No azul dos seus olhos
DIAS ATUAIS.
Oi! Estou a espera de Amir, pode ser que ele me atenda hoje. Sai de casa direto para o hospital que ele trabalha, estou à 4 horas esperando a boa vontade dele em me receber. O hospital esta lotado e eu estou sem um pingo de paciência. Invado sua sala, Amir está atendendo uma senhora.
— O que você faz aqui? — pergunta fumegando ódio ao me ver.
— Muito simples! Quero falar com você, estou à 4 horas lhe esperando e você não foi me atender por que não quis. — ele passa a mão pelos cabelos, esfrega os olhos.
— Vou terminar aqui! Agora saia da minha sala que eu vou falar com você. — assinto, saio da sala, algumas pessoas me olham torto, eu nem ligo.
20 minutos depois Amir aparece, me arrasta até o repouso médico, varias enfermeiras nos olharam com um misto de surpresa e raiva, coisa que me fez suspeitar que ele não pega nenhuma delas.
— Diga logo o que você quer Mara e se for sobre o exame de DNA esqueça. Não vou fazer... — deixei ele falar o quanto queria, quando ele terminou um pouco ofegante.
-— Acabou? Posso falar? — ele assente. — Ótimo, muito obrigado. Bem, eu quero sim que você aceite o dinheiro do seu pai, porem você não quer. — ele suspira aliviado. — Mais tem um porem... — ele me olha confuso. — Lembro de você ter dito certa vez, que tinha vindo a Índia, na intenção de cuidar das pessoas e mostrar para o seu pai que você é mais homem que ele, que o homem que lhe criou e que foi seu pai todos esses anos te transformou em um homem que nunca precisou de nada do seu pai biológico. — Amir me olha ainda querendo entender onde eu quero chegar.— Pois bem senhor Amir Jones. Tenho uma boa proposta para você! — ele sorri começa virar-se.
— Não perca o seu tempo, que não vou aceitar o nome dele pelo dinheiro. — deixo ele dá alguns passos.
— Nem que esse dinheiro possa salvar a vida de muitas pessoas? — ele estanca no lugar. — Você não quer um centavo dele, mais pode muito bem usá-lo para salvar vidas. Use o dinheiro para comprar remédios, fazer ajudas humanitárias, com alimentação, remédio e água potável. Não use nenhum centavo do dinheiro dele com você, mais seja homem. Receba esse dinheiro e dê uma vida aos outros. Com toda a certeza do mundo você vai salvar muitas vidas. — dei as costas e fui embora. Chego em casa, tomo um bom banho, me deito nua na cama com meu celular e o ar condicionado ligado.
Vamos lá continuar a falar sobre a minha volta. No começo foi bem turbulento mais depois veio a hora de rolar e gozar. Kkkkk tô bem humorada hoje então aproveitem.
MARA ANOS ATRÁS.
O dia esta quase amanhecendo quando me levanto da cama, vou ao banheiro tomo um banho demorado, deixando a água morna relaxar meus músculos. Saio do banheiro ainda me enxugando, gente eu não sou daquele tipo de mulher que se enxuga sensualizando, ou melhor, só quando preciso, coisa que não era no momento. Começo a massagear minha pele com um creme de morango que eu amo. Visto uma calcinha e assim que pego o vestido escuto uma voz rouca.
— Pra onde você pensa que vai? — me viro, caminho até a cama com o vestido na mão.
— Só pra lembra, seu pai mandou que eu e os meninos saíssemos daqui hoje, é exatamente isso que eu vou fazer. — ele toma o vestido o jogando em um canto qualquer no quarto, me joga na cama, abrindo as minhas pernas.
— O dia ainda nem nasceu e você já quer ir embora? — gargalho e ele me faz calar no momento em que rasga a minha calcinha.
— Haviner? Cuidado! — ele entra em mim, me arrancando um gemido delicioso.
— Com o que? — começa a se mexer.
— Para não passarmos do limite! — começo a acompanhar seu ritmo.
— E que limite seria esse? — retira-se todo e mete de uma só vez me fazendo gritar.
— O da paixão! — Ele rebola e suga meu seio esquerdo. — Não podemos nos apaixonar. — falo rápido e logo ele me estoca com força.
— E por que não podemos nos apaixonar? — volta a rebolar lentamente.
— Por que eu não sou mulher pra você. — mais algumas estocadas fortes que eu realmente grito por que esta machucando. — Para. — ordeno e ele fica imóvel. Olha dentro dos meus olhos me dá um chupão vigoroso seio, mordo o lábio tentando abafar o grito, cravo sem nenhuma pena minhas unhas na sua pele.
— Quem decide se você é boa ou não pra mim Mara... Sou eu. Isso só quem decide sou eu. — entrando e saindo com violência, ele nos leva a um orgasmos fantástico. Cai por cima de mim cansado.
— Haviner você pesa. — ele rola de lado rindo.
— Poxa Mara você é tão romântica que eu chego até a chora!? — gargalho da sua piada.
