Coração partido (13)
Depois de um mês no Iêmen consegui descobrir muitas coisas. Vários governos estão financiando essa guerra tendo em vista as riquezas do pequeno país. Assim que cheguei dou de cara com um par de olhos azuis me esperando no meu apartamento na Itália.
— Como sabia que eu estaria aqui? — pergunto beijando seus lábios e o abraço apertado.
— Descobri. — olha para Alfredo que sorri.
— Como sempre. — o puxo para meu quarto. — Não estou para ninguém. — digo e subimos as escadas.
Depois de matar a minha fome por sexo, dormi. Entretanto acordei no meio da noite com as imagens das últimas mortes. Levanto e vou para a varanda com o meu computador.
ANOS ATRÁS.
CONTINUANDO...
Chegamos a empresa juntos, Hakido estava pouco se importando com os rumores, sobe na frente enquanto espero Júnior nas escadas, quando ele chega e ri.
— Pelo o jeito a noite foi boa, o sorriso bobo não sai da sua cara. — sorri tímida.
— Minha blusa. — ele tira da mochila e me dá outro casaco.
— Ninguém nunca te viu repetir isso em dias seguidos. — ri da sua esperteza. Sem o menor pudor tiro a blusa e visto a outra, coloco o casaco, reviro a minha mochila e passo perfume novamente. Saímos das escadas para o elevador. Ao chegarmos percebemos algumas caras pouco amistosas.
— Sr. Leffer quer te ver. — Camila fala ao meu ouvido. Vou até ele. Tenho a minha entrada anunciada pela sua secretaria e entro sem titubear.
— Pois não. — ele em olha, avalia bem a minha roupa.
— Teve tempo de ir em casa ou já saiu levando roupa? — não gostei do modo com falou.
— O que queria falar comigo? — cruzo os braços.
— Com qual dos meus filhos você passou a noite ontem? — levanta e vem até mim.
— Nenhum. — minto na cara dura.
— Tem certeza? — dá voltas ao meu redor. — Eu acho que está mentindo.
— É um direito seu. — rebato.
—Nenhum dos meus três filhos dormiu em casa ontem, ou você estava com os três ou com somente um. Quem era? — gargalhei alto. — Mara eu já sei que não teve festa de sobrinha nenhuma ontem. — continuo sorrindo quando olho para ele.
— Que eu saiba você é meu patrão, não meu dono. O que eu faço depois do expediente é problema meu. Se é tão bom em descobrir as coisas, comece descobrindo com quem passei a noite ontem. — me viro e saio da sua sala. Assim que entro na sala de Hakido ele está em uma discussão fervorosa com Vanessa no telefone. Finjo que não escuto e sento na mesa com meu computador e ignoro todos ao meu redor. A tarde foi um verdadeiro terror. Muito trabalho, teve uma pani nos computadores que nos fez trabalhar por mais tempo. Já era noite quando peguei um táxi e fui para o hotel esperar Hakido. Tomei um longo e demorado banho, untei minha pele com creme corporal de frutas vermelhas, visto um conjunto de lingerie que comprei exclusivamente para hoje, aqui no hotel mesmo. Custou os olhos da cara, mas mesmo assim preferi investir na minha prima vez. Espero que seja especial. Deito na cama e fico esperando, já passam das 10 da noite e nada dele. Estava começando a ficar preocupada. Mando mensagem.
“ Onde você está? ”
“ Vai demorar ainda?”
Depois dessas foram várias outras e nada dele responder. Levanto e ligo pedindo serviço de quarto. Janto totalmente arrependida de ter vindo e ter ficado esperando por ele até agora. Me visto e desço. Pago a conta do serviço de quarto já que a estadia já estava paga. Pego um táxi do hotel mesmo e vou para o Palazzo. Entro e vou direto para o quarto. Eram mais de duas da manhã quando entro no meu quarto e me permito chorar. Passei a noite inteira chorando por ter sido boba por esperar por ele e nem ao menos uma ligação eu receber. Se ele inventasse uma desculpa por mais esfarrapada que seja eu me conformaria, o problema é que nem isso ele foi capaz.
