A Carta
Nos becos escuros as sombras se moviam como uma.
Aquela hora da noite as pessoas de bem iam dormir, o mundo honesto descansava, mas o desonesto acordava, as ruas estavam cheias de trapaceiros.
Entre esses trapaceiros estava um garoto pequeno de cabelos pretos e olhos verdes brilhantes, o garoto usava um casaco preto surrado, uma calça jeans rasgada e bastante suja e um tênis velho. Durante o dia facilmente perceberiam um garoto naquele estado andando por aí, mas durante a noite ele era apenas mais um entre todos os outros.
Esse garoto era Harry Potter. Seu nome era a única coisa que o menino sabia sobre si mesmo, tendo sido abandonado na rua quando ainda era muito pequeno.
Ele se esgueirou pelos becos, se misturando nas sombras para ouvir a conversa que três homens estavam tendo no beco.
— Você vai mesmo contratar aquele garoto? — Um deles perguntou para um dos outros, que parecia ser o chefe.
— Vocês conhecem a reputação dele. — O chefe falou — Não há informação que ele não consiga.
— Não confio nele. — O que ainda não tinha falado disse.
— Tenho certeza que ele não vai vazar nada, pelo preço certo. — O chefe tornou a falar.
Harry sorriu, durante a conversa ele se movimentara até estar atrás deles, mas nenhum deles tinha percebido. O garoto deu um passo para a frente, saindo das sombras e anunciando sua presença.
Os homens quase pularam com o susto, o que fez Harry sorrir.
— Olá. — O menino disse — Martêm, qual seria esse serviço exatamente?
O chefe levou alguns momentos para se recompor, mas finalmente falou:
— Preciso de informações sobre Terêncio Cartin, um trabalhador da fábrica da rua 13, tudo o que puder conseguir.
— E quanto ao pagamento? — Harry questionou.
— 70 dólares. — Foi a resposta obtida.
— 200 dólares. — Harry retrucou.
— 130 se conseguir boas informações. — Martêm disse.
— 150. — Harry falou.
— Feito. — O homem disse — Em quanto tempo?
— Me dê dois dias.
Martêm assentiu. Harry passou por ele para sair do beco, parecia que tinha trabalho a fazer.
Não era seu serviço mais emocionante, mas, quando se morava nas ruas, você aprendia a fazer qualquer coisa para conseguir algum dinheiro.
Ele andou pelas ruas vazias tomando cuidado para que não fosse seguido, ele não queria arranjar problemas naquela hora.
Harry ouviu um som de passos um pouco atrás dele e segurou com força o canivete, ainda com as mãos dentro do bolso. Em um movimento rápido ele sacou o canivete e dirigiu a lâmina em direção ao pescoço de seu perseguidor.
Harry não chegou a cortar o pescoço da pessoa, mas o canivete estava próximo o suficiente para que ela não ousasse se mexer. Ele não conseguia ver o rosto de quem estava o seguindo, pois estava completamente coberto por um capuz.
— O que quer? — Ele perguntou com um rosnado.
— Paranoico, TK? — Uma voz masculina falou. Harry reconheceu a voz e abaixou o canivete, mas o manteve na mão.
— Edgy? — Ele perguntou.
— O próprio. — Foi a resposta obtida enquanto o garoto abaixava o capuz.
— Achei que estivesse preso depois de ser pego roubando aquela loja. — Harry falou voltando a andar, dessa vez com Edgy ao seu lado.
— Os policiais são idiotas, é fácil despistá-los. — Edgy respondeu dando de ombros.
— Você também é muito bom em desaparecer. — Harry observou — Todo ano desaparece do mapa por meses.
Edgy riu como se Harry tivesse dito algo engraçadíssimo. Harry nunca entendeu, toda vez que ele falava das desaparições anuais dele o garoto parecia prestes a ter um ataque de riso, era irritante.
— Não me olhe assim, TK. — Edgy disse — Só porque você não tem senso de humor não posso mais rir?
Harry rosnou, odiava isso em Edgy, ele parecia achar que tudo era uma grande piada, nunca levava nada a sério.