— Espera aqui uma coisa? Você é o Sr. Haviner Leffer mesmo? Acho que não, não pode ser! Ou pode? — ele começa a fazer cócegas na minha barriga, depois de muito ri, ficamos deitados um do lado do outro tentando recuperar o fôlego.
— Fazia tempo que eu não ria assim! — comento olhando o teto.
— Eu quero ser uma das razões do seu sorriso. — diz sério. Olho para o lado procurando algum resquício de brincadeira, mais ele se põe de lado, cabeça apoiada na mão. — Eu quero você pra mim. — fala acariciando o meu rosto. Me sento rápido na cama abraçando um travesseiro para cobrir o meu corpo.
— Não faz isso comigo. — antes que ele falasse algumas coisa, ponho um dedo sobre os seus lábios. — Eu não estou preparada! Não ainda. Nem sei se um dia estarei. Então não crie expectativas! — ele morde meu dedo. — Haviner é sério. — sobe mordendo meu braço, até chegar nos lábios.
— Eu sei, e eu também estou falando sério. Eu quero você, não importa quanto tempo eu terei que esperar, mais eu só peço para ser a primeira opção, quando você se sentir preparada para voltar a ser feliz. — beija meus lábios e eu me deixo levar pelo o seu carinho.
— Me dê um tempo. — ele assente, se deita levando-me consigo.
— Agora dorme Mara! — como por feitiço adormeço.
Horas mais tarde acordo olho de lado ainda estou abraçada ao Haviner. Acaricio seu rosto sentindo o despontar da sua barba nos meus dedos, seus lábios rosados entreabertos, sua expressão serena.
Realmente eu não mereço um homem como ele, eu não sou mulher para está ao seu lados, não sou digna de nenhum bom homem. Talvez de homem algum. Levanto da cama, tomo banho, volto para o quarto Haviner está sentado na cama mexendo no celular.
— Bom dia? — pergunto indo me vestir.
— Muito bom. — me olha da cabeça aos pés. Visto minha roupa, enquanto penteava meus cabelos, ele chega por trás de mim, toma a escova. — Deixa que eu faço isso. — dou por vencida e deixo ele me pentear. Conversamos mais algumas amenidades, ele entra no banheiro pra tomar banho, meu celular toca.
LIGAÇÃO ON
— Alô! — digo terminando de colocar algumas coisas na minha mala.
— Como vai Mara? — suspiro.
— Vai começas Hakiner? — balanço a cabeça, fecho a mala.
— Eu quero você Mara, quando você vai entender que eu te amo mais que tudo? — lá vai começar a besteira. Coloco a mala no chão e sento sobre ela.
— Ai é onde está o problema Hakiner, eu entendo, mais eu também quero que você entenda que eu gosto de você, mais eu não te amo. — primeiro o silêncio, até a bendita pergunta.
— O que mudou? Eu sei que você me amava! — passo a mão pelo o rosto.
— Eu mudei! Eu não sou mais aquela Mara. Quantas vezes vou ter que dizer a você e a todas as outras pessoas? Hakiner eu vivi uma vida. Eu perdi essa vida. Por favor! Não quero pra você e pra ninguém o que aconteceu comigo, então me entenda, siga a sua vida com a sua namorada e me esqueça. — Haviner sai do banheiro, percebe no ato que estou tendo algum problema com essa ligação.
— Tudo bem! Eu entendo você, mais eu tenho alguma chance? — me levanto ficando frente a frente com o Haviner olhando bem dentro dos seus olhos.
— No presente momento não. Mais se alguma coisa mudar tem sim. — Haviner sorri de lado.
— É... Você tem alguém? — coloco o telefone no viva voz.
— Não entendi pode falar de novo? — Haviner cruza os braços.
— Se você tem alguém? — mantenho o olhar vidrado nos olhos do homem a minha frente.
— Sim, eu tenho. — Haviner sorri e puxa pra ele.
— Posso saber quem é? — sua pergunta sai ríspida.
— Ainda não! Quando chegar o momento certo todos vão saber. — beijo de leve os lábios do Haviner e desligo o telefone na cara do Hakiner. Aprofundo o nosso beijo.
— Mara...
— Vixi... — coloco o indicador sobre o seus lábios. — Calado! Agora é só deixar acontecer o que tiver que acontecer! — nos beijamos novamente. — E o mais importante. — me afasto dele. — Não me decepcione, não tente me enganar, não minta, por mais dura que seja a verdade, eu prefiro uma dura verdade do que uma doce mentira. — percebo que ele engole em seco. — Tem alguma coisa pra me falar?
— Sim! — me sento em uma cadeira.
— Pode falar. — cruzo as pernas recosto o peso do meu tronco em um cotovelo no braço da cadeira.