O dia amanhece e eu estou sentada na varanda agora já mais calma. Levanto e vou para o banheiro. Tomo um bom banho e visto uma roupa preta, faço algo que nunca fiz que é investir em uma maquiagem carregada para esconder as minhas olheiras. Coloco o óculos e desço. Não dou uma palavra com ninguém. Sento e tomo meu café calada.
— Tá tudo bem? — Hakiner pergunta baixinho ao meu lado.
— Sim. — sou direta.
— Quer conversar? — me aguento para não chorar.
— Mais tarde. — seguro sua mão por baixo da mesa. Ele entrelaça nossas mãos e comemos assim sem problema. Levanto e beijo seu rosto saio sem olhar para trás. Entro no primeiro carro que vejo pela frente e para o meu azar Nicolle estava nele.
— O conto de fadas acabou? — provoca.
— Cuidado Nicolly não estou em um bom dia. — advirto.
— Isso deu para perceber. — resolvo não falar nada. — Ele não apareceu até agora e pela sua cara vocês não passaram a noite juntos. — olho para ela com ódio. — Eu o vi algumas vezes indo ao seu quarto. — fala a verdade.
— Por que não encheu logo a casa com essa informação? — pergunto cruzando os braços.
— Por que não sou desse tipo. Isso é problema seu. Tenho nada haver com isso. — vira a cara. Quando eu ia responder Camila e Carla entram. Ambas me olham.
— Algum problema Mara? — Camila pergunta segurando minha mão.
— Não. — olho pela janela. Ao chegarmos na empresa fui direto para a sala dele. Entro e fico olhando em volta. Nenhum sinal dele aqui. Os dois patetas chegam. Phyllype vai para o seu canto. Hakiner vem até mim e me abraça.
— O que aconteceu? — pergunta.
— Mais tarde te conto. Vamos trabalhar.
O dia foi bastante calmo ele não apareceu. Comecei a achar que algo tinha acontecido. Ao chegarmos em casa fui direto para o quarto, depois que terminei de tomar banho Hakiner entra no meu quarto.
— Oi para você também. — digo indo para o closet só de toalha.
— Desculpa. Eu tava doido para conversar com você. — diz enquanto me espera sentando na cama.
— Fale.
— O que aconteceu?
— Seu irmão me deixou plantada ontem em um hotel esperando por ele para termos a nossa primeira vez. — apareço vestindo um vestido até os pés, bem ao estilo praiano. Hakiner me olha sem saber o que dizer.
— Que idiota! — bate com mão no rosto.
— Concordo. — enxugo meus cabelos.
— O que ele disse? — pergunta vindo até mim.
— Até agora nada. — ele aperta os olhos como se tivesse vergonha da atitude do irmão.
— Sério que ele não ligou, nem falou nada? — confirmo. — Eu queria saber o motivo dele ter te deixado esperando e não dar nem sinal de vida...
— Eu também.
— Que pena que escolheu o irmão errado. Eu nunca faria isso com você. — comenta e dou de ombros.
— Pois é. — começo a pentear meu cabelo.
— Quer ajuda? — vem até mim pegando a escova. Não reclamo. Deixo ele me pentear. Ficamos em silêncio até ele terminar.
— Onde aprendeu a pentear cabelo de mulher? — cruzo os braços bem seria, ficando de frente para ele.
— Eu penteava o cabelo da minha mãe quando era pequeno, depois que ela morreu passei a fazer isso com a Mia. — confessa envergonhado.
— A mulher que tiver seu coração é uma mulher de sorte. — digo tocando seu ombro.