— Você pode ter algum lugar para ir durante alguns meses que te trata muito bem. — Harry disse lançando um olhar para o garoto, que sempre voltava desses desaparecimentos parecendo muito saudável e bem alimentado — Mas eu não posso me distrair dos negócios.
— Você não é nem um pouco divertido. — Edgy resmungou — Desde que escapamos daquele incêndio você parece outra pessoa.
Harry sabia do que ele falava. Seis anos antes, quando Harry tinha apenas cinco anos e Edgy nove, o armazém que estavam roubando pegou fogo, ambos mal escaparam com vida e Mary e Carlos não sobreviveram. Antes disso Harry até que era como uma criança, na medida do possível, mas depois disso tudo pareceu apenas piorar e faziam anos que o moreno não dava um sorriso de verdade sem que estivesse bêbado.
— Me dê um motivo para sorrir. — Harry falou com um rosnado — Agora se puder ficar quieto, estou tentando achar Nacht.
— Essa gata me dá arrepios. — Edgy disse com um tremor — Ainda não entendo como conseguiu ensinar código morse para ela.
Harry apenas deu de ombros. Nacht era uma gatinha preta com olhos azuis gelo que começara a lhe seguir alguns anos antes. Era uma gata bastante diferente, ela era realmente inteligente. Com algum esforço ele ensinara código morse para Nacht, a gata era quem conseguia metade das informações que ele fornecia, mas o por quê de ter começado a seguir Harry ainda era um mistério.
Um miado foi ouvido e Nacht apareceu, ela se sentou em frente a Harry, esperando que ele a pegasse no colo como muitas vezes fazia, dessa vez não sendo diferente.
Assim que Harry a pegou no colo ela pulou para o ombro dele, era uma gata pequena, então conseguia ficar ali sem muito problema.
— Olá, Nacht, temos um novo serviço. — Harry disse fazendo um carinho na gata, que miou feliz.
— Essa conexão que vocês tem é assustadora, sabia? — Edgy observou.
— Estou ciente. — Harry comentou.
Eles andaram mais um pouco até chegarem em uma casa grande com as luzes apagadas.
— O que acha? — Harry perguntou para Edgy.
— É perfeita, com certeza vai ter algo.
Harry puxou o capuz do casaco para cima e Nacht desceu de seu ombro, Edgy também colocou o capuz e retirou uma chave de fenda.
Em alguns minutos haviam conseguido abrir a porta dos fundos da casa e entraram. Era uma casa repleta de fotos de uma criança extremamente gorda, que lembrava um porco com cabelos louros, um homem parecido com a criança, mas com um bigode estranho e uma mulher loura com cara ossuda que lembrava a de um cavalo.
Os dois garotos se precipitaram para a sala, onde abriram silenciosamente as gavetas, apanhando todo o dinheiro que pudessem achar e coisas que poderiam vender. Fizeram tudo isso rapidamente e se precipitaram para fora da casa.
Assim que saíram trataram de andar várias ruas antes de se sentarem no chão e examinarem tudo que haviam pegado.
— Deve ter uns 100 dólares aqui. — Edgy disse — Podemos comer por dias com isso!
Harry assentiu, a última vez que havia comido havia sido dois dias antes. A perspectiva de ter uma boa refeição lhe dava água na boca.
— O que acha? Tem alguns lugares que ainda estão abertos a essa hora. — Harry comentou.
— O que estamos esperando? — Edgy disse se levantando.
Harry se levantou também, colocando o dinheiro de volta no bolso.
Eles andaram rapidamente até um bar próximo. Onde o dono não iria questionar como conseguiram o dinheiro. Eles pediram uma lanche grande, não querendo gastar tudo ainda. Enquanto esperavam, eles conversaram sobre os negócios. Não poderiam usar todo o dinheiro para comprar comida, ambos tinham dívidas que precisavam pagar.
— Depois disso ainda teremos 80 dólares, 40 para cada um fazer o que precisar. — Harry falou.
— Parece justo. — Edgy concordou.
Harry separou as notas e as coisas que pegaram, de modo que cada um ficasse com mais ou menos 40 dólares.
Naquele momento a comida chegou, tirando as mentes dos garotos de qualquer outra coisa que não fosse a comida a sua frente.