— Eu... — ele me dá as costas. Depois se vira pra mim. — Você tem noção do que eu fiz foi por você? — assinto, demorei muito pra entender isso, mais hoje eu entendo. — Você sabe o por que? — meneio com a cabeça e dou de ombros. — O Amir foi o único que percebeu. — ele se aproxima de mim, ajoelha-se aos meus pés. Olho confusa pra ele. — Eu sempre fui apaixonado por você. — arregalo os olhos. Ele sorri de lado. — Sim Mara! Eu sempre fui apaixonado por você, por isso que eu sempre estive a seu lado, sempre tentei fazer o melhor pra você. Eu morria a cada dia por ver você com o Hakiner e saber que você realmente gostava do Hakido. — ele segura minha mão. — quando você decidiu ir pra Índia eu achei que séria a minha hora de conseguir fazer você se apaixonar por mim. — ele me olha nos olhos. — Tentei lhe dar um tempo e você me apareceu com o Amir. — desvia seus olhos dos meus, olha para as nossas mãos juntas. — Eu... Eu vi você ser feliz com ele. Eu sabia que vocês se amavam muito, eu queria ser ele. — olha novamente pra mim e volta a olhar para as nossas mãos. — Quando veio o câncer dele, eu desejei que ele morresse, mais quanto mais eu via você sofrer eu desejava que ele durasse mais um dia. — seus olhos estão marejados, tento não dá um tapa no rosto dele. — Cheguei até a rezar pra que ele ficasse bom. Rezei por um milagre. — por fim as lágrimas rolam por sua face. — Eu preferia te ver feliz, mesmo que não fosse do meu lado, do que ver você sofrendo, como eu via enquanto ele estava doente. Espero que um dia me perdoe Mara. — ele beija minhas mãos. — Eu errei com você, mais foi ele quem me pediu. Sei que é uma covardia colocar a culpa em um homem morto pelos meus atos, mais foi um dos seus últimos pedidos. Eu não me sentia capaz de negar.
Não consigo falar nada, algo me diz que ele ainda esconde algo, que ele esta falando meias verdades. Seguro seu rosto pra mim, mergulhando na profundidade do mar azul dos seus olhos.
— Eu sei que você esta me escondendo algo! O que é Haviner? Se você realmente gosta de mim diga agora. — ele me olha espantado.
— Lembra no dia em que ele morreu, ele pediu pra conversar comigo a sós? — assinto. — Ele me disse que sempre soube que eu amo você, que entre todos os homens que ele suportaria ver ao seu lado eu era o único. — ele fica em pé. — Dentre as coisas que ele me pediu... Ele me pediu para cuidar de você e do Enzo. — ele me olha nos olhos. — Droga Mara eu não fui capaz disso. — passa as mãos frustado pela cabeça. — Ele me entregou vocês e eu não cuidei de vocês, principalmente de você. — abro a boca pra falar, ele levanta a mão e eu me mantenho calada. — Veja o que você viveu! Eu não ti impedi, eu não fiz NADA. — anda pelo o quarto, soca uma parede cortando a mão com o impacto. — Eu sinto remorso pela morte dele. Eu me sinto culpado, eu sou culpado. — ele desfere uma série de socos da pare. Nunca o vi tão descontrolado. Me levanto vou até ele, o abraçando por trás, fazendo-o parar de socar a parede.
— Não é sua culpa! — encosto minha testa nas suas costas.
— É sim! Me perdoa Mara. Eu te amo mais que tudo... Me perdoa pelo o amor de deus. — ele pede e chora desesperado.
— Eu não tenho o que te perdoar, o que você fez? Você fez o certo. — ele me afasta dele e anda pra longe de mim.
— Será que foi o certo? Toda vez que eu penso nisso, sinto que eu e ele somos dois loucos, ele por confiar em mim e me pedir para fazer o que ele pediu e eu por ter tido a coragem de fazer o que ele me pediu. — me aproximo dele, fico na ponta dos pés beijo seus lábio, aliso seus cabelos.
— Não cabe mais arrependimentos agora. Já foi! O que esta feito está feito! Eu e você teremos que conviver com as consequências e ele... — engulo em seco. — Se pecou, ele também irá pagar no dia do juízo final. — olho para as minhas mãos afagando seus cabelos. — Vamos tentar seguir, vou tentar me apaixonar por você, pelo menos te fazer feliz e esquenta todas as noites a sua cama, posso prometer que vou. O passado nenhum de nós pode fazer nada para consertá-lo, vamos por uma pedra nesse assunto, daqui pra frente sou eu e você, vamos viver. — selo seus lábios com os meus.
DIAS ATUAIS.
Como podem ver eu tive um relacionamento com o Haviner. Não me arrependo por que ele me fez feliz, até a verdade vir à tona. Eu deveria ter sido mais esperta, ter visto a verdade. Estava tudo estampado na minha cara e eu não vi. O gosto amargo da traição, da mentira, de ser enganada pelas pessoas que eu tolamente amei, é horrível.
Vou ser sincera. Ele me fez feliz. Mais a sua mentira acabou com tudo. Eu o odeio, sim eu o odeio. Ele me pede perdão sempre que pode, mais você perdoaria uma traição dessas?
Tenho certeza que não.
Ainda não sabe que traição foi essa?
Continue lendo e vai entender tudo.
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