— Diz isso a ela por que eu não sei mais o que fazer para ela ver isso. — o abraço e saímos do quarto. Fomos para a sala de jantar quando chego e vejo a Vanessa sentada muito feliz para o meu gosto. Pelo o que pude sentir é que ele não terminou com ela. Hakiner segura minha mão e senta ao meu lado. Mia senta do outro. Minutos depois o Sr. Angelo e Hakido aparecem. Hakido não me olha. Sr. Ângelo parece bastante contrariado.
— Quer falar ou quer que eu fale Hakido? — ele pergunta ainda de pé.
— Eu falo. — ele também ainda de pé olha para todos, dessa vez incluído eu. — Meu comunicado é rápido, não vou me demorar. Estou saindo dessa casa ainda hoje. — o clima fica tenção no mesmo instante. — Vou morar com a minha noiva. — indica a mulher sorridente ao seu lado. — Iremos nos casar em breve. — Sr. Ângelo parece que foi pego de surpresa com essa. — Vanessa está grávida de três meses. — olha para o pai que coloca a mão na cabeça. Mia segura minha mão e Hakiner a outra. — Por fim... Mara, Hakiner e Phyllype passaram a trabalhar com outra pessoa. — ele olha para mim e o devolvo o olhar com todo o ódio que estou sentindo dele nesse momento. — Não vejo mais necessidade disso. — senta e Vanessa beija seu rosto. Engulo a vontade de chorar, respiro fundo várias vezes.
— Já que estamos na hora da revelação. Também tenho algo a declarar. — Hakiner levanta.
— O que? Que você é gay? Isso todo mundo já desconfiava. — Phyllype faz piada.
— Não, que eu estou namorando com a Mara. — Mia se engasga, Phyllype sai da mesa. Sr. Ângelo volta a por a mão no rosto derrotado.
— Desde quando? — Hakido pergunta fervendo de raiva.
— Desde hoje. — respondo olhando para ele.
— A quanto tempo estão juntos? — ele parece querer voar sobre a mesa.
— Isso não é da sua conta.
— É sim. — bate na mesa.
— Não é não. Da sua conta é a sua noiva e seu filho. Meu relacionamento com o seu irmão só diz respeito a mim e a ele. — levanto e seguro a mão do Hakiner. — Vamos. — puxo ele.
— Por que? — Hakido pergunta baixo.
— Por que ele realmente quer estar ao meu lado. Sem medo ou qualquer desculpa. — me viro e arrasto ele para o quarto. Não vou mentir que quando cheguei ao corredor já estava aos prantos. Ele me abraça forte e me deixa chorar.
— Desculpa por fazer isso... — ele se desculpa e eu não escuto. Minha mente está presa no momento em que o irmão dele me destruiu sem pena.
— Mara? — Mia entra no quarto. — Tá tudo bem. — ela me abraça. — Hakiner por favor sai e me deixe conversar com ela. — ele beija minha testa e sai. — Eu sei o que está sentindo. Já passei por algo parecido por isso não me meto em relacionamentos. — comenta limpando meu rosto. — Querida peço desculpas pela atitude infantil e imoral do meu irmão. Mais eu avisei. — quando ela disse isso me afasto dela, sento a beira da cama.
— É verdade. — assumo.
— Querida posso te dar um conselho? — assinto. — Tente colocar sua atenção nessa relação entre você e Hakiner, que mesmo sendo de mentira agora, para frente... — assinto. — Mara ele gosta mesmo de você. Ele fez o que fez foi para te proteger. Dê uma chance a ele. — segura as minhas mãos me fazendo olhar para ela. — Dê uma chance a vocês. Os dois merecem. — concordo, me abraça. — Vou chamar ele. — sai. Quando Hakiner entra no quarto estou parada encostada na porta da varanda olhando o céu, vem até mim. Me abraça.
— Desculpa novamente. Se quiser desminto essa história. — me viro ficando de frente para ele.
— Me responda uma coisa? — ele assente. — O que sente por mim? — ele sorri fraco e aperta a ponta do meu nariz.
— Eu te amo. — primeiro me assusto e ele rir ainda mais. — Desculpa eu não sei usar meias palavras. — assinto.