Harry olhou para Edgy, apesar de ter 15 anos o garoto parecia uma criança pequena comendo. Possuía uma fome quase animal.
Harry pegou um pedaço da carne do seu sanduíche e ofereceu para Nacht. Ela miou contente e comeu aquele pedaço de carne, com tanta alegria que quase não havia diferença entre ela e Edgy.
—TK, já provou essa batata? —Edgy perguntou animado, oferecendo o pote de batatas fritas ao menor.
Harry pegou uma das batatas do pote e a botou na boca, era realmente muito boa.
— Olha, isso aqui deve dar uns 15 dólares, acho que podemos pedir uma bebida. — Harry disse.
— Uma bebida? — Edgy perguntou com as sobrancelhas arqueadas — Achei que nunca fosse falar.
— Você parece mais perto da maioridade do que eu, então você vai lá. — Harry falou.
Edgy pegou o dinheiro e foi até o balcão, após alguns minutos ele voltou com duas garrafas de cerveja. Ele se sentou novamente na mesa e entregou uma das garrafas a Harry. Que apenas abriu e tomou um gole.
— Então, no que tem trabalhado? — Edgy perguntou.
— Umas informações aqui, outras ali, semana passada cacei um cara que devia a outro, esse tipo de coisa. — Harry disse dando de ombros.
— Você faz parecer pouca coisa, mas eu já te vi conseguindo informações, você parece até um agente treinado. — Edgy falou.
Harry deu de ombros e se levantou, Edgy fez o mesmo e eles saíram do bar.
— Agora, eu realmente tenho que ir, tenho trabalho a fazer. — Harry contou.
— Te vejo por aí, pequeno TK! — Edgy disse indo na direção oposta a que Harry ia.
Harry suspirou divertido, Edgy era um cara legal.
— Vamos lá, Nacht, temos um cara para investigar. — Ele disse para a gatinha, que miou alegremente.
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Harry se encolheu mais contra a parede da fábrica, era de manhã, as pessoas olhariam ao ver um garoto de rua na parede de uma fábrica.
Nacht estava dentro da fábrica e Harry observava a entrada do local, na noite anterior havia conseguido a ficha do cara que deveria vigiar e estava apenas esperando ele chegar.
Finalmente Terêncio Cartin chegou na fábrica, Harry fingiu chegar correndo aleatoriamente e esbarrou nele.
— S-sinto muito. — Harry disse ao homem — Não te vi aí.
— Tudo bem. — Terêncio falou continuando o seu caminho e entrando na fábrica.
Harry saiu de perto dali e observou o que conseguira pegar do homem, uma carteira e um molho de chaves. Na carteira havia um cartão de crédito, algumas notas de dólar, uma carteira de identidade e um endereço.
Isso era um bom começo, Harry guardou tudo de volta no bolso e se dirigiu ao endereço.
Era uma casa bonita e simples. Pelo barulho havia gente na casa.
— Crianças! Vocês vão se atrasar! — Uma voz feminina veio de dentro da casa.
Alguns minutos depois uma mulher e duas crianças idênticas saíram da casa, as crianças carregavam mochilas nas costas e usavam uniformes escolares, obviamente indo para a escola.
Harry esperou alguns minutos após os três saírem para ter certeza de que eles não voltariam e foi até a porta, pegando o molho de chaves. Demorou um pouco mas ele descobriu a chave certa e entrou na casa.
Ele fechou a porta atrás de si e observou o local, tudo estava fechado e desligado, então não havia mais ninguém na casa. Agora Harry só tinha que achar o que precisava.
Ele se adiantou pelo hall de entrada e foi até a sala de estar, era uma sala simples, um sofá branco de três acentos, uma poltrona marrom, ama mesinha de centro e algumas prateleiras eram tudo o que havia.
Harry foi até as prateleiras procurando algo que pudesse ser útil. Após algum tempo ele percebeu que isso levaria tempo demais, então ele fechou os olhos e se concentrou.
Poucos segundos depois alguns papéis vieram até ele flutuando. Harry não sabia como fazia essas coisas, mas, as vezes, ele podia fazer algo acontecer apenas desejando que acontecesse.
