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22° Capítulo

Natália Alves

A casa de Victor estava silenciosa e Carla havia saído cedo para a escola. A noite anterior junto com aquela conversa que teve com o casal não saia da mente de Natália.

Ela tocava guitarra nesse momento e descontava a sua raiva.Na verdade a jovem sabia que essa mudança era um novo começo para sua mãe.

Porém, era um começo de uma vida nova que Natália não queria, porque essa mudança incluía Victor e Carla que seriam como sua nova família.

Natália tocava e lembrava daquela conversa com sua mãe e com Victor.

Flashback on

- Você agiu como criança filha- Eliane havia dito quando as jovens sentaram no sofá- Nós vimos o que você fez com a penteadeira da Carla.

- Foi uma surpresinha- ela disse se segurando para não rir- Achei que a Carlinha fosse gostar...

- Já chega!- sua mãe gritou com raiva e respirou fundo- Estamos aqui apenas para conversar Natália e sem as suas provocações. Pode ser filha?

Houve um silêncio por um tempo e o casal somente olhou para elas.Carla permaneceu calada com os braços cruzados.

- Nós sabemos que vocês duas não se conhecem direito, sabemos que ainda é tudo muito recente e que isso não afetou somente a vocês, mas a nós também.

- E as mudanças as vezes são bem necessárias- Victor havia dito sério- Se eu chamei a sua mãe para vir morar com a gente foi pensando no melhor para vocês duas.

- Você sabe como eu sofri quando...o seu pai faleceu-ela disse com uma voz  forçada de choro- Foi um momento difícil, mas a vida que segue não é? As coisas mudaram, conheci esse homem maravilhoso e nós estamos felizes.

- Eu quero...- Carla começou com a voz baixa-Quero que o meu pai seja muito feliz. Só que eu não vou mentir para vocês, porque eu sinto falta da minha família de verdade- frisou as últimas palavras.

- Claro, claro Eliane.Vocês são o casal mais perfeito que existe-ela disse para eles e revirou os olhos sem que ninguém percebesse- Por que essa conversa mesmo?

- Primeiro filha um dos motivos dessa conversa foi por você ter saído sem avisar, deixou a gente preocupados e ainda fez aquilo com as coisas da sua irmã- disse com raiva e a cada um dos motivos ela levantou um dedo- E a gente também reuniu vocês aqui para dizer que agora nós somos como uma família. Esse namoro virtual acabou se transformando em algo mais sério e queremos que isso esteja bom para vocês também.

As duas se encararam sérias e ficaram caladas. Cada uma queria poder dizer o que pensavam de verdade diante de tudo aquilo.

- Eu e essa patricinha nunca iremos nos entender ok? Só para deixar isso claro- ela olhou para eles- Tudo o que está acontecendo aqui é por conta desse namoro de vocês. Eu nunca fui a favor e a dona Eliane sabe disso.

- Você é minha filha e não pode ficar decidindo as coisas por mim- Eliane sorriu um pouco- A sua mãe está bem feliz com esse relacionamento e você deveria apoiá-la. Eu quero que fique tudo bem entre a gente. Só isso.

- Nunca esteve tudo bem entre nós duas- ela balançou a cabeça e decidiu dizer o que realmente queria- Agora estou aqui embarcando com você em um relacionamento que começou pela internet. Nos mudamos acabando com tudo o que vivemos em Fortaleza e ainda viemos morar aqui sem nem saber o que nos esperava. Você nunca pensou em mim, nunca se importou de verdade comigo, porque a sua vida sempre foi mais importante que a da sua própria filha. Quem me amava de verdade era o meu pai. Eu não tenho mais ele aqui comigo e você nem se quer pensou em mim antes de aceitar o convite do seu namorado. Eu nunca quis que tivessem pena de mim e sei que você nem faria esforço para sentir um mínimo de pena da sua filha, não é verdade mãe?

Natália terminou dizendo tudo o que sentia vontade de confessar a tanto tempo. Ela havia se levantado do sofá com umas lágrimas nos olhos e logo subiu as escadas correndo.

Flashback off

Ela parou de tocar depois de lembrar da conversa, colocou a guitarra na sua cama e percebeu que realmente não tinha prestado atenção em algo que falara.

Na noite anterior tinha ficado com tanta raiva e tristeza que nem se quer percebeu que chamou Eliane de mãe. Eram raras vezes onde ela a chamava de mãe ou a respeitava.

Sua mãe tinha subido as escadas na noite anterior e teve uma conversa a sós com sua filha. Ela havia dito que ia a matricular na escola municipal onde Carla estudava e que na sexta iam a escola para ver se ainda tinha matrícula para o 2° ano.

Porém, Eliane a pegou de surpresa ao dizer que estava gostando de verdade de Victor. Disse que eles dois queriam oficializar o namoro e por isso iam comprar um anel de compromisso.