— O seu amor é suficiente para nós dois? — pergunto bastante seria.
— Sim. — se aproxima de mim. Segura meu rosto entre as mãos me fazendo mergulhar nas profundezas límpidas dos seus olhos. — Você me ganhou no momento em que entrou na minha vida. Só foi preciso olhar para você para me apaixonar perdidamente. — beija cada lado do meu rosto. — Eu quero você. Vou fazer de tudo para apagar qualquer mal causado por outro homem em sua vida. Eu deixo a minha vida para viver a sua e me entrego inteiro a você, só preciso de uma chance. — pede do modo mais tocante e sincero que já vi na vida.
— Eu lhe dou essa chance. Mas quero que tenha paciência comigo. Eu não vou deixar de gostar de uma pessoa de uma hora para outra. — ele assente. Me dá um selinho. — Ainda não. — peço. — Deixe passar uns dias por favor? — ele assente e beija minha testa.
— Quanto tempo você precisar. — me abraça apertado.
— Qual dos dois vai me explicar o que está acontecendo? — Haviner entra no meu quarto furioso trancando a porta.
— Troquei de irmão. — tento brincar mas meus olhos se enchem novamente. Ele afasta o Hakiner e me abraça.
— Você só fez uma escolha errada. — beija meus cabelos. — Vai ficar tudo bem. Vocês vão trabalhar comigo. Vou colocar os meus estagiários para trabalhar com ele. — assinto. — Mas que história foi essa mesmo? — me afasta. Sento na cama e Hakiner senta ao meu lado passando o braço sobre meus ombros.
— Eu não sei. Até ontem estávamos bem, até que ele me deixou esperando por ele em um hotel e sumiu. Hoje me apareceu que essa. — conto o meu lado da história.
— E como o Hakiner entra nessa história?
— Eu me meti mesmo. — nos faz rir. — Vi que ela estava mal e por puro egoísmo quis dar o troco. Do jeito que ele fez, tentei fazer com ele. Assumi um namoro que até aquele momento não existia. — assume e beija meu rosto.
— Pelo o amor de Deus parem de trocar de relacionamento por favor. — pede e rimos. — Mara o Hakiner é uma pessoa maravilhosa assim como você. Acho que vocês têm muito a se completarem juntos. Deixe fluir naturalmente o sentimento entre os dois, na minha opinião é melhor você dois saírem daqui. — o olho espantada. — Primeiro por que todos vão ficar comentando sobre vocês e depois como casal vocês precisam de privacidade. Coisa que vocês não terão aqui dentro. — assinto depois de entender seu ponto.
— Não sou de acordo em morar junto. Acho que é muito cedo. — opino.
— Tem razão. Mais eu posso ir morar no meu apartamento e você quando quiser ir dormir lá ou passar um tempo... — sugere.
— Acho melhor. — sorri tocando seu rosto.
— Vocês fazem um belo casal. — Haviner comenta e levanta. — Agora eu vou e por favor ... Um tenha paciência com o outro. Okay? — assentimos e o abraço. — Já vou indo.
Ele sai do quarto e Hakiner se ajoelha aos meus pés me pegando de surpresa.
— Quer namorar comigo? — pergunta tirando uma aliança do bolso.
— Hakiner... — advirto e ele segura minha mão.
— Estou te pedindo em namoro. Não em casamento. Pelo menos não ainda. — sorri bobo.
— Sim. — ele coloca o anel. Beija minha mão. Levanta beijando minha testa.
— E essa aliança era para quem? — pergunto a admirando.
— Faz algum tempo que a peguei pensando em você, durante as noites eu ficava a olhando e me perguntando se em algum dia eu iria ter a oportunidade de dá-la a você. — confessa.