O garoto examinou os papéis, certidão de nascimento, listas de contatos, carteira de trabalho, certidão de nascimento das crianças, que eram filhas de Terêncio Cartin, carteira de identidade da esposa dele, Marcelina Cartin, agenda de compromissos, consultas médicas, receitas médicas e lista de compras.
Ele dobrou tudo aquilo e colocou no bolso, não sabia quanto tempo levaria para alguém chegar, então saiu da casa.
Mal havia pisado no jardim quando uma coruja veio voando em sua direção, graças aos seus rápidos reflexos Harry conseguiu evitar ser feito em pedaços pelas garras da ave. A coruja pousou na caixa de correio do jardim e Harry percebeu que ela tinha uma carta amarrada a perna.
Ela o encarava como se esperasse que ele fizesse algo.
— Isso... isso é uma carta... pra mim? — Harry perguntou, piscando confuso. Como se o entendesse a ave piou e balançou a cabeça — Isso é uma loucura. Devo ter tomado algo sem querer essa manhã.
A coruja piou mais insistente. Aquilo era muito estranho.
"Mais estranho que uma gata que sabe código morse?" Uma voz em sua cabeça perguntou e, por mais que ainda achasse que estava chapado, Harry teve concordar, uma coruja entregadora não era a coisa mais estranha que já havia visto.
Ainda receoso, ele pegou a carta da coruja, que continuou encarando-o.
Harry nunca havia ido a escola, aprendera a ler e a escrever com Edgy, Mary, Carlos e algumas pessoas do reformatório. Então sua leitura era bastante lenta e ele tinha grande dificuldade, mas conseguiu ler a carta.
ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS
Diretor: Alvo Dumbledore
(Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional dos bruxos)
Prezado Sr Potter,
Temos o prazer de informar que V. Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista de livros e equipamentos necessários.
O ano letivo começa em 1° de Setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de Julho, no mais tardar.
Atenciosamente,
Minerva Mcgonagall
Diretora Substituta
Harry teve que ler a carta mais algumas vezes para ter certeza do que estava escrito ali, ele era um... bruxo? Se bem que isso explicava algumas coisas.
Finalmente ele entendeu o por quê de a coruja não ter ido embora, estava esperando uma resposta.
— Uma resposta... ok... papel e... caneta... — Ele murmurou confuso, antes de voltar para dentro da casa, pegar um pedaço de papel e uma caneta e escrever rapidamente uma nota em resposta.
Prezada Vice-Diretora Minerva Mcgonagall,
Fico feliz em aceitar a vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, mas creio não saber onde posso conseguir os materiais e nem tenho dinheiro para pagar pela escola.
Atenciosamente,
Harry Potter
Harry resolveu escrever a resposta se baseando na carta recebida e hesitou um pouco, sem saber o que fazer, como se lesse seus pensamentos a coruja pegou impaciente a carta no bico e saiu voando.
Harry ainda ficou olhando atordoado para a caixa de correio em que a coruja estava alguns minutos antes, mas sabia que os donos da casa poderiam voltar a qualquer momento, então saiu o mais rápido que pode.
Algumas quadras depois Nacht se juntou a ele.
— Olá, querida, o que conseguiu? — Harry perguntou para ela se sentando em um dos bancos.
A gatinha pulou no colo dele antes de começar a miar em um padrão. Harry ouviu atentamente, o menor erro de tradução do padrão e a informação seria completamente inútil.
Quando Nacht terminou, Harry fez um carinho nela e disse:
— Muito obrigado, querida, isso vai ser de grande ajuda.
Nacht ronronou contente no colo dele. Harry se levantou com a gata nos braços e foi até um armazém abandonado que visitava de tempos em tempos e se deitou no chão, tinha ficado a noite inteira acordado, precisava descansar.
O armazém era um lugar seguro para dormir as vezes, mas não podia ficar por muito tempo, se começasse a ir para lá todos os dias correria o risco de encontrar gangues que também passavam por lá de tempos em tempos.
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Harry acordou com um pio de coruja perto de si, ao abrir os olhos viu a mesma coruja de mais cedo.
Ela tinha outra carta amarrada a perna, mas dessa vez saiu voando assim que Harry pegou a carta.