Natália ainda tinha as suas dúvidas quanto ao amor que sua mãe dizia sentir por Victor e ela se surpreendeu muito com eles quererem oficializar o namoro. Decidiram que eles iam a uma joalheria a tarde com as jovens.

Se deitou na cama, pegou seu lençol e se enrolou toda. Desejou poder voltar a Fortaleza, a momentos de alegria com seu pai ou apenas poder sentir a paz da lagoa que era o lugar que ela se sentia bem. Aquela linda lagoa de Fortaleza.

Emanuel Miranda

- 08:30 da manhã

A escola continuava a mesma, as salas de aula nada havia mudado e aquele diretor sempre foi meio liberal. Essas eram algumas das coisas das quais o adolescente se lembrava.

Emanuel Miranda, irmão mais novo de Pedro, era um garoto calmo e que não tinha amizade com ninguém na escola.Ele tinha 13 anos de idade.

O seu passado era marcado com os momentos tristes, solitários, de medo e os piores que eram os traumáticos. Esses ficaram marcados para sempre.

A sua vida junto com a de seu irmão mais velho poderiam ter sido bem diferentes se nunca tivessem passado pelo abandono da mãe.

Depois que Cinthia, mãe dos meninos, os abandonou foi que todas as coisas começaram a desandar. A família foi afetada e todos sofreram com isso.

O adolescente era pequeno quando a mãe abandonou a sua família e por isso ele não lembra de nada.Tinha só 3 aninhos.

Emanuel as vezes pensava no motivo para sua mãe ter ido embora. Por que ela abandonou a família e ainda não pensou antes? Como teve coragem de deixar para trás seus filhos? Que bom motivo ela teve para fazer isso?

Eram as perguntas que ele sempre se fazia todos os dias. Na sua mente não conseguia encontrar respostas para o que a levou a tomar essa decisão.

As aulas e um novo ano se iniciaram, mas Emanuel preferia muito nunca mais precisar estudar. Era melhor ele assistir animes ou desenhar do que ir para aquela escola novamente.

Ele já estava no 9° ano e a um passo de entrar no ensino médio. Estudioso era uma coisa que nunca havia sido e isso só o fazia ficar inseguro quanto a o que o esperava no 9° ano.

A professora de ciências escrevia na lousa e os alunos só conversavam. Tudo estava normal, pois aqueles seus colegas do ano passado estavam de novo o fazendo companhia.

Emanuel desenhava um jardim muito bonito e logo sentiu algo batendo em sua cabeça. Levantou o olhar tirando a atenção do caderno e olhou para trás.

Todos conversavam muito e ninguém parecia ter feito aquilo. Alguém tinha jogado uma bolinha de papel que o acertou na cabeça.

- Ei esquisitão- ele ouviu a voz de uma garota, mas não conseguiu ver quem era- É para ler o que está escrito nesse papel oh seu lerdo.

Risadas, gritos e vaias foram ouvidos por todos os alunos e ele suspirou.

- Será que o esquisito sabe ler?- um garoto gritou e sorriu. Era um dos populares da sala.

Ele pegou o papel, olhou em volta e resolveu acabar logo com aquelas brincadeiras. Abriu o papel e então começou a ler em voz baixa.

- Abaixo assinado- ele leu o que tinha na primeira linha do papel. Os seus olhos pararam em vários nomes que haviam- Emily Moreira, Augusto, Ana, Davi Dantas, Kelvin...- parou de ler com raiva entendendo o que era tudo aquilo.

Era um abaixo assinado para que os alunos da sala assinassem se fossem de acordo que Emanuel saíssem da escola. A maioria das pessoas haviam assinado e isso fez o garoto se sentir triste.

- Que idiotas- ele disse baixo sentindo seu rosto corar e algo nas últimas linhas do papel chamou sua atenção- Percebeu? Todos aqui te odeiam seu esquisito. Sai da escola, desiste logo dessa tua vida, faz um bem a toda a humanidade e a sua família. Se mata logo, pois fará um bem a humanidade ter um estranho a menos na terra.

Terminou de ler com raiva e sentiu uma lágrima cair silenciosa por sua bochecha. Aquilo o afetou de um jeito que sentiu o poder daquelas simples palavras.

A sua única atitude foi sem pensar. Ele se levantou fazendo a sua cadeira se afastar e assustou algumas pessoas que estavam perto.

Piscou os olhos repetidas vezes para não chorar, abriu a porta com força e saiu correndo da sala. Foi para o seu lugar de sempre que era o banheiro.

Não se preocupou com a reação da professora ao vê-lo sair da sala sem a pedir antes e nem pensou naqueles alunos cruéis da sua sala.

Simplesmente fechou a porta atrás de si, se olhou no espelho do banheiro e desabou a chorar ali mesmo, porque cada lágrima representava sua dor e seu pedido de ajuda que ninguém ouvia.

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