— Pelo o que parece a oportunidade apareceu quando menos esperamos. — comento olhando-a
— Vou fazer o impossível para te fazer feliz. — sorrio e o abraço. — Vou falar com meu pai e depois volto. — assinto. Assim que ele sai volto a chorar. Vou para a varanda com uma garrafa de Martine que eu tinha comprado na volta para cá, sento ao lado do vaso de planta começo a beber vagarosamente. E olhando o céu a minha frente.
Não sei quanto tempo fiquei aqui. Estava quase secando a garrafa quando sinto o cheiro do perfume do meu então namorado. Ele vem até a varanda e vê só as minhas pernas.
— Oi? — me puxa e senta atrás de mim. Recosto em seu peito. Ficamos nesse silêncio que somente é quebrado pelos meus soluços durante o choro.
Acordo no dia seguinte com o mundo rodando e sei bem que o nome disso é ressaca. Vou até o banheiro e coloco tudo para fora. Quando volto para o quarto tem um copo com água um dramim e um bilhete.
“ Sei que vai acordar com uma ressaca do cão. Tome o Dramim e durma. Você não precisa ir trabalhar hoje.
Ass: Seu namorado. ”
Sorri e fiz o que ele pediu. Tomei um banho e deitei. Acabei dormindo novamente. Acordo com batidas insistentes na porta. Levanto e vou abrir.
— Temos que conversar. — Sr. Ângelo invade o meu quarto com todo o gosto. Me sento na cama. — Não vou reclamar da sua roupa por que está no seu quarto e eu quem invadi. — esfrego meus olhos despreocupada. — Agora quero respostas sobre tudo isso. Dois filhos meus saem de casa no mesmo dia, isso não é normal. E o pior é que tudo indica que você está no meio dessa história. — me acusa.
— E estou. Sr. Ângelo me desculpe mas não sei mentir. Eu tentei ficar longe do Hakido mas não deu certo. Desde o meu acidente estavamos mais próximos. Aquela noite que passei fora foi com ele. Ele saiu dizendo que iria falar com a Vanessa e terminar... MAS NÃO!!! ELE ME DEIXOU PLANTA EM UM QUARTO DE HOTEL, NÃO ME ATENDEU, NÃO DEU NENHUM SINAL DE VIDA E QUANDO APARECE. ME APARECE NOIVO E COM A NOIVA GRÁVIDA. PARABÉNS PARA ELE... — quando termino é que tenho já noção que estava gritando e que estou chorando.
— Eu disse que ele iria ficar com ela...
— Tá bom... Todo mundo disse. Agora acabou e pronto. — levanto e vou para o banheiro. Coloco novamente tudo para fora e volto. Quando volto ele está olhando meu quarto. — Já acabou. — pergunto irritada.
— Não. Como o Hakiner é seu namorado agora? — vem até mim.
— Por que ele me pediu e eu aceitei. — mostro o anel que ele me deu. Sr. Ângelo vem até mim , segura minha mão olhando a jóia.
— Esse anel eu dei a mãe deles quando fizemos um ano de casados. — diz com o olhar triste e mergulhado em lembranças. — Se ele te deu isso é por que você é realmente especial para ele. — sorrio. — O que você sente por ele? — me afasto dele.
— Não vou mentir que para mim até o momento ele é só um grande amigo...
— Já é mais do que suficiente para se tornar um grande amor. — me interrompe com uma bomba dessas, o olho. — Cuide dele. Ele precisa muito de alguém que o ame. — coloca as mãos nos bolsos e sai do meu quarto me deixando ainda mais atordoada.
DIAS ATUAIS.
— O que está escrevendo? — pergunta e eu abaixo rápido a tela do computador. — Vi meu nome aí. — diz beijando meu pescoço.
— Realmente viu. — me viro e beijo sua boca. — Estou escrevendo um diário e como você faz parte da minha vida merece está retratado nele. — puxa minha cadeira para trás e me beija.
— O que você fala aí? Que o Hakiner Leffer é o verdadeiro amor da sua vida? — brinca me colocando nos braços.
— Não. — ele me olha fingindo raiva. — Mais digo que você é um dos meus amores até hoje.
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