Ele abriu a carta e a leu.
Caro Sr. Potter,
Não se preocupe, Hogwarts não é paga, além disso o senhor possuí um cofre em Gringottes (o banco dos bruxos). Como não sabe disso acredito que também não conheça sobre o Beco Diagonal, então lhe darei instruções sobre o que fazer.
O Beco Diagonal é onde você vai poder comprar seus materiais, a entrada é um bar em Londres chamado Caldeirão furado que apenas os bruxos podem ver. Ele fica no centro de Londres. Depois que entrar é só pedir para o dono abrir a passagem para você e ir para Gringottes para acessar seu cofre.
Para ir à escola basta pegar o trem na plataforma 9 3/4, as 11 horas da manhã do dia 1 de Setembro, para entrar na plataforma basta atravessar a coluna divisória entre as plataformas 9 e 10.
Atenciosamente,
Minerva Mcgonagall
Vice-Diretora
Harry leu aquilo com os olhos arregalados. Ele tinha um cofre no banco?
Eram muitas informações, ele estava quase tendo uma dor de cabeça com isso tudo. Ele respirou fundo tentando organizar os pensamentos.
Ok, primeiro ele precisava ir até o centro, era dia 31 de julho, tinha um mês para se organizar. Harry podia ir no dia seguinte, depois que entregasse as informações para Martêm. O garoto queria passar o máximo de tempo possível nesses lugares para se adaptar, não seria bom se chegasse sem saber de nada, os ignorantes sempre eram os primeiros de quem se livravam.
Harry olhou pela janela, já estava perto do fim da tarde, tinha coisas a fazer.
— Acorde, Nacht. — Ele disse calmamente para a gata.
Harry retirou novamente os papéis que conseguira do bolso e os organizou por ordem de relevância, para depois dobrá-los e recolocá-los no bolso do casaco.
Depois disso ele se levantou e saiu do armazém para lidar com alguns compromissos.
A primeira coisa que fez foi ir até a fábrica, deveria estar mais ou menos na hora que Terêncio Cartin saia do trabalho.
Não deu outra, poucos minutos depois Terêncio deixou a fábrica e começou seu caminho em direção a casa. Harry gravou o percurso que ele fez e a forma como andava.
— Nacht, vá até ele. — O garoto sussurrou.
Nacht foi até o homem e miou alto. Terêncio olhou para baixo e sorriu antes de começar seu caminho de novo dessa vez seguido de perto por Nacht.
Alguns minutos depois ele chegou em casa e entrou, pela forma como a casa estava, ele era o primeiro a chegar em casa. Harry saiu antes que ele descobrisse o furto, não queria estar por perto para não correr nenhum risco.
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Harry acendeu o cigarro sem muito jeito, ele e Edgy estavam em um beco com algumas outras pessoas.
Era por volta da meia noite e todos ali já estavam completamente bêbados, ou chapados, ou ambos.
Edgy no momento estava ocupado com uma garota que tinha mais ou menos a idade dele.
Harry estava apenas apoiado na parede observando eles com uma certa diversão até que sentiu alguém por a mão no seu ombro virou a cabeça.
— Olá gracinha. — Um garoto de cerca de dezesseis anos e com o cabelo castanho e os olhos pretos como a noite sussurrou em seu ouvido — O que acha de brincarmos um pouco?
Harry sorriu malicioso para ele e colocou uma mão no peito dele.
— Eu iria adorar. — Harry sussurrou de volta antes de atacar os lábios do mais velho.
O castanho pôs as mãos na cintura do menor e o puxou mais para perto, deixando-se explorar o pequeno corpo. Quando separaram do beijo, Harry mordeu o lóbulo da orelha do mais velho.
— O seu amigo não para de nos olhar. — O moreno sussurrou para o maior — O que acha de chamá-lo para a brincadeira?
O maior fez um sinal para que o outro cara se aproximasse e Harry sorriu, se fosse ficar com a liberdade limitada por uma escola por vários meses, ele iria aproveitar esse mês ao máximo.
Antes que ele percebesse o segundo cara havia pego a base de sua calça e Harry estava no zíper da do primeiro. Seria uma noite divertida.
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