posso ver que tem grandes ambições e uma coragem exemplar... onde devo te colocar?"
" Você está perguntando a mim como fazer o seu trabalho?" Harry questionou, o que fez o chapéu rir.
"Não acho que eu já tenha visto um aluno que possa se encaixar tão bem em todas as casas." O chapéu respondeu "Mas consigo ver onde se destacaria... o melhor é SONSERINA!"
O chapéu gritou a última palavra para todo o salão, que, se já estava chocado antes, agora Harry quase podia ver as mentes deles dando pequenos nós.
A mesa da Sonserina, entretanto, deu pequenas palmas educadas, mas Harry pode ver, enquanto se dirigia a mesa, que muitos tinham grande confusão no olhar e uma certa insegurança enquanto batiam as palmas.
Harry se sentou em um dos lugares da ponta da mesa, virado de costas para a parede. Do outro lado do salão ele viu Alexy e Jhonathan chocados, assim como Sirius Black e alguns outros na mesa dos professores.
E ele sabia o por quê. Potter's não eram da Sonserina, eles sempre ficavam na Grifinória, de vez em quando algum ia para a Lufa Lufa ou Corvinal, mas Sonserina? Harry olhara dez gerações para trás na árvore genealógica Potter e não encontrara nenhum que já tivesse ido para a casa das cobras.
— Fico feliz que tenha se juntado a nós, Harry. — Draco, que estava sentado de frente para ele falou — Será que Rony virá para cá, também?
Harry balançou a cabeça, era Rony quem ele tinha visto em sua visão e o chapéu não estava falando Sonserina.
A Seleção continuou sem muitas surpresas, até chegar a vez de Rony.
— Weasley, Ronald. — Professora Mcgonagall chamou.
O garoto subiu até o banquinho tremendo levemente e se sentou. Quando o chapéu foi posto sobre ele, o chapéu levou apenas alguns segundos para gritar:
— LUFA LUFA!
Rony foi até a mesa de sua casa um tanto inseguro, dando uma breve olhada para a Grifinória onde seus irmãos estavam e uma para a Sonserina, mas relaxou um pouco quando percebeu o sorriso de canto que Harry sustentava.
A mesa da Lufa Lufa recebeu o garoto com sorrisos calorosos, que também pareceram deixar o ruivo um pouco mais confiante.
Depois disso não houve mais ninguém na Seleção que chamou particularmente sua atenção. Mas Harry ficou feliz com a precisão de sua clarividência e se perguntou se havia alguma forma de controlar aquilo, ao invés de as previsões simplesmente chegarem quando quisessem. Bem, a biblioteca de Hogwarts era bastante conhecida, devia ter algo por ali.
Finalmente quando Blásio Zabine foi para a Sonserina, a professora Mcgonagall recolheu o banquinho e o chapéu, se dirigindo para seu lugar na mesa dos professores.
Entrementes, Dumbledore, que Harry reconheceu pelos cartões do sapo de chocolate, se levantou, passou um olhar por cada casa e falou:
— Sejam bem vindos! Sejam bem vindos para um novo ano em Hogwarts! Antes de começarmos nosso banquete, eu gostaria de dizer algumas palavrinhas: Pateta! Chorão! Destabocado! Beliscão! Obrigado.
E sentou-se. Alguns bateram umas palmas educadas, mas Harry apenas arqueou uma sobrancelha, o homem era maluco?
Mas todo pensamento sobre o diretor se esvaiu quando a comida apareceu nos pratos, Harry achava que nunca se acostumaria a comer três refeições ao dia todo dia. O garoto encheu o prato e começou a comer, sentindo o olhar de quase toda a casa sobre si.
— Sabe, — Ele falou — é rude encarar desse jeito.
A maioria disfarçou que estava o encarando, se virando para o próprio prato. Alguns demoraram um pouco para disfarçar, mas em pouco tempo não estavam mais o encarando tão abertamente.
— Então, como é ser a quebra de tradição? — Draco perguntou.
— Não conheci muito minha família, não sigo as tradições deles. — Harry respondeu dando de ombros.
— Não tem medo do que eles podem fazer? — Theo questionou.
— Não sou eu quem deveria sentir medo se eles tentarem me obrigar a algo. — Harry falou, dando de ombros.
Draco deu um pequeno sorriso e voltou ao jantar. Eles não falaram mais nada durante algum tempo.
O silêncio foi quebrado pelo fantasma de um homem robusto, coberto por sangue fantasmagórico e correntes, se aproximou, Draco e Theo pareceram ficar um tanto quanto desconfortáveis, mas Harry olhou para aquilo admirado, o fantasma escolhia ficar daquele jeito? Ou era obrigado?
— Olá, senhor. — Ele cumprimentou o fantasma.
— Vejo que finalmente aparece alguém com alguma educação. — O fantasma falou, lançando um olhar duro para os aluno mais próximos, que disfarçaram o olhar. Aparentemente ninguém tinha muita coragem de falar com ele — Qual o seu nome, meu jovem?
— Sou Harry Potter, e o senhor?
— Me chame de Barão Sangrento. — Foi o que o outro falou.
— Barão Sangrento, ouso dizer que é um nome poderoso. — O Potter comentou.
Barão Sangrento deu uma risada baixa e contida, Harry percebeu que alguns alunos mais próximos estavam bastante desconfortáveis com a situação, mas não falaram nada.
— Você é um garoto diferente, sr. Potter. — O fantasma disse — Geralmente minha aparência incomoda as pessoas.
— Não incomoda a mim. Não é qualquer sanguinho que me assusta. — Harry contou.
—Garoto, você vai longe. — O fantasma falou.
Mas, nesse momento, tiveram de interromper a conversa, porque o jantar tinha chegado ao fim e Dumbledore se levantara para falar.
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