Capítulo 13| Nova era em Santa Marta
3 Anos Depois.
Ela começa a sentir as contrações aumentando. Conforme o tempo passa, ela não suporta mais aquilo e quer que o parto seja feito logo.
Passaram-se trinta minutos, as contrações vêm mais fortes até que a ela começa a sentir a vinda da criança ao mundo. O marido a pega no colo, leva-a para o quarto e, logo atrás, vem a parteira, com uma cesta de ervas e medicamentos em sua mão.
— Faz força! Tá quase lá! — exclama a parteira.
O gemido de Olívia ecoa, fazendo com que ela agarre a mão de parteira.
— Tá quase lá, só maia um pouquinho! — exclama a parteira, colocando um pano úmido na testa de Olívia. — Vai! Faz força!
De repente, um choro de criança começa a ser escutado. Olívia abre um sorriso enorme.
A parteira cortar o cordão umbilical e dá a criança para Olívia.
— Que linda! Olha Lorenzo! — exclama Olívia surpresa.
— Ela se chamará Pietra, seu significado reflete o sentido de firmeza, característica atribuída a alguém que se destaca pela persistência e segurança. — exclama Lorenzo, pegando a criança no colo; com seu rosto cheio de lágrimas.
— Senhor. Tem um homem querendo falar com ocê! — diz Daren, entrando no quarto.
— Avise que eu já vou.
Quando Lorenzo vai ver, ele se depara com o Capitão Fernandes.
— Excelente dia! Vosmecê está bem? — pergunta o Capitão.
— Excelente dia! Estou bem sim. — responde Lorenzo.
— Não sei se você lembra, mas eu te fiz um convite.
— Eu não lembro.
— Vão fazer 3 anos que eu te fiz um convite para ser juiz de Santa Marta e vosmecê não respondeu. A coroa portuguesa está me cobrando e eu sempre passo um pano, não dá mais para fazer isso. Você aceita ou não? — pergunta o Capitão Fernandes.
— Bom, eu aceito sim. E desculpa a demora.
— Amanhã quero vosmecê 7:00 horas em ponto, na Câmara Municipal.
— Pode deixar!
— Fica com Deus. Já vou indo, preciso resolver muitas coisas. — exclama o capitão Fernandes.
— Tchau!
Novamente, Daren vai falar com o seu senhor:
— Senhor! Ocê não disse que nos iríamos ser livre, trabalhar até um certo horário?
— Sim, disse! *Por quê?* — exclama Lorenzo ironizado.
— Seu Feitor está abusando de nós, dá chicotadas em nós sem motivo também.
— Não sabia disso! Vamos até ele.
Daren vai até onde ele dorme e, por uma pequena fresta que tem na porta de madeira, Lorenzo vê o feitor abusando de uma escrava.
A raiva de Lorenzo sobe rapidamente. Ele, então, dá um chute, fazendo com que a porta caia no chão.
— Por que vosmecê faz isso?— pergunta Lorenzo, dando um murro no feitor.
O feitor, então, age contra Lorenzo e dá um murro. Daren, então, pega um pedaço da porta que quebrou e bate na cabeça do feitor, fazendo com que ele desmaie.
— Senhor! Você está bem?— pergunta Daren.
— Sim. Me ajuda a levar o corpo dele para o Pelourinho!— indaga Lorenzo.
Lorenzo amarra ele no Pelourinho, debaixo do sol escaldante que faz.
Quando o feitor acorda, ele dá de cara com Lorenzo.
— Vosmecê acha que aqui é igual na outra fazenda que você trabalhava? — pergunta Lorenzo, cuspindo em sua cara.
— Eles são escravos e o papel deles é servir.— exclama o feitor